Fanfic: Mulher Em Fuga *AyA*Ponny* | Tema: Ponny, AyA

— Sinto muito. — Davis parecia arrependido. — Bem que eu gostaria que fosse assim. Como estão as coisas aí?

— Tenho Anahí a salvo em um lugar seguro, o xerife e eu estamos indo para sua casa preparar um comitê de recepção.

— Bem, então boa sorte. Aproveite e diga aos bandidos que, de qualquer forma, eles não receberiam a recompensa.

Uma caminhonete virou devagar pela rua principal e Herrera ficou tenso até que a caminhonete passou por ele e ele reconheceu o motorista. Era um vizinho de sua fazenda.

— Que diabos significa isso? — Herrera rosnou ao telefone.

— Santana está morto.

— O que? — Herrera franziu a testa.

Será que ele havia ouvido bem? Ele não podia se dar o luxo de ouvir mal. Não agora que a vida de Anahí estava em jogo.

— Repita isso.

— Santana sofreu um ataque ao coração por volta das três da tarde. — nem mesmo os ruídos do fraco sinal de telefone pôde ocultar o som de satisfação na voz dele. — O declararam morto por volta das três e quinze. Acabei de saber.

— Será que isso poderia ser uma armação?

— Não, a não ser que ele tenha feito um pacto especial com Deus. O corpo de Santana está sobre uma mesa de autópsia neste momento. O patologista disse que ele bebia muito e que seu fígado estava destroçado. Então... se você pegar esses assassinos, estará tudo acabado.

— Guarde um pedaço do couro de Santana para mim. — Herrera rosnou. — Quero pregar em minha parede.

Ele apertou o botão desligar e tentou colocar as notícias de Davis em um canto distante de sua mente. Ele precisava concentrar toda sua atenção na missão que tinha nas mãos.

— Quem era?

— Mais tarde. — Herrera apontou para a casa de Anahí e fez sinal com a mão de "vamos pela parte de trás".

Chuck balançou a cabeça concordando e se dirigiram em silêncio para trás. Herrera entrou com sua chave.

Entraram na casa e fecharam a porta. Herrera tirou uma lanterna do bolso e pegou algumas armadilhas que estavam na bolsa de couro. Aproveitou e pegou as toalhas que tinha na cozinha do Marissa's e deu uma para Chuck.

— Não podemos deixar nenhum rastro.

Chuck concordou enquanto Herrera colocava as armadilhas nas maçanetas das portas. Em quarenta e cinco segundos já tinha arrumado as portas.

Herrera grunhiu de satisfação e se dirigiu imediatamente ao quarto.

Estava colocando a roupa de Anahí debaixo do cobertor, para que parecesse que estava dormindo caso alguém olhasse pela janela, quando Chuck colocou a mão em seu ombro.

Herrera concordou. Ele também o tinha ouvido. Um carro descia pela rua.

Herrera olhou pela janela. O carro estava com os faróis apagados e parou a uns cinquenta metros da casa. Desceram dois homens do carro e fecharam as portas com cuidado.

Era impossível distinguir o rosto, mas pela forma que se moviam, Herrera soube que eram profissionais.

Herrera empurrou Chuck para dentro do armário e trancou a porta com os dois lá dentro. Isso deveria protegê-los da explosão.

Herrera verificou o relógio. Os assassinos chegaram quinze minutos antes do previsto. Eles foram rápidos e pareciam ser bons.

Mas ele era melhor.

Anahí ouviu a explosão a três quarteirões de distância. Os vidros das janelas do Marissa's balançaram um pouco e depois não se ouviu mais nada.

Anahí olhou em volta e viu a expressão de terror no rosto dos outros, com exceção de Sandy, MAC e Bernie, que tinham os rostos sérios e suas armas no ombro engatilhadas.

— Não! — sussurrou Anahí.

Marissa olhou para o chão, Maisie avançou um pouco para abraçar Anahí, mas ela se afastou.

— Não. — disse mais forte.

Ninguém disse nada.

Com os dedos dormentes, Anahí voltou a verificar pela centésima vez o tambor de sua arma. De repente, deu-se conta de que se algo ruim tivesse acontecido a Herrera, ela seria capaz de utilizá-la.

Olhou-a com segurança e saiu pela porta com tanta rapidez que os homens de Herrera não conseguiram segurá-la.

— Ei! — ouviu Bernie gritar. — Herrera disse que...

Mas, ela já tinha chegado à rua. Não queria escutar Bernie dizer o que disse Herrera, queria que ele dissesse diretamente para ela.

Queria que o próprio Herrera, em corpo e alma, a repreendesse e reclamasse de sua falta de obediência. Queria que Herrera gritasse com ela e que dissesse que ela havia se colocado em perigo. Que não ia tolerar que fizesse isso novamente. Queria que Herrera...

Queria... Herrera.

Vivo.

Anahí correu para sua casa, enxugando as lágrimas e a neve com a mão, escorregando um pouco, porque não usava o calçado apropriado para a neve.

A neve chegava quase até os tornozelos dela, embora pouco importasse que chegasse até seu pescoço, porque isso não a impediria de continuar correndo.

Só queria chegar até Herrera.