Fanfic:  Pecado | Tema: Romance, Trendy, Adaptada, DyP

Longe dali, Dulce abriu as janelas do terceiro andar. A fumaça estava lhe deixando tonta. Pegou um caco da lamparina quebrada, e pôs-se a acertar os quadros de Perla com tanta força que o vidro cortava sua própria mão. As telas, por fim, estavam completamente destruídas. Dulce pegou o vestido preto que usara anteriormente, e o rasgou em cada pedaço, a mão, jogando-o em um canto. Pegou um pedaço de papel em chamas com a ponta dos dedos, e tacou no vestido, que prontamente começou a queimar. Rasgou a tapeçaria do chão, o papel que decorava as paredes, tudo. Iria acabar com tudo!

Enquanto isso, na cidade, Christian levou Alfonso ao hospital. Alfonso levou 6 pontos na testa, ganhando um curativo ali. Perla apareceu, até hoje não se sabe de onde, e não desgrudou de Alfonso nem um segundo, irritando Christian e enojando um Christopher que só estava ali porque Christian o obrigou. Por fim, seguiram pra casa. A surpresa se criou quando chegaram a mansão. As janelas do terceiro andar estavam abertas, e cuspiam fumaça pro vento.

Christopher: Dulce. – Murmurou, com um sorriso crescendo no rosto.

Quando entraram em casa, Rosa os avisou de que Maite levara as crianças pra fora, pra longe da fumaça, já que Dulce estava incontrolável. Alfonso estava pronto pra ir atrás da mulher, quando a ruiva desceu as escadas, arrastando os trapos de um vestido vermelho berrante nas mãos. O coque de seu cabelo estava frouxo, e os fios caíram dali. Seu vestido preto estava sujo pelas cinzas. Mas pra Christopher continuava parecendo um anjo. Um anjo saindo do caos, mas ainda assim um anjo.

Dulce: Tome, isso é seu. – Ela disse, jogando o vestido rasgado em Alfonso. O vestido acertou Perla em cheio, já que a mesma estava do lado de Alfonso.

Alfonso: Que diabo você pensa que está fazendo? – Perguntou, sendo tomado pelo ódio, e segurando o vestido.

Dulce: Aquele lugar enojava a casa! – Ela disse, encarando a Perla com desprezo. Ela retribuiu o olhar a altura. – Então, foi por água abaixo. Melhor, por fogo abaixo. E tire ela da minha casa. Agora! – Disse, e se virou, marchando pra escada. Alfonso foi atrás e puxou ela pelo braço com força.

Alfonso: Não brinque com fogo, não brinque comigo Dulce. – Rosnou, apertando o braço dela.

Dulce: Eu sou o fogo, Alfonso. – Rebateu, puxando o braço.

Alfonso ergueu a mão e baixou ela com toda a força, visando um tapa no rosto de Dulce. A expressão da ruiva não mudou. A única coisa que impediu o golpe foi um punho frio como gelo que se fechou em volta do braço de Alfonso, segurando-o com severidade.

Christopher: Matarei você antes. – Rosnou, puxando o irmão pra longe de Dulce. – Vamos, Dul. – E tocou a cintura dela levemente, levando-a dali.

Christopher levou Dulce a seu quarto. Lá lhe deu uma toalha, e tudo o que ela precisaria para um banho. Dulce aceitou, feliz da vida. Carregava cinzas até em sua alma. Ele saiu do quarto enquanto ela se banhava, e foi atrás de Rosa, para pedir um vestido limpo para ela. Rosa a ajudou a se vestir, e depois saiu. Foi quando Christopher voltou.

Christopher: Entusiasmo demais. – Comentou, avaliando o corte da mão dela.

Dulce: Me empolguei. – Justificou, fazendo voz de bebê. Christopher riu e selou os lábios com os dela, se levantando.

Dulce viu Christopher ir até o banheiro, e voltar com uma caixa de primeiros socorros. Ele se sentou ao lado dela em sua enorme cama, e ele pôs-se a cuidar de sua mão.

Dulce: Você não se sente culpado? – Perguntou, olhando-o.

Christopher: Pelo quê? – Perguntou, distraído com o curativo.

Dulce: Pela Anahí. Por nós dois. – Continuou.

Christopher: Bom, em verdade, não. – Disse calmo, e Dulce franziu a sobrancelha – Sabe, Dul, Annie me traiu, a anos atrás, bem no começo de nosso casamento. – Comentou, normalmente, pegando uma atadura e enrolando o corte cuidadosamente.

Dulce: Te traiu? – Perguntou, incrédula. Quem, em sã consciência, trairia Christopher?

Christopher: Traiu. Ela teve um caso com o melhor amigo, Derick James. Quando eu descobri, quis matar ela. Ele também. – Dulce não conseguiu não rir, e ele sorriu. – Mas ela veio até mim. Conversamos. Ela era a minha vida. E eu não conseguia aceitar.

Dulce: E depois?

Christopher: Nessa época nós nos mudamos pra cá. Christian precisava ser apresentado a Maite, e era melhor que tivesse algum tempo aqui antes de ir até ela. Podia assusta-la. Eu me assustaria. – Ele riu gostosamente com isso. – Entretanto. – Fechou a cara, e agora Dulce riu. Ele sorriu. – Eu deixei ela lá. Não estava pronto pra perdoar. Levou tempo pra eu me libertar daquele ódio. Mas ai, quando ela podia vir, Marichello bateu pé firme de precisava dela lá, então ela ficou. – Ele terminou de prender a atadura, e observou o trabalho.

Dulce: Deve ter sido horrível. – Comentou, olhando-o. Ela sabia o que era sentir essa dor.

Christopher: E foi. Eu amo a Annie, amo com cada fibra do meu corpo. – Disse, e Dulce não sentiu ciúme. Amava Alfonso com a mesma intensidade que ele descrevia o amor por Anahí. – Eu sinto falta dela. É como se um pedaço meu estivesse lá. Entretanto, você é a minha vida, agora. – Ele tocou o nariz dela com a ponta do dedo, e ela sorriu, avançando-o para beija-lo. Christopher acolheu ela em um abraço, enquanto retribuía o beijo apaixonado da ruiva.

Enquanto isso, no andar debaixo...

Christian: ROSA! – Gritou pela governanta, que logo apareceu.

Rosa: Sim, senhor?

Christian: Mande apagarem o que Dulce fez no terceiro andar. – Ele viu Rosa olhar, apreensiva, pra Alfonso, que rosnava em sua fúria. – É uma ordem. – Chamou a atenção dela, que assentiu – E mande chamar Maite.

Rosa saiu, deixando Alfonso, Perla e Christian sozinhos. Só que Christian não estava nada satisfeito.

Christian: E então, Perla. – Começou, e Perla, juntamente com Alfonso, se viraram pra ele. – O que ocorreu naquele dia, no penhasco? Quero dizer, você caiu junto com a carruagem. Então anos depois reaparece, saudável, sem nenhum arranhão.

Alfonso: Christian. – Rosnou, como que por aviso.

Christian: Eu tenho o direito de saber. – Rebateu, duramente.

Perla: Deixe. – Ela tocou o peito de Alfonso levemente, e se virou para Christian. – Eu realmente cai com a carruagem. Pelo visto, vocês não se preocuparam em mandar procurar o meu corpo. – Alfinetou, e Christian sorriu, erguendo a sobrancelha. – Então Ezequiel, um desconhecido, passou pelo local e me viu, presa às pedras. Me salvou.

Christian: E você não voltou antes por...?

Perla: Ezequiel se apaixonou por mim. – Comentou, e Alfonso observava ela, com certo fascínio no rosto. – Me manteve presa durante todo esse tempo. Até que Escobar, um amigo, me ajudou a fugir. Assim que consegui, vim atrás de Alfonso. – Ela encarou Alfonso, que sorriu de canto.

Christian: Pouco convincente. – Continuou, mostrando que não acreditava em uma palavra.

Alfonso: Christian, já chega!

Perla: É a verdade. – Concluiu.

Maite: Chris. – Sorriu, entrando na sala e rumando pro marido. Seu sorriso se fechou ao ver Perla.

Maite tinha Diego no colo, e Suri e Théo atrás. A menina se revoltou ao ver a moça lá.

Suri: Cadê a Dul? – Perguntou, ignorando Perla e Alfonso.

Christian: Lá em cima, com Christopher. – Respondeu, abraçando Maite pela cintura e beijando a testa do filho.

Suri se virou pra ir pra escada, mas Alfonso, ao lado de Perla, trancavam a escada. Ela suspirou e ergueu o rosto.

Suri: Sai da frente? – Pediu, sem paciência.

Perla: Tenha modos. – Repreendeu, prendendo o riso.

Suri: Olha só quem fala de modos. – Ela varreu Perla com o olhar, e em seguida, segurando a barra do vestido, deu um senhor pontapé na canela dela, que gritou de dor, se abaixando. – Obrigado. – E rumou pela escada, até o segundo andar.

O fogo no terceiro andar, por fim, foi apagado. Alfonso, Perla, Christopher, Dulce, Maite, Christian, enfim, todos subiram pra ver o resultado. Não restara nada. Era tudo um bolo de cinzas, cacos de vidro, papel e água.

Christopher: Bom trabalho. – Murmurou no ouvido de Dulce, que sorriu.

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portisavirroniever Dlce piradinha naquele capítulo kkkk