Fanfics Brasil - Capitulo 97 Pecado

Fanfic:  Pecado | Tema: Romance, Trendy, Adaptada, DyP


Capítulo: Capitulo 97

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O dia amanheceu, e no outro quarto daquele hospital, Sherlyn recebeu alta.

Sherlyn: Aaron, por favor. – Insistiu, contrariada – Eu posso me cuidar sozinha. – Alegou, enquanto Aaron fechava a conta do hospital.

Aaron: Ainda está fraca. Não vou deixar que suma por ai. – Disse, assinando um papel.

Sherlyn: Eu dou um jeito. Você já fez demais por mim. – Disse, tocando, sem jeito, no vestido que ele lhe dera, que agora ela vestia.

Aaron: Não é nem metade do que pretendo fazer. – Comentou, distraído. – Tome. – Entregou a prancheta a enfermeira, junto com um maço de dinheiro. A enfermeira conferiu e saiu. – Está pronta? – Perguntou, olhando-a.

Sherlyn: Não vou com você. – Afirmou, relutante.

Aaron: Pra onde você vai? Pra rua? Vai sumir de novo? – Ele suspirou. – Entenda, Sherlyn. Do meu lado vai estar protegida. Mato alguém antes que te façam algo. Não seja teimosa, por favor?


Sherlyn: Mas... – Interrompida.

Aaron: Sem mais. Vai ficar no hotel, vai se cuidar, vai ficar bem. – Ela mencionou falar. – E eu não quero ouvir mais nada. Me deixe cuidar de você. – Pediu, estendendo-lhe a mão. Sherlyn suspirou, vencida, e pegou na mão dele, que sorriu. Aaron levou Sherlyn ao melhor hotel dali, deixando-a numa acomodação luxuosa, confortável, e com uma ordem expressa para que recebesse tudo o que pedisse. À tarde entregaram-lhe mais vestidos, mais roupas, e Sherlyn rosnou. Não gostava dessa situação, mesmo fazendo-lhe tão bem. No hospital, Dulce e Alfonso estavam cumplices. Alfonso insistira que queria tentar andar, que precisava tirar isso da cabeça, e Dulce cedeu. Foi se postar na porta do quarto, do lado de fora, pra vigiar.

Dulce: Pronto. - Murmurou, encostada na madeira do lado de fora. - Por favor, não se machuque. - Pediu de novo.

Alfonso: Eu não vou. - Tranqüilizou.

Alfonso se sentou na cama, olhando as pernas. Em seguida, respirou fundo, e pôs os pés pra fora da cama. Ele fez impulso e pôs o peso contra suas pernas. Sua barriga doeu barbaramente, e ele arqueou. Esperou um momento, arfando ali, e depois se ergueu mais devagar. Doeu bastante, mas ele conseguiu se erguer. Ele sorriu. Estava se apoiando nos próprios pés, sentia o sangue correndo por suas pernas. Com algum esforço ele deu os primeiros passos. Ele entendeu porque não deixaram ele andar: a ferida da bala doía absurdamente, parecia não querer que ele ficasse de pé. Mas a ferida cicatrizaria, não é? Ele andou, devagar, até a porta.

Dulce: Alfonso, pelo amor de Deus. – Rosnou. - Você está bem? - Perguntou, novamente, preocupada.


Alfonso: Bu! - Sussurrou, após abrir a porta. Dulce se virou, e sorriu ao ver ele de pé, os olhos dela brilhavam. Alfonso sorriu e puxou ela pela cintura, e Dulce foi pra ele, com cuidado pra não encostar em sua barriga. Ela o beijou apaixonadamente, feliz.

Dulce: E então, teimoso? Viu que não há nada com a sua coluna? - Perguntou, sorrindo, enquanto fechava a porta. Alfonso recuou. Nunca estivera tão feliz por poder se mover.


Alfonso: Não são as minhas pernas. – Disse, orgulhoso, e viu Dulce arquear a sobrancelha. – Bom, minha barriga dói quando eu fico de pé, e... – Interrompido.


Dulce: Volte pro demônio da cama. Agora. - Rosnou, e ele riu, mas a obedeceu. Não precisava sentir essa dor. Ele já sabia que podia faze-lo, agora era só esperar.

Uma vez sentado novamente, a dor de Alfonso passou instantaneamente. Ele suspirou, feliz. Sabia que não era impotente, tivera a prova na noite anterior. Sabia que podia andar. Sabia que amava Dulce. E agora tinha esperança, esperança de que pudessem sair disso, e deixar todo o ocorrido pro passado, como apenas um tempo ruim. Dias se passaram. Logo se formaram 3 semanas desde o ocorrido. Alfonso já estava bem melhor. Até que, em uma bela manhã, recebeu alta. Foi como ver um raio de sol depois de dias na escuridão. Christopher fechou a conta do hospital, enquanto Dulce ajudava o marido.


Médico: Francamente, eu espero nunca mais ter o senhor aqui. – Disse, e Dulce riu.

Alfonso: Não por isso, não pretendo voltar tão cedo. – Sorriu, abraçando a mulher.

Dulce: Desculpe o trabalho, doutor. Eu fiquei... descontrolada. – Ela mediu a palavra, e o médico riu.

Médico: Agora que você está indo embora, não há problema. – Brincou, e Alfonso riu. – Mas, eu espero que se, um dia, eu cair na cama de um hospital, minha mulher cuide de mim com 1/3 da devoção que a senhora cuidou dele. – Admitiu, e então a enfermeira apareceu na porta, avisando de uma emergência. – Com licença. – Pediu e saiu.

Alfonso olhou Dulce, apaixonado. Ela sorriu pra ele, feliz. Ele abaixou o rosto pra ela, beijando-lhe docemente os lábios. Em seguida os dois saíram de mãos dadas no hospital. Dulce obrigou o cocheiro da carruagem a ir devagar, fazendo Alfonso revirar os olhos e Christopher rir. Depois de tempos de viajem, chegaram em casa. Alfonso nunca esteve tão feliz em voltar pra casa.

Maite: É bom tê-lo de volta, Alfonso. – Disse, acanhada, mas contente.

Alfonso: É bom voltar. – Disse, sorrindo.

Dulce: Vamos pro nosso quarto. – Murmurou, só pra ele, e ele sorriu.



Alfonso: Vamos. – Disse, beijando as costas da mão dela.


...


Dulce: Alfonso, não! – Murmurou, rindo, enquanto Alfonso lhe abraçava por trás, beijando-lhe o pescoço.

Alfonso: Porque não? – Murmurou, passando o nariz pela nuca dela, vendo-a estremecer e se arrepiar. – Nós estamos em casa agora. – Dulce abriu a porta do quarto dos dois, e eles entraram.

Dulce: Porque não pode. Ainda não. – Ela se desvencilhou dele, que encarou a esposa, exasperado.

Alfonso: Quer me enlouquecer? É isso? – Perguntou, fechando a porta atrás de si.

Dulce: Não é minha intenção. – Brincou, rindo, e se afastando.

Alfonso: Pois então venha aqui. Agora. – Chamou, e o desejo na voz dele fez ela perder o rumo. Alfonso sorriu com isso e se aproximou dela, puxando-a pela cintura. Antes que ela pudesse reclamar, ele a beijou possessivamente.

Que diabo, será que não ia haver uma vez na vida ela não seria capaz de resistir a ele? Parecia que não. O beijo durou minutos, e as mãos dele eram furiosas contra o corpo dela, que suspirava, lânguida. Até que um gritinho alegre avisou que mais alguém estava no quarto. Rosalie estava sentada no berço, olhando o pai com os olhinhos brilhando. Dulce se separou de Alfonso, mas antes que ele relutasse, seus olhos caíram na filha, e ele sorriu.


Alfonso: Só um minuto. – Pediu, se afastando dela, e Dulce riu.



Quando Alfonso se aproximou do berço, Rosalie estirou as mãozinhas pra ele, feliz. A menina não tinha noção do que tinha acontecido. Só sabia que o pai tinha saído de casa fazia muito tempo, e ela não tinha o visto mais. Alfonso sorriu e carregou a filha, que se abraçou ao pescoço dele.


Rosalie: Papai. – Murmurou, dengosa, abraçada a ele.



Alfonso: Sou eu, meu amor. Papai voltou. – Disse, enchendo ela de beijos. A menina riu.



Rosalie tapou os olhinhos, e Alfonso riu. Dulce rosnou.



Dulce: Ela não parava de fazer isso, faz uma semana. – Alegou, olhando os dois.



Alfonso: Cadê o bebê? – Entrou na brincadeira. – Olha ele aqui! – Disse, quando Rose tirou as mãozinhas dos olhinhos brilhantes de felicidade.



Alfonso sentou na cama, e pôs a filha em seu colo. A menina se aninhou ali, como se fosse o único lugar seguro que ela tivesse no mundo.



Alfonso: Diz pro papai o que você fez, enquanto ele não estava. – Pediu, meio que brincando. Rosalie não sabia falar direito ainda. Mas, ainda assim, ela tentava. Ele viu Dulce, após sorrir, se afastar da cama, indo pro banheiro, tirando o cabelo do rost. – Ei! – Chamou, e ela se virou pra ele. – Depois eu cuido de você. – Avisou, com um toque malicioso na voz, e Dulce ergueu a sobrancelha.


Dulce: Vá pro diabo que te carregue, Alfonso. – Rosnou, retomando seu caminho, mas sorriu ao ouvir o riso do marido. Tudo tinha voltado ao normal.


Rosalie adormeceu tempos depois, cansada de brincar com o pai. Dulce obrigou Alfonso a descansar um pouco, e ele, sem ter o que fazer, o fez. Sentira tanta saudade de seu quarto, de sua cama. Teve a impressão de ter acabado de fechar os olhos, quando uma mãozinha lhe empurrou o rosto. Uma mão maior que a de Rosalie, e menor que a de Dulce.

Alfonso: Você enlouqueceu? – Perguntou, sobressaltado, ao abrir os olhos e ver Suri lá, de pé, com o queixo erguido.

Suri: Ainda não. – Disse, em seguida, com um pulinho, se sentou ao lado dele, na cama. Alfonso observou a irmã com a sobrancelha franzida – Quero conversar com você, de mulher pra homem. – Impôs, calma. Alfonso riu.

Alfonso: E que grande mulher você é. – Disse, ajeitando as almofadas atrás de si e se sentando em seguida, ainda rindo.

Suri: Vai escutar? – Perguntou, erguendo a própria sobrancelha, no esboço de uma careta.

Alfonso: Tudo bem. – Ele tossiu, engolindo o riso. – Diga.

Suri: Obrigado. – Respondeu, e respirou fundo. – Eu quero deixar uma coisa clara. Não é porque eu não vou com a sua cara que eu quero que você morra, ok?

Alfonso: Isso me deixa completamente confortado. – Disse, olhando-a, e prendendo o riso pela seriedade precoce com a qual ela lidava com ele.

Suri: É sério. – Ela olhou pras mãos. – Sei que você também não gosta de mim, isso é normal. – Disse, pensativa. – Mas faça pela Dul. Pela Rose. Faça por alguém.

Alfonso: Fazer o que? – Perguntou, já sem rir, perdendo o fio do que a menina lhe dizia.


Suri: Não morre não. – Pediu, olhando pras mãos, e Alfonso percebeu a aflição por trás da voz falsamente composta.

Alfonso entendeu a preocupação da menina. Nessa história toda, ele não pensou em Suri. Ele era o parente mais próximo que ela tinha: irmão por pai e mãe. Um velho remorso bateu no peito dele, lembrando-se dos anos em que ele a fizera ficar trancada no quarto, negando sua existência, só porque lhe lembrava Luisa, sua mãe. A menina não merecia aquilo. E mesmo assim estava ali, achando que ele ainda corria risco, lhe pedindo pra viver.

Alfonso: Eu... – Ele pensou. – Eu não pretendia. – Disse, e vê-la ali, pequena, com a face vermelha de vergonha, olhando as mãozinhas. Pensou ter visto o olhar dela brilhar mais que o normal. Estaria chorando?


Suri: Eu... – Ela disse, e do mesmo modo que ele, clareou o pensamento. – Eu fiquei preocupada. – Ela respirou fundo, ainda sem encara-lo. – A Dul saiu de cavalo atrás de você, e só voltou a noite, e estava ferida, coberta de sangue. E então... então disse que tinham atirado em você. Disse que seu estado não era bom. E-eu tive medo. Não que eu morra de amor por você, mas... você é meu irmão. – Ela retrucou, com o cenho franzido, e Alfonso a observava, sem reação. – Olhe, eu prometo que... – Ela pensou no que ia prometer. – Eu prometo que me comporto melhor. Eu vou tentar lidar com você, é isso que os irmãos fazem, não é? – Ela coçou a franjinha de leve. – Mas, por favor, não morre não. – Repetiu, e Alfonso viu uma lagrimazinha descer pelo rosto dela.


Alfonso estava pensando no que ia responder, não esperava aquele ato, não dela. Mas era bom saber que a irmã o perdoara, que tinha afeto por ele, que se preocupara. Então, pelo impacto que recebeu na barriga, ele pensou que ela tinha lhe batido. Mas não. Estava abraçada a ele. Era o primeiro abraço que Alfonso dava a Suri. No inicio ele ficou sem reação, mas sentiu as lágrimas de preocupação da menina contra sua camisa, e fez o que seu instinto de pai, ao ver a pequena tão desolada, mandou: consolou ela. Retribuiu-lhe o abraço, pondo uma mão em suas costas e a outra em seu cabelo, beijando-lhe a testa em resposta a seu pedido: ele não ia morrer. Dulce ia entrar no quarto, mas quando entreabriu minimamente a porta viu a cena: Suri abraçada a Alfonso, que parecia nina-la. Francamente, não era de se esperar. Dulce sorriu, olhou a cena uma ultima vez, e saiu silênciosamente. Suri ficou ali com Alfonso por minutos a fio, quietinha, no abraço do irmão, que lhe acariciava os cabelos. Teve tanto medo de que ele morresse antes que ela pudesse abraça-lo. Então, bem meia hora depois, ela se separou dele, fungando.

Alfonso: Não vou morrer. – Disse, secando o rosto dela. – Não agora. – Ele avaliou, e ela riu de leve. – Ainda vamos poder tentar ser irmãos.

Suri: Obrigada. – Disse, rouca. – E agora eu vou sair daqui, porque eu passei tempo demais com você, esta me afetando. – Alfinetou e Alfonso riu.

Suri riu também, deu um beijinho estralado no rosto do irmão e, após pular pro chão, saiu, saltitando, do quarto. Alfonso sorriu, e balançou a cabeça negativamente, pensando em tudo. Se não fosse Dulce pra mudar tudo, ele nunca teria provado do amor que a irmã demonstrara a ele agora. Ele voltou a se afundar no travesseiro, afogado em seus pensamentos. Quem diria, anos atrás, que ele podia receber um “eu te amo” da mulher, que poderia ver amor nos olhinhos da filha, e que poderia ouvir a irmã que ignorara e agredira revelar amor por ele?


 


 


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Autor(a): HerreraHD

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 167



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  • emily87 Postado em 01/12/2021 - 21:31:00

    Que história mais linda! Chorei muito na parte em que a Dulce de despediu do Alfonso. Parabéns pela história.

  • ellafry Postado em 08/02/2017 - 22:34:08

    Vou sentir saudades :(

  • ellafry Postado em 08/02/2017 - 22:33:24

    MARAVILHOSA <3333

  • ellafry Postado em 01/02/2017 - 20:36:39

    que fogo esses dois hem

  • ellafry Postado em 27/01/2017 - 12:00:39

    esse pai da dulce é um porre

    • HerreraHD Postado em 28/01/2017 - 17:12:08

      demaiiiiiiis

  • ellafry Postado em 23/01/2017 - 09:42:57

    haha dulce malvadinha

  • ellafry Postado em 20/01/2017 - 10:39:21

    MOMENTO MARAVILHOSO DA SURI COM O ALFONSO *-* AMEI AMEI AMEI

    • HerreraHD Postado em 22/01/2017 - 20:07:16

      já tava na hora desses dois se acertarem *-*

  • ellafry Postado em 19/01/2017 - 15:24:37

    espero q seja um menino. *-*

  • ellafry Postado em 16/01/2017 - 10:20:32

    que ciumes, sem or kkkkkk se acalma dulce

  • ellafry Postado em 05/01/2017 - 11:14:25

    ain, que aperto no coração ver o poncho assim :(

    • HerreraHD Postado em 06/01/2017 - 20:38:52

      dá uma dozinha, nem parece que ele já fez tantas maldades :( kkkkk


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