Fanfic: Pecado | Tema: Romance, Trendy, Adaptada, DyP
Christopher: Não vou voltar, depois do almoço. Quero ficar um pouco com Johanna. – Disse, escrevendo algo.
Christian: Não sei qual a novidade nisso. – Retrucou, com um sorriso debochado no rosto.
Alfonso: Realmente. – Alfonso pegou suas correspondências, e foi abrindo-as, lendo-as pacientemente. Até que travou. Um envelope branco, sem remetente ou destinatário. Ele receberá vários nos últimos meses.
Os irmãos não perceberam, mas o rosto de Alfonso se transformou ao ler a carta.
Alfonso: Derick está aqui? – Perguntou, se levantando.
Christopher: Está, porque? – Perguntou, confuso. – Deve estar no estoque, como sempre.
Alfonso não respondeu. Saiu as pressas, atrás do capataz. Nunca foi citado, mas os Herrera também exportam café. O melhor, diziam por ai. O mais caro também. Café e Papel, exportados pra todos os países. Alfonso entrou no estoque, gritando pelo nome do capataz, procurando-o.
Derick: Senhor?
Alfonso: Vá até a minha casa. Procure Dulce. Não, melhor, procure Rosalie. Mas não deixe que Dulce perceba que eu mandei você até lá pra isso. Procure a menina, veja ela, veja se está bem, deixe ela nos braços de Dulce. Isso é pra ontem. – Disse, sério, e Derick viu a sombra do Alfonso duro e impiedoso nos olhos do patrão. – E de modo algum, deixe que Dulce saiba que eu te mandei. Agora vá. Depressa! – Derick assentiu e saiu as pressas.
Dulce estava de olho em Alfonso desde o dia do aniversário. E se fosse piada? Ele chegaria em casa, estaria tudo bem, mas Dulce era inteligente, saberia que ele pensava que tinha algo errado. Então o encheria de perguntas. Perguntas que ele não podia, nem ia responder. Mas... e se fosse verdade? Ele não gostava nem de pensar nisso. Aquela carta não continha apenas uma ameaça. Continua a confirmação em si. Ele se amparou numa prateleira altíssima, carregada de lotes de papel, e bateu a cabeça ali, tentando se acalmar. Desde que Rosalie descobrira que podia andar, não parara mais. Vivia se escondendo de Dulce, que as vezes se irritava, e as vezes achava graça disso. Haviam se passado 2 semanas desde o primeiro passo, na cama dos pais, e a pequena quase podia correr.
Maite: Que vestido é esse? – Perguntou, quando Dulce apareceu.– Vai sair?
Dulce: Não. – Respondeu, alisando o vestido. – Achei no fundo do meu guarda-roupas. Bom, você sabe, Alfonso me deu tudo novo, e eu não tinha visto esse ainda.
Maite: É lindo. As rendas são tão fininhas. – Admirou, olhando mais atentamente.
O vestido era branco, alvíssimo, tomara que caia, mas com duas manguinhas finas, de renda. O caimento e o decote tinham uma renda leve, parecia um xale. Dulce vestida de branco parecia um anjo.
Dulce: Vou por no guarda-roupas, antes que suje. Talvez o use no domingo – Disse, contente. – Onde está Rose?
Maite: Saiu atrás do Diego. – Disse, se afastando, prevendo o ataque da irmã.
Dulce: E você deixou? – Anahí e Maite riram da cara de Dulce. – ROSALIE LILIAN, VEM AQUI, AGORA! – Gritou, correndo porta afora, ao ouvir o riso divertido da filha. – ROSE!
Dulce correu a mansão, mas não achou a menina. Era sempre assim. Ela era pequena, e isso lhe dava vantagem. Dulce ouvia o riso dela, e sabia que estava próxima, mas ela sumia. Estava na sala principal, quando Derick apareceu.
Derick: Algum problema, senhora? – Perguntou, fingindo-se de desinteressado
Dulce: Apenas um. – Disse, irritada.
Derick: Qual?
Dulce: Rosalie sumiu. – Deu ênfase ao sumiu, que era pra filha ouvir. – Eu já procurei essa mansão inteira, mas não encontro. Desapareceu. – Suspirou, irritada. – Com licença, Derick, vou voltar a procurar, vai ver tenho mais sorte.
E foi essa a resposta que Derick levou a Alfonso. Ele viu o patrão empalidecer ao ouvir a resposta.
Alfonso: Quais foram as palavras dela? – Perguntou, pálido. Alfonso estava sentado no estoque, ainda. Soava, mas não era pelas grandes fornalhas que secavam papel. Era por si próprio.
Derick: Temos um problema. Rosalie sumiu. – Repetiu as palavras da patroa. – Ela parecia irritada, preocupada, não sei ao certo.
Alfonso: Pegue isto. – Ele tirou o envelope branco do colete. – Leve até em casa. Vá ao escritório. Guarde na primeira gaveta. Existem outros. Não deixe que ninguém te veja. – Derick assentiu.
Então Alfonso disparou correndo pra saída. Após apanhar seu cavalo, que era o que julgava ser mais rápido, havia sumido pela cidade. Ninguém podia segura-lo. Era Rosalie. Dulce ainda estava procurando Rosalie, quando ouviu o tombo de algo caindo no chão. O riso da filha parou.
Dulce: Achei você! – Ela viu a menina com bico de choro, escondida atrás do sofá. – Machucou, meu amor? – Perguntou, carregando ela. Rosalie se escondeu no ombro da mãe. Sua cabecinha doía.
Maite: Então encontrou. – Disse, descendo as escadas, acompanhada por Anahí. Ela riu da carinha que Rosalie fazia. – Ela caiu? – Dulce assentiu. – E Diego?
Dulce: Vi ele lá em cima, com Théo. – Maite sorriu, e terminou de descer as escadas.
Foi quando algo aconteceu.
XXXX: Senhora. – Pediu licença, entrando com uma mulher. Dulce olhou, com a garganta trancando. Não tinha um bom pressentimento em relação a isso. – Essa senhorita diz que a conhece, e que precisava lhe dizer algo urgentemente. Insistiu tanto, que eu a trouxe. – O porteiro segurava ela pelo braço
Dulce: Solte-a. – Disse, encarando a mulher. – ROSA!
Rosa: Senhora? – Perguntou, prontamente, entrando na sala.
Dulce: Tire Rosalie daqui. – Ela entregou a menina, que sumiu com Rosa pelo corredor.
Dulce conhecia a mulher. Era a mulher que lhe entregou Diego, no fundo da mansão, há meses atrás. Só que estava em um estado definitivamente pior. Mais magra, mais pálida, mais maltratada. O vestido que usava era velho, um dia havia sido azul claro, mas agora estava desbotado, cheio de rasgos. Os braços dela tinham marcas roxas, e o rosto estava um pouco inchado. A mulher parecia estar fazendo um esforço enorme pra se manter de pé. Se Dulce não a reconhecesse, mandaria que tirassem aquilo da sua sala de estar.
Dulce: Se sente, por favor. – A moça pareceu resistir, mas suspirou, e se sentou em uma cadeira, encolhida.
Sherlyn: Sou Sherlyn. – Disse, e sua voz era fraca, sofria. – Eu preciso, eu preciso avisar. Não pode me interromper, tem que ser rápido.
Maite: Dul, quem é ela? – Perguntou, temerosa.
Dulce: Quieta Mai! – Repreendeu ,e a moça se calou. – Pode falar, Sherlyn.
Sherlyn: Eu não... – Ela tossiu, fraca, e Anahí teve receio de que caísse ali. – Não há tempo. – Disse, tentando controlar a respiração – A essa hora, Alfonso acredita que Rosalie esteja com Perla. – Avisou, olhando Dulce.
Dulce sentiu o estomago despencar. Então se lembrou das palavras que dissera a Derick. “Temos um problema, Rosalie sumiu.”. E se lembrou de como ele saiu as pressas. Entendera tudo errado. Nessa hora o empregado passou, discretamente, em direção ao escritório.
Dulce: DERICK! – Gritou, com o medo lhe possuindo. – Onde está meu marido? – Perguntou, arfante.
Derick: Eu... eu não sei, senhora. – Dulce gemeu de novo, e Maite a amparou. – Ele saiu as pressas do escritório.
Dulce: O que é isso? – Perguntou, se referindo ao envelope branco nas mãos de Derick.
Querido Alfonso,
Me cansei da brincadeira. Tornou-se repetitivo. Sua falta de resposta me chateia, sabes? Bom, vamos ao que interessa. A pequena, doce... e insuportável Rosalie me faz companhia agora. Fui a sua casa, essa manhã. A menina aprendeu a andar, verdade? Estava brincando no tapete da sala. Tão linda, eu não resisti. Ela era pra ser minha filha, Alfonso Herrera. Eu era pra ser sua mulher. Mas tudo bem, superemos isso. Sabe, eu tenho tido vontade de ver o mar ultimamente. Bom, se quiser a menina de volta, vai saber onde nos encontrar. No lugar de sempre.
Carinho,
Perla.
O capataz se recusou ao máximo a dar o envelope, mas por fim, cedeu. Dulce abriu a carta com as mãos tremulas, reconhecendo a caligrafia na primeira frase. Vira aquela caligrafia em dezenas de cartas, em sua visita ao terceiro andar.
Dulce amassou a carta, vendo o quebra cabeças se montar. Alfonso saíra, desesperado, pensando que Rosalie estava com Perla. Ela ofegou, pensando. Tinha que impedir. Só a possibilidade de Alfonso estar correndo perigo fazia com que ela tivesse náuseas, e pontadas fortes de dor no peito. Pense... pense... Diabo, ela não conseguia. Vamos lá. Ver o mar... o lugar de sempre...
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Autor(a): HerreraHD
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FLASHBACK DE DULCE Alfonso: ... Eu me lembro, o mar estava revolto naquele dia. A carruagem tremulava bastante, eu estava nervoso. Não queria necessariamente fugir. As ondas eram ameaçadoras, mas Perla estava tão tranquila, que me apaziguava a mente. FIM DO FLASHBACK Dulce: Mar. O lugar de sempre. – Disse pra si mesma .– Ah ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 167
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emily87 Postado em 01/12/2021 - 21:31:00
Que história mais linda! Chorei muito na parte em que a Dulce de despediu do Alfonso. Parabéns pela história.
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ellafry Postado em 08/02/2017 - 22:34:08
Vou sentir saudades :(
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ellafry Postado em 08/02/2017 - 22:33:24
MARAVILHOSA <3333
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ellafry Postado em 01/02/2017 - 20:36:39
que fogo esses dois hem
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ellafry Postado em 27/01/2017 - 12:00:39
esse pai da dulce é um porre
HerreraHD Postado em 28/01/2017 - 17:12:08
demaiiiiiiis
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ellafry Postado em 23/01/2017 - 09:42:57
haha dulce malvadinha
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ellafry Postado em 20/01/2017 - 10:39:21
MOMENTO MARAVILHOSO DA SURI COM O ALFONSO *-* AMEI AMEI AMEI
HerreraHD Postado em 22/01/2017 - 20:07:16
já tava na hora desses dois se acertarem *-*
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ellafry Postado em 19/01/2017 - 15:24:37
espero q seja um menino. *-*
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ellafry Postado em 16/01/2017 - 10:20:32
que ciumes, sem or kkkkkk se acalma dulce
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ellafry Postado em 05/01/2017 - 11:14:25
ain, que aperto no coração ver o poncho assim :(
HerreraHD Postado em 06/01/2017 - 20:38:52
dá uma dozinha, nem parece que ele já fez tantas maldades :( kkkkk