Fanfic: Pecado | Tema: Romance, Trendy, Adaptada, DyP
Assim, de mais em mais, dois meses se passaram. As malditas cartas continuaram chegando. Alfonso se desdobrava pra que Dulce não soubesse da existência delas, mas isso o estava deixando cansado. Todas as cartas ele guardava em sua gaveta pessoal do escritório, aquela onde ninguém procurava nada, na esperança de conseguir encontrar Perla, e fazer ela engolir, uma por uma. Rosalie estava fascinada desde que descobriu que podia se mexer sozinha.
Dulce: Amor, o que foi? – Perguntou, certa noite, após ver o marido com a expressão chateada, cansada, sentado distante da família.
Alfonso: Oi? – Ele olhou ela. – Não, nada.
Dulce: Como nada, Alfonso? – Perguntou, brava. – Você não tem comido direito, só anda pensativo, cansado. Está doente? Foi alguma coisa que eu fiz? Que diabo, eu não aguento mais te ver assim! – Reclamou.
Alfonso sorriu de canto, olhando a mulher. Era tão linda quando ficava brava. A sobrancelha se franzia, dando um tom mais duro aos olhos. A face se endurecia. Quem visse de longe, até achava que seria perigosa.
Alfonso: Só estou um pouco cansado. Não se preocupe comigo, eu vou ficar bem. – Ele beijou os lábios dela de leve. Dulce suspirou.
Dulce: Por favor? – Pediu, derrotada.
Alfonso: Vamos ficar bem. Eu prometo. – Ele puxou ela levemente, fazendo-a se encostar em seu braço. – Olha aquilo. – Apontou pro outro lado da sala, onde Christopher babava por Johanna. A menina era uma copia viva do pai.
Christopher: Cadê o sorrisão do papai? – Anahí fez uma careta engraçada, olhando do marido pra filha. – Onde tá? – Insistiu, alisando o cabelinho da menina. Johanna sorriu, mexendo os braços e as pernas. Anahí riu da cara de bobo que Christopher fez.
Christian: Não sei qual o seu problema. – Repreendeu o irmão, com uma careta.
Christopher: Se sua filha não sorri, o problema não é meu. – Rebateu, erguendo os olhos pro irmão.
Christian: Me de ela, Mai. – Pediu a Maite, que, rindo, entregou a menina ao pai. – Sorri pro papai, meu amor, sorri. – Pediu, acariciando o rosto da menina.
Victoria riu da cara do pai, segurando seu dedo. Christian ergueu o rosto, vitorioso, pra Christopher, que não deu atenção. Alfonso riu dos dois. Foi quando viu a filha engatinhando em sua direção, com o rostinho sério. Dulce também viu. A menina engatinhou até o pai, e segurou a calça dele, puxando. Um caso claro de ciúme. Alfonso olhou ela. Ela olhou o pai, em seguida olhou Johanna e Victoria, depois se voltou pro pai, com um biquinho lindo no rosto.
Alfonso: O que foi, minha princesa? – Perguntou, após carregar a menina, que se encolheu no peito dele.
Dulce: Quem mexeu com você, meu amor? – Perguntou, acariciando o rosto da filha. A menina olhou as primas novamente, e encarou a mãe. Alfonso observou os movimentos da pequena com fascínio no rosto. Rosalie ergueu o rosto, cheia de orgulho, mas ainda com o bico ciumento.
Alfonso: Deixa o papai contar um segredo pra você. – Chamou, pondo a boca perto do ouvido da filha. – Você é mais linda que todas elas. – Disse, e a menina riu de cócegas com a sensação que o hálito do pai dava em sua orelha.
Dulce riu do riso maroto da filha e lhe beijou a testa. Alfonso sorriu, pensando em como a vida havia sido generosa com ele. E então o medo de que aquilo fosse estragado voltou ao seu peito, e ele suspirou. Não ia permitir. De jeito nenhum.
Mais um mês se passou. O aniversário de Rosalie se anunciou em uma manhã fria. Mais uma vez estava nevando em Seattle. Alfonso alugou o maior e mais luxuoso salão da cidade. Aquele que só era usado pra grandes bailes, ou conferencias políticas. Dulce se perguntava constantemente de onde o marido tirava tanto dinheiro. Toda a decoração foi como ela quis, sob medida. O bolo era enorme, três andares sustentados por plataformas médias feitas com biscoito champanhe, e com as iniciais da menina em cima. Dulce usava um vestido preto, tomara que caia, com detalhes prateados no busto. Ela fizera alguns cachos no cabelo, e se maquiara fortemente, gostava do contraste da maquiagem com seu rosto pálido. Colocara a pulseira que Christopher lhe dera, e uma correntinha e brincos, que eram só pontinhos brancos, que ganhara de Alfonso recentemente. Rosalie usava um vestidinho prateado, com sapatilhas da mesma cor, parecia uma bonequinha de porcelana. Dulce lhe passou um nadinha de batom cor de pele. A menina adorou. Os cabelinhos estavam lisos, caindo em channel pelo rosto.
Dulce: Você está linda. – Disse, terminando de aprontar a filha, que estava sentada na cama dos pais. – Sim, está. – A menina sorriu. – Uma princesinha. – Mimou a menina, que riu, feliz. Rosalie não sabia porque toda aquela algazarra estava em volta dela, mas estava adorando.
Alfonso: Isso mesmo, uma princesa. – Confirmou, aparecendo do nada atrás de Dulce. O coração dela quase saltou do peito de susto. Ela se virou e começou a bater nele com a escova que tinha nas mãos – Pare, mulher! – Repreendeu, rindo, e se afastando nela.
Dulce: Ainda me mata. – Retrucou, com a mão no peito, se voltando pra filha. Alfonso abraçou ela por trás, dando um cheirinho fungado e um beijinho no pescoço dela.
Alfonso: Sabe que não. – Murmurou, antes de beijar-lhe a orelha.
Dulce: Pode parar. – Finalizou, antes mesmo que ele começasse.
Alfonso: Tudo bem, parei. – Ele se afastou dela, sorrindo. – Olha o que o papai trouxe pra você. – Disse, se agachando ao lado da cama.
Rosalie tinha ganhado todo o tipo de presentes naquele dia. A toda hora algum mensageiro trazia mais um. Bonecas, brinquedos, roupas, tudo o que um bebê precisa. Mas não o que Alfonso tinha. Dulce preferiu não acreditar. Mas quando ele abriu a caixinha de veludo preto, e tirou uma pequena coroa prateada dali, ela teve que reclamar.
Dulce: Alfonso! – Repreendeu, ainda incrédula.
Alfonso: O que? – Perguntou, distraído, colocando a coroa na menina.
Dulce: Tire isso dela. – Pediu, mas ele não atendeu. Ajustou a pequena coroa nos cabelos lisinhos, arrumou e observou o trabalho, sorrindo.
Alfonso: Porque? – Perguntou, tirando uma mechinha de cabelo dela que ficou fora do lugar.
Dulce: Porque eu não acho adequado pra uma criança de um ano usar uma coroa cravada com diamantes. Você enlouqueceu? – Retrucou, indo tirar a coroa. Mas a mão de Alfonso segurou o pulso dela gentilmente no meio do caminho.
Alfonso: Eu quero dar diamantes a minha filha, posso? – Retrucou, e Dulce rosnou pra ele. - Ela é a rainha da noite. Rainhas usam coroas. Não estrague o meu prazer. – Dulce ia contestar. – Veja, eu mandei fazer sob medida pra ela. Nem é tão chamativa. Por favor? – Pediu, com um olhar irresistível pra cima dela.
Dulce: Você é impossível. – Murmurou, revirando os olhos, e se afastando.
Alfonso: Ei, eu ainda não acabei. – Disse, puxando-a de volta.
Dulce: O que agora?
Alfonso: Tire isso. – Apontou pro pescoço dela. Dulce rosnou de novo. – Vamos, Dul, já anoiteceu, nós temos que ir. – Dulce suspirou e tirou a corrente.
Alfonso abriu uma das outras caixinhas que trazia, e tirou uma gargantilha prateada de dentro. Pelo menos não tinha diamantes, pensou Dulce. Eram três fios, que ficavam separados, em volta do pescoço, em toda sua extensão. Ele colocou a peça na esposa e sorriu, satisfeito.
Dulce: Acabou? – Perguntou, metaforicamente.
Alfonso: Er... não. – Ele sorriu, contente. – Tem uma pra você também. – Disse, tranqüilo, mostrando a ultima caixinha.
Dulce: Uma o que? – Perguntou, confusa
Alfonso: Uma coroa. – Ele abriu a caixinha e mostrou a ela a coroa igual a de Rose, só que com mais diamantes, e do tamanho certo pra Dulce.
Dulce: Sonhe. – Disse, se afastando de novo. – Vamos, meu amor. – Chamou a filha.
Alfonso: Você me deve obediência. – Lembrou, sério.
Dulce: Por Deus!
Alfonso: Por favor, petit. – Pediu, se aproximando dela.
Dulce: Mas eu já estou pronta. – Lamentou, vendo ele se aproximar. Alfonso colou o corpo ao dela e puxa-la pela cintura com a mão livre.
Alfonso: Shiii. – Tapou a boca dela com o dedo.
Dulce fechou os olhos e franziu a sobrancelha e sentiu marido por a peça levemente por cima de seu cabelo. Ele prendeu duas mechinhas atrás da coroa, e ajustou a peça.
Alfonso: Doeu? – Murmurou, brincalhão.
Dulce: Não. Mas vai doer depois. – Ameaçou, se afastando dele.
Alfonso riu e observou a mulher carregar a filha. Ele, que também já estava pronto, pegou o terno que Dulce escolheu. Era preto, luxuoso, adequado pra festas. O vestiu e seguiu a esposa. Tinham uma longa noite pela frente.
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Autor(a): HerreraHD
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 167
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emily87 Postado em 01/12/2021 - 21:31:00
Que história mais linda! Chorei muito na parte em que a Dulce de despediu do Alfonso. Parabéns pela história.
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ellafry Postado em 08/02/2017 - 22:34:08
Vou sentir saudades :(
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ellafry Postado em 08/02/2017 - 22:33:24
MARAVILHOSA <3333
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ellafry Postado em 01/02/2017 - 20:36:39
que fogo esses dois hem
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ellafry Postado em 27/01/2017 - 12:00:39
esse pai da dulce é um porre
HerreraHD Postado em 28/01/2017 - 17:12:08
demaiiiiiiis
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ellafry Postado em 23/01/2017 - 09:42:57
haha dulce malvadinha
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ellafry Postado em 20/01/2017 - 10:39:21
MOMENTO MARAVILHOSO DA SURI COM O ALFONSO *-* AMEI AMEI AMEI
HerreraHD Postado em 22/01/2017 - 20:07:16
já tava na hora desses dois se acertarem *-*
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ellafry Postado em 19/01/2017 - 15:24:37
espero q seja um menino. *-*
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ellafry Postado em 16/01/2017 - 10:20:32
que ciumes, sem or kkkkkk se acalma dulce
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ellafry Postado em 05/01/2017 - 11:14:25
ain, que aperto no coração ver o poncho assim :(
HerreraHD Postado em 06/01/2017 - 20:38:52
dá uma dozinha, nem parece que ele já fez tantas maldades :( kkkkk