Fanfic: Mulher Em Fuga *AyA*Ponny* | Tema: Ponny, AyA
O caminho do colégio até a casa de Anahí era curto. O caminho para qualquer lugar em Simpson era curto.
Na verdade Anahí nem sequer precisava do velho Ford Fairlane verde limão que Davis havia arrumado para ela. Ele fazia muito barulho, devorava gasolina e tinha idade suficiente para votar.
Sentia falta de seu Fiat novo. Sentia falta de sua vida chique.
O que estaria acontecendo em Boston?
Julie estava a algum tempo pensando em tornar-se autônoma, inclusive tinha sugerido que Anahí fizesse o mesmo. Teria ela feito isso?
Andrew e Paul, seus vizinhos gays, tinham brigado. Anahí esperava que eles estivessem juntos quando... se... voltasse algum dia. Ninguém fazia lasanha como Paul e sempre podia contar com Andrew para acompanhá-la a qualquer evento de arte.
Alguém enviaria para eles um cartão postal de Halloween estranhamente alegre da Florida, recordando o baile do Halloween que os três foram ano anterior. Se soubessem...
Anahí sorriu pelo pensamento da imagem de Andrew e Paul indo a resgatá-la.
E Federico Fellini, o gato mais bonito e mais temperamental do mundo. Será que seus novos donos teriam percebido que ele gostava da carne partida ao meio para que ela esfriasse mais rápido?
Ela desejava que sua vida fosse um filme e que pudesse retroceder a um mês atrás e assim, decidisse não fazer seu safári fotográfico na selva da zona industrial do porto.
Qualquer coisa teria sido melhor do que isso.
Uma endodontia, uma operação de coração aberto ou até finalmente ler o seu exemplar antigo e lacrado de Guerra e Paz, de capa a capa, inclusive as notas no rodapé.
Qualquer coisa teria sido muito melhor do que na verdade fez: Ir ao porto com o objetivo de obter fotografias realistas por que quando teve a ideia de fotografar cenas românticas, só conseguira desperdiçar um filme inteiro com asas de borboletas imprecisas e flor de dente de leão desfocada.
Bem, no final conseguiu obter sua dose de realismo.
Anahí caminhou pela rua deserta, observando as vitrines das lojas à medida que avançava. Embora estivesse quase anoitecendo, ninguém tinha acendido ainda as luzes o que fazia com que o local parecesse um povoado fantasma.
A rua era assustadora. O povo era assustador. Sua vida também era.
Tentou repassar a cena em sua cabeça como se fora um filme, um velho truque que usava quando tinha medo, estava sozinha ou deprimida.
Naquele momento ela sentia tudo isso, então, parou de pensar para observar seu próprio filme.
Um filme dos anos 40, pensou. Rodado em preto e branco. Isso.
O céu cinzento filtra todas as cores. O cara malvado é... Ah! Humphrey Bogart. Ou talvez... Jimmy Cagney.
E eu sou a bela herdeira que investiga uma pista sobre a misteriosa morte do... do meu tio, aqui neste povoado fantasma e a única pista que tenho é esta estátua de falcão. O detetive particular que contratei, é bonito e desconfiado...
Anahí se distraiu com sua fantasia, que tirava de um montão de filmes clássicos, até que chegou a porta castigada pelo tempo da pequena casa de madeira que Herbert Davis encontrou para ela. Então, sua fantasia desapareceu.
Nenhuma heroína de filme dos anos quarenta digna de chamar-se assim, teria uma casa que deixasse passar rajadas de vento gelado e cujo sistema de calefação estivesse sempre quebrado.
Anahí viu-se obrigada a voltar de repente para a fria e dura realidade.
Subiu os degraus da varanda, que precisavam urgentemente de um conserto e enfiou a chave na fechadura.
Parou ao ouvir alguns arranhões e suspirou profundamente. Ela passou dois dias tentando afugentar um cão de rua magro e sarnento que havia virado sua lata de lixo duas vezes naquela semana.
E não adiantava gritar com ele, pois ele sempre voltava.
Não era à toa que ela preferia os gatos, eles tinham muita dignidade para se comportar como delinquentes juvenis.
Ela viu uma sombra poeirenta de um marrom amarelado em um canto da varanda.
— Xô! — disse com aborrecimento, mas o cão não saiu correndo como normalmente fazia.
Ela suspirou e decidiu entrar sem tentar atirar nada nele porque do jeito que sua sorte estava hoje, ela provavelmente erraria e acertaria no prefeito.
Virou a chave e ao entrar em casa ouviu um gemido baixo na varanda. Um gemido.
Ela jogou o casaco sobre a cadeira e bateu com as mãos nos bolsos da saia tentando tirar o som da cabeça. Mas a criatura gemeu novamente.
Bem, não era da sua conta. Merda, ela nem sequer gostava de cães.
Anahí entrou na cozinha para fazer uma tranquilizadora xícara de chá, mas parou, fechando os olhos e batendo com o pé no chão.
Estou louca, pensou virando-se para caminhar de volta para fora da casa.
O cão estava encolhido em um canto da varanda. Anahí aproximou-se cautelosamente.
Ela não sabia merda nenhuma sobre cães. A única coisa que sabia era que esse animal podia ter uma doença horrível, chamada raiva ou algo assim, e que poderia saltar em seu pescoço com um rosnado.
Tentou lembrar-se de tudo o que sabia a respeito da raiva e o pouco que sabia não era nada agradável. Tudo o que lembrava era que o tratamento era realmente dolorido, pois se baseava em injeções no estômago.
— Bom cãozinho. — disse pouco convincente enquanto se aproximava da amarelada massa de pelo.
Na penumbra, ela sequer era capaz de distinguir que parte era a cabeça e qual era a cauda. O cão resolveu sua dúvida levantando o focinho e golpeando a madeira do chão com a cauda.
Autor(a): Mila Puente Herrera ®
Este autor(a) escreve mais 75 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?
+ Fanfics do autor(a)Prévia do próximo capítulo
Anahí se aproximou um pouco mais, perguntando-se que tipo de vocabulário compreenderiam os cães. Federico Fellini seu gato, era um intelectual e com ele conversava sobre livros e filmes, desde que antes o tivesse alimentado com bastante comida, embora tivesse o pressentimento de que os cães preferiam falar de política e de futebol. Esta & ...
Capítulo Anterior | Próximo Capítulo
Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 43
Para comentar, você deve estar logado no site.
-
queren_fortunato Postado em 17/10/2016 - 14:26:20
Que lindooos
-
ponnyforever10 Postado em 05/10/2016 - 10:52:45
Ameiii,Alana e Alicia fazem o q querem com o poncho,morri con Alicia cortando o pêlo do fred kkkkkkkkk.Agora vamos pra próxima história :)
-
ponnyforever10 Postado em 30/09/2016 - 21:07:01
Nossa q bom o Santana morreu ne.Tadinho do Poncho ele entendeu errado.Aii mas q desgraçada essa Mary.Alguem tem q ajudar aAnahi :((.Continuaa
-
ponnyforever10 Postado em 30/09/2016 - 10:59:42
Poncho disse q eu te amo*-------*,chocada q é o Aaron.Continuaa
-
ponnyforever10 Postado em 29/09/2016 - 10:02:47
Tadinha Anahi querendo comer e não deixaram kkkkkk.Aii poncho cedeu mas isso vai dar merda,Anahi é mt teimosa. Continuaa
-
ponnyforever10 Postado em 27/09/2016 - 10:19:57
Poncho ficou responsável pela Anahi *------*,Anahi é teimosa,é horrível ficar igual prisioneira, mas no caso dela é o melhor a fazer ne.Continuaa
-
ponnyforever10 Postado em 08/09/2016 - 19:38:41
Gêmea to mais apaixonada nesse poncho,q cena linda ela no colo dele no sofá*------*.Poncho td bravo e preocupado *-------*.Continuaa
-
ponnyforever10 Postado em 08/09/2016 - 10:29:44
A Anahi vai ter q se mudar,vai ser bom pra segurança dela,so tem o lado ruim ficar longe do poncho :(.Poncho dizendo q sentiu saudades *------*,q bonitinho,ele foi mais calmo dessa vez, aii as mãos dele tremem quando ele ta com Anahi,eu achei isso mt fofo kkk <3333.Continuaa
-
ponnyforever10 Postado em 02/09/2016 - 19:43:28
Anahi descobriu q esta apaixonada<33333,Herrera voltou.Anahi realmente trouxe alegria pra todos:).Continuaa
-
ponnyforever10 Postado em 01/09/2016 - 19:42:00
Aii gêmea q nervoso esse cara esta chegando cada vez mais perto.Poncho ta com saudades<33333.Continuaa