Fanfic: Pecado | Tema: Romance, Trendy, Adaptada, DyP
Rosa estranhou. Havia trocado os lençóis de toda a mansão no dia anterior. Observou então que havia um pouco de sangue, bem mínimo no meio da cama. Assentiu, e saiu. Logo Dulce se trancou no banheiro. Ela pediu que a água estivesse fervendo, e ela estava. Do lado da banheira havia um recipiente com água limpa, sem espuma, e também fervendo. Dulce entrou na banheira, e logo esfregava a espuma no corpo com força. A água quente queimava a pele dela, mas ela precisava tirar a marca dele de si. Ela chegava a se machucar pela força com a qual friccionava a esponja no corpo, que começava a ganhar uma tonalidade vermelha-clara. Quando se sentiu limpa o suficiente, pegou o recipiente e se enxaguou. Seu corpo ardeu. A pele estava sensível, e a água estava quente demais. Mas não importava. Ela escovou os dentes detalhadamente, e lavou a boca com sabonete. Enfim, estava limpa. Limpa de corpo. Sua alma estava destruída. Seu coração em pedaços, mais um vez. Mas ela foi pro quarto, se vestiu, com a ajuda de Rosa. Os forros já haviam sido trocados. Estava se perfumando, quando a voz que mais queria ouvir lhe inundou.
Christopher: Você tem alguma coisa contra musiquinhas de feliz aniversário? – Perguntou, e o riso em sua voz fez Dulce sorrir. Ele estava ali. Estava tudo bem.
Dulce: Tenho algumas objeções, porque? – Virou-se, sorrindo pra ele.
Christopher: Então vai a sem a música mesmo. – Ele fez uma careta. – Eu tinha ensaiado, sabia disso? – Dulce riu. – Feliz Aniversário. – Entregou um pacote pra ela.
Dulce: Obrigada. – Ela sorriu, e o beijou brevemente.
Dulce desfez o laço de fita cuidadosamente, sorrindo, e abriu a caixa. Seu sorriso se fechou ao ver o presente.
Dulce: Christopher! – Disse, incrédula.
Era a camisola vermelha de Maite. Ela ouviu o riso de Christopher ressonar atrás de si, e sorriu, com uma careta, tirando a peça da caixa. Era tão atirado quanto ela se lembrava. Só que quando ela puxou a peça, uma caixa retangular caiu dela, ficando no pacote. Dulce sorriu e abriu a caixa. Era uma pulseira, linda. Mais diamantes.
Dulce: Você é patético. – Acusou, virando-se pra ele. Christopher ainda ria. – Sabe, estou pensando em abrir uma joalheria. O que você acha? – Sorriu, fechando a caixinha da pulseira.
Christopher: Bom, vendo pelo padrão do seu porta joias, eu acho que vai dar certo. – Dulce riu. – Mas isso não é o seu presente. Bom, a camisola é. – Ele parou pra rir. – Mas a pulseira não. – Dulce franziu a sobrancelha, confusa. – Quero que use ela hoje. Vou te levar a um lugar. Não me pergunte onde. – Dulce fez uma careta curiosa. – Confie em mim. – ele sorriu.
Ela confiava. Assentiu, e ele lhe disse que sairiam as três. Ela ficou com ele até o almoço, depois foi se arrumar. Ele lhe disse para se vestir elegantemente. E então ela o fez. Tomou um banho bem perfumado, vestiu seu melhor vestido negro: um tomara-que-caia super justo no busto, que tinha um par de luvas pretas que ia até os cotovelos. Ela pôs a pulseira dele por cima da luva, o que deu muito mais destaque aos diamantes. Se maquiou, e se penteou cuidadosamente, fazendo um rabo de cavalo liso, com vários fios soltos em volta, e no topo da cabeça pôs a tiara que Alfonso lhe deu. Pra completar, usou as botas novas que ganhou de Maite. Estava perfeita. Parecia um anjo. Foi esse o primeiro pensamento de Alfonso quando viu Dulce descer as escadas, pronta. Ela ignorou ele. Christopher estava ali perto, vestido socialmente, lindo em um terno preto. Ele sorriu ao ver Dulce, e saiu pra mandar buscarem a carruagem.
Alfonso: Onde diabo você pensa que vai vestida assim? – Perguntou, raivoso, avançando pra ela.
Alfonso foi segurar o braço dela, quase por costume já, mas ela recuou. A última coisa que ela queria agora era a marca dele em sua roupa. Ela se limpou demais, não queria aquilo de novo. Apenas balançou a cabeça negativamente, olhando pra ele.
Dulce: Quero que saiba, que eu nunca, escute bem, nunca vou perdoar você pelo que fez hoje. – Disse fria e duramente, e depois segurou a barra do vestido, saindo e deixando-o só. Christopher a esperava, com uma surpresa de aniversário. Pro diabo com Alfonso e sua prepotência.
A viajem demorou o dia inteiro. Dulce já estava cansada de ver mato, e mais mato. Até que eles entraram em uma cidade, bem afastada de Seattle. A carruagem parou na frente de um salão de festas enorme. Dali vinham risos, boa musica. Dulce arregalou os olhos, estupefata. Um baile.
Dulce: Christopher. – Murmurou, enquanto ele lhe abria a porta.
Christopher: Feliz aniversário. – Disse, sorrindo torto, ajudando ela a descer da carruagem.
A noite correu tranquila, alegre. Dulce até se esqueceu do marido. Christopher a fazia rir, conversava, tirou ela pra dançar diversas vezes, e o champanhe também ajudava. A madrugada reinava lá fora quando os dois, rindo, deixaram o local da festa.
Dulce: Christopher, pra onde... – Perguntou, confusa, ao ver ele descer da carruagem, ainda longe de casa.
Christopher: É tarde demais pra ir pra casa. Ficaremos aqui, e amanhã de manhã voltaremos. – Propôs, e Dulce sorriu.
Os dois foram até a recepção do hotel, e Christopher pediu a suíte mais luxuosa que havia. Ao chegar no quarto, Dulce desabou de costas na cama, e Christopher sorriu.
Dulce: Sabe, hoje eu aprendi uma coisa. – Começou, e Christopher riu.
Christopher: O que você aprendeu?
Dulce: Aprendi que não se deve usar botas novas quando se vai passar muito tempo andando. – Comentou com uma careta, e tirou uma bota – AAAAAAAI meu pé. – Ela mesma riu, fazendo Christopher sorrir.
Christopher pôs uma cadeira em frente a cama e se sentou, pegando o pé dela. Ela puxou o pé quando ele apertou, buscando massagear. Ele entendeu que doía. Continuando com mais cuidado, massageou até que a tensão dos músculos passasse. Fez o mesmo com o outro pé. Quando percebeu que a dor dela já havia passado, ele começou a fazer cócegas nela, que puxou o pé de novo, sem sucesso. Dulce chegou ao ponto de ficar vermelha de rir, mas ele não parava.
Dulce: Por... Por favor. – Implorou, com os olhos lacrimejando.
Christopher: Pr... – Ele deu um beijinho na coxa dela, por cima do vestido. – Ron... – Deu um beijinho na barriga dela. – To. Pronto. – Sorriu e selou os lábios com os da mesma. – Quer alguma coisa? – Perguntou, deitado em cima dela, mas sem deixar o peso na mesma, apoiando-se nos braços.
Dulce: Tipo...? – Provocou, sorrindo
Christopher: Algo pra comer, pra beber...? – Ele ergueu a sobrancelha.
Dulce: Hum... – Ela fez uma cara de decepção. – Estava pensando em outra coisa. – Sorriu.
Christopher: Em que? – Perguntou, prendendo o riso.
Dulce balançou a cabeça negativamente e o empurrou pra cama, fazendo-o cair deitado de costas do lado dela, e se deitou sob ele, enlaçando-o entre as pernas e beijando-o apaixonadamente em seguida. Christopher riu entre o beijo, mas aceitou os carinhos dela avidamente. O que os dois não sabiam era que em uma mansão, longe dali, um alguém de olhos verdes, furiosos, aguardava pelos dois.
...
Dulce acordou no dia seguinte, recebendo beijos de lábios frios na pele nua de suas costas. Ela sorriu, se espreguiçando.
Christopher: Bom dia, bela adormecida. – Chamou, e Dulce o encarou, fazendo manha. Ele já estava vestido, e ela, coberta por um lençol até o busto. – Odeio te acordar, mas temos que ir, se quisermos chegar em casa antes do almoço.
Dulce Alfonso vai me matar. – Constatou, rouca, fazendo uma careta.
Christopher: Eu sei que vai. – Ele riu, e selou os lábios com os dela. Dulce riu e jogou um travesseiro nele.
Os dois tomaram café, e se vestiram. Dulce, achando espalhafatoso demais pro dia, não vestiu as luvas, guardando-as no bolso do paletó de Christopher, e deixando a pulseira de diamantes em contato com sua pele. Penteou o cabelo do mesmo jeito, e os dois partiram pra casa. Horas depois chegaram na mansão Herrera. Cada um foi pro seu canto depois disso. Dulce passou na cozinha antes, e pegou uma torrada. Estava morrendo de fome.
Alfonso: Pensei que havia fugido. – Comentou, duro, quando ela entrou no quarto.
Dulce: Ah, bom dia. – Acenou com a cabeça, puxando as botas com o pé.
Alfonso: Que diabo significa isso, Dulce? – Rugiu, jogando um jornal de um bolo que tinha nas mãos. Dulce agarrou o papel antes que atingisse seu rosto, e olhou. Ela e Christopher, dançando abraçados. Na primeira página. Inferno, será que até lá iam seguir ela?
Dulce: Então você provou do seu próprio veneno. – Ela sorriu, após morder a torrada. – Então, como se sente? – Perguntou, ainda sorrindo, enquanto tirava a tiara da cabeça, e a pulseira, colocando-as na penteadeira.
Alfonso: O que eu sinto? Eu sinto que está na hora de Anahí vir pra casa. – O que ele disse atingiu Dulce como um tapa na cara, e o sorriso dela sumiu. – Christopher esteve só tempo demais pro bem dele.
Dulce: Chame quem você quiser. Não vai alterar o que já foi feito. – Sorriu, provocando, e olhou a testa dele, sugestivamente.
Alfonso se lançou pra ela, que correu. Se ele a pegasse, estaria morta. Sentia ele vindo bem atrás de si. Entrou no banheiro e bateu a porta com tudo. Alfonso rugiu de raiva e deu um murro, que fez a madeira tremer, e saiu do quarto, ouvindo o riso ofegante da ruiva.
...
Os dias foram se passando, normalmente. Nada mudou. Só o apetite de Dulce, que estava mais aguçado. Ela vinha tendo ataques de histeria também, o que divertia Christopher.
Christopher: Dul. – Chamou, certo dia, após abrir uma carta.
Dulce: Oi? – Respondeu, olhando pra ele
Christopher: Alfonso!
Dulce sentiu uma pontada no estomago ao ouvir o nome do marido. Nada bom seria.
Dulce: O que ele fez agora? – Perguntou, tentando se preparar.
Christopher: Ele mandou trazerem a Anny. – Constatou, se levantando. – Volto logo. – Ele avisou e saiu, pisando forte.
Dulce ficou na sala, com a boca amargando de ódio. Então ele realmente mandou trazerem Anahí? Ótimo. Era só do que ela precisava. O ciúme tomou conta do seu corpo ao pensar em Anahí dividindo quarto, dividindo uma vida com Christopher. Enquanto isso Alfonso lá, traindo ela a vontade com Perla. Perla. Se não fosse ela, sua vida ainda seria um conto de fadas. Dulce, antes que pudesse calcular, se levantou e subiu as escadas correndo. Mas não parou no segundo andar. Chegando no corredor, direcionou-se a esquerda e andou rapidamente pra escada do terceiro. Pela segunda vez os olhos do quadro de Perla focalizaram ela, irônica e provocadoramente. Dulce ofegava de ódio. Havia uma lamparina ali, já que Alfonso não deixou de instalassem luz. Ela foi até a estante e pegou o primeiro arquivo de cartas. Sorrindo maldosamente, pôs-se a rasga-las, uma por uma. Logo um monte de papel picado se fazia no chão. Ela rasgou todas, não deixou nenhuma inteira pra deixar recordação. Depois, puxou a estante com toda sua força. A estante emborcou no chão com um estrondo, e Dulce ouviu o vidro das delicadas portinhas se quebrarem.
Rosa: Senhora! – Chamou do andar debaixo. Nem sob o indicio evidente da destruição tinha coragem de desobedecer Alfonso.
Dulce: Saia daqui, Rosa. Mande todos saírem. – Ordenou, pegando a lamparina, e quebrando-a em seguida. Jogou a querosene em cima da enorme pilha de papel picado e acendeu, fazendo uma fogueira.
Christopher entrou no escritório dos Herrera como um furacão. Alfonso estava sentado em sua mesa, escrevendo algo. Christian, que estava de pé, entrou no caminho do irmão, que ia golpear Alfonso, que estava distraído.
Christian: CHRISTOPHER! – Rugiu, entrando no caminho de Christopher.
Christopher: QUE PALHAÇADA É ESSA? – Perguntou, erguendo a mão com a carta amassada.
Christian pegou o papel, e olhou. Alfonso já havia se levantado. Se ia brigar com Christopher, queria estar de pé. Sabia da capacidade destrutiva do irmão, quando ele queria faze-lo.
Christian: Mandou trazer Annie? – Perguntou, confuso, ainda segurando Christopher.
Alfonso: Já havia passado da hora. – Concluiu, sereno. – Vamos ver se assim ele passa a cuidar mais da mulher, e deixa Dulce em paz.
A próxima coisa que Alfonso sentiu foi algo acertando-lhe a testa, causando uma dor que lhe cegava. Ouviu Christian gritar com Christopher. Sua visão escureceu, e ele caiu ajoelhado no chão. Sentiu a mão que tocava sua testa se enchendo de sangue. Quando Alfonso estava respondendo, Christopher aproveitou a distração do irmão e pegou um peso de papel na mesa de Christian e lançou com toda a força no irmão, acertando-lhe a testa.
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ellafry capaz disso acontecer hein kkkkkkkkkkk
portisavirroniever Alfonso é um covarde!
Karla Martins quem sabe!!!!!
Autor(a): HerreraHD
Este autor(a) escreve mais 2 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?
+ Fanfics do autor(a)Prévia do próximo capítulo
Longe dali, Dulce abriu as janelas do terceiro andar. A fumaça estava lhe deixando tonta. Pegou um caco da lamparina quebrada, e pôs-se a acertar os quadros de Perla com tanta força que o vidro cortava sua própria mão. As telas, por fim, estavam completamente destruídas. Dulce pegou o vestido preto que usara anterior ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 167
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emily87 Postado em 01/12/2021 - 21:31:00
Que história mais linda! Chorei muito na parte em que a Dulce de despediu do Alfonso. Parabéns pela história.
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ellafry Postado em 08/02/2017 - 22:34:08
Vou sentir saudades :(
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ellafry Postado em 08/02/2017 - 22:33:24
MARAVILHOSA <3333
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ellafry Postado em 01/02/2017 - 20:36:39
que fogo esses dois hem
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ellafry Postado em 27/01/2017 - 12:00:39
esse pai da dulce é um porre
HerreraHD Postado em 28/01/2017 - 17:12:08
demaiiiiiiis
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ellafry Postado em 23/01/2017 - 09:42:57
haha dulce malvadinha
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ellafry Postado em 20/01/2017 - 10:39:21
MOMENTO MARAVILHOSO DA SURI COM O ALFONSO *-* AMEI AMEI AMEI
HerreraHD Postado em 22/01/2017 - 20:07:16
já tava na hora desses dois se acertarem *-*
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ellafry Postado em 19/01/2017 - 15:24:37
espero q seja um menino. *-*
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ellafry Postado em 16/01/2017 - 10:20:32
que ciumes, sem or kkkkkk se acalma dulce
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ellafry Postado em 05/01/2017 - 11:14:25
ain, que aperto no coração ver o poncho assim :(
HerreraHD Postado em 06/01/2017 - 20:38:52
dá uma dozinha, nem parece que ele já fez tantas maldades :( kkkkk