Fanfic:  Pecado | Tema: Romance, Trendy, Adaptada, DyP

Dulce: Onde está? – Ela sussurrou, pra si mesma, sendo engolfada por uma sensação ruim. – Alfonso? – Chamou, ainda olhando pra cama.

Alfonso: Eu estou aqui. – Respondeu, observando-a.

Dulce se virou bruscamente. Uma enfermeira trazia Alfonso, numa cadeira de rodas, roupa trocada, e os cabelos curtos úmidos, vindo da porta do banheiro. Dulce respirou fundo, e passou a mão no rosto. Alfonso parecia sério, irritado, e ela não sabia porque. A enfermeira ajudou ele a voltar pra cama, e Dulce a dispensou.

Dulce: Tem noção do susto que eu tomei? – Perguntou, deixando a terrina no criado mudo.

Alfonso: Eu não vou morrer. Fique tranquila. Eu prometi. – Disse, e sua voz era séria.

Dulce: Aconteceu alguma coisa depois que eu sai daqui? – Perguntou, desconfiada.

Alfonso: Não. Eu fiquei aqui, e depois tomei banho, e ai você chegou. – Disse, curto e grosso.

Dulce: Alfonso, o que você tem? – Perguntou, confusa. Alfonso estava lhe lembrando a época de anos atrás, quando se casaram.

Alfonso: Nada. – Respondeu, indiferente.

Dulce suspirou, confusa e incrédula. O que acontecera com ele?

Alfonso: Que cheiro é esse? – Perguntou, se distraindo por um instante, quando sentiu o aroma quente inundar seu pulmão. Seu corpo gritava de fome.

Dulce: Ah, eu me esqueci. – Ela também se distraiu. – Eu cozinhei pra você. – Anunciou, animada

Alfonso: Você... você o que? – Perguntou, incrédulo.

Dulce: Cozinhei. – Disse, desamarrando a toalhinha que cobria a terrina.

Alfonso: Desde quando você sabe cozinhar, Dulce? – Perguntou, temeroso.

Dulce: Agora você me escute aqui, Alfonso. – Rosnou, erguendo-se pra ele. – Eu me acabei na beira de um fogão, pra preparar isso. Então você cale essa boca, e come. – Ameaçou, e ele ergueu a sobrancelha.

Dulce pegou a louça que trouxera consigo, e serviu. Em seguida ajudou ele a se sentar, e lhedeu o prato. Alfonso observou. O cheiro e a aparência estavam bons. Resolveu provar. Pegou uma colher rasa e pôs na boca. O gosto era ótimo. Ele conseguiu distinguir abóbora e frango, dentre outras coisas. Dulce suspirou, aliviada, quando ele pegou a segunda colher.

Dulce: Espera. – Disse, de repente. – Aquela enfermeira deu banho em você? – Perguntou, e a fúria em sua voz já aparecia.

Alfonso: Foi. – Respondeu, distraído. Estava acabado de fome, e agora, só queria se alimentar – Bom, só um pouco. – Brincou, mas Dulce não aceitou.

Dulce: Quem pediu? – Perguntou, irritada.

Alfonso: Deram ordens a ela. – Ele ergueu a sobrancelha e sorriu, achando graça dela.

Dulce: Eu poderia ter feito isso. Sou sua mulher. – Exclamou, furiosa, e Alfonso a observou. Suas explosões eram constantes, de um tempo pra cá.

Alfonso: Você não estava aqui. – Lembrou, ainda segurando a colher.

Dulce: PORQUE VOCÊ ME MANDOU EMBORA! – Rugiu, colérica. – Mas não tem problema, problema nenhum. – Rosnou, saindo do quarto.

Aaron e Christopher estavam entrando no quarto, quando Dulce passou por eles como um furacão.

Alfonso: DULCE! – Chamou de volta. – SEGURA ELA! – Mandou, e Christopher correu atrás da loura. Segundos depois ouviram uma breve luta corporal, e Christopher voltou, carregando ela nos ombros, que batia nele.

Dulce: ME LARGUE, DESGRAÇADO! – Rugiu, se debatendo.

Aaron: O que ela tem? – Perguntou, confuso.

Alfonso: Uma enfermeira me deu banho. – Disse, e Christian entendeu.

Dulce: CALA A BOCA! – Rugiu, fulminando Alfonso com o olhar.

Demorou até Christopher conseguir conter Dulce. Depois ela entrou em protesto, e saiu do quarto do marido, se negando a ficar na presença dele. Dulce voltou meia hora depois. Alfonso já tinha se fartado, comeu metade da terrina que ela trouxe, e agora Christopher tentava tomar o prato da mão de Aaron.

Christopher: Quer devolver? – Perguntou, batendo o pé no chão. – Você já comeu. – Acusou.

Aaron: Mas conheço alguém que ainda não. – Disse, servindo bastante o prato. – Diabo, Christopher, vá até a lanchonete e compre um prato. E uma colher também. – Disse, saindo do quarto.

Dulce sabia pra quem Aaron estava levando aquilo. Christopher, ao constatar que não tinha jeito, comprou uma colher, e saiu com a terrina inteira pra ele. 

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