Fanfic:  Pecado | Tema: Romance, Trendy, Adaptada, DyP

Naquela tarde, casais se embolaram nos quartos da mansão Herrera. A paixão podia ser sentida entre as paredes. E assim foi por dias. O amor, a paz, a tranquilidade e a paixão reinavam naquele lugar. Mas não é só alegria de pobre que dura pouco. A dos ricos também tem data de término.

Alfonso: Vai!

Dulce: Não vou. – Virou o rosto

Alfonso: Vai, minha princesa. – Insistiu, mimando ela.

Dulce: Não, meu neném. – Sorriu, entrando no jogo.

Alfonso: E porque você não quer ir, minha vida? – Perguntou, prendendo o riso, só que Dulce não aguentou e riu.

Dulce: Eu vou. Mas me espere.

Alfonso: Sempre. – Disse, fingindo bocejar.

Dulce: Ridículo. – Ela bateu no peito dele, que riu e agarrou ela, dando-lhe um cheiro no pescoço.

Alfonso ia passear com Dulce pela cidade. Mas ele insistia que ela usasse um xale, que lhe tampasse mais o decote, e ela não queria ir buscar. Por fim ela foi sobre os olhares dele, que ficou sorrindo a espera dela. Dulce o encantava. Seu sorriso se fechou em choque quando uma visitante entrou pela porta da frente.

XXXX²: Alfonso. – Disse, observando-o do portal.

Dulce tinha buscado o xale, e voltou, parando no parapeito da escada. Parou de sentir as pernas. A visitante avançou pela sala e abraçou Alfonso com vigor. Dulce empedrou onde estava. A visitante ergueu os olhos pra Dulce, e a encarou por um breve momento.

Dulce observou aquela mulher ali, agarrada a seu marido. Lembrou-se de cada palavra de Alfonso. Olhos de cigana, obliqua e dissimulada. Se vestia com um vestido vermelho sangue. Seu cabelo era de um castanho médio, liso, caindo até o meio das costas, com cachos nas pontas. Era o quadro do terceiro andar que criara vida e estava ali. O xale que segurava escorregou dentre os dedos de Dulce sem que ela percebesse, e caiu levemente no chão. Perla ainda a olhava. Mas o olhos de Dulce procuraram outra coisa. Alfonso. Quando conseguiu olhar o rosto dele, sua expressão era chocada, confusa, atordoada. Mas Dulce viu, algum tempo depois, quando a mão dele retribuiu o abraço de Perla, afagando-a pelas costas, acolhendo-a em seu peito. O pulmão de Dulce trancou ao ver aquilo, e ela sentiu cada pedaço de seu corpo endurecer.

Christian: Dulce! – Chamou, aparecendo no corredor. A ruiva não se virou. – Estava procurando você. Quero saber se quando a Mai... – Ele parou ao ver a cena no andar debaixo. – Perla! – Constatou, incrédulo.

Christian não gostou nada daquilo. Justo agora, quando ele achou que o assunto de Perla estava enterrado junto com ela, justo quando a paz estava controlando, acontecia aquilo. Ele e Dulce ficaram parados, um do lado do outro, empedrados, ambos afogados em desgosto pela visitante.

Perla: Ora, Christian! – Ela se soltou de Alfonso, que se virou. Um choque passou pelos olhos dele ao ver Dulce ali.

Mas havia outro sentimento no olhar dele, um sentimento que era imensamente maior que o choque. Dulce conhecia esse sentimento, pois havia dele em abundancia em seu peito. Era saudade. A voz de Perla era envolvente, um tipo de voz que fazia qualquer pessoa perder o fio da conversa. Era doce, atraente. Perla tinha um corpo farto, moldado pelo vestido.

Perla: Casou-se com ela, no fim. – Acusou, virando-se pra Alfonso, como se Dulce fosse um ser que não merecesse respeito.

Alfonso: Eu... eu não... – Ele tentou formular a resposta. Ia renegar Dulce, ela sabia. Sentiu o ódio recobrando cada pedaço do seu corpo. Seu maxilar.

...

No escritório, Christian encerrava a discursão com Alfonso. Estava possesso de raiva.

Christian: Pelo visto, você voltou a ser a criatura insuportável que era a anos atrás. Pena, eu pensei que havia mudado. – Alfonso revirou os olhos. – Não vou me meter. Mas pense em Dulce.

Alfonso: Dulce nada tem a ver com isso.

Christian: Já disse, não vou me meter. Entretanto, tire-a daqui. – Alfonso ergueu a sobrancelha. – Faça isso, a não ser que queira que eu mesmo faça. Ter Perla aqui dentro é uma ofensa não só a Dulce, mas a mim, a minha mulher, ao meu filho. Tire-a daqui, ou eu vou tirar. – Concluiu, e saiu.

Enquanto isso, na sala principal, Dulce se cansou de ficar encarando aquela mulher. Desceu as escadas tranquilamente, ia pedir a Rosa que lhe fizesse um chá. Então Suri e Théo apareceram, com um Diego engatinhando a sua frente. O menino usava um macacãozinho de algodão azul bebê. Tinha os cabelos de Christian. O bebê ria, acompanhado dos primos.

Perla: Que gracinha. – Sorriu, irritada, ao re-ver o bebê, e se abaixou pra carrega-lo.

Mas de alguma forma Dulce estava lá antes que ela o alcançasse. Segurou seu braço, mantendo-o no ar. A mão de Dulce estava fria como gelo. Perla se empertigou e puxou o braço violentamente.

Dulce: Toque em um deles, e eu mando você de volta pro inferno pessoalmente. – Avisou, e Perla não teve coragem de ir pro menino de novo.

Uma briga feia ia se iniciar ali. Nessa hora Christian entrou na sala, e percebendo o clima, interferiu.

Christian: Calma, senhoras. – Disse sem encarar Perla, tirando Dulce de perto dela. Ele se abaixou e apanhou o filho, carregando-o.

Alfonso: Vamos, Perla. – Chamou, saindo de casa. A mulher sorriu vitoriosa pra Dulce e acompanhou Alfonso.

...

Maria Luiza Continuando!!