Fanfic: Mulher Em Fuga *AyA*Ponny* | Tema: Ponny, AyA

— Quem diz?

— A polícia e os federais.

— Tanto a polícia como o FBI acredita que as mortes foram acidentais? — perguntou Chuck.

Herrera concordou.

— Não sei, Poncho. — disse Chuck coçando o queixo. — A polícia e os federais não são bobos, você sabe. Devem ter investigado bastante a fundo. A ninguém gosta que os peguem com as calças na mão... perdão pela expressão, Any.

Herrera esticou de novo a mandíbula.

— E certamente... — Anahí lambeu os lábios secos, estava tendo muito trabalho para raciocinar. — Tenho certeza que se alguém soubesse onde estou... teria vindo me buscar em primeiro lugar, vocês não acham? Afinal, estão oferecendo um milhão de dólares por minha cabeça.

— Dois milhões — disse Herrera sombriamente. — O preço pela sua cabeça foi levantado.

Anahí fechou os olhos e estremeceu.

Santana estava disposto a pagar dois milhões de dólares para vê-la morta. Ela nunca havia sido tão odiada.

— Não há provas de que tenham descoberto meu paradeiro, não é?

— Não. Mas tampouco há garantias de que não o tenham feito.

Anahí aproximou-se devagar da janela e olhou para fora. A temperatura tinha caído e o solo estava gelado. O mundo parecia frio e sem vida.

Anahí tentou imaginar-se olhando através dessa janela, hora após hora, dia após dia, assustada, sozinha e presa.

Herrera se aproximou dela por trás e seus olhares se encontraram no reflexo da janela.

— Não posso aceitar isso Herrera... — disse brandamente. — Você não pode me trancar. Por favor, não faça isso comigo.

— Então você fará tudo o que eu mandar. Não irá a nenhum lugar sem me avisar antes. — disse pondo as mãos nos ombros de Anahí e ela o olhou com os olhos cheios de esperança.

— Não. — ela procurou os olhos dele. — Não vou. Prometo-te isso.

— Irá do colégio para sua casa. E Chuck, Bernie, Sandy, MAC ou eu, a acompanharemos.

— Sim, Herrera.

— Levará uma arma sempre. Exceto quando estiver dando aula e Chuck ficará na porta do colégio.

— Arma? — Anahí olhou-o perplexa. — Nunca usei uma arma em minha vida.

— Você aprenderá a usar. Vou te ensinar, não é tão difícil.

— Está bem. — Anahí inclinou a cabeça. — E quero que me ensine o básico de defesa pessoal.

— Boa ideia. Aikido.

— Ai... o que?

— Aikido. — repetiu Herrera. — Uma arte marcial. Não requer a força do judô ou do caratê.

— Sim, Herrera.

— Se você quiser ir ver alguma de suas amigas, Marissa, Maisie ou Beth, basta dizer que eu te acompanho ou te acompanham Chuck, Bernie, Sandy ou MAC. Também tenho que falar com Loren e Glenn. — acrescentou Herrera olhando para Chuck. — E ao resto dos homens do povoado. Eles não têm que saber a razão, basta ficarem sabendo que você não pode estar sozinha nem um minuto.

Chuck concordou.

Anahí não estava muito convencida de terem tomado a decisão correta, mas, neste momento só havia uma resposta possível:

— Sim, Herrera.

— Não atenda ao telefone. Nunca. Eu atenderei.

— Sim, Poncho... — Anahí começou a dizer e parou; — Mas como fará para atender o meu telefone?

— Estarei aqui todo o tempo que puder, vou mudar para cá e viver com você.

— Mas, Herrera... se vier morar comigo... quero dizer, o que as pessoas vão pensar? Não é realmente... — deu de ombros sem saber o que dizer e olhou para Chuck.

— Tudo bem querida. — disse Chuck dando um tapinha no ombro dela. — A última coisa que você tem que se preocupar é o que as pessoas de Simpson vão pensar. Todos aqui gostam de você. E... Merda. Se existe uma coisa que fará a todos felizes é saber que finalmente Herrera está ligado a alguém.

Estou sendo protegida de morte, pensou Anahí alguns dias depois.

Empurrou, abriu a porta do banheiro da escola e colocou uma das mãos no peito do zelador para que ele não a seguisse.

— Aqui não, Jim. — disse exasperada.

— Mas... mas senhorita Puente. — ele protestou arregalando seus olhos azul claro. — Chuck me disse que não a perdesse de vista em nenhum momento.

— Estou segura de que Chuck não se referia que você tivesse que me seguir até no banheiro de senhoras. Te garanto Jim, não vai acontecer nada aqui dentro.

Sem dar a ele oportunidade de responder, entrou no banheiro dos professores e fechou a porta atrás dela. Apoiou as duas mãos no lavabo e se olhou no espelho.

Em pensar que ela havia pensado que sua vida havia se descontrolado desde que presenciou o assassinato... Isso não era nada comparado com que Alfonso Herrera fazia para protegê-la!

Observou o pequeno banheiro. Era a primeira vez em três dias conseguiu ficar sozinha em algum lugar.

Herrera tinha passado o resto da noite de domingo e as primeiras horas da manhã de segunda-feira falando por telefone com o Herbert Davis e combinando o que fazer com Chuck.

Os três tinham desenvolvido um plano elaborado, que ela não tinha conseguido seguir, cheio de linhas claras de comunicação, áreas de fogo e sinais de inteligência. Anahí ficou adormecida no sofá, escutando a profunda voz de Herrera.

Agora ela vivia em uma casa blindada, em que, tudo o que se pudesse abrir tinha alarmes.

Ponnyforever10: Simmm *--* , Pois é :/