Fanfic:  Pecado | Tema: Romance, Trendy, Adaptada, DyP

Alfonso: Sabe andar por aqui? - Perguntou indiferente, rompendo o silêncio na carruagem.

Depois de composto, Alfonso recobrou sua frieza. Dulce colocou um vestido azul turquesa, e agora engolia uma raiva irritante daquele homem.

Alfonso: Posso mandar um empregado com você. - Disse ao deixa-la na frente da grande loja.

Dulce: Como se você se importasse. - Alfonso revirou os olhos - Eu estou bem, pode ir. - Disse, dura. Eles não repararam, mas as pessoas em volta olhavam disfarçadamente, cobiçosos. Eram um belo casal. Alfonso era o tipo de homem que fazia as mulheres suspirarem, e Dulce, delicada, com suas feições finas.

XXXX: Bom dia, posso ajuda-los? - Disse saindo a loja, em direção ao casal.

Alfonso: Minha esposa precisa fazer compras. Dê a ela o que precisar, não importa o preço. - Disse ainda encarando Dulce.

Todos na cidade conheciam os Herrera. Sua fortuna desmedida assombrava a todos. O dono da loja, feliz da vida, assentiu e saiu. Dulce encarava Alfonso com raiva. Ele balançou a cabeça negativamente e saiu. Ela suspirou e foi as compras. Suri precisava de tudo, e Dulce comprou tudo. Vestidos, sapatos, escovas, roupinhas de baixo, sabonetes, perfumes, espartilhos, meias. Tinha comprado roupas que encheriam um guarda-roupas. Estava olhando um vestidinho quando Alfonso voltou.

Alfonso: Você termino... - Se interrompeu ao ver o enorme monte de coisas que Dulce separou - Que diabos é tudo isso?

Dulce: Coisas pra Suri. - Disse sem dar atenção

Alfonso: Suri tem tudo o que precisa. - Disse friamente, enquanto Dulce olhava a renda do vestido.

Dulce: Ai é que você se engana. Ela não tem nada, parece um moleque. - Disse friamente - Eu vou ser a mãe dela. - Dulce percebeu, mas o maxilar de Alfonso se contraiu ferozmente quando ela disse isso.

Alfonso: Escuta aqui. - Ele disse entre dentes - Eu não sou o tipo de homem que volta atrás em uma decisão, então, não me provoque. - Ameaçou.

Dulce: Jura? Pois deixa eu te contar uma novidade. - Ela se virou pra ele, jogando o vestido rosinha no monte de coisas que compraria. - Eu não sou o tipo de mulher que abaixa a cabeça. Então, não me subestime.

Alfonso encarou Dulce, furioso. Ela correspondeu o olhar a altura. Estava com tanta raiva. E assim ficaram,  um lançando ódio contra o outro. Então, o olhar de Alfonso se suavizou em um sorriso de deboche.

Alfonso: Tudo bem. - Ele se virou pra pilha de coisas - Mas isso, - Ele pegou um pequeno espartilho. - Não vai. - Sorriu

Dulce empalideceu. Os vestidos podiam ser usados sem os espartilhos, mas ficavam horríveis. Alfonso era simplesmente insuportável. Mas ela sorriu. Veio preparada pra isso.

Dulce: Tudo bem, os espartilhos ficam. - Ela tirou o monte de espartilhos do bolo - Podemos ir?

Alfonso a encarou, surpreso, mas achando graça. Foi até o dono da loja, que fez as contas e teve um surto de prazer quando Alfonso lhe pagou tudo, em dinheiro vivo. Alfonso voltou pra carruagem, e Dulce fingiu estar conferindo as compras. Mas quando ele saiu, ela tirou um pequeno bolo de notas do decote e comprou os espartilhos, misturando-os nos pacotes. Voltou pra carruagem sorrindo, e foi em silêncio pra casa. Quando chegaram em casa, Alfonso rumou ao escritório, organizar alguns papéis, e Dulce foi direto pro quarto de Suri, com uma legião de empregados carregando caixas atrás dela.

Dulce: Suri? - Chamou, dando batidinhas na porta do quarto

Suri: Oi? - Suri adorava que Dulce lhe visitava, não era bom ficar sozinha - Dul?   - Disse estupefata, ao ver o corredor lotado.

Dulce: Presentes. - Sorriu, radiante, e Suri deu espaço pros empregados entrarem.

Quando terminaram, o quarto da menina estava cheio. Ela e Dulce se divertiram rasgando tudo de velho que a menina tinha: roupas, lençóis de cama, tudo. Depois, cuidadosamente, arrumaram tudo de novo. O guarda-roupas ficou abarrotado.

Os dias foram se passando, e Suri aprendia cada vez mais. Já sabia comer corretamente, e andar com as sapatilhas novas. Tinha dificuldade com os espartilhos.

Suri: Não consigo... - Dulce puxou o último fio do espartilho - Respirar. - Olhou atônita pra Dulce, que deu o laço no cordão.

Dulce: Esta ótima. - Alisou a barriga da menina. Suri começava a ficar vermelha. - O segredo é respirar superficialmente. - A menina tentou, e pareceu melhorar. - Agora, senta. - Suri se sentou com um pulo e cruzou as perninhas - Não! - A menina se encolheu - Assim.

Dulce, que estava encostada na cama, foi até a cadeira do lado de Suri. Sentou-se, deixando as pernas penderem pro lado.

Dulce: Damas direitas nunca cruzam as pernas, deixam elas ficarem gentilmente relaxadas. - Apontou pra as pernas - Tente.

Suri que já estava de pé, foi levemente até a cadeira e deixou as perninhas de lado. Dulce sorriu e bateu palmes, abraçando a menina em seguida. Dulce não sabia, mas Alfonso a estava observando pela porta entreaberta. Ele revirou os olhos, balançou a cabeça negativamente, mas sorriu ao sair.

Logo um mês se passou. Suri estava uma daminha. Numa manhã inesperada, Maite e Christian retornaram.

Alfonso: Christopher? - Perguntou, dando falta do irmão.

Christian: Anahí deu problemas, não queria deixa-lo vir, então ele vem depois de amanhã. - Alfonso revirou os olhos, Christian riu.

Alfonso: Já reparou como as mulheres tem uma incrível facilidade de se tornarem transtornos? Problemas, pra melhor dizer? - Ele disse, olhando Dulce.

Dulce: Eu já disse que você é insuportável hoje? - Perguntou, se fazendo de curiosa.

Alfonso: Não, hoje ainda não. - Sorriu debochado pra ela.

Dulce: Pois você é. A criatura mais irritante, mais insuportável que eu conheço. - Sorriu, sem expressão. Maite arregalou os olhos

Alfonso: Era por isso que você não queria casar comigo? - Ele sorriu, frio pra ela.

Dulce: Vai pro inferno, Alfonso. - Ela puxou Maite pela mão, saindo da sala.

Após desfazer a bagagem, Dulce, Alfonso, Maite e Christian almoçaram. Depois, Alfonso e Christian saíram, deixando Dulce e Maite a sós.

Maite: Fomos a Paris. - Disse animada - Trouxe tantos presentes. - Sorriu, radiante.

Maite era meio tagarela, mas Dulce gostava. Ouvia as histórias com atenção e sorria. Era bom ter alguém pra conversar.

Maite: Agora, me diz. - Perguntou, reduzindo o tom de voz - Como foi a noite de núpcias? - Dulce arregalou os olhos, mas Maite estava falando sério. - Essa cama enorme! - Ela deitou de costas na cama de Dulce, abrindo os braços.

Dulce: Foi no chão... da sala. - Ela sorriu sem jeito e foi até a janela.

Maite: No chão da sala? – Perguntou, confusa.

Dulce: Eu tentei fugir. - Respondeu, amargurada.

Maite: Mas porque? - Ela se sentou, encarando a irmã, confusa - Quero dizer, a primeira vez foi difícil. Eu não sabia o que fazer, Christian era tímido demais. Mas a gente conversou um pouco, e quando estávamos calmos, aconteceu, ele foi super carinhoso comigo. - Sorriu - Porque você fugiu?

Dulce: Porque eu tinha medo. - Ela disse, se lembrando - Me machucou muito, eu me senti sangrar. - Ela sacudiu o rosto, espantando as lembranças.

Maite: E depois? - Dulce ergueu a sobrancelha - Não aconteceu de novo? - Dulce negou - Ah, comigo e o Chris é quase todo dia, eu gosto. - Sorriu, radiante.

Dulce: Eu sei que estou faltando com as minhas obrigações de esposa, mas, não sei como agir. - Ela franziu a sobrancelha, confusa por pensar naquilo.

Maite: Pois fazer amor com Christian, é ótimo. - Ela abriu o leque e se abanou, rindo.

Dulce: Pare com isso, Maite Saviñon! - Jogou um travesseiro na irmã, rindo.

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