Fanfic:  Desejo proibido - Adaptada | Tema: Vondy

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Na tarde seguinte, a casa estava cheia. Garçons serviam aperitivos e champanhe enquanto Dulce observava sua mãe saçaricando entre as pessoas, com um sorriso firme e um comportamento tranquilo. Tendo crescido em uma família de políticos e se casado com um dos mais jovens senadores do país, Blanca conseguia fazer sala até para os melhores deles.

Ben, Abby, Anahi e Alfonso foram recebidos com um furacão de beijos e abraços dela e de Nana Boo. Enquanto Dulce os via trocar gracejos, ficou impressionada com quanto Anahi estava parecida com sua mãe. Tinha percebido isso durante seu jantar de aniversário, mas agora, vendo as duas mulheres se abraçarem e conversarem aos sussurros, parecia que, em algum momento do caminho, elas tinham se tornado amigas.

– Como você está? – perguntou Dulce, dando um beijo no rosto de Anahi.

– Bem – respondeu ela, enquanto olhava para o noivo, que parecia muito desconfortável. – E

você? Alguma novidade?

– Nada interessante.

Dulce deslizou o pé pelo chão, seu rosto ficando quente com a avaliação minuciosa que sua amiga estava fazendo dela.

– Algo que você queria compartilhar? – quis saber Anahi, inclinando a cabeça para o lado.

– Neste momento, não – respondeu Dulce com firmeza, mas dando um pequeno sorriso, tentando ao máximo fazer sua resposta não parecer defensiva.

Ela não sabia se tinha funcionado. Dulce queria tanto contar para Anahi, para todos eles. Mas algo – que a fazia sentir calafrios – a impediu.

Nana Boo era a única pessoa a quem ela confiara plenamente seus reais sentimentos por Uckermann.

O papo confidencial e tranquilo que tivera com a avó na noite anterior, depois que Blanca e Harrison foram dormir, havia sido completamente diferente das conversas com sua mãe e com Anahi. Tinha sido fácil, franco e repleto de risadas. Nana atualizou Dulce sobre as últimas fofocas do clube de bridge, inclusive um senhor bonitão, Roger, que era seu novo parceiro de golfe.

– Ele é curto e grosso – revelou Nana, rindo. – Do jeito que eu gosto. Encolhida no sofá com um chá de camomila, Dulce se deixou viajar no tom de voz suave e nas palavras gentis da avó. Ela adorava como Nana Boo sabia o que dizer para fazê-la sorrir, e o entusiasmo que a velha senhora emitia tinha começado a afastar a ansiedade sombria que habitava em Dulce desde que a viagem começara. Dulce se ouviu rindo e seu sorriso era totalmente genuíno enquanto Nana detalhava sua implicância para com a nova participante de sua turma de salsa. “Uma biscate, minha querida” tinha sido sua descrição sem papas na língua da recém -enviuvada Sra. Harper.

– Então – disse Nana Boo. – O que há de novo com você? Senti saudades. Dulce suspirou e puxou um fio solto de sua calça de moletom .

– Também senti, Nana – confessou Dulce. – Estou... Estou bem . Ocupada. Nana deu um leve suspiro.

– Dulce, sei quando minha única neta não está sendo ela mesma.

Dulce riu sem nenhuma alegria e enrolou o braço livre em torno de si mesma.