Fanfics Brasil - Fuga Arco do tempo

Fanfic: Arco do tempo | Tema: Fairy Tail


Capítulo: Fuga

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O sol brilhava naquela manhã carregada de um revigorante calor. Algo lhe pinicava as costas, o desconforto fez com que despertasse, quando abriu os olhos foi invadida pela luz do sol, enquanto uma leve brisa trazia o cheiro de folha fresca da relva e do orvalho matutino. Estava deitada sob a grama verde esmeralda. Sentou-se e viu o pequeno galho que lhe arranhava as costas.


“Ahn? Onde estou?” A ligeira falta de memória logo foi substituída por dor no coração, desespero e ansiedade quando a compreensão tomou lugar. Sabia quem era e o que tinha que fazer, bastava agora se localizar e ir em frente. “Uma floresta?” Olhando ao redor observou grandes árvores rodeando-a, seus galhos dançavam com vento como se fossem para acalmá-la, conforme a luz solar penetrava por entre as folhas em um maravilhoso show de luzes brancas.


Levantou-se para ter uma nova visão da localidade com esperança de ser algum lugar conhecido. A uns 10 metros de distância avistou uma fissura triangular em uma rocha logo a frente, “ah... a caverna, que bom! ”, suspirou aliviada. Cambaleante, notou que seu corpo estava fraco e respirava com dificuldade. “Acho que essa é a consequência que Levy-sensei comentou”. Tocou a peça de metal por debaixo do cachecol e a apertou com força, fechando os olhos, deixou a determinação tomar lugar e marchou rumo ao destino.


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Certamente, aquela manhã estava marcada por um laço que iria levar ao desconhecido em diversos aspectos. Na guilda, Lucy e Natsu discutiam sobre ir ou não em uma missão.


Lucy: Natsu! Precisamos pegar outra missão, meu aluguel irá vencer logo e a recompensa de ontem não foi muita coisa. – resmungou chorosa.


Natsu: Ah.. mas já? Podemos escolher uma missão amanhã. Nós acabamos de retornar de uma ontem, eu quero descansar pelo menos por um dia até outra missão. É verdade que o aluguel irá vencer, mas ainda pode esperar um pouco mais.


Lucy: Ah... acho que você tem razão. Gostaria de aproveitar para ir na minha antiga casa, tenho que pegar algumas coisas que ainda estão lá. Moh...  de qualquer forma, é bastante coisa, acho que vou ter que reservar mais que um dia para levar tudo – observou pensativa.


Natsu: Ahh.. é tanta coisa assim? Nesse caso eu vou com você para ajudar e assim não gastamos mais tempo. – disse inexpressivo.


Lucy: Tem certeza? Você disse que queria descansar.


Natsu: Oi oi. Somos um time, temos que ajudar nossos companheiros, né Happy?


Happy: Aye!


Lucy: Natsu, Happy! – exclamou, com os olhos balançados em alegria.


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Do bar, Mirajane enxugava alguns copos enquanto examinava os dois no quadro de missões. “Natsu mudou nos últimos tempos, embora ainda seja aquele ser infantil de uns anos atrás, acredito que devido aos acontecimentos tornou-se um pouco mais maduro e gentil, me pergunto se já notou a fonte de sua mudança”.


Mirajane virou-se para pegar um pote no alto do armário, quando uma mão o arremata visando dar fim ao sofrido esforço da jovem em alcançar o objeto.


Mirajane: Obrigada, Laxus! – sorrindo encantadora – Como está se sentindo?


Laxus: Estou bem, as partículas de etherionano ainda não deixam totalmente meu corpo, mas sinto que recuperei parte do meu poder. – Comentou sem graça, virando a cabeça para disfarçar o rosto corado.


Mirajane: Fico feliz em saber, mas, por favor, não se esforce, você ingeriu muito miasma mágico. – sua voz carregava singela preocupação.


Com um olhar cheio de significado, Laxus se afasta rumo ao andar de cima sem dizer nada. Durante todo o tempo que esteve hospitalizado, Mirajane cuidou de sua recuperação, não pode deixar de notar quão próximo a ele ela ficou nesse período fragilizado. Houve noites que observava-a dormir no sofá da ala hospitalar quando não debruçada em sua maca. Queria agradecer, mas alguma coisa o bloqueava, não era uma pessoa que expressava abertamente seus sentimentos, mas sabia que gratidão não era algo difícil de se admitir. Assim, internamente investigava o que o impedia de dizer algo simples como “obrigado”.


Enquanto isso, Cana, embriagada, brincava com as cartas para ver quando Gildarts iria retornar, no entanto, as cartas apontavam para outra situação, o que chamou a atenção de Cana, agora muito surpresa “ora ora, isso vai ser interessante”.


Cana: Hey, Natsu! Venha aqui um minuto. Minhas cartas querem te contar algo. Hihihi


Natsu: Oi oi...eu não converso com cartas. – cruzando as mão atrás da cabeça.


Mesmo assim, aproximou-se de Cana, seguido por Lucy.


Lucy: Ehh...isso é realmente raro. Ter uma previsão para Natsu.


Natsu: Como você consegue escutar a voz dessas cartas? – perguntou intrigado.


Cana: Tsc, minha magia não funciona dessa forma, em todo caso Natsu – apoiou o cotovelo na borda da mesa e lançou um semicerrado olhar soturno – você irá conhecer uma pessoa muito especial hoje, que está ligada diretamente com o seu futuro.


Natsu: Ahh... Então quer dizer que eu vou encontrar uma pessoa que sabe onde está Zeref? – suas mãos tornaram-se tochas de fogo diante do pensamento, acompanhadas por um olhar flamejante e irado.


Cana não respondeu. Na realidade, todos ficaram em silêncio. O peso da descoberta ainda pairava sob a guilda. Natsu era E.N.D e o fato de não terem derrotado Zeref era preocupante.


Lucy: Isso me lembrou uma certa previsão um pouco parecida que a Cana tinha lido para mim tempos atrás. Haha – disse para dissolver o clima pesado, relembrando o frustrado encontro romântico.


Natsu: Yoshaa!! Vamos Lucy, temos que ir – disse mais para afastar a negatividade de Zeref.


Natsu pegou a mão de Lucy e saiu correndo para a porta de saída da guilda. Momento em que as portas se abrem e os dois param abruptamente na frente de uma menina de cabelo rosa.


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Charlie sentiu seu corpo tremer “é ela? quem é essa menina? o que está acontecendo?” Era só o que conseguia pensar.


A menina mal tinha entrado, contemplou por poucos segundos aquele ambiente agradável e já deu de cara justamente com quem não deveria. Sua missão estava ficando comprometida. Seus olhos quase derramaram lágrimas ao ver aqueles dois na sua frente, mas tinha que ser forte, sabia que agora não poderia ficar por mais tempo. Correu rapidamente o olhar pela guilda, a pessoa por quem ela procurava não estava ali.


Antes de sair, como para se lembrar de alguma coisa importante, murmurou em baixo tom algo ininteligível aos ouvidos dos outros e encarou os olhos de Lucy em despedida. Lucy, entretanto, escutou o que disse a menina, mas não fazia a menor ideia do que significava.


Natsu: Hey... você.. você tem o mesmo cachecol que eu. Você conhece Igneel? Onde conseguiu isso? – perguntou em meio a um oceano de euforia.


“Igneel? Sim” disse em pensamentos. Ela conhecia, mas conhecia de uma forma totalmente diferente daquela que Natsu conhecia. Não viu outra saída senão sair correndo daquele lugar.


JET: Ei Natsu... viu só, você espantou a criança.


Natsu então se atirou na direção que ela seguia.


Lucy: Ei.. yamete. Natsu!!! Mohh.. !!


Lucy também saiu correndo atrás. “mas o que foi isso? Por um momento senti que a conhecia”.


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Natsu: Eii.. yamete. Desculpe te assustar, me diz quem é você? – gritava sem perder o passo.


“Moh. Eles estão me seguindo”. A menina acelerou ao ver Natsu em seu alcance, com Lucy logo atrás. Correndo pelas ruas de Magnólia, a menina virou à direita num beco sem saída, momento em que uma luz dourada jorrou daquele lugar e ela desapareceu.


Natsu: Que??? Como ela desapareceu? Chikushou.


Esse poder... eu conheço”. Lucy reconheceu aquele resquício de magia quando chegou ao local.


Lucy: Ela é uma maga celestial. – espantada.


Natsu: Ahh.. que nem você Lucy? mas que menina esquisita, nem pra dizer o nome. – olhou para o lugar de desaparecimento - Preciso encontrá-la novamente Lucy, tenho certeza que aquele cachecol era de Igneel, tem o cheiro dele. Ela tem o mesmo cachecol, não é um cachecol comum.


Lucy: É... eu notei. – “Notei também que ela usava roupas do mundo celestial” pensou sozinha. – Definitivamente ela é um mistério, se ela veio até Fairy Tail, provavelmente nos encontraremos de novo.


Depois desse estranho encontro, os dois seguiram para a Mansão Heartfilia em resignação.


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Não muito longe dali, no pico de uma colina.


Relógio: “Arigato, Horologium”, disse ela.


A menina saiu de dentro do relógio espiritual e o fez retornar ao mundo dos espíritos. “E agora, o que eu faço? Como vou encontrar aquela pessoa? Era para ela estar aqui. Será que erraram no tempo?” Ela questionava se conseguiria manter seu segredo em meio àquelas ondas de emoção que havia sentido até agora.


Não. Não posso desistir agora, há muita coisa em jogo. Tenho que encontrar meu amigo e cuidador, no entanto, não sei por onde começar. Acreditava que Fairy Tail seria o lugar ideal para encontrá-lo, porque afinal... afinal...” seus pensamentos foram interrompidos, por um brilho vermelho de esperança.


De longe avistou uma pessoa com longos cabelos vermelhos. Não pensou duas vezes, saiu da colina em disparada rumo a ela. Erza, que também tinha tirado o dia de folga, acabava de voltar das compras, pois precisava renovar seu estoque de armas.


– Erza! Erza!!


Erza parou de andar por um instante. Sentiu como se alguém lhe chamasse, mas não havia ninguém na rua. Foi quando notou uma figura escondida atrás de uma quitanda, como não sabia se realmente haviam lhe chamado continuou seu caminho, porém com os sentidos em alerta.


Tsc.. ela não vai me notar assim”. Avistou o que precisava para chamar a ação da guerreira. Pegou a pedra e, mirando em seu alvo, arremessou. O trajeto da pedra seria perfeito, se Erza não tivesse se virado com precisão e pego no ar, com uma força monstruosa pertencente somente a ela, a pedra foi esmagada e facilmente transformada em pó.


"Ops... tinha esquecido da personalidade dela” e saiu correndo. Depois de virar em um beco, a menina estava pronta para começar a correr novamente, mas Erza bloqueou seu caminho.


Erza: Sua pestinha. – disse com a alma em chamas.


Sabia que poderia se machucar muito se deixasse Erza bastante irritada, mas não importava, precisava chamar a atenção dela sem ser notada. Embora aquela visão da guerreira não fosse das melhores, não conseguia mais controlar seus impulsos. Num sobressalto, a menina pulou nos braços de Erza e a abraçou aos prantos.


– Por favor... por favor... por favor... ajude-me. Erza, por favor.


De fato, era uma reação não esperada pela guerreira, desarmando-a instantaneamente. Não conhecia a menina, mas como sabia o seu nome? Claro que ela era bastante conhecida, afinal, Titania é um nome muito falado, mas naquele momento não parecia ser o caso de uma fã, pois sentia a profundidade das palavras.


Erza: Desculpe, parece que você está com problemas. Qual o seu nome? Venha comigo e vou te levar para a guilda lá tem muitas pessoas que também irão te ajudar.


– Não... não, por favor, não quero que alguém mais me veja. Eu gostaria muito de conversar com você. Prometo que não tomarei muito seu tempo, só preciso que me responda apenas uma pergunta e irei embora.


Espantada com aquela resposta e muito intrigada, Erza tentou convencê-la ir para guilda, mas a menina insistiu firmemente que não iria e pediu para Erza acompanhá-la. As duas seguiram em direção à colina para onde havia fugido com Horologium.



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Autor(a): nuxa

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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Longe da vista de Magnólia, sentaram-se de frente uma para outra no alto da campina. Alguns segundos de silêncio se passaram, enquanto se fitavam. Erza notou que, de alguma forma, havia algo incomodo na garota. Erza: Qual o seu nome garotinha? – Não sei se posso dizer. Erza: Não sabe se pode dizer o seu nome?  - a situa ...


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