Fanfic:  Desejo proibido - Adaptada | Tema: Vondy

– Uckermann?

Ele deixou seus devaneios de lado e olhou para Cam, que estava se encaminhando para a entrada da oficina.

– Tem um cara aí procurando você.

– Quem? – perguntou Uckermann, largando o café. Cam deu de ombros.

– Não faço ideia. Ele só disse que precisava conversar com você com urgência.

– E não é sempre assim?

Ele parou no meio do caminho quando viu quem estava esperando por ele do lado de fora da oficina, usando um terno que devia ter custado pelo menos dois mil dólares. Uckermann xingou baixinho e deslizou a mão pelo rosto, exasperado.

– Austin Herrera.

Austin acenou com a cabeça.

– Uckermann.

Houve um momento de silêncio esmagador enquanto os dois homens se analisavam . Impaciente como sempre, Uckermann foi o primeiro a interrompê-lo.

– O que está fazendo aqui? – perguntou com um movimento indignado de cabeça.

– Você não tem retornado nossas ligações – respondeu Austin, seu tom de voz calmo e arrogante.

– Vocês são uns panacas que não conseguem me intimidar por telefone, então decidiram vir aqui fazer isso pessoalmente? – retrucou ele.

– Não estamos intimidando você, Uckermann. Estes papéis precisam ser assinados. Uckermann puxou o maço de cigarros do bolso de trás e acendeu um, dando um longo trago. Ele apontou para Austin com o cigarro aceso entre os dedos.

– Esses papéis foram redigidos sem o meu consentimento, como forma de me tirar da jogada.

Isso, meu amigo, é intimidar. Intimidar de maneira desleal e cruel.

– Uckermann. – Austin passou o dedo pela ponta do nariz. – Você não quer nada com a empresa.

Repetiu isso inúmeras vezes. Mas, mesmo assim, quando oferecemos uma saída, você cerra os pulsos e diz não.

– Balela – ralhou Uckermann. – Vocês estão me oferecendo uma saída porque os Hererras estão se cagando de medo de que os acionistas da WCS descubram que a sua empresa é propriedade de um criminoso. Irônico, é verdade, se você considerar os homens com quem vocês têm feito negócios. O nome Casari soa familiar?

Os olhos de Austin se estreitaram .

– Uckermann. Intrigas à parte, somos família...

Os olhos de Uckermann queimaram .

– Não me venha com esse papo de “família”, Austin. – Ele sacudiu as cinzas do cigarro, não acertando o braço esquerdo de Austin por milímetros. – Você não era família quando eu estava na prisão, então não finja que se importa agora!

Austin ergueu as mãos em rendição.

– Está bem, está bem . Já entendi.

– Não – continuou Uckermann, dando um passo na direção dele. – Você não entendeu. Podemos ser parentes, mas isso não significa que eu pensaria duas vezes antes de quebrar a sua cara, aqui e agora, só para ficarmos quites.

Austin se recusou a recuar, mesmo quando Uckermann quase encostou o nariz no dele.

– Isso não seria muito bom para a sua condicional, não é?

– Vá se foder, seu hipócrita – sibilou Uckermann. – Não fique aí me olhando de cima, como se fosse mais limpo que os lençóis de uma freira. Posso fazer uma única ligação sobre seus negócios com Casari e a polícia federal vai estar no seu encalço rapidinho.