Fanfics Brasil - Capítulo 65 Pecado

Fanfic:  Pecado | Tema: Romance, Trendy, Adaptada, DyP


Capítulo: Capítulo 65

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Assim que foi liberado, Alfonso se postou ao lado de Dulce em seu leito, e de lá não saiu. A moça tinha a aparência fraca, débil. As horas se passaram, e ela não se movia, apenas respirava. Seus cabelos estavam soltos, no travesseiro branco. Ela vestia uma camisola amarela-clara, do hospital. Alfonso segurou a mão dela pelas horas a fio. Parecia não piscar os olhos, enquanto observava a esposa. Pediu pra levarem uma Rosalie irritada pra casa, não achava bom que ela ficasse no hospital muito tempo. Os cantos da boca de Dulce estavam vermelhos, e seus pulsos tinham grandes curativos. A madrugada e a chuva reinavam lá fora, quando Dulce começou a falar.


Dulce: Era mentira. – Sussurrou, virando o rosto levemente pro rosto pro lado. Alfonso encarou ela, atentamente.


Alfonso: Calma. – Pediu, acariciando-lhe o cabelo.


Dulce: Perla. – Sussurrou novamente, franzindo a sobrancelha.


Alfonso: Já acabou. – Acalmou, ainda acariciando-a.


Dulce: Não adianta, era mentira. – Murmurou, atordoada.


Alfonso: O que era mentira, meu amor? – Tentou acalmar, vendo a agitação dela.


Dulce: Tudo. O filho. Sua mãe. Era mentira. – Ela se balançou de novo, com uma expressão de dor no rosto.


Alfonso: Calma, Dul. – Ele beijou a testa dela. Dulce se aquietou por um instante, e ele a observou, pensativo. Uns minutos depois, a ruiva abriu os olhos, e o encarou fixamente.


Dulce: Não. – Ela recuou, se encolhendo na cama, ao focalizar Alfonso em sua frente.


Alfonso: Calma. Está tudo bem agora. – Acalmou ela, segurando-a pelo ombro. A pele dela queimou sob o toque dele. Já ele tinha vontade de possuí-la ali mesmo.


Dulce: Não está bem. Você me encontrou. – Concluiu, se sentando. Sua cabeça estava um pouco pesada, pelos remédios. – Rosalie. Cadê a minha filha?! – Perguntou, assustada.


Alfonso: Dul, calma. Rose está em casa, Maite está cuidando dela. Ela está bem. – Dulce suspirou, relaxando na cama. – Porque fugiu, Dulce? – Perguntou, sentando-se nos pés da cama, ainda segurando a mão dela.


Dulce encarou Alfonso, sentindo o coração pular. Pensou no que Perla dissera. Ele terminou com ela. Sua vontade era de pular em seu pescoço, e se entregar a ele de todas as formas possíveis. Mas ela não o fez.


Alfonso: Maldição, você ainda deve estar confusa. – Constatou, quando ela não respondeu. – Vou pedir a enfermeira pra lhe trazer algo pra cabeça, deve ajudar. – E se levantou, mas ela segurou sua mão. Alfonso olhou primeiro pra as mãos dos dois, pra as duas alianças se segurando, e depois encarou-a.


Dulce: Não estou confusa. – Respondeu, puxando-o de volta. Alfonso se sentou novamente. As mãos dos dois pareciam não querer se soltar, por isso continuaram juntas. - Alfonso, eu preciso te... –  ela foi interrompida.


Enfermeira: Com licença. – Pediu, entrando no quarto. Alfonso se levantou, enquanto a enfermeira examinava a mulher.


Dulce gemeu ao ter as pernas descobertas. A cada mordida da cobra, ficara um ponto roxo grande em volta. Doeu quando a enfermeira verificou o curativo.


Alfonso: Cuidaremos disso, também. – Murmurou pra ela, ao perceber a vaidade ferida da esposa. Dulce sorriu de canto, e suspirou.


Enfermeira: Logo poderá ir para sua casa, senhora Herrera. – Anunciou, sorrindo bondosamente, e cobrindo Dulce novamente. Alfonso observou a esposa , e viu ela abaixar o olhar pra as mãos, com o pensamento distante.


A Enfermeira deu uma porção de remédios pra Dulce, que bebeu em silêncio. Em seguida, saiu, deixando marido e mulher a sós novamente.


Alfonso: E então...? – Perguntou, se sentando ao lado dela na beira da cama. Dulce queria muito pegar a mão dele novamente, mas não tinha coragem pra isso. – Se você quiser descansar mais, podemos conversar depois. Deve estar cansada. – Acalmou, observando-a.


Dulce: Não, não estou. – Mentiu. Sua cabeça estava pesada, e doía fracamente. Estava tonta, e enjoada. Só que isso não podia ser prorrogado. – Eu preciso que me escute. Antes de qualquer coisa. Eu quero te dizer o que aconteceu comigo. Eu preciso.


Alfonso: Está tudo bem. – Ele pegou a mão dela, e ela sorriu por dentro com isso. Pegou a mão do marido e segurou-a com carinho, enquanto tomava coragem pra falar. – Me diga. Quem te fez aquilo? – Perguntou, sério.


Dulce: Foi ela. Perla.


Dulce viu o rosto de Alfonso se fechar em uma mascara furiosa. Perla era vingativa, ele sabia. Mas não sabia que chegaria a tanto. Dulce poderia estar morta.


Alfonso: Desgraçada. – Rosnou, se levantando bruscamente. Mas Dulce segurou a mão dele com toda a força que pode reunir. Foi muito pouco, mas ele sentiu que ela não queria que ele fosse.


Dulce: Não me deixe só. – Murmurou, por fim. Ficara sozinha muito tempo. Alfonso sentiu o peito se oprimir de vontade de beija-la, de abraça-la. Tudo bem, mataria Perla depois. Ele se sentou ao lado dela novamente, e beijou as costas de sua mão levemente. – Obrigado. – Respondeu, acanhada, e ele sorriu de canto. – Alfonso, tem outra coisa. Outra coisa muito séria, eu preciso te dizer. – Ela suspirou, e começou a falar.


Dulce contou toda a história a Alfonso. Desde o filho, até a fuga com Escobar. Ela viu o rosto do marido sem expressão, observando-a. Deus, que Alfonso acreditasse nela, pelo menos dessa vez.


Dulce: Então, foi isso. Eu não quero que pense que estou dizendo isso porque quero fazer algum tipo de intriga, ou qualquer outra coisa. Alfonso, eu quero o seu bem. – Admitiu, segurando um “eu te amo” dentro da garganta.


Alfonso: É você. – Murmurou, olhando-a atentamente.


Dulce: Desculpe? – Perguntou, confusa, enquanto acariciava a mão dele, satisfazendo sua vontade, e ao mesmo tempo tentando conforta-lo.


Alfonso: Meu bem. É você. – Dulce engoliu em seco. – Não importa o... – Ele hesitou. Tudo o que sabia de si mesmo era mentira. – Não importa o que aconteceu. Ela, e tudo o que vem relacionado a ela, é um capítulo fechado. Um capítulo recheado de mentiras. – Disse, e Dulce pode sentir o ódio na voz dele. – Mas você é o meu presente, e o meu futuro.


Dulce: Alfonso, por favor. – Pediu, fraca. – Nós já tentamos, diversas vezes. Não deu certo. – Se obrigou a dizer.


Alfonso: Antes de continuarmos. Me diga, minha Dul. Diga olhando pros meus olhos. Diga que eu não consegui matar o amor que você sentia por mim. – Pediu, encarando-a.


Dulce o encarou por segundos a fio. Queria tanto abraça-lo, que seu peito arfava. Ela sentiu os olhos se umedecerem, enquanto procurava voz pra responder.


Dulce: Eu não quero mais me machucar, meu amor. – Assumiu, com a voz embargada. Alfonso respirou fundo, e sorriu de canto, encarando a mulher.


Alfonso: Você não tem noção do quanto eu te procurei. – Comentou, distraído, acariciando a mão dela com a ponta do dedo. – Eu me desesperei. Eu tinha voltado pra casa, voltado pra você, e você havia ido embora. E Rosalie. – Ele riu, amargo. – Eu nunca pensei que uma criança pudesse fazer tanta falta. – Comentou, lembrando de como o riso de Rosalie lhe dava saudade. – Eu nem sabia que podia chorar. – Observou, olhando a mão dela.


Dulce: Você chorou? – Perguntou, sem se conter.


Alfonso: A primeira vez foi quando encontrei sua carta no berço dela. A partir daí perdi as contas. – Assumiu. – Você despertou em mim o que eu achava ser impossível, Dul. – Disse, erguendo os olhos pra ela, e Dulce viu uma pequena lágrima brilhante no canto do olho dele. Alfonso sorriu de canto ao ver que ela observava a cena, como uma criança curiosa.


Dulce: Meu Deus. – Murmurou, olhando a lágrima no olhar dele.


Alfonso: Você sabe que pela lei eu posso obrigar você a voltar pra casa. É minha mulher. É mãe da minha filha. Tem suas obrigações. – Observou, e Dulce o encarou, séria. – Mas não vou faze-lo.


Dulce: Que? – Perguntou, suspresa.


Alfonso: Eu sei que você nunca vai conseguir me perdoar por tudo o que eu te fiz. Por ter te batido, te traído, te humilhado. Por ter violentado você no dia do seu aniversário. – Comentou, com uma careta.


Dulce: Veja pelo lado positivo, isso nos trouxe Rosalie. – Disse, e antes que percebesse estava rindo. Alfonso riu também.


Alfonso: Foi o melhor erro que eu já cometi. – Observou, sorrindo ao se lembrar da filha. – Sei que não vai me perdoar por nada disso. Eu te fiz mal demais. – Dulce não disse nada. Ele sabia do que tinha feito. – Por outro lado, meu orgulho e meu ego são grandes demais pra eu conseguir perdoar você por ter me traído dentro da minha casa, com o meu irmão. – Dulce abaixou a cabeça. Nessa hora um trovão ressonou lá fora. – Não. – Pediu, erguendo o rosto dela. – Nós dois erramos. Erramos muito. Eu até mais que você. Não peço que me perdoe, porque perdão é algo bem complicado quando se trata de nós dois. Mas quero que me aceite de volta.


Dulce: Alfonso, eu acho que... – novamente ela foi interrompida.


Alfonso: Caramba, Dulce, eu amo você. – Assumiu, e ela perdeu o ar ao ouvir aquilo de novo. – Eu amo você mais do que a mim mesmo. Minha vida sem você é um lixo. Do que me adianta ter tudo o que o dinheiro pode comprar, se a mulher que eu quero me rejeita? – Perguntou, e havia um toque de desespero em sua voz. – Volte pra mim, Dulce. – Pediu, e ela franziu a sobrancelha. Duas lágrimas pesadas escorreram pelo seu rosto. – Vamos tentar novamente. Eu, você, a nossa filha. Vai ser diferente, eu prometo. – Ele respirou fundo. – Eu não vou exigir uma resposta sua, agora. Caso você resolva, resolva ir. – Ele fez uma careta. – Eu não vou impedir. Está nas suas mãos. – Ele pegou o rosto dela entre as duas mãos, fazendo-a encara-lo. – Eu amo você. Essa é a minha única verdade. – Concluiu, olhando-a.


Dulce abraçou Alfonso com toda a força que conseguiu. Ah, porque precisava ser assim? E se ela voltasse pra casa, e Alfonso resolvesse amar Perla novamente? Ela não estava pronta pra sofrer tudo aquilo de novo. Mas, por outro lado, era sua felicidade ali, lhe chamando de volta. Ela afundou o rosto no peito dele, deixando suas lágrimas inundarem o colete dele. Ele estava sem terno. Ele abraçou ela pelas costas, e deixou uma mão em dentre seu cabelo, afundando o rosto em seu pescoço, aspirando o perfume que mais amava. O perfume dela. 


 


 


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ellafry coisa mais linda esses dois ♥


 


 


 



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Autor(a): HerreraHD

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 167



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  • emily87 Postado em 01/12/2021 - 21:31:00

    Que história mais linda! Chorei muito na parte em que a Dulce de despediu do Alfonso. Parabéns pela história.

  • ellafry Postado em 08/02/2017 - 22:34:08

    Vou sentir saudades :(

  • ellafry Postado em 08/02/2017 - 22:33:24

    MARAVILHOSA <3333

  • ellafry Postado em 01/02/2017 - 20:36:39

    que fogo esses dois hem

  • ellafry Postado em 27/01/2017 - 12:00:39

    esse pai da dulce é um porre

    • HerreraHD Postado em 28/01/2017 - 17:12:08

      demaiiiiiiis

  • ellafry Postado em 23/01/2017 - 09:42:57

    haha dulce malvadinha

  • ellafry Postado em 20/01/2017 - 10:39:21

    MOMENTO MARAVILHOSO DA SURI COM O ALFONSO *-* AMEI AMEI AMEI

    • HerreraHD Postado em 22/01/2017 - 20:07:16

      já tava na hora desses dois se acertarem *-*

  • ellafry Postado em 19/01/2017 - 15:24:37

    espero q seja um menino. *-*

  • ellafry Postado em 16/01/2017 - 10:20:32

    que ciumes, sem or kkkkkk se acalma dulce

  • ellafry Postado em 05/01/2017 - 11:14:25

    ain, que aperto no coração ver o poncho assim :(

    • HerreraHD Postado em 06/01/2017 - 20:38:52

      dá uma dozinha, nem parece que ele já fez tantas maldades :( kkkkk


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