Fanfic: Pecado | Tema: Romance, Trendy, Adaptada, DyP
Os dias foram se passando, calmos e tortuosos, até que se tornaram meses. Não houveram mais brigas entre Dulce e Anahí, mas isso não impedia de haver trocas de farpas. Diego era o orgulho da vida de Christian. Rosalie era uma menina saudável, feliz. A felicidade de Dulce não podia ser maior.
Anahí: Minha barriga parece que vai explodir. – Se queixou, alisando a barriga, na sala de estar, certa noite.
Christopher: Logo o motivo pela explosão estará aqui. – Consolou, abraçado a mulher, que sorriu e o beijou.
Dulce sorriu, abraçada a Alfonso. Gostava quando todos estavam em paz. Porém, a paz de Maite estava demais. Dulce sempre gostava de ouvir a tagarelice da irmã, lhe divertia. Mas hoje ela estava quieta. Não se abraçara, nem acariciara Christian uma única vez. Estava respirando, calma, com o cenho entre. - franzido, olhando a barriga. Dulce encarou a irmã, esperando por algo. Até que com um suspiro forte, Maite fechou os olhos. Em seguida olhou pra irmã, e não precisava ser dito mais nada.
Dulce: Tire Christian daqui. – Murmurou no ouvido do marido, antes de dar-lhe um beijo molhado ali. Alfonso sorriu.
Alfonso: Porque? – Perguntou, beijando o ombro dela.
Anahí: Ai! – Gemeu, com o rosto franzido, segurando a barriga.
Dulce: Não, por favor. – Pediu pra si mesma, olhando a loira.
Christopher: O que foi? – Perguntou imediatamente, preocupado.
Anahí: Minha barriga. – Disse, estranhando a dor repentina. – Tem algo errado. Está... – Ela perdeu a fala, tentando entender a dor.
Anahí e Maite: AI! – Dulce, sem conseguir mais se controlar, gemeu, fazendo coro com a loira.
Christian: Mai? – Perguntou, alarmado.
Alfonso: Era isso? – Perguntou, olhando a mulher.
Dulce: Era. – Ela respirou fundo – Puta merda, as duas de vez. – Se queixou, se levantando.
Uma coisa era certa. Ninguém dormiria na mansão Herrera, naquela noite. Rosa se apressou a chamar a parteira. Dulce ficou meditando, se preparando psicologicamente pra dois partos. Alfonso riu disso.
Alfonso: Querida?
Dulce: AAAAAAAAAAAAAAAAAAUUUM. – Respondeu, de olhos fechados.
Alfonso: Dul, aqui. – Ele estralou os dedos na frente dela.
Dulce: Eu disse AAAAAAAAAAAAAAUUUM. – Respondeu, de olhos fechados.
Todos já haviam saído da sala, Christian com Maite e Christopher com Anahí. Alfonso segurou o rosto dela com uma mão e a beijou, pegando-a de surpresa. A única coisa que ela sentiu foram os lábios dele oprimindo os seus, e a língua dele invadindo sua boca. Depois ela correspondeu o beijo, e não havia sensação no mundo que correspondesse. O beijo, como sempre, durou mais do que devia. Quando Dulce viu, Alfonso estava puxando ela, aos beijos, pro seu colo. Ela, fêmea que era, enlaçou as pernas na cintura dele, permitindo o contato intimo dos dois. Até que ele, rindo, terminou o beijo.
Dulce: O que...? – Perguntou, desapontada.
Alfonso: Tem dois partos a serem feitos, e eles precisam de você. – Ele beijou ela novamente. – Boa sorte. – Desejou, com os lábios colados aos dela, sorrindo.
Dulce: Ordinário. – Murmurou, antes de empurrar ele, estapeando seu peito. Alfonso riu e mandou um beijinho pra ele.
Alfonso viu a mulher sair da sala, ajeitando o vestido e o cabelo. Quando chegou no segundo andar, estava complicado. Maite estava deitada em um lado de uma cama de casal, do quarto de hospedes, e Christopher lutava pra colocar Anahí no outro, sem conseguir.
Christopher: Annie, em nome de Deus! – Pediu, atordoado.
Anahí: Isso dói! – Se queixou, já chorando, enquanto ele tentava deitar ela.
Dulce: Me deixem ajudar. – Pediu, passando a frente dos dois. Ela puxou os travesseiros, fazendo apoio pra coluna de Anahí. Christopher deitou a loira, e depois Dulce tirou o travesseiro da coluna, deixando Anahí só com uns travesseiros de apoio na cabeça e no ombro. Maite tentava controlar sua respiração, calma, ao lado dela.
Dulce: Já escolheram os nomes? – Perguntou, pegando panos brancos, alvos, limpos no armário.
Maite: Será Victor, se for homem. – Disse, respirando pausadamente.
Anahí: Enrico, se for homem. – Respondeu ao mesmo tempo.
Dulce: E se for mulher? – Perguntou, distraída.
Christian: Victória. – Respondeu, beijando a mão da esposa.
Anahí: NÃO SERÁ MULHER. – Gritou, irritada, como se Dulce tivesse acabado de praguejar o bebê.
Dulce ergueu a sobrancelha, e dividiu as toalhas limpas. Estava indo buscar a bacia, pra por a agua fervendo, quando, ao passar ao lado de Christopher, ele murmurou no ouvido dela, sem que Anahí percebesse.
Christopher: Será Johanna, se for uma menina. – Disse, sorrindo. Dulce riu e seguiu em frente. Ainda havia muito trabalho a ser feito.
As horas foram se passando. Alfonso pegou Rosalie, e ficou brincando com a filha. A parteira chegou, e despachou Christian e Christopher do quarto. Maite tinha a respiração controlada, respirava ritmadamente, já havia passado por aquilo, gritar e espernear não ajudava em nada.
Maite: Obrigado. – Agradeceu quando Dulce prendeu seus cabelos num nó apertado.
Dulce: Disponha. – Brincou com a irmã, que riu de leve. Então se virou pra Anahí. – Posso? – Perguntou, cautelosa.
A loira hesitou, mas assentiu. Os cabelos haviam começado a lhe grudar na nuca, e isso estava lhe dando agonia. Dulce pegou os fios sedosos, soltos, e os prendeu gentilmente. Anahí agradeceu, tímida, antes de gemer novamente.
Alfonso: Tó o bilu. – Ofereceu a Rosalie, que sorria. – Toma, meu amor. – Rosalie foi pra pegar a bonequinha, e ele tirou do caminho. A menina resmungou, batendo as mãos. – Agora não quero mais te dar. – Brincou, com a boneca fora do alcance da pequena, que fez um bico engraçado. – Você quer? – Rosalie estendeu a mãozinha, ansiosa, e Alfonso entregou a boneca, a qual a menina abraçou. – Pronto, minha princesa. – Disse, beijando a testa da filha, que riu.
Foi então que Alfonso ergueu o rosto. Christoan e Christopher olhavam ele com a cara fechada, sinal de irritação, raiva e incredulidade. Alfonso parou de sorrir e ficou quieto, em sinal de que pedia desculpas. O tempo foi passando. Alfonso brincava com Rosalie em silêncio, até que a madrugada e o frio fizeram a menina ficar sonolenta. Alfonso tirou-lhe a boneca, cobriu ela com uma mantinha que tinha trazido, e a ninou. Rosalie se aconchegou no peito do pai, segurando o colete dele com a mãozinha, e adormeceu. Christopher e Christian estavam indóceis. Christopher principalmente. Lá em cima, a parteira fazia seu trabalho. Pra Maite estava sendo mais fácil, já era seu segundo parto, ela já sabia como eram as dores, e qual o melhor modo de fazer força. Anahí já estava coroando, e não conseguia fazer o bebê nascer.
Dulce: Não há nada que se possa fazer por ela? – Murmurou pra Rosa, vendo Anahí chorar, puxando fôlego pra fazer força novamente. Maite gemia as vezes, gritava, mas estava conseguindo.
Trabalho de parto era complicado naquela época. Não havia anestesia, nem conhecimento sobre isso. As mulheres tinham que se deitar, fazer força, e rezar pra que acabasse logo. Maite e Anahí haviam trocado de roupa, ficando com camisolas brancas, de algodão. Rosa explicou a Dulce que estava sendo difícil pra Anahí, porque ela não tinha passagem pro bebê, e não estava aplicando a força do modo certo. Foi ai que Dulce teve uma idéia.
Dulce: Anahí? – Perguntou, se abaixando ao lado da loira.
Anahí: O-oi? – Respondeu, com a voz entrecortada de choro e dor, sem se dar ao trabalho de ser antipática com Dulce.
Dulce: Eu posso te ajudar em alguma coisa? – Perguntou, sem jeito. Anahí negou com a cabeça, e mais duas grossas lagrimas desceram de seus olhos.
Anahí: Tá doendo muito. – Gemeu, soluçando de dor.
Dulce: Eu... – Ela hesitou, talvez não fosse uma boa ideia. – Eu tenho uma ideia. Pode ajudar.
Anahí: Por favor. – Foi o único que conseguiu pedir, fazendo força de novo.
Nessa hora, o bebê de Maite nasceu. A morena se relaxou na cama, chorando, soada, e principalmente cansada. Dulce não viu qual era o sexo, Anahí ainda estava agonizando.
Christopher e Christian se abraçaram lá embaixo, sem saber qual dos dois era o pai. Dulce se levantou, pensando no que ia fazer. Se ajoelhou na cama, a frente de Anahí, e, pondo as mãos no topo de sua barriga, fez força pra baixo, como que se empurrando o bebê. A dor da loira foi lancinante, e ela gritou. Sob a dor, ela sentiu o bebê deslizar dentro de si. Dulce tirou as mãos rapidamente, e olhou ela, como se pedisse desculpas.
Christopher: Pelo amor de Deus. – Murmurou, atordoado pelos gritos da esposa, passando as mãos no cabelo.
Christian: Então foi o meu, ou a minha. – Concluiu. Já que Anahí ainda gritava, Maite já havia terminado. – NASCEU! – Gritou, se jogando no irmão.
Alfonso: Com menos barulho, se der. – Rosnou, ninando Rosalie.
Voltando ao segundo andar, a parteira cuidava do bebê de Maite, enquanto Dulce se debatia sobre como ajudar Anahí.
Anahí: Não. – Ela engasgou, soluçando em seu choro. Maite agora olhava as duas, com uma expressão cansada e fraca, mas atordoada por não poder ajudar. – Está funcionando. – Concluiu, respirando fundo.
Dulce: No três, então. – Disse, e a morena assentiu, se preparando. – Um. – Disse, pondo as mãos na barriga dela novamente.
Anahí: Dois. – Murmurou, e mais lágrimas caíram.
Anahí e Dulce: Três. – Disseram juntas, e agiram.
Dulce puxou a barriga dela pra baixo novamente, dessa vez por mais tempo. A loira grunhiu, com a sensação de que estava sendo rasgada em dois, mas ignorou a dor, e pôs força pra baixo. Seu filho precisava nascer.
A parteira olhou as duas, sondando se estavam fazendo algo errado, mas não viu nada que comprometesse. Não podia ajudar agora, o bebê de Maite precisava de cuidados imediatos, e o trabalho ali só cabia a Anahí.
Dulce: Quase. – Tranquilizou, quando as duas cessaram. Anahí assentiu. Sentia que estava pra acabar. – Vamos? – Perguntou, cautelosa. A loira suspirou. Estava pálida, tremia, já não aguentava a dor.
E elas foram novamente. Uma vez. Duas. Três. Quatro. E nada. Anahí começou a acreditar que já não daria certo, que ela morreria. Era uma pena. Christopher merecia esse filho. Até que a dor piorou drasticamente, mesmo ela achando impossível.
Dulce: Força! – Pediu, em voz alta.
Anahí: Meu Deus. – Gemeu, já não suportando. Se fosse morrer, queria morrer logo, e acabar com esse tormento.
Então havia acabado. Dulce amparou a criança nos braços e Anahí caiu em um choro convulsivo, de alivio pela dor ter passado, pela felicidade de finalmente ser mãe. A parteira cortou o cordão umbilical, e tratou da placenta de Anahí. A pequena Johanna gritou para o mundo, esperneou, saudável, pra vida. Christopher quase desfaleceu no andar debaixo. Agora tinha acabado. Ele era pai.
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Autor(a): HerreraHD
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Dulce: Senhores pais e responsáveis. – Brincou, descendo as escadas, com duas trouxinhas rosas nas mãos. Os olhos de Alfonso brilharam ao ver a mulher ali. Era a imagem da beleza feminina dominante. Porém, não houve muito tempo pra ele admirar, pois os irmãos logo avançaram pra esposa. Christian: Victoria. – M ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 167
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emily87 Postado em 01/12/2021 - 21:31:00
Que história mais linda! Chorei muito na parte em que a Dulce de despediu do Alfonso. Parabéns pela história.
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ellafry Postado em 08/02/2017 - 22:34:08
Vou sentir saudades :(
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ellafry Postado em 08/02/2017 - 22:33:24
MARAVILHOSA <3333
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ellafry Postado em 01/02/2017 - 20:36:39
que fogo esses dois hem
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ellafry Postado em 27/01/2017 - 12:00:39
esse pai da dulce é um porre
HerreraHD Postado em 28/01/2017 - 17:12:08
demaiiiiiiis
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ellafry Postado em 23/01/2017 - 09:42:57
haha dulce malvadinha
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ellafry Postado em 20/01/2017 - 10:39:21
MOMENTO MARAVILHOSO DA SURI COM O ALFONSO *-* AMEI AMEI AMEI
HerreraHD Postado em 22/01/2017 - 20:07:16
já tava na hora desses dois se acertarem *-*
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ellafry Postado em 19/01/2017 - 15:24:37
espero q seja um menino. *-*
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ellafry Postado em 16/01/2017 - 10:20:32
que ciumes, sem or kkkkkk se acalma dulce
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ellafry Postado em 05/01/2017 - 11:14:25
ain, que aperto no coração ver o poncho assim :(
HerreraHD Postado em 06/01/2017 - 20:38:52
dá uma dozinha, nem parece que ele já fez tantas maldades :( kkkkk