Fanfic:  Pecado | Tema: Romance, Trendy, Adaptada, DyP

Era quase noite, e Dulce estava aprontando Suri. Com uma tesoura que usava pra bordar, pôs-se a cortar os cabelos da menina. Suri nem se importou, só queria ver Christopher.

Dulce: Mais um aqui... - Ela cortou uma mechinha saliente de cabelo - Está pronto! - Sorriu, conferindo o trabalho.

O cabelo da menina que antigamente batia no meio das costas agora estava curto, reto, e Dulce lhe fez uma linda franja. O cabelo de Suri era muito liso, então não foi trabalho nenhum pra cortar. Dulce esperou a menina tomar banho, a ajudou com o vestido e foi se banhar. Pôs um vestido cinza e prendeu os cabelos num coque.

Alfonso: Está atrasada. - Avisou quando Dulce entrou na sala de jantar. Ela deu de ombros e se sentou.

A mesa era retangular, e enorme. Alfonso sentava em uma ponta, Christian em outra. Maite se sentava na cadeira lateral ao marido, e Dulce também. Christopher estava sentado a uma cadeira de distância de Dulce, do mesmo lado dela, mexendo distraído em um talher.

Rosa: Posso mandar servir o jantar? - Perguntou, aparecendo na sala.

Christian: Pode. - Respondeu distraído, alisando a mão de Maite em cima da mesa.

Dulce: Espera! - Rosa Retrocedeu - Só mais um instante.

Alfonso: Porque? - Perguntou, erguendo a sobrancelha.

Dulce: Só mais um pouco, não vai demorar. - Disse encarando o marido - Rosa, por favor, coloque mais um prato na mesa. - Rosa assentiu e saiu

Alfonso: Pra quem? - Perguntou, impaciente

Christopher: Suri. - Murmurou, os olhos castanhos olhando prazerosamente a porta, enquanto a boca se curvava em um sorriso perfeito.

Suri: Boa noite. - Disse educadamente, entrando na sala.

Todos na sala se viraram pra encarar a menina. Ela usava um vestido coral, o espartilho justo, o sapatinho aparecendo enquanto avançava pelo cômodo. Parecia uma boneca.

Suri: Christopher!- Soltou um gritinho e se atirou no irmão, que já tinha ido até ela, e a carregou.

Dulce sorriu, orgulhosa pelo trabalho. Christopher encheu Suri de beijos, e a menina ria gostosamente. Alfonso tinha um sorriso debochado no rosto, e revirou os olhos. Dulce, que o observava, se entristeceu. Christian olhava a cena, com um sorriso de canto no rosto e Maite parecia confusa. Suri se sentou na cadeira entre Christopher e Dulce, e serviram o jantar. Comeu refinadamente, acertando os talheres, sem se trair uma única vez. Christopher a olhava, encantado. Dulce sorria reservadamente. Quando terminaram, seguiram pra sala de jantar.

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Dulce: Passa a agulha, segura assim, e puxa a linha devagar. - Ela fez mostrando a menina como bordar.

Suri: Me deixa tentar. - Estendeu as mãos. Dulce assentiu e passou o bordado pra ela, que rapidamente se pôs a puxar a linha.

Christopher: Obrigado. - Disse, aparecendo atrás de Dulce.

Dulce: Ai! - Ela riu com o próprio susto. Christopher riu com ela. - Obrigado pelo que? - Disse chegando pro lado, dando espaço pra ele sentar.

Christopher: Pelo que você está fazendo pela Suri. - Ele sentou e olhou a menina, que passava a agulha pelo bordado concentradamente.

Dulce: Ah, não foi nada. - Ela só sabia sorrir. Gostava de Christopher e não sabia porque.

Christopher: Ela é mais minha filha que minha irmã, mas eu nunca teria podido fazer o que você fez por ela. - Ele sorriu, olhando a menina.

Dulce viu uma ternura nos olhos de Christopher, uma ternura que ela queria que o pai dos seus filhos os olhasse, uma ternura que ela sabia que Alfonso não era capaz de sentir. Estava pensando nisso quando ouviram um gritinho de Suri. No mesmo instante Christopher estava abaixado na frente da menina. Suri espetou o dedo na agulha, e agora olhava atônita pro dedo, como se tivesse perdido uma aposta.

Dulce: Não coloque na boca! - Mas era tarde, Suri já tinha colocado o dedinho furado na boca e agora ria olhando Dulce. Christopher riu e alisou o braço da menina. Dulce balançou a cabeça negativamente mas sorriu.

Logos todos se recolheram. Dulce e Alfonso foram dormir sem falar um com o outro. De madrugada caiu uma tempestade, com raios, trovões, e muito vento. Dulce acordou assustada com um raio. Ao erguer a cabeça, viu que mais uma vez estava abraçada a Alfonso, que dormia. O quarto era iluminado por dois abajures, um de cada lado da cama. Ela colocou um cotovelo na cama, se apoiando no braço, pra encarar o marido. Parecia tão humano quando dormia. Era surreal. Um bom tempo depois, involuntariamente, passou a costa das mãos pelo rosto dele. Era macio, agradável. Um sentimento que ela vinha refreando a muito tempo lhe açoitou dentro do peito. Como podia ter se apaixonado por aquele homem? As lágrimas desceram por seu rosto, descontroladas, enquanto ela acariciava o rosto dele.

Loose lips sunk ships

I`m getting to grips with what you said

No it`s not in my head

I can`t awaken the dead day after day ♫

Alfonso: Porque você está chorando? - Perguntou, ainda de olhos fechados, a voz rouca pelo sono, alguns minutos depois. Dulce já chorava descontroladamente, porém, em silêncio.

Dulce: Não é nada. - Ela se afastou dele, mas sua voz embargada era uma ótima delatora. Ela sentou na cama, e ia rapidamente levantando, quando sentiu a mão forte dele.

Alfonso: Ninguém tem uma crise de choro no meio da noite por nada. - Ele continuou segurando-a, firme, sentado na cama. Dulce soluçou no choro. - Me diga, o que houve?

Why don`t we talk about it?

Why do you always doubt that there can be a better way?

It doesn`t make me wanna stay ♫

Dulce: Alfonso, porque você me trata assim? O que eu fiz pra você? - Ela virou o rosto lavado de lágrimas pra ele.

Alfonso: Eu te trato do meu jeito. Eu sou assim. - Ele respondeu, frio.

Dulce: Não é. - A voz dela falhou, enquanto mais lágrimas desciam. - Você não é assim. Essa é só a máscara que você usa pra todo mundo. - Ela passou a mão no rosto de Alfonso, mas o rosto dele não era mais macio. Era duro, e frio. - Mas, Cristo, eu sou sua mulher. Você não precisa ser assim, pelo menos não comigo.

Why don`t we break up?

There`s nothing left to say

I`ve got my eyes shut

Praying they won`t stray ♫

Alfonso: Era por isso que você estava chorando? - Ele perguntou, duro, afastando a mão dela.

Dulce: Estava chorando porque quero que o meu casamento dê certo. - Ela disse, agora contendo as lágrimas. Não queria parecer uma menina imatura. - Alfonso, vamos tentar. Veja Christopher, o amor dele por Anahí é tão grande que sobrevive a distância. - Alfonso a encarava, o maxilar trancado. - Christian e Maite se dão absurdamente bem. Nós podemos ser assim também. Eu sei que tem alguém aqui dentro, - Ela tocou o peito dele, Alfonso paralisou. - E esse alguém é capaz de me fazer feliz, nunca de me tratar como uma estranha.

Alfonso: O que você quer que eu faça? Que eu cerque você, fique te olhando com os olhos brilhando como se estivesse doente, 24 horas por dia, tal como Christian? - Ele perguntou, debochado. Dulce se levantou e ia rumando ao banheiro, totalmente deprimida, quando a voz dele lhe alcançou de novo. - Ou prefere que eu te mande pra França, pra poder dizer que eu sou capaz de superar a distância? - Ele sorriu, malévolo.

And we`re not sexed up

That`s what makes the difference today

I hope you blow away ♫

Dulce: Eu só quero poder dizer que te amo, sem me sentir uma idiota por fazer isso. - Ela disse com a voz cansada, se virando pra ele.

Por um momento, a máscara de Alfonso caiu. Ele parecia não saber o que dizer. Um fio de esperança brotou no coração dela. Talvez estivesse dando certo.

Alfonso: Você está se sentindo uma idiota, agora? - Ele perguntou, ainda sem aquela expressão fria, se levantando e indo até ela. Dulce recuou involuntariamente, a camisola branca ralando no chão.

You say we`re fatally flawed

Well I`m easily bored, is that ok?

Write me off your list

Make this the last kiss, I`ll walk away ♫

...

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portisavirroniever Filha não, ela é irmã legítima dele, por parte de pai e mãe, Christopher e Christian são irmãos só por parte de pai!!!