Fanfic:  Pecado | Tema: Romance, Trendy, Adaptada, DyP

Alfonso: DULCE! – Gritou, e ela abriu os olhos de súbito.

...

Dulce: Alfonso? – Perguntou, rouca, se sentando.

Com o tempo a gente esquece

Vamos fingir que nunca nos conhecemos ♫

Alfonso: Porque fugiu, ma petit? – Perguntou, se aproximando da cama. Ela se encolheu.

Dulce: Foi melhor assim. – Explicou, se cobrindo. Ela usava sua camisola normal, seda preta, longa até o tornozelo.

Alfonso: Não. – Ele segurou a mão dela, impedindo-a de se tapar.

Dulce: Por favor. – Implorou, perdendo as forças.

Por que a gente não termina de uma vez?

Não há mais nada a ser dito ♫

Alfonso: Volte pra casa. – Dulce negou com o rosto .– Dulce, pegue a nossa filha, e volte pra mim.

Dulce: Não. Como me achou?

Alfonso: Não importa. – Disse, com a mesma arrogância que teve desde o inicio. Dulce sorriu por dentro. – Volte pra mim, petit.

Dulce: Eu não posso. – Negou, sentindo o olhar se inundar.

Alfonso: Porque não? – Ele olhou ela, pacientemente.

Estou de olhos fechados

Rezando pra que eles não espiem ♫

Dulce: Não quero mais me machucar. – Admitiu, abaixando os olhos.

Alfonso: Diga que me ama. – Pediu, erguendo o rosto dela com a mão.

Dulce: Eu amo você. – Atendeu, olhando-o.

Nós não sentimos mais atração pelo outro

E hoje em dia é isso que importa

Eu quero que você desapareça ♫

Alfonso balançou a cabeça negativamente, e a encarou com aqueles olhos verdes pelos quais ela se perdeu tantas vezes. Ele a encarou por segundos, e ela avançou pra beija-lo. Mas quando seus lábios se tocaram, era só ela. Dulce abriu os olhos. Estava sentada no meio da cama, sozinha. Rosalie dormia, calma, ao seu lado, com o rostinho molhado pelas lágrimas que derramara antes de adormecer. “Está enlouquecendo, Dulce.”, se condenou, enquanto cobria a filha. A noite estava fria. Mas nenhum frio era pior que a solidão.

...

Alfonso dormia abraçado ao travesseiro da filha, todas as noites. Christopher, já tendo perdido a fé, começava a planejar grupos de procura, pros estados mais próximos de Seattle. Ele acharia Dulce, para o irmão. Nunca se deu bem com Alfonso, mas não lhe fazia bem vê-lo ser torturado, pela saudade da filha, da mulher. Só que algo no peito de Alfonso lhe dizia que Dulce estava perto.

Alfonso: Tem que haver algum lugar, um ponto em que não tenhamos procurado. – Insistiu com os irmãos, num dia à tarde, no escritório dos Herrera.

Christian: Onde, por exemplo? Alfonso, nós viramos Seattle de cabeça pra baixo. Ela não está aqui. – Disse, sério.

Alfonso: Está! – Insistiu, batendo com a mão na mesa. – Christian, você pode não acreditar, mas eu sinto Rosalie. Ela está por perto. Eu sei que está. A busca foi falha.

Christopher: Nós avisamos até a polícia. Tem gente nossa nas fronteiras de Belltown, Madrona, Beacon Hill, Green Lakes. Até em Port Madison tem gente procurando. Se ela estiver lá, vão encontrar. – Tranquilizou.

Alfonso: Ela está aqui. – Insistiu. Era como se a presença de Dulce fosse notável, como se ele pudesse farejar seu perfume – Eu vou... eu vou sair um pouco. Preciso espairecer. – Christopher e Christian assentiram.

Alfonso caminhou até longe. Em sua cabeça, estavam Dulce e Rosalie, sentadas na neve, fazendo o boneco da mesma. Estiveram tão próximas, e agora poderiam estar em qualquer lugar. Dulce estava calma, até que o telegrama chegou. Alfonso pensou nisso enquanto andava sem rumo. Existia uma possibilidade de ela ter partido. E se o telegrama fosse o irmão, avisando que vinha busca-la?

Mas, por outro lado, quem se atreveria a levar os dois? Entretanto, com a ajuda dele, a fuga seria muito mais fácil. Alfonso estava considerando isso, quando viu um rosto não tão familiar caminhar à uns cinquenta metros dele. Usava um terno preto, tinha cabelos escuros.

Alfonso: Aaron! – Murmurou pra si mesmo. Era o primeiro rastro de Dulce que tinha. Ela ainda está aqui, se motivou enquanto se apressava a alcançar o rapaz.

Alfonso: Aaron? – Chamou, ao chegar numa proximidade considerável.

Aaron se virou, respondendo intuitivamente ao seu nome. Alfonso não lembrava muito se duas expressões, mas eram parecidas com as de Dulce. Aaron se manteve calmo ao ver quem lhe chamara.

Aaron: Alfonso. – Respondeu, sereno, parando de andar.

Alfonso: Em nome de Deus, onde ela está? – Perguntou, deixando o desespero transparecer em sua voz.

Aaron: Ela quem? – Perguntou, calmo.

O pingo de esperança de Alfonso desmoronou. Era óbvio. Se Aaron estivesse realmente com Dulce, não lhe diria.

Alfonso: Por favor. – Implorou, e por um minuto Aaron sentiu pena dele.

Aaron: Eu não sei do que você está falando.

Alfonso: Dulce. Onde está?

Aaron: Por suposto que deveria estar com você. – Alfinetou.

Alfonso: Fui um idiota. Ela entendeu tudo errado. Eu não... – Ele hesitou. – Não foi minha intenção magoá-la. Eu a amo. – Disse, inutilmente.

Aaron: É tarde. – Respondeu, se afastando.

Alfonso: Não! – Ele o segurou. – Pelo menos, me diga. Rosalie. – Pronunciar o nome da filha o machucava. – A minha Rose. Ela está bem? Estava resfriada antes de... – Ele não terminou a frase.

Aaron: Fique tranquilo. Ela vai ficar bem. As duas vão. – Encerrou, e com um ultimo olhar, se afastou.

...

Christopher: Espere ai. – Se levantou, quando Alfonso lhe contou o que acontecera.

Christian: Se ele sabe da Rosalie, ele está com a Dulce. – Concluiu.

Christopher: E se ele está com a Dulce, ela ainda está aqui.

Achar Aaron foi fácil como suspirar. Christian colocou homens de guarda na frente da mansão Portillo. Qualquer movimento do rapaz, seria seguido.

...

Dulce: Ele encontrou você?! – Perguntou, alarmada.

Aaron: Na rua. Estava voltando pra casa, e me bati com ele.

Dulce: E então?

Aaron: Me perguntou de você. Pediu pra que voltasse pra casa. Perguntou de Rosalie. Está abatido, desesperado, Dul.

Dulce: Ele provocou isso. – Disse, amarga.

Aaron: Ele disse que você entendeu tudo errado, e que não era intenção dele magoar você. – Dulce riu.

Dulce: De boas intenções o inferno está cheio. – Terminou o assunto, indo verificar a filha, que ressonava calmamente.

Aaron: Sabe que não vou poder vir muito aqui, agora que estão atrás de mim. – Comentou, observando a irmã.

Dulce: Eu sei. – Ela suspirou. – Vou tentar dormir um pouco. Eu não sou a única pessoa que chora por aqui. – Ela sorriu, triste.

Aaron: Não entendi. – Ele fez uma cara confusa.

Dulce: Tem uma mulher, no andar de cima. Chora a madrugada inteira. Não tenho conseguido dormir direito. Não é nada escandaloso, eu só ouço os soluços, mas mesmo assim, me dá agonia. Acho que alguém bate nela, ou prende, não sei. – Deu os ombros, pensativa.

Dulce só não sabia que a mulher que soluçava no andar de cima, chorava por ter lhe feito bem e por sofrer as consequências disso. Chorava por ter lhe devolvido o sobrinho.

...

becah_herrera bem vinda ♥ 

Beatriz Hoffmann kkk agora está sofrendo!!!