Fanfic: Desejo proibido - Adaptada | Tema: Vondy
Ela começou a andar de um lado para outro, resmungando palavras truncadas. Uckermann, ignorando o comportamento atípico que estava presenciando, deu um passo hesitante na direção dela, afastando-se lentamente da porta.
Assim que ela percebeu seu movimento, tentou uma fuga louca em direção à liberdade. Uckermann se moveu para pará-la e, em sua pressa para se livrar dele, ela escorregou no chão de madeira e caiu em cheio nos braços de Uckermann, expulsando todo o ar do corpo dele em um sopro alto.
– Pêssegos, por favor – implorou Uckermann quando os dois caíram desajeitados, um por cima do outro, no chão.
Ela ainda estava lutando contra ele, exigindo que a soltasse, mas ele não cederia.
– Não posso – soluçou ela. – Você... Você precisa me deixar ir.
As mãos dela empurravam o peito desnudo dele, mas sua força foi diminuindo à medida que os soluços a dominavam .
– Não vou deixar você ir. Não ligo a mínima para o que fizer.
Ele segurou os pulsos dela, para que parassem de se agitar, e olhou fundo em seus olhos banhados de lágrimas.
– Não posso. Não posso ficar aqui. Tudo. Todo mundo odeia... Estou sofrendo, eu... Uckermann.
Uckermann aninhou a cabeça dela sob seu queixo e acariciou seu cabelo em uma tentativa de acalmá-
la.
– Shhh. Estou aqui. Estou aqui. Não vou deixar você. Nunca vou deixar você. Os pequenos ombros dela tremeram e, quando Uckermann afrouxou os dedos que envolviam seus pulsos, ela jogou os braços em torno do pescoço dele e o abraçou com toda a força. E aquilo era bom . Ele queria que ela o abraçasse. Ele queria acalmar a dor que ela estava sentindo e, então, encontrar o culpado e fazê-lo pagar caro.
– Quero meu pai – choramingou ela no pescoço dele, deixando sua pele molhada de lágrimas.
Uckermann congelou, suas mãos ficando imóveis no corpo dela.
– O quê?
– Meu pai. Eu sinto tanta, tanta falta dele.
A voz dela era rouca e fraca, mas a dor desesperada que permeava suas palavras era como uma sirene.
– Eu sei. – Uckermann fechou os olhos e deu um beijo carinhoso na cabeça de Dulce.
– Eu sei, meu bem .
– Eu lamento. Eu lamento muito – repetiu ela, cada palavra pontuada por um soluço leve.
Uckermann continuou acariciando seu cabelo, dando beijos suaves em sua cabeça.
– O que você lamenta?
– Eu... Eu não podia ajudá-lo. Não podia pará-los. O que eles fizeram com ele. Eu não podia pará-los. – Os braços dela apertaram o pescoço de Uckermann ainda mais. – Ele me disse para correr. Eu não devia ter corrido.
O coração de Uckermann quase explodiu. Ela se lembrava? Ela sabia que ele a tinha afastado de lá, que a tinha salvado?
– Hoje – sussurrou ela. – Faz dezesseis anos hoje e eu sinto muito, sinto demais a falta dele Uckermann.
Por fora, Uckermann estava imóvel. Por dentro, o cérebro se movia a mil quilômetros por segundo. Já fazia dezesseis anos desde que eles tinham se encontrado pela primeira vez, sob circunstâncias tão violentas e pavorosas.
– Foi hoje?
Os dedos de Dulce pressionaram a nuca de Uckermann e seu nariz deslizou pelo maxilar dele.
Uckermann fechou os olhos. Puta merda. Ele a abraçou mais forte, enterrando o rosto no espaço entre o pescoço e o ombro dela. Ela era tão perfeita nos braços dele, tão macia e delicada. Imagens e sons daquela noite horripilante surgiram por trás de suas pálpebras e retumbaram dentro da cabeça dele: seus gritos, seu choro, o tiro, a cor de seu vestido e a palidez de sua pele.
– Eu senti tanto a sua falta – choramingou ela. – Senti tanto a sua falta esta semana, Uckermann. Não consegui parar de pensar em você. – Ela deu um beijo no ombro dele. – Estava com toda a família à minha volta e tudo o que eu queria era você.
Os olhos de Uckermann se abriram com o som das palavras dela e a sensação dos lábios dela em sua pele.
– Shhh, você está aqui agora – respondeu ele. – Vou cuidar de você.
Após um instante de silêncio, Uckermann enfiou o braço livre por debaixo dos joelhos dela e a pressionou contra si, em segurança. Depois de algumas tentativas, sobre pernas oscilantes, ele conseguiu se levantar, carregando-a nos braços. Caminhou lentamente até a cama, o nariz pressionado contra a bochecha molhada dela, enquanto sussurrava palavras reconfortantes.
– Estou aqui. Está tudo bem . Se segure em mim .
Sem deixar nenhuma parte dela escapar, ele se deitou na cama e a abraçou forte.
E, assim como tinha acontecido dezesseis anos antes, à porta de um edifício abandonado no Bronx, ele abraçou sua Pêssegos com toda a força enquanto ela chorava pelo pai que tinha sido tirado dela tão cruelmente.
Autor(a): fernandamm
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
20 Dulce abriu os olhos e teve certeza de duas coisas. Primeiro, ela não estava na própria cama. Era confortável e grande demais para ser a sua. Segundo, ela não estava sozinha. Estava sendo abraçada, e muito bem abraçada, por um corpo masculino bem grande e bem quente. Dulce permitiu que seus olhos passeassem pelo braço d ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 13
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sahprado_ Postado em 04/12/2016 - 10:33:46
Poxa posta mais! Não some não :(
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heloisamelo Postado em 11/08/2016 - 12:18:41
Contt 😭
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Luanda Dandara Postado em 22/06/2016 - 00:47:15
Olaaaaa leitora nova, estava torcendo para eu não ter que chegar nesta parte de comentar e morrer de ansiedade para chegar a próxima parte... Oh God está picante... Que bom que eles se acertaram... Continue pf
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gaelli Postado em 17/06/2016 - 13:52:32
Por que parou, parou pq? O kkkk continuaaaaa Esses dois tem que ficar juntos! E Ucker tem que conquistar a confiança da família dela
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sahprado_ Postado em 16/06/2016 - 22:29:41
Será que quando a família da Dul descobrir que o Chris a salvou eles vão ser pessoas melhores?
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sahprado_ Postado em 16/06/2016 - 15:09:48
CHAMA O BOMBEEEEIROOOOO HAHAHAHA ahh Tô mt feliz que eles se reconciliaram <3 tipo eu entendo oq passou pela cabeça da Dulce logo de cara, mas ela tinha que entender que o Chris só queria protegê-la
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sahprado_ Postado em 16/06/2016 - 10:14:01
Aff esse Austin tá me irritandooo Chessusss hahaha não consigo deixar de pensar que ele teve algo a ver com a morte do pai da Dul e agora quer alguma coisa com ela tb :(
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sahprado_ Postado em 15/06/2016 - 20:04:24
Não consigo deixar de pensar que o Austin tem alguma coisa a ver com a morte do pai da Dul... Ou com a prisão do Chris... Ou com ambos...
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sahprado_ Postado em 15/06/2016 - 14:21:54
Ah, não. Entendi errado o lance da dívida, pelo menos por enquanto hahahaha
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sahprado_ Postado em 15/06/2016 - 14:19:15
"DÍVIDA" EU SABIIIIAAAAA