Fanfics Brasil - Capítulo 81 Pecado

Fanfic:  Pecado | Tema: Romance, Trendy, Adaptada, DyP


Capítulo: Capítulo 81

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Quando os Herrera chegaram na festa, que já acontecia abertamente, foi um alvoroço. A imprensa, e suas maquinas antigas de fotografia, deixava nuvens de fumaça no ar, a cada flash.


A primeira carruagem que parou, entregou Suri e Théo; Maite, em um vestido verde esmeralda, super luxuoso, e os cabelos em cachos generosos pelas costas; Christian, elegante como sempre em um fraque preto, fazendo as mulheres suspirarem; o pequeno Diego, no colo da mãe; Anahí, em um vestido bege, meio metalizado, com o cabelo preso num rabo de cavalo; e Christopher, que dispensava comentários.


Em outra carruagem, Alfonso, Dulce e Rosalie. Johanna e Victoria ficaram em casa com uma babá, por serem novas demais. Rosalie, a inicio, se assustou com tudo aquilo, e se apertou no colo do pai, que sorriu, pegando a mão de Dulce, e seguindo pra dentro do salão. Lá estava tudo como Dulce imaginou, em seus mínimos detalhes. Uma linda festa.


Dulce: Ela está assustada demais. – Disse, minutos depois de chegarem na festa.


Rosalie se agarrara ao pescoço de Dulce, e não havia o que fizesse soltar.


Alfonso: Rose? – Chamou. Nem a Alfonso a menina respondeu.


Dulce: Eu vou lá fora, nos fundos, pra ver se ela se acalma. – Disse, ninando a filha.


Alfonso: Quer que eu vá com você? – Perguntou, atencioso.


Dulce: Não. Iam começar a falar se nós dois sumíssemos juntos. E você sabe como as pessoas são maldosas. – Respondeu.


Alfonso: Se você quiser, nós podemos dar motivo pra comentários. – Brincou, provocando ela.


Dulce: Vá pro diabo que te carregue, Alfonso. – Retrucou, se afastando com a filha.


Alfonso observou a mulher se afastar. Aquele monumento por debaixo do vestido preto. Ele sorriu consigo mesmo e foi se juntar a família. Dulce passou pela cozinha, onde o alvoroço do pessoal do bufê estava pronto, e foi pros fundos. Ainda nevava, só que fracamente lá fora. Havia grama no espaço ali atrás, e dois bancos, tipo uma pracinha. Dulce caminhou com a filha até lá e se sentou em um banco, após espantar a neve seca. 


Dulce: Amor, olhe pra mamãe. – Pediu, e a menina, já mais calma, olhou para ela. – É a sua festa. O seu aniversário. Não precisa ter medo. – Acalmou, ajeitando a coroa que Alfonso colocara na menina. Dulce não sabia porque, tinha a forte impressão de estar sendo observada. Ela olhou em volta, mas não havia ninguém no vasto espaço. – Você viu o papai lá fora? – Perguntou, e Rosalie sorriu, reconhecendo o nome do pai – É, o papai, meu amor. – Dulce sorriu, dando um beijinho na testa da menina. – Ele não vai deixar nada acontecer com a gente. Nada. – Disse, e se sentiu feliz pela veracidade das palavras. – Confia na mamãe? – Ela mostrou a mão, reluzindo com a aliança dourada e o receptor prateado. Rosalie tocou na mão dela, sorrindo.– Vamos pra sua festa? Papai está esperando nós duas. – Rosalie tocou o colo da mãe, depois o dela – É, nós duas, minha sapequinha. – Ela suspirou, e olhou em volta de novo. Não havia ninguém. – Agora... vamos sair daqui. – Disse, se levantando rapidamente.


A sensação de estar sendo observada passou a agonia-la, e ela levou a filha pra dentro do salão. Sim, ela estava sendo observada. A pessoa tinha ódio no olhar. Dulce não queria ficar ali, sozinha com Rosalie, sendo que seu porto seguro estava dentro do salão.


A noite seguiu, tranquila. Rosalie se soltou, e começou a gostar da festa. As horas passaram, e aquilo não se desgastava. Na hora de cantar os parabéns, Alfonso carregou Rosalie. Ao invés de se assustar com todos a sua volta, a menina desatou a bater palmas junto com todo mundo, e rir. Dulce sorriu. Na hora de soprar a vela, Dulce, Alfonso e Rosalie se abaixaram e assopraram levemente a única vela que enfeitava o bolo. Os três sorriam, felizes. Quando Dulce foi se erguer de novo, seu riso morreu na garganta. Um par de olhos verdes, vestida de vermelho batia palmas, sorrindo, um pouco afastada da mesa. Só que o flash escandaloso de uma câmera cegou Dulce por segundos. Quando ela tornou a olhar, não havia ninguém. Ela olhou pro marido, buscando alguma evidencia de que era real, mas ele sorria, segurando a mãozinha de Rosalie, pra cortar o bolo. “É só a sua imaginação.”, ela se repetiu mentalmente. Depois, voltou a sorrir e dar atenção a família.


Maite: A festa ficou divina. – Comentou, sorridente, olhando as pessoas, a agitação. Parecia um baile.


Dulce: Você deveria ter feito a festa do Diego. – Comentou, olhando a irmã.


Maite: Não era um bom momento. – Rebateu, balançando os pés levemente. Dulce riu. Então viu a mulher de vermelho passando pelo salão novamente, e seu sorriso morreu.


Dulce: Com licença. – Disse, com os olhos presos ao vulto vermelho, e se levantou, saindo rapidamente.


Não estava ficando louca. Essa já era a segunda vez que via. Ela seguiu o vulto, costurando por dentre as pessoas que dançavam na pista. Foi parar no banheiro feminino do salão de festas. Dulce não pensou duas vezes, e entrou com tudo no cômodo. Tinha grandes espelhos nas paredes, e tudo, fora os espelhos, era forrado de azulejos quadrados, brancos. As cabines dos banheiros eram pretas. Anahí olhou o cômodo, avançando mais nele.


Dulce: SAIA! EU JÁ VI VOCÊ, PERLA, SE MOSTRE! – Gritou, revistando o cômodo com os olhos.


...


Alfonso: Loira, aproximadamente 1 metro e 80, olhos verdes, em um vestido vermelho sangue. Encontrem-na, e tirem-na daqui. Em silêncio. Levem-na pro meu escritório, e não deixe que saia de lá. – Disse, irritado, olhando pros lados.


Empregado: Algum cuidado, recomendação?


Alfonso: Nenhum. Faça o que for necessário. – O empregado assentiu e saiu. – Desgraçada. – Murmurou pra si mesmo.


Dulce: Ela está aqui. – Rosnou, furiosa, e Alfonso se assustou, virando-se pra mulher. Dulce estava transformada de ódio.


Dulce arrombou todas as cabines do banheiro, a pontapés. Perla não estava lá. Ela voltou, pra procurar o marido, quando ouviu as instruções dele pro empregado. Isso só fez atenuar sua raiva.


Alfonso: Dul. – Disse, suspirando, e passando a mão na têmpora.


I was a quick, wet, boy


Diving too deep, for coins


All of your straight blind eyes


Wide on my plastic toys


 


Dulce: Ela está aqui! Está aqui e você sabia! Sempre soube, o tempo todo! – Acusou, e ele viu a decepção no rosto dela, o desgosto. – Era por isso que estava tão distante todos esses dias. E eu... eu estava tão preocupada... – Ela disse pra si mesma – Francamente, Alfonso. – Disse, balançando a cabeça negativamente.


Alfonso: Onde você vai? – Perguntou, acompanhando-a.


Dulce: Vou achar a minha filha, e vou embora daqui. Pra mim já basta. – Respondeu, sem parar de avançar dentre as mesas. Alfonso sentiu a garganta apertar ao ouvir ela dizer que ia pegar Rosalie, e ir embora. Ele teve pesadelos com essa frase por noites demais pra superar isso.


Alfonso: Dulce, não! – Ele puxou ela de volta pelo braço. Dulce usava longas luvas pretas, de seda, que iam acima do cotovelo.


Dulce: Alfonso, me largue. – Pediu, olhando o chão, exaltada.


Alfonso: Olhe pra mim. – Ele puxou o rosto dela com a outra mão, e o olhar impaciente dela encontrou o olhar dele. – Eu juro pra você, pela felicidade que eu quero pra Rosalie, a quem eu prezo mais que a minha vida. Eu não sabia que ela viria. Eu não a chamei. Eu só vi ela passar, ela riu pra mim. Então eu chamei a segurança e mandei que tirassem ela daqui. – Ele suspirou, exasperado – Em nome de Deus, acredite em mim. – Pediu, por fim, encarando-a.


Dulce e Alfonso não sabiam, mas Perla estava deliciada observando a discussão dos dois. Dulce viu a verdade e o medo transbordarem no olhar de Alfonso. Ele não havia chamado ela ali. Isso não amenizava o fato de que ela estava lá. Várias pessoas já olhavam os dois, curiosos.


And when the cops, closed the fair


I cut my long, baby, hair


Stole me a dog-eared map


And called for you everywhere


 


Dulce: O aniversário da Rose, Alfonso. Eu planejei isso por meses. Eu dei o melhor de mim. E essa mulher aparece aqui. Ela desfila dentre os convidados, me provocando. Como você quer que eu reaja? – Perguntou, encarando-o. – Eu vou buscar Rosalie, vou embora, você fica. Depois conversamos. – Ela tomou impulso pra sair, mas ele a puxou de volta. – Por favor. – Pediu, por fim.


Alfonso: Você não vai embora. Ela vai. Você é a minha mulher. A dona da festa. Você fica. – Dulce suspirou. – Vamos dançar. – Ele puxou ela pra pista de dança, agora quase vazia. Dulce relutou. – Petit, vamos.


Dulce: Petit é senhora sua avó. – Rosnou, raivosa, mas se deixou levar.


Alfonso levou a mulher até o centro da pista de dança, e puxou-a pros seus braços. As pessoas bateram palmas. O rubor incendiou o rosto de Dulce, e ela xingou ele. Ali era o lugar dela. E ele não a deixaria fugir. Ele colocou as mãos fortes na cintura dela e prendeu ela a seu corpo. Dulce colocou as mãos, ocultas pelas luvas, uma no ombro dele e uma em seu braço, sentindo o perfume dele lhe embriagar.


Have I found you?


Flightless bird, brown hair bleeding


 


Dulce: Ela vai estragar tudo. – Murmurou, nauseada, enquanto ele lhe embalava calmamente.


Alfonso: Não vai. Eu não vou deixar. – Prometeu, com a boca no rosto dela.


Or lost you?


American mouth, big bill looming


 


Dulce: Eu não quero ficar aqui. Me deixe ir embora, Alfonso. Por favor. – Implorou, encarando-o.


Alfonso: Shiii... quieta. Você fica, eu já disse.


Naquela época as mulheres realmente deviam obediência aos maridos. Se Alfonso dizia a Dulce que ela ficava, ela não tinha poder suficiente pra desafia-lo e sair dali, como era sua vontade.


Alfonso: Sabe dançar? – Perguntou, sorrindo de canto, encarando ela. Dulce fez uma careta, confusa. Era claro que sabia.


Não deu tempo de Dulce responder. A música se agitou, e ele rodopiou elegantemente com ela, que o acompanhou. Ele riu da cara debochada dela.


Now I`m a fat, house, cat


Cursing my sore, blunt, tongue


Watching the warm, poison rats


Curl through the wide fence cracks


 


Dulce: Ridículo. – Acusou, erguendo a sobrancelha.


Alfonso: Linda. – Elogiou de volta, sorrindo. Os dois rodopiavam elegantemente pelo salão. Dulce resolveu entrar no embalo, e em um timbre da canção, inclinou gentilmente a cabeça pra trás, entrando na dança. Alfonso sorriu.


Dulce: Eu odeio a segurança que você me passa. – Admitiu, olhando-o. Alfonso se afastou dela, ainda segurando sua mão. Dulce rodopiou, se envolvendo no braço dele, e por fim ficou com as costas no peito do marido, com o braço dele em volta de sua cintura. Os dois se embalaram assim.


Kissing on magazine photos


Those fishing lures, thrown in the cold and clean


Blood of Christ mountain stream


 


Alfonso: Não deveria. Sou seu marido. – Murmurou no ouvido dela, e ela se arrepiou. Adorava o som da voz dele, principalmente quando ele falava que era marido dela, de forma possessiva, rouca, dominadora e protetora.


Alfonso pegou a mão de Dulce e girou ela, dando a cortesia da dama na dança. Em seguida se abraçaram novamente, como no inicio da canção.


Alfonso: Rose está adorando nos observar. – Disse, ao identificar a filha, que estava no colo de Christopher, sentado a mesas de distancia. A menina tinha um sorriso inocente no rosto. Gostava de ver os pais juntos.


Have I found you?


Flightless bird, brown hair bleeding


 


Alfonso: Não estrague a felicidade dela. Ela quer ficar. Eu cuidarei de Perla depois. Essa noite é da nossa família. Por favor, ma petit. – Pediu, acariciando o rosto dela.


Como dizer não a ele, se a alma dela só sabia lhe dizer sim? Sim, ela ficaria. Sim, ela confiava nele. Sim, ela o amava. Mais que o ar que ela respirava, ela o amava. Deixou o rosto descansar na mão dele, que lhe acariciava firmemente. Franziu o cenho, lutando contra si mesma. Tinha que ser forte. Tinha que ir embora. Tinha que se impor a ele. Mas não se impôs.


Dulce: Deus do céu, eu te amo tanto. – Assumiu, impotente, fraca, perto daquele sentimento opressor.


Alfonso agora ficaria com sua esposa. Perla sofreria a ira dele, depois.


Or lost you?


American mouth, big bill, stuck going down


 


Dulce fechou os olhos quando o marido desceu a mão de seu rosto pro seu pescoço, e sorriu por antecipação pelo que sabia que estava por vir. Ela esperou, até que sentiu os lábios de Alfonso gentilmente pressionando os seus, abrindo-os. Dulce abriu os lábios, então a calma dele se foi. A língua dele invadiu a boca dela agressivamente, como sempre, tomando-a em um beijo apaixonado. Todos aplaudiram. Christopher, tendo espírito de farofeito, como Christian descrevera, assobiou alto pros dois. Só uma pessoa estava com a boca amarga de ódio com a cena. Perla virou as costas e deixou a festa misteriosamente, como chegou. O que era de Dulce e Alfonso estava guardado. Deixemos eles pensarem que a felicidade seria tão fácil.


...


 



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Autor(a): HerreraHD

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 167



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  • emily87 Postado em 01/12/2021 - 21:31:00

    Que história mais linda! Chorei muito na parte em que a Dulce de despediu do Alfonso. Parabéns pela história.

  • ellafry Postado em 08/02/2017 - 22:34:08

    Vou sentir saudades :(

  • ellafry Postado em 08/02/2017 - 22:33:24

    MARAVILHOSA <3333

  • ellafry Postado em 01/02/2017 - 20:36:39

    que fogo esses dois hem

  • ellafry Postado em 27/01/2017 - 12:00:39

    esse pai da dulce é um porre

    • HerreraHD Postado em 28/01/2017 - 17:12:08

      demaiiiiiiis

  • ellafry Postado em 23/01/2017 - 09:42:57

    haha dulce malvadinha

  • ellafry Postado em 20/01/2017 - 10:39:21

    MOMENTO MARAVILHOSO DA SURI COM O ALFONSO *-* AMEI AMEI AMEI

    • HerreraHD Postado em 22/01/2017 - 20:07:16

      já tava na hora desses dois se acertarem *-*

  • ellafry Postado em 19/01/2017 - 15:24:37

    espero q seja um menino. *-*

  • ellafry Postado em 16/01/2017 - 10:20:32

    que ciumes, sem or kkkkkk se acalma dulce

  • ellafry Postado em 05/01/2017 - 11:14:25

    ain, que aperto no coração ver o poncho assim :(

    • HerreraHD Postado em 06/01/2017 - 20:38:52

      dá uma dozinha, nem parece que ele já fez tantas maldades :( kkkkk


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