Fanfic: Mulher Em Fuga *AyA*Ponny* | Tema: Ponny, AyA

— Basicamente são feitos de massa doce frita. Agora, se me desculpar...

A jovem apoiou uma das mãos na de Anahí.

— Tinha razão, sabe?

— Razão? — outra parte do mousse desapareceu e Anahí suspirou em pensamento. — De que?

— Foi uma estupidez minha vir para este povoado.

— Foi uma... ahhh... já me lembro. Quer dizer que ainda não encontrou nenhum cliente?

— Não, encontrei alguns clientes, mas...

Anahí estava com água na boca e estava custando muito se concentrar na conversa. Observou com inveja como Mary acabava com o último churros.

— Mas?

— Não sei. — suspirou Mary. — Tive um caso de divórcio e outro de lesão corporal. — deu de ombros. — Mas o divórcio é muito amargo e o casal está usando as crianças como reféns. E o caso de lesão corporal... — inclinou-se para frente e sussurrou: — O homem está mentindo. Pretende tirar um dinheiro da companhia de seguros.

— Não acredito. — Anahí tentou parecer impressionada.

— Pois é. — disse Mary com gesto solene. — Não pensei que isto fosse ser... assim. Pensei que seria mais como L.A. Law ou Murder One. Entende? Brigar para que se faça justiça e conseguir que um cliente inocente saia livre.

— A que tipo de advocacia seu pai se dedica?

— Bens, imóveis. Antes eu achava que era chato, mas agora... — Mary afundou o garfo no bolo de chocolate bavarian e o colocou na boca.

Anahí teve vontade de chorar.

— Agora já não sei. No direito imobiliário não há pais ausentes nem certificados médicos falsos.

— Talvez você devesse repensar sua posição... talvez a área de seu pai não seja tão ruim afinal.

— Sim, talvez. Ia ficar na cidade até o Natal mas sabe de uma coisa? Resolvi voltar depois do Dia de Ação de Graças. É só daqui a alguns dias e Marissa me disse que terá uma festa aqui no Marissa's. Depois farei as malas e voltarei para minha casa em Boise. Espero que papai seja paciente comigo e não diga "eu te avisei"!

— Mmm. — respondeu Anahí com educação, tentando aproximar-se furtivamente da mesa de comida. A única parte de mousse de chocolate que restava não ficaria lá por toda a vida. — Até o Dia de Ação de Graças, então.

Uma mulher se aproximou da fatia do mousse e Anahí se apressou para chegar antes dela. De repente, uma mão de ferro a agarrou pelo ombro e a puxou para trás.

— Que diabos você pensa que está fazendo aqui? — o tom de voz era forte e zangado.

Oh, oh, pensou Anahí.