Fanfic:  Pecado | Tema: Romance, Trendy, Adaptada, DyP

Dulce sorriu, e, cuidadosamente, pra não encostar na barriga dele, o beijou. Ela segurou o rosto dele com a mão, e se apoiou na cama com a outra. Alfonso enlaçou a cintura dela com a mão livre, e retribuiu seu beijo. Estarem um nos braços do outro, novamente, fazia parecer que nada daquele pânico tivera acontecido. A essa altura, a cidade inteira já havia montado as peças do quebra-cabeças sobre Perla, Dulce e Alfonso. Estavam todos indignados, e torciam pela melhora de Alfonso. Antigamente não, deixasse que morresse. Mas agora ele merecia viver. Só que, não se sabia como, a história de que Sherlyn que fora a comparsa disso tudo vazou, e todos a procuravam. Mas depois de dias escondida, com fome, fraca, com dor, vagando sozinha, ela resolveu mostrar o rosto. Passaria pela dor, mas depois, enfim, estaria acabado. Ela andou pela rua principal da cidade, olhando as cores. Sempre gostou das cores. Olhou o céu nublado, a cor da terra, sentiu o perfume do vento. Tentou tirar da cabeça o pânico do que viveria a seguir. Porém, logo foi reconhecida. As pessoas fizeram uma multidão em volta dela, prontos pra apedreja-la. Xingavam ela, ofendiam, e a encurralaram. Ela apenas olhava pro chão, esperando. Não havia mais destino pra ela, pra que insistir?

Christopher: Então ela já voltou a ser a mais doce das figuras. – Comentou, brincalhão.

Aaron: Dulce é louca. Sempre foi. – Ele parou, vendo o alvoroço de gente a frente.

Christopher: Não sei. – Ele franziu o cenho, mas deixou pra lá. – Eu vou dar uma passada em casa, vou ver Anahí. Você vem? – Perguntou, tomando seu rumo.

Aaron: Não, obrigado. – Disse, e sua atenção estava toda na confusão a frente.

Ele se aproximou, olhando o que era. Deus, estavam apedrejando uma mulher. Aaron podia deixar muito bem isso pra lá, como já fizera antes, mas ele viu o rosto dela, de longe. Era a coisa mais angelical que ele já havia visto, desde faz muito tempo. Ela já estava machucada, sua testa sangrava, mais e mais pedras iam em sua direção. Ele passou rapidamente pro centro da confusão, pondo seu corpo na frente do dela. Pararam de fazer aquilo.

Aaron: Vamos lá, quem vai ser o próximo? – Desafiou, parado, com a expressão calma, mas irritado.

E quem seria louco de atirar uma pedra em um Saviñon? Era tão perigoso como olhar pra mulher de um Herrera. Vontade não faltou a multidão, mas ninguém se atreveu a atirar um pedregulho se quer.

Aaron: Saiam daqui. Vão cuidar de suas vidas. Sumam! – Rugiu, e não havia um traço de bom humor em sua voz.

As pessoas, aos poucos, foram se dispersando. Resmungando contra Aaron. Umas outras ficaram, pra observar o que ele faria. Aaron se agachou do lado de Sherlyn, que já havia desmaiado. Ele checou o pulso dela, e estava viva. Porém, sua cabeça sangrava bastante, escorria por dentre os cabelos e o sangue descia por seu pescoço, manchando o vestido velho. Ele a carregou, e a cabeça dela se inclinou molemente pra trás, fazendo a cascata de cachos negros pairarem no ar. Ela estava descalça, e seus pés estavam feridos. Ele saiu rapidamente dali, voltando ao hospital onde Alfonso estava. Não deixaria ela morrer. De jeito nenhum.

Aaron entrou no hospital, e logo levaram Maite. Ele não soube preencher a ficha. Não sabia nada daquela estranha. Só lhe restava agora esperar.

Já no quarto de Dulce e Alfonso...

Dulce: Rosalie tem perguntado por você. – Disse, sorrindo, enquanto o marido lhe beijava o pescoço de leve. Ele havia tecnicamente forçado ela a se deitar do seu lado.

Alfonso: Tem? – Perguntou, contra a pele dela.

Dulce: Bom, em geral ela grita o seu nome, mas eu interpreto isso por perguntar. – Alfonso riu e tossiu. Anahí sorriu.

Dulce abaixou o rosto, e os rostos dos dois ficaram a centímetros de distancia. Ela sorriu de canto, encarando ele. Então ele sentiu a mão dela pegar a sua, e, delicadamente, leva-la até sua barriga, ao seu ventre. Alfonso observou a mulher com fascínio. Pelo que sua memória lhe lembrava, ela havia citado uma criança, no dia do penhasco. Mas ele não tinha certeza, e não iria perguntar, pra caso não fosse verdade, ela não se sentir pressionada. Mas agora ele sabia que sim. Havia uma criança ali. Seu filho. Dulce viu ele murmurar um “eu amo você.” Sem som nenhum, só movendo os lábios, e sorriu, beijando o marido. O beijo foi apaixonado, duradouro, até que interromperam.

Christopher: O QUE MINHA GENTE? – Gritou, fazendo sotaque na voz, ao entrar no quarto. Dulce, com o susto, rolou pro lado, caindo ajoelhada no chão. Alfonso, na tentativa de segurar ela, se inclinou pro lado e grunhiu de dor, voltando pro seu lugar. Christopher riu.

Christian: Interrompemos? – Perguntou, brincalhão. Eles trouxeram Maite e Anahí, pra ver Alfonso.

Dulce, após se certificar de que Alfonso não tinha se machucado, se levantou e disparou atrás de Christopher, que correu, corredor a fora. Puderam ouvir o riso dos dois sumirem pelo vasto corredor do hospital.

Dulce: Te mato, maldito! – Ameaçou, correndo atrás dele, mas ria. Christopher, ao chegar na recepção, correu em volta de Aaron, colocando ele sem sua frente. Dulce tentou desviar o irmão, mas Christopher não deixou.

Aaron: Crianças, controlem-se. Vocês estão em um hospital. – Disse, tirando Dulce do caminho. Christopher correu de volta ao quarto, e Dulce ia segui-lo, mas Aaron a segurou – Eu preciso falar com você. – Disse, e Dulce viu o tom sério no rosto do irmão.

Aaron explicou a Dulce o que havia ocorrido, e ambos foram ao quarto de Sherlyn. A moça já havia sido cuidada. Deram-lhe banho, cuidaram dos ferimentos, lhe colocaram um soro, agora ela dormia, calma, na cama do hospital. Dulce explicou a Aaron tudo o que sabia da morena.

Dulce: Nós precisamos esperar ela acordar, pra dar qualquer passo. – Disse, olhando Sherlyn. – Escute, eu vou voltar pro quarto de Alfonso. Não quero deixar ele só. – Aaron assentiu. – Assim que ela acordar, me chame.

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Estarei viajando amores, quando voltar, prometooooooo, postar todos os dias ♥