Fanfic:  Desejo proibido - Adaptada | Tema: Vondy

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Dulce organizou os cadernos e as canetas em pequenas pilhas em sua mesa, dando uma olhada nos alunos enquanto eles eram escoltados para fora da sala de volta às suas celas.

– Belo trabalho hoje – Dulce elogiou Juan quando ele se aproximou com um sorriso tímido. – Quem diria que Shakespeare aumentaria seu entusiasmo pela palavra escrita?

Ela estava explodindo de orgulho pela dedicação de Juan à sua redação. Ele vinha se esforçando tanto e, apesar de sua dislexia deixá-lo frustrado, era óbvio que era muito inteligente.

Juan deu um sorriso malicioso, balançando-se sem sair do lugar.

– É. – Ele deu de ombros enquanto seu indicador tocava no exemplar de O mercador de Veneza de Dulce. – Não curto esse negócio de poesia, mas meio quegosto desse tal de William .

Dulce riu e se debruçou na mesa, cruzando os braços.

– O que posso fazer por você, Juan ?

Ele pareceu nervoso e estalou as juntas ruidosamente.

– Você sabe que a reunião de análise da minha liberdade condicional é na semana que vem, né?

Dulce assentiu com a cabeça.

– Moore! – gritou o guarda atrás deles. – Acabou o tempo!

– Com licença! – rosnou Dulce, levantando-se. – O Sr. Moore quer discutir algo importante comigo com relação ao aprendizado dele e não precisa que você – ela apontou um dedo acusador na direção dele – fique gritando com ele enquanto isso.

O guarda pareceu sem palavras. Dulce se voltou para seu aluno.

– Desculpe, Juan. Continue.

Ele juntou as mãos.

– Hum ... É, então, a reunião de análise da minha liberdade condicional é na semana que vem e eu estava pensando... – Ele esfregou um pulso no outro. – Digo, sei que você está ajudando o Uckermann – disse, colocando o peso do corpo em cima do outro pé.

– O que você quer de mim, Juan ? – perguntou Dulce de forma gentil, botando a mão sobre a dele em uma tentativa de acalmá-lo. – Pode me pedir qualquer coisa; se eu puder, vou ajudar.

Os ombros de Juan pareceram desabar de alívio.

– Jack disse que você ia falar isso, porque você é legal e tudo o mais.

Dulce riu.

– Obrigada.

– Você faria um ... um relatório de personalidade na frente da banca? Você sabe, para me ajudar a conseguir uns pontos extras, dizendo que cara incrível eu realmente sou?

Naquela manhã, um Anthony Ward bem agitado tinha pedido a Dulce um relatório escrito. Parecia que ele não gostava nem um pouco quando seus detentos ganhavam liberdade. Imbecil.