Fanfic:  Pecado | Tema: Romance, Trendy, Adaptada, DyP

O dia passou normal. Até o fim da tarde. Dulce estava na sala de estar, conversando com Maite, quando Anahí chegou. Começou a alfinetar a ruiva, e as duas começaram a bater boca.

Anahí: Ah, sim, seu marido te trai, e você vai pra cima do meu? – Perguntou, irritada.

Dulce: Não é culpa minha. Você deixou ele atoa. Ele é homem. Tem suas vontades. – Provocou, sorrindo.

Maite: Parem com isso. – Pediu, prevendo o que estava prestes a acontecer.

Dulce: Ora, vamos, Anahí. Christopher e eu terminamos há tempos. Eu amo meu marido. Esqueça isso. Leve... como se diz? – Ela pensou um pouco. – Ah, sim. Leve na esportiva. – Sorriu.

Anahí: Na esportiva. – Repetiu. – Diga-me, Dulce. E se a outra voltar? E se Alfonso se decidir apaixonado por ela de novo? E se ele largar você novamente, como já fez?

Alfonso estava entrando em casa, quando ouviu a pergunta de Anahí. Ele parou no corredor, pra ouvir o que Dulce responderia. Christopher parou também, e Christian os seguiu.

Dulce: Ele não o fará. – Garantiu, e já não sorria.

Anahí: Quem te garante? E se ele mudar de ideia, Dulce? Você virá pra Christopher novamente? – Perguntou, e era clara a ameaça por trás da pergunta.

Dulce: ELE ME AMA! – Gritou, se levantando, exaltada. Anahí já estava de pé.

Anahí: Como você sabe? – Perguntou, irônica.

Dulce: Eu sinto. Cada vez que ele me olha, cada vez que me toca. Ele me ama. – Alfonso sorriu de canto, olhando o chão, no corredor. Christian sorriu, satisfeito. Christopher cutucou Alfonso com um pedacinho de madeira que tinha na mão, rindo baixo.

Anahí: Ah, claro, você sente. Você sentia também, quando ele te deixou pra ficar com a prostituta? – Perguntou, fingindo-se de curiosa.

Maite: Gente, por favor. – Pediu, nauseada. Christian, ao perceber que a esposa estava no meio do bafafá, avançou pra tira-la de lá. Mas Alfonso não deixou.

Dulce: Agora escute aqui, Anahí. Ainda não calei a sua boca em respeito a Christopher, pelo filho dele que você carrega. – Christopher sorriu. – Mas eu não vou admitir que você se meta no meu casamento. Eu amo meu marido. Ele me ama com a mesma intensidade. Se eu perdoei ele, você não é ninguém pra julga-lo. – Defendeu Alfonso, irritada.

Anahí: Quem trai uma vez, trai sempre. – Afirmou, segura. Alfonso balançou a cabeça negativamente. Não queria que a semente da duvida ficasse plantada na cabeça da amada.

Dulce: É por isso que você se preocupa com Christopher? – Dulce riu, malévola. – Não se meta mais na minha vida. Eu não tenho duvidas do amor que o meu marido sente por mim. – Christopher cutucou Alfonso de novo, rindo, pra tirar a concentração do irmão. Christian riu também – Nós somos felizes. Eu, ele e a nossa filha. Você cuide do seu filho, e do seu marido, e me deixe em paz. – Finalizou.

Anahí: A filha. – Debochou, rindo. Um rosnado baixo saiu da garganta de Dulce. Maite se levantou, alarmada. O rosto da irmã estava possesso de ódio. – Você fala dessa menina com tanto orgulho, eu não compreendo.

Dulce: Se eu tenho algum orgulho, é de ser mãe dela. – Rosnou, encarando-a.

Anahí: Em nome de Deus, Dulce. Você tem é vergonha da menina, por ela ter nascido mulher. Diz que se orgulha, pra não assumir a realidade de que não foi capaz de dar um filho homem ao seu marido. – Ela revirou os olhos.

Rosalie. Era só o que Dulce estava esperando.

A próxima coisa que Christopher, Alfonso e Christian ouviram foi o baque de algo caindo no chão, e o grito assustado de Maite. Dulce havia descido a mão na cara de Anahí, que não deixou por baixo, partiu pra cima de Dulce. Em um segundo, Alfonso, Christopher e Christian estavam lá. Christian tirou a esposa gentilmente do caminho, e os três tentaram separar a briga. Não foi fácil. Christopher levou uma bela bolacha pelo pescoço, ao tentar puxar Anahí. Por fim, Christopher puxou a esposa com tudo pelo braço e Alfonso agarrou Dulce pela cintura, erguendo-a do chão, e tirou ela da linha de alcance de Anahí. Christopher prendeu Annie do outro lado da sala.

Christian: AGORA PAREM, VOCÊS DUAS! – Rugiu, exaltado. Maite estava da cor de papel.

Dulce: VOCÊ NUNCA MAIS OUSE A FALAR DESSE JEITO DA MINHA FILHA, OU EU JURO POR DEUS, NOSSO SENHOR, QUE EU CORTO A SUA LINGUA! – Gritou, tentando se soltar do aperto de Alfonso.

Anahí: A VERDADE DÓI, NÃO É? – Rebateu, se debatendo contra o marido.

Alfonso: Dulce, acabou. – Pediu, puxando o rosto dela pra si. A ruiva ofegava, e estava da cor de sangue.

Por fim, Dulce tinha a boca partida. Anahí tinha o nariz sangrando, o rosto inchado pelo primeiro tapa e três arranhões no pescoço, vermelho vivo. Alfonso levou Dulce dali e Christopher levou Annie. Christian ficou, acalmando Maite.

...

Pela primeira vez em tempos, os Herrera não jantaram juntos. Dulce tomou banho em silêncio, se vestiu, depois foi ficar com a filha, que estava assustada pela gritaria que ouviu. Alfonso as observou por tempos, mas Dulce não o encarou, continuou amamentando e acariciando a filha. Por fim, ele foi tomar banho. Rosalie dormiu. Dulce ninou ela por mais um tempo, mas por fim colocou a filha no berço, não fazia bem deixar a menina dormir no colo. Quando entrou no banheiro Alfonso estava terminando de se vestir. Ela foi até o lavatório, abriu a agua, e estava lavando as mãos que sujou amamentando a filha quando a voz dele lhe alcançou.

Alfonso: Você está bem? – Perguntou, encostado na parede atrás dela, observando-a. Dulce assentiu, enxaguando as mãos. – Dul, nós precisamos conversar.

Dulce: Vai me repreender? – Perguntou, séria e tranquila, erguendo o olhar pra ele pelo espelho, enquanto apanhava a toalha pra secar as mãos.

Alfonso: Não, não vou. – Negou, olhando-a. – Eu tive orgulho de você, hoje. – Ele viu a surpresa no olhar da mulher – Sim, eu tive. Eu ouvi tudo. Cada provocação dela. Eu ouvi as suas respostas. – Dulce se virou pra ele, encarando-o. – Eu ouvi quando ela falou sobre Rosalie. – Dulce continuou olhando-o. – Você é tempestiva. Era de se esperar. – Ele sorriu de canto. – Saiba que eu não posso ter mais orgulho do que eu tenho pela minha filha. Não importa que ela seja mulher. Isso é melhor, é a minha menina. Eu amo ela do jeito que ela é. – Dulce sorriu.

Dulce: E então...?

Alfonso: Eu quero falar sobre... – Ele procurou as palavras. – Eu ouvi o que ela te disse sobre Perla. – O sorriso de Dulce morreu, trazendo de volta a expressão séria.

Dulce: Olha, eu não quero falar disso, tudo bem? Eu acho que... – Interrompida por ele, que largou a toalha que tinha na mão em um canto e se aproximou dela.

Alfonso: Dul, eu não quero que você tenha duvidas do amor que eu sinto por você. – Disse, após pegar o rosto dela entre as duas mãos, fazendo-a encará-lo. – Perla foi o maior erro que eu já cometi, o pior deles. Mas eu não tenho mais nenhum sentimento bom por ela. Eu amo você. Eu amo a nossa filha. Eu amo a família que eu e você construímos juntos. Eu não quero que por causa do que Anahí lhe disse, você fique apreensiva, confusa, ou receosa. Se eu tenho alguma verdade na vida, é de que eu amo você. – Disse, olhando-a atentamente.

Dulce: Eu sinto, aqui dentro, - Ela pegou a mão dele e pôs sobre seu seio, fazendo-o sentir o batimento ritmado do coração dela. – A verdade, quando você diz que me ama. Não tenho duvidas em relação a isso. – Tranquilizou ele, sorrindo de canto.

Dulce encarou o marido por um instante, sentindo o amor que sentia por ele correr em suas veias, como fogo. Ele segurou a nuca dela e a beijou apaixonadamente, e possessivamente, como sempre. O beijo durou mais do que devia. Dulce enlaçou os braços no pescoço dele, que puxou ela pela cintura, moldando o corpo dela ao seu. Os dois se acariciaram e se beijaram até que o ar faltou.

Dulce: Estúpido. – Murmurou, recuperando a respiração.

Alfonso: Idiota. – Respondeu, no mesmo tom.

Dulce: Venha, vamos dormir. – Chamou, levando-o a mão. Ele abraçou ela pelas costas, e deu um beijinho.

Alfonso: Vamos pra cama. – Corrigiu. – Eu ainda quero fazer amor com você, antes de dormir. – Murmurou no ouvido dela, que se arrepiou, e riu em seguida.

Dulce: Sim, vamos. – Respondeu, sorrindo, e deixando ele guia-la. Não havia o que temer.

Entretanto, a conversa não estava sendo tão calma entre outro casal, em outro cômodo da casa.

Christopher: VOCÊ NÃO TINHA O DIREITO! – Rugiu, irritado.

Anahí: ELA PROVOCOU! – Rebateu.

Christopher: Eu ouvi tudo, Anahí. Desde a Perla, até Rosalie. – Annie empalideceu. – Você a provocou.

Anahí: E daí? Depois de tudo, eu ainda sou errada?

Christopher: Annie, você tem noção de que você poderia estar machucada agora? Tem noção de que o nosso filho poderia estar machucado? – Perguntou, sério, encarando ela.

Anahí: Eu me descontrolei, Christopher, por Deus. – Murmurou, cansada.

Christopher: Se Dulce não tivesse nos poupado, Deus sabe o que poderia ter acontecido. – Rosnou baixo, tentando se acalmar.

Anahí odiava estar tão frágil no momento. Queria gritar com Christopher, dizer que queria que Dulce fosse pro diabo que a carregasse, mas não conseguiu. Seus olhos se encheram de água antes que ela pudesse controlar.

Christopher: Você... está chorando? – Perguntou, atordoado. Cada lágrima que Anahí derramava era como uma gota de fogo caindo sob seus olhos.

Anahí: Não. – Fungou, com o rosto na direção oposta a dele, lutando loucamente contra as lágrimas, sem conseguir. Não queria parecer tão frágil, mas estava impossível.

Christopher: Annie. – Ele murmurou, sentando-se ao lado dela. – Eu não quis ser grosso. Entenda o meu lado. Pensar que você e o nosso filho poderiam estar com problemas agora, por um motivo tão besta, me descontrola.

Anahí: Eu tenho medo, Christopher. – Assumiu, desistindo de controlar as lágrimas, e encarando o marido. – Eu, eu tenho medo de que ela dê em cima de você de novo. Que fiquem juntos. Que você se apaixone por ela. – Ela soluçou – Tenho medo que você nos abandone, Christopher.

Christopher respirou fundo. Entendia os medos da mulher. Ele pensou um pouco, buscando as palavras certas, e começou.

Christopher: Annie, eu não vou deixar você, nunca. Nem você, nem ao nosso filho. Eu amo você mais que a minha vida. – Duas lágrimas grossas caíram dos olhos de Anahí. – Ei, não chore. O que eu tive com ela não tem a importância que você dá. Foi algo que aconteceu, e acabou. Eu nunca vou ter olhos pra ela como tenho pra você, do mesmo modo que ela nunca vai olhar pra mim como olha pra Alfonso. Ela ama ele. E eu te amo.

Anahí se atirou no pescoço do marido, chorando, e não sabia porque chorava. Só sabia que as lágrimas caiam constantemente, e isso já estava irritando-a.

Christopher: Annie, me prometa que não vai mais procurar briga com Dulce. – Pediu, separando-se do abraço dela, tempos depois.– Ela só partiu pra agressão porque você ofendeu, menosprezou Rosalie, que é o que ela mais ama. Me prometa que vai tentar se manter longe dela, se é o necessário. Mas, por favor, não crie outra cena como essa. – Pediu, encarando-a.

Anahí: Eu prometo. – Disse, com a voz tremula. – Ah, Christopher. – Ela soluçou, antes de abraça-lo novamente.

E esse seria um assunto encerrado. Por enquanto.

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portisavirroniever vagabas nunca desistem! kkkkkkkkkkkkk