Fanfic:  Desejo proibido - Adaptada | Tema: Vondy

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Uckermann ouviu Diego antes de vê-lo. O idiota estava gritando algo sobre o deixarem em paz. Houve uma discussão e um grito. Uckermann entrou na sala de estar de Diego, passou por Christian, que parecia furioso, e encontrou Diego esparramado no sofá, parecendo completamente embriagado, com o nariz sangrando e um olho tão inchado que estava quase fechando.

– Puta que pariu – murmurou Uckermann.

– Uckermann! – gritou Diego com um sorriso largo e bêbado. – Dê só uma olhada nisso!

Ele ergueu a camiseta para exibir vários hematomas e um corte nas costelas. Uckermann virou a cabeça na hora para Christian e Cam, que estava sentado em um

canto da sala com um baseado na mão e uma mulher no colo.

– Onde é que vocês estavam quando tudo isso aconteceu, porra?

Christian ergueu as mãos e balançou a cabeça.

– Não jogue a culpa na gente, cara – avisou ele. – O idiota foi embora, disse para a gente ficar onde estava. Fiz o que pude!

– Sem dúvida – ironizou Uckermann. – A polícia se envolveu?

Christian negou com a cabeça.

– Os caras se mandaram antes que a polícia aparecesse.

Uckermann foi até Diego, que tinha calado a boca e relaxado enquanto observava seu amigo Al acender um e entregar a ele. Diego gemeu quando inalou e soprou a fumaça, mas se encolheu e fez uma careta quando tentou se mover. Os babacas o tinham espancado.

– Eles estavam em quantos? – Uckermann perguntou a Christian.

– Não sei – respondeu ele. – Vi dois quando cheguei lá, mas pode ser que tivesse mais.

É, sem dúvida. Diego parecia ter apanhado de toda a Guarda Nacional.

Laura, o brinquedinho mais recente de Diego, ainda com a roupa que estava usando na boate, veio da cozinha com uma tigela de água e uma toalha. Ela deu um sorriso contido a Uckermann antes de se ajoelhar ao lado de Diego e começar a tentar limpá-lo. “Tentar” é a palavra de ordem aqui, visto que Diego a empurrava para longe enquanto murmurava palavrões.

– Pare com isso, González – ordenou ela –, antes que eu coloque você nos eixos de verdade!

Diego sorriu para ela, o cigarro dependurado em seus lábios ensanguentados, e piscou com o olho saudável.

– Você sabe que me deixa de pau duro quando fala desse jeito.

Laura revirou os olhos e continuou a limpar o rosto mutilado de Diego.

– Precisamos levar você para o hospital, seu idiota – disse Uckermann.

Laura tirou a camiseta de Diego e o estrago que tinha sido feito nele pôde ser visto por todos.

Uckermann cerrou os dentes com o pulo que Diego deu quando Laura passou a toalha por suas costelas.

– Estou bem – respondeu Diego. – Além disso, o hospital faz perguntas.

– Diego – argumentou Uckermann. – Se nós simplesmente...

– Não vou – falou Diego em um tom que exigia complacência. – Os médicos vão ligar pros meganhas. Não preciso deles se intrometendo. Não que fossem encontrar alguma coisa. Os filhos da puta levaram minha cocaína embora.