Fanfic: Arco do tempo | Tema: Fairy Tail

Mais um dia comum na Fairy Tail. Mirajane cuidava do bar com toda presteza, Lisanna a ajudava enquanto Elfman discutia com Evergreen, que corava ao desenrolar da conversa, resultando em um soco que levou Elfman para o outro lado da guilda.

Cana banhava-se em barris de cerveja, com quatro barris já esgotados. Indignada, Charlie manifestava expressa reprovação ao comportamento de Cana, cuja atenção ao barril a frente não perdia.

Frente ao quadro de missões Wendy brincava com Romeo - seu novo parceiro - sobre qual missão seria a mais fácil de concluir, este, por outro lado, já sonhava com as missões de classe “S”, para desespero da garota.

De repente, as portas da guilda se abrem. Natsu, Lucy, Gray, Erza e Happy voltam de mais uma missão com sucesso. O time mais forte de Fairy Tail cada vez mais ganhava notoriedade.

Embora os ataques realizados pelo Império Alvares tenham dizimado Magnolia e toda a guilda, ao final, sempre terminam trabalhando juntos pela sua reconstrução. A cidade inteira se esforçava para se reerguer, a guilda mais uma vez foi levantada, aguardando apenas alguns retoques estruturais. No entanto, em meio ao cenário de construção, Fairy Tail em nada mudou, fato que, para Natsu, assim como para os seus companheiros, significava estar em casa; mal haviam chegado e Erza já tinha dado broncas naqueles que produziam arruaça.

JET: Erza precisa arranjar um namorado logo – resmungou à parte.

Erza: Disse alguma coisa? – com a aura em chamas.

JET: Nada não. É que essas mesas precisam ser arrumadas logo.

“Hunf... namorado é? Me pergunto se isso é possível, afinal...” Erza direciona seu olhar para fora da janela e conclui contemplativa “...de certo modo, ele está longe do meu alcance”. Com um suspiro desmancha seu pesar e ergue a cabeça em positividade “Ah, tudo bem, farei o possível para ajudá-lo a partir de agora, conforme combinamos com o mestre”. Olhando para o relógio na parede notou que já era hora de partir, seu compromisso a aguardava, assim, discretamente saiu da guilda.

Gajeel que estava prestando atenção no alvoroço causado pelo grupo de Natsu, virou-se rapidamente para o balcão do bar ao ver que Levy se aproximava, arrancando de Mirajane um sorriso confortável, para o constrangimento dos dois. Logo em então, dois olhos brilhantes se erguem para ver seu amado:

Juvia: Gray-samaaa!!! Juvia se sentiu muito triste por ter partido mais uma vez sem me levar. Juvia quer passar mais tempo com Gray-sama – disse aos prantos, pendurando-se em seu braço.

Gray: Tsc. Hey, me solta.

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Reedus: Ei, Natsu! Como foi a missão?

Natsu: Oih! Tudo certo, completamos sem problemas. Mas não entendo porque os meus planos com sedução da Lucy não dão certo. – disse pensativo.

Lucy: Moh! São eles os problemas. De qualquer modo, vou para casa. Preciso de um banho, já que alguém fez o favor de queimar tudo pela frente, meu lindo cabelo agora está todo ressecado!

Happy: Lucy está irritada, mais uma vez seu charme não funcionou, né Lucy! – levou suas patas a boca para abafar uma risada nada sutil –  Lucy.. você é uma encalhada. –  agora riu despreocupadamente em deboche.

Lucy: Fica quieto, gato! – arremessou uma caneca na cabeça de Happy, com todo o âmago de sua ira.

Happy: Lucy má! – fugiu voando para o local onde Charlie se encontra.

A maga se despede de seus companheiros e segue em direção a sua casa, um banho depois de um dia de trabalho era tudo o que precisava para aliviar a tensão.

Happy: Charuru, Lucy foi má comigo. – com lágrimas nos olhos, mostra o galo que brotou em sua cabeça, enquanto a pequena gata lançava sobre ele seu olhar de desdém.

Charlie: Francament... - suas palavras morreram diante da súbita imersão de imagens que a paralisaram.

[Ao som de passos na rua da Fairy Tail, um ser desconhecido caminha calmamente em direção à guilda. Era uma criança na faixa etária de Wendy. A menina tinha uma aparência um tanto quanto curiosa e familiar, mas ao mesmo desconhecida. As pessoas envolta a olhavam com curiosidade. Tinha o rosto encoberto pelo capuz de sua capa rasgada e suja, mas podia-se notar os traços angelicais de seu rosto, algumas mexas do seu cabelo liso e rosa despontavam para fora do capuz. O contraste que mais destoava era o cachecol cinza enrolado no pescoço, coincidentemente parecido com o que Natsu usa e ainda assim não completamente igual.

A partir de então, ao chegar em frente à guilda, para e perde alguns minutos contemplando o lugar. Um vento forte sopra fazendo seu capuz cair, seus lindos olhos castanhos carregavam consigo um olhar atormentado, triste e ao mesmo tempo animado na medida do nostálgico. Uma intrigante atadura enrolada em parte do braço direito próximo ao ombro é deixada a mostra. Ela ajeita a capa sob o corpo e entra, maravilhada com aquele cenário cheio de pessoas barulhentas e animadas, seu semblante muda visivelmente.

A amistosa visão se perde e, subitamente, Charlie visualiza a mesma menina caída ao chão, com graves machucados. A paisagem era caótica, novamente batalhas aparecem incitando a desordem. Malgrado, ao som de uma risada de diabólica como trilha sonora, uma corrente de sangue escorre de um corpo suspenso no ar, corpo este pertencente a um dos membros da guilda. Baixas significativas na Fairy Tail são postas em evidência. O massacre é notório].

Boquiaberta, Charlie captura a atenção de seus companheiros pela repentina paralisia. "Uma visão?", refletiu a gata.

Happy: Charuru, você está bem?

Seu olhar perde o súbito torpor e acorda confusa do transe. Wendy nota a mudança de comportamento da amiga. "O que foi isso?", pensou.

Charlie: Sim. Já está tarde. Vou dormir agora, pois estou com um pouco de dor de cabeça.

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Na manhã seguinte, mais um dia típico na Fairy Tail. Todos estão animados como sempre. Lucy precisa pagar o aluguel do mês, mas Natsu quer passar o dia livre e sugere pegar missões amanhã. Irritada, Lucy concorda, pois gostaria de visitar mais uma vez sua antiga e luxuosa casa, a fim de verificar seu estado, uma vez que almeja comprá-la novamente. Natsu, então, se oferece para ir junto.

Neste momento, timidamente, mas notada por todos, entra na guilda uma menina de cabelos rosas. Charlie sente um arrepio percorrer seu corpo e fica petrificada. A semelhança era coincidência demais para a ocasião.