Fanfics Brasil - Capítulo 54 Pecado

Fanfic:  Pecado | Tema: Romance, Trendy, Adaptada, DyP


Capítulo: Capítulo 54

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Christopher: Carta pra você. – Anunciou, na manhã seguinte. Dulce estava sentada, tricotando um sapatinho.


Dulce franziu a sobrancelha, confusa. Não costumava receber cartas. Ela pegou o envelope, e olhou o remetente. Sorriu. Aaron.


Dulce: MAI! – Ela ouviu a irmã gritar “O QUE?” do andar de cima, respondendo – CARTA DO AARON! – Anunciou, sorridente.


A morena logo apareceu, saltitante. Ambas sentiam falta do irmão. Maite se sentou na poltrona perto da que Christopher estava, e Dulce começou a ler.


Queridas Dul e Mai...


Escrevo pra dar-lhe uma noticia não tão boa. Lola Francisca pegou febre tifoide há alguns meses. Eu não avisei antes, porque não queria preocupar vocês. Porém, ela não resistiu. Morreu antes de ontem, e o enterro foi ontem de tarde. Eu queria ter escrito antes, mas não tive condições. Ela era minha vida. Já escrevi, avisando papai do que aconteceu. Vou tentar largar o trabalho pra passar uns dias com vocês. Como você está com Alfonso? E Maite? Na última carta ela disse que o bebê tinha nascido, como ele está?


 


Esperando que estejam bem,


Aaron Díaz Saviñon.


 


Dulce: Tem uma foto aqui. – Disse, ainda pasma pela noticia. Ela olhou o verso da foto. Era a caligrafia de Aaron. (“Sei que você não deve se lembrar dela, passaram-se muitos anos.”)


Dulce passou a foto pra irmã, e a tristeza em seus olhos era mais que aparente. Aaron amava Lola Francisca mais que a própria vida. Queria estar com o irmão, abraça-lo, consola-lo. Enquanto Maite observava a foto da cunhada falecida, Dulce pensou nisso. Como a vida era injusta. Corações quebrados estavam por toda parte.


...


Os dias foram se passando, calmos. Dulce completou seis meses de gravidez. Estava com um barrigão enorme. Ela e Maite se esbaldaram comprando roupinhas neutras, já que ainda não sabiam o sexo da criança.


Christian: Você se empolgou com a história do bebê da Dul. – Comentou, sorrindo pra esposa, que estava sentada na ponta da cama dos dois, com um macacãozinho na mão.


Mai: A Dul é muito só. Alfonso não dá nem um terço do que ela merece. Então eu faço o que posso. – Christian sorriu mais ainda, pela doçura dela.


Christian: Agora ela vai ter o bebê. – Confortou, enquanto tirava o paleto. – Todos nós teremos um novo herdeiro, pra fazer companhia ao Diego.


Maite: Novos herdeiros. – Corrigiu, sorrindo.


Christian: Novos? – Virou-se confuso pra mulher. Maite ergueu a sobrancelha, e ele entendeu. Novos herdeiros. Mais de um. Duas grávidas.


A gritaria recomeçou. Foi quase exatamente como a vez de Diego, só com algumas diferenças. Dulce, que comia uma torrada, engasgou-se com o grito que Christian deu. Os futuros papais nem precisavam anunciar, todos adivinharam. Dulce sorriu, feliz. Alfonso fez uma cara estranha, mas sorriu pra si mesmo. Christopher riu. Um novo herdeiro.


...


Christopher:  Marichello pegou febre. – Anunciou certa noite, após o jantar, lendo uma carta de Anahí.


Christian: Febre tifoide? – Perguntou, virando-se pro irmão.


Christopher: É. – Confirmou, lendo o resto da carta.


Christian: É uma epidemia. – Comentou, pensativo.


Maite: Lola Francisca. – Falou, e Dulce assentiu, abraçando-se a barriga.


Alfonso: Quem é Lola Francisca? – Perguntou, observando as duas.


Dulce: Mulher do Aaron. Morreu há alguns dias, com essa febre. – Respondeu, acariciando a barriga.


Christopher: Eu tenho que ir. – Concluiu, após terminar de ler a carta.


Dulce virou a cabeça bruscamente pra Christopher, atônita. Alfonso observou a reação da mulher com um sorriso de canto no rosto. Se Christopher era seu farol, agora ela estava perdida.


...


Dulce: Christopher, o bebê. – Murmurou no dia seguinte, antes dele partir, no chalé.


Christopher: Eu voltarei pra ver ele nascer, eu prometo. – Respondeu, abraçando-a. – Eu preciso ir. Anny está atordoada, sozinha, e com Marichello no estado em que está. Me perdoe.


Dulce: Eu preciso de você aqui, pro bebê nascer. Eu tenho medo. – Admitiu, com o rosto no peito dele.


Christopher: Eu estarei aqui, minha Dul. – Acalmou ela, lhe acariciando os cabelos firmemente presos. – Eu preciso ir.


Dulce ergueu os olhos pra ele, e estava em pânico. Precisava de Christopher aqui. Ele segurou o rosto dela, e a beijou por um bom tempo. Era um beijo de despedida. Na opinião de Dulce, a pior classe de beijo. E então, com um “Até logo.”, ele havia sumido, deixando aquele vazio doloroso em seu peito.


...


Alfonso: Ele foi embora. – Caçoou no dia seguinte, à noite, quando ela entrou no quarto dos dois.


Dulce: Vá pro diabo que te carregue, Alfonso. – Mandou, quieta, enquanto tirava as botas.


Alfonso: Você fica tão bonitinha quando está só. – Continuou, divertido. – Oh, pobre Dul, seu Christopher voltou pra mulher. – Ele riu gostosamente com isso.


Dulce: Vamos parando? – Perguntou, erguendo o rosto pra ele.


Alfonso: A essa hora ele deve estar com ela. – Provocou, e Dulce olhou pra frente. – Você não conhece a mansão da França, mas é incrível. – Atiçou, sentando-se na outra ponta da cama. – As camas são enormes. Imagino, Anahí tendo ficado sozinha tanto tempo, em que condição os dois não devem estar agora. – Concluiu, rindo maliciosamente.


Dulce não admitiu, mas era nisso que ela estava pensando. Christopher estava com Anahí agora. Ele era apaixonado por ela. Anahí levaria ele pra cama. Dulce admitiu pra si mesma, levaria Alfonso pra cama também, se não estivesse com uma barriga tão grande, e se Perla não estivesse marcada em cada pedaço da pele dele. Não podia piorar. A raiva dela chegou ao auge, e antes de pensar, ela pegou um pequeno vaso que estava na penteadeira e atirou nele. Alfonso desviou, e o vaso atingiu em cheio a parede, partindo-se em dezenas de caquinhos. Dulce foi pro banheiro e bateu a porta com força, ainda ouvindo o riso glorioso de Alfonso vindo do quarto. Christopher com Anahí. Alfonso lhe torrando a paciência. Sua barriga, cada vez mais pesada. Inferno de vida.


Um mês se passou. Christopher escrevia a Dulce uma semana. Marichello não estava bem. Dulce mandou noticias de todos, e disse que sentia saudades. Sua barriga estava maior que nunca.


...


Dulce: Aii. – Murmurou um dia de manhã, ao se levantar, voltando pra cama.


Alfonso: O que foi? – Perguntou, vestindo-se. Já havia tomado banho, e agora abotoava o colete.


Dulce balançou a cabeça negativamente, e respirou fundo. Havia algo desconfortável em sua barriga. Estava lhe machucando. E piorava com o passar dos segundos.


Alfonso: Dulce, o que há? – Perguntou, ao ouvi-la gemer de novo.


Dulce: Minha... minha barriga. – Assumiu, com uma expressão de dor no rosto.


Alfonso: O que tem? – Perguntou, se aproximando.


Dulce: Dói. – Ela se levantou com dificuldade. – Eu vou tomar um banho. Deve ajud... AII! – Gemeu alto, tropeçando. Alfonso a amparou, preocupado. Nesse momento Dulce sentiu um liquido estranho descendo por suas pernas. Alfonso olhou pro chão ao vê-la olhar, e viu o assoalho molhado.


Alfonso: O bebê. – Concluiu, erguendo o rosto pra ela.


Dulce: Não. É muito cedo. – Negou. Mas não havia outra desculpa. – Só sete meses. Ainda faltam dois.


Alfonso: Não faltam mais. – Concluiu, olhando o chão. – Venha, volte pra cama. – Ele guiou ela cuidadosamente de volta pra cama, ajudando-a a se sentar. – Eu já volto. – E saiu as pressas.


Dulce ouviu Alfonso gritar no corredor (“MAITE!”). Entrou em desespero. Christopher. Ah, Deus. Christopher.


Logo Maite apareceu na porta do quarto, enrolada em seu hobbie. Ela estava com seus três meses de gravidez, e sua barriga era um nadinha saliente. Dulce viu Alfonso passar correndo com Christian, ambos gritando por Rosa. O dia estava frio, mas a ruiva soava, pela dor e pelo desespero.


Maite: Dul! – Ela sorriu, ajudando a irmã.


Dulce: Maite. – Murmurou, segurando o braço da irmã. – Christopher. Eu preciso. – Ela gemeu de dor de novo. – Christopher. – Foi o único que conseguiu dizer.


Maite: Ele não vai poder estar aqui agora. – Disse, apoiando a irmã nos travesseiros. – Não tranque as pernas, Dul. Só faz piorar. – Disse, meio com compaixão, ao ver que Dulce tinha as pernas rígidas. A experiência do parto foi uma das piores pelas que já passara.


Dulce: Dói. – Assumiu, entre uma contração e outra.


Maite: Eu sei. – Murmurou, sem ter o que dizer.


Dulce: O que... o que está fazendo? – Perguntou ao ver a ruiva prender aos cabelos dela.


Maite: Foi algo que me incomodou no parto. Os cabelos grudaram no rosto. É melhor que estejam presos. – Dulce sorriu de canto. Maite era detalhista demais. – ROSA! – Gritou, indo pro banheiro.


Logo Rosa apareceu na porta, trazendo uma bacia com agua fervendo e toalhas brancas, limpinhas.


Rosa: A parteira está vindo. – Anunciou, enquanto colocava a bacia fervendo aos pés da cama. Dulce gemeu de novo.


Alfonso: Dul. – Murmurou aparecendo na porta. Parecia atordoado. Dulce ergueu o rosto, ofegante de dor, pro marido. Ele, pela primeira vez, se sentia impotente. Aquele filho podia ser seu. Dulce estava em agonia. E ele, nada podia fazer.


Dulce ia responder o marido, mas ao invés disso gemeu de dor. Ele caminhou até ela, ajoelhando-se perto da cama. A observava atônito. Não queria que ela sentisse dor.


Alfonso: Há algo que eu possa fazer? – Foi o único que conseguiu perguntar.


Dulce: Segure a minha mão. – Pediu, entre um gemido e outro.


Alfonso obedeceu, segurando a mão dela. As duas alianças se uniram, novamente. Dulce queria que Christopher estivesse ali, no lugar dele. Mas foi a mão Alfonso que tranquilizou sua dor.


Maite: A parteira chegou. – Anunciou, entrando no quarto com a mulher.


Alfonso se levantou. Sabia que não podia ficar ali. Mas então Dulce segurou sua mão com mais força, pedindo com aquilo que ele ficasse.


Parteira: É melhor não. – Respondeu ao olhar indagador de Alfonso.


Alfonso: Fique bem. – Pediu, antes de dar um beijo das costas da mão dela. Então ele saiu, só que sua alma havia ficado lá, segurando a mão dela.


Alfonso foi pra sala, com Christian. Era a mesma cena de em média um ano e meio atrás. Só que dessa vez o atormentado era Alfonso. O bebê era prematuro, e Dulce estava sofrendo mais que Maite. Ah, e Christopher não estava lá.


Christian: É horrível, não é? – Perguntou, observando o irmão.


Alfonso tinha as palmas das mãos nos ouvidos, mas isso não bloqueava os gritos e gemidos de dor de Dulce. Ele olhava o chão fixamente, e os minutos pareciam não passar.


Alfonso: O que houve? E Dulce? – Perguntou imediatamente, quando Rosa desceu as escadas, aproximadamente 3 horas depois.


Rosa: Está sendo um pouco complicado, mas estamos conseguindo. Eu preciso chamar um médico, pra que...


Alfonso: Médico?! Porque?! – Ele se lembrou: Maite não precisou de um médico. Nesse momento Dulce gritou de novo, e ele ergueu os olhos pro assoalho.


Rosa: O bebê só tem sete meses, senhor Herrera. – Respondeu, pacientemente. – Talvez precise de algum cuidado especial.


Christian: Não deve ser nada demais, só rotina, Maite e eu levamos Diego ao médico nos seus primeiros dias. – O tranquilizou.


Alfonso ia responder, mas nesse momento um choro desesperado ecoou pela mansão. Um choro de criança.


 


 


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Autor(a): HerreraHD

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 167



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  • emily87 Postado em 01/12/2021 - 21:31:00

    Que história mais linda! Chorei muito na parte em que a Dulce de despediu do Alfonso. Parabéns pela história.

  • ellafry Postado em 08/02/2017 - 22:34:08

    Vou sentir saudades :(

  • ellafry Postado em 08/02/2017 - 22:33:24

    MARAVILHOSA <3333

  • ellafry Postado em 01/02/2017 - 20:36:39

    que fogo esses dois hem

  • ellafry Postado em 27/01/2017 - 12:00:39

    esse pai da dulce é um porre

    • HerreraHD Postado em 28/01/2017 - 17:12:08

      demaiiiiiiis

  • ellafry Postado em 23/01/2017 - 09:42:57

    haha dulce malvadinha

  • ellafry Postado em 20/01/2017 - 10:39:21

    MOMENTO MARAVILHOSO DA SURI COM O ALFONSO *-* AMEI AMEI AMEI

    • HerreraHD Postado em 22/01/2017 - 20:07:16

      já tava na hora desses dois se acertarem *-*

  • ellafry Postado em 19/01/2017 - 15:24:37

    espero q seja um menino. *-*

  • ellafry Postado em 16/01/2017 - 10:20:32

    que ciumes, sem or kkkkkk se acalma dulce

  • ellafry Postado em 05/01/2017 - 11:14:25

    ain, que aperto no coração ver o poncho assim :(

    • HerreraHD Postado em 06/01/2017 - 20:38:52

      dá uma dozinha, nem parece que ele já fez tantas maldades :( kkkkk


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