Fanfics Brasil - Ajude-me, por favor Arco do tempo

Fanfic: Arco do tempo | Tema: Fairy Tail


Capítulo: Ajude-me, por favor

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Longe da vista de Magnólia, sentaram-se de frente uma para outra no alto da campina. Alguns segundos de silêncio se passaram, enquanto se fitavam. Erza notou que, de alguma forma, havia algo incomodo na garota.


Erza: Qual o seu nome garotinha?


– Não sei se posso dizer.


Erza: Não sabe se pode dizer o seu nome?  - a situação a deixava cada vez mais intrigada, pousou os olhos no cachecol enrolado no pescoço da menina – Seu cachecol lembra um amigo meu.


– Natsu né? Já sei, mas também não tenho explicação para isso.


Erza: Você realmente é uma pessoa misteriosa. De onde vem?


– Venho de um lugar distante, não sei se posso responder mais que isso. – a conversa não poderia tomar outros rumos, tinha que se apressar e assumir a comunicação antes que Erza a interceptasse com mais perguntas impertinentes. Assim que moveu os lábios para começar a falar, a guerreira questionou.


Erza: Onde estão os seus pais?


– Meus pais? – pega de surpresa ao ter que pensar neles, apertou os lábios com a imagem que se formou em sua cabeça – isso... isso não importa agora. – a dor em seu rosto era visível e verdadeira.


Erza: Oh... sinto muito. O que houve com eles?


Mais alguns segundos de silêncio deixaram Erza impaciente. Se fosse um adulto simplesmente o ameaçaria por faze-la perder seu tempo, mas tratando-se de uma criança não podia simplesmente ser violenta.


Erza: Se não tem nada a dizer terei que voltar para guilda – disse levantando-se.


– Não... espere. – estendeu o braço para tocá-la – Eu... só não sei por onde começar.


Erza: Comece pelo seu nome. – agora com um sorriso doce.


– Meu nome? Realmente não sei se posso dizê-lo. Na verdade, eu estou procurando uma pessoa que talvez você saiba onde está. – isso era o que devia ter perguntado desde o começo, mas sua carência falou mais alta, devido as circunstâncias atuais e a necessidade de ficar próxima a alguém conhecido, teve que aguentar a difícil tarefa de responder as perguntas impertinentes.


Erza: Entendo. Quem é essa pessoa?


– Jellal.


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Dentro da charrete, Natsu se contorce de dor devido ao enjoo. Lucy demonstrava uma feição preocupada, não parava de pensar na menina misteriosa e no que ela havia dito antes de sair da guilda. Poderia ter entendido errado, mas acreditava que aquela mensagem era para ela.


Happy: Lucy, você está bem?


Lucy: Ah – desperta de seus devaneios – claro Happy, quem não está nada bem é o Natsu, como sempre.


Natsu: Lucyyy... já chegamos?


Lucy: Aguenta só mais um pouco Natsu, faltam só mais uns 20 minutos.


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Laxus estava no segundo piso da guilda caminhando em direção ao mural de missões S; sufocou a tentação de puxar uma recompensa e descer imponente as escadas rumo à jornada. Desejava muito sair dali, movimentar-se e voltar a ser quem costumava ser.


Por mais imprudente que tenha sido nas batalhas ao sugar todo o miasma de etherionano que via pela frente, ali agora, sem guerra, não havia motivo para ser. Não havia ninguém que precisasse proteger, tudo estava em relativa paz, sabia que não poderia arriscar mais seu corpo, precisava se recuperar para voltar a ser útil.


Dias atrás treinou escondido dos olhos vigilantes de seu avô, Mirajane e dos membros da Raijinshu. O efeito desse pequeno teste foi um quase completo esgotamento mágico, resultando em, pelo menos, três dias de cama. Sentia-se inútil, mas arrependimento não era algo que carregava. No entanto, mesmo assim, vendo as possibilidades de missões bem a frente, imaginou se no calor das batalhas existiriam outras formas de derrotar o inimigo e ao mesmo tempo se preservar.


Chacoalhou a cabeça abandonando as lamentações e dirigiu-se ao bar da guilda mais uma vez naquele dia, no entanto, conforme andou percebeu sua visão ficando desfocada, suas pernas penderam e Laxus desabou no chão, não enxergava mais nada, com a vista enegrecida só conseguiu ouvir alguém gritando seu nome antes do seu corpo apagar completamente qualquer atividade sensorial.


Mirajane: Laxus!!! – gritou em desespero, quando subiu as escadas para o segundo andar. Devido a restauração da cidade poucas pessoas estavam frequentando a guilda, no entanto, por sorte, quem ela precisava estava justamente ali. – Warren! Por favor, entre em contato com a Polyushka, peça para vir urgente, Laxus desmaiou.


Atendendo ao pedido de Mira, Warren rapidamente usou sua telepatia para estabelecer a comunicação entre as duas.


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Dentro do trem, a paisagem passava com rapidez, seu companheiro de viagem mal conseguia ficar sentado, se já não estivesse acostumada ficaria preocupada, mas era de conhecimento geral esse desconforto repentino assim como era repentina a recuperação quando inerte. “O enjoo de um dragon slayer sob transporte é realmente algo bem excêntrico na categoria das fraquezas”, observou Levy, sorrindo levemente.


Jet e Droy estavam cumprindo suas tarefas na reconstrução da cidade quando ela recebeu um pedido especial. Uma missão que requisitava exatamente ela, o que era muito curioso, pois não tinha feito nada de especial para que se destacasse tanto a esse ponto. Era normal que Erza, Natsu, Gray ou Laxus recebessem pedidos especiais, por isso não ficou absolutamente relutante quando Gajeel a raptou, afinal, seu argumento foi válido, convenceu-se disso. Fechou os olhos remexendo em sua memória a lembrança constrangedora ocorrida nessa manhã.


Estava prestes a partir quando Gajeel entrou em seu caminho impedindo-a de prosseguir: “acha mesmo prudente ir sozinha em uma missão que tem seu nome estampado? Tsc, não tenho escolha, serei seu guarda-costas”, foi o que ele disse e antes que pudesse protestar a jogou no ombro, pegou a mochila e caminhou em direção a estação ferroviária.


Abriu os olhos encerrando a imagem. Alí estavam eles agora, apenas os dois rumo à Hosenka. A ideia de passar um tempo sozinhos a fez corar, nutria sentimentos por ele, mas a vergonha de admitir isso em voz alta a petrificava. Ele era seu guarda-costas, no entanto, aparentemente era ele quem precisava de proteção naquele momento, pensou com divertimento ao vê-lo distorcido pelo enjoo.


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Erza: Jellal? Você disse Jellal? – a menção daquele nome a abalava de várias maneiras, preocupação e paixão se misturavam de forma desastrosa em seu interior.


Jellal era um foragido, mesmo depois do ataque do Império Alvares teve que voltar a obscuridade. Como líder uma guilda independente, Crime Sorciere, ele busca minimizar a magia negra e as guildas das trevas que encontra pelo caminho, mas seu principal objetivo é acabar com Zeref.


Erza e Jellal têm obviamente sentimentos mútuos, sendo, dos dois, conhecimento tácito, no entanto, devido à natureza de sua condição Jellal não se permite qualquer envolvimento. Embora, mesmo assim, ultimamente...


– Sim. Sabe onde ele está? preciso encontrá-lo. – piscando em agitação – Sinceramente achei que ele estaria na Fairy Tail, mas pelo visto não.


Erza não acreditava no que ouvia. “Jellal na Fairy Tail? Como ela poderia saber?


Erza: Por que... por que você acha que Jellal estaria aqui? – perguntou cautelosa.


– Ahn? Por que? Porque era para ele estar nessa redondeza. Ele me contou estaria por aqui. Pensei que você soubesse disso, afinal...


A garota parou abruptamente de falar. Tinha entrado num ponto onde qualquer passo em falso poderia trazer uma série problemas. Se Jellal ainda não estava ali significa que ou Erza ainda não sabia de nada ou estava escondendo o fato de se encontrarem. Em qualquer dos casos seria perigoso ir adiante.


– De..desculpe tomar o seu tempo, isso foi um engano. Eu preciso ir. – levantou-se a fim de correr o mais longe possível.


Erza: Ei.. não posso deixá-la ir depois do que disse. Você não pediu a minha ajuda? Está visivelmente claro que você está perdida e comprometida com algo grande pelo fato de Jellal estar envolvido. – encarou a garota nos olhos, “Jellal contatou uma criança? Ele disse a ela o que estamos fazendo? O que significa isso?” –  Por isso... por isso, por favor, confie em mim para ajudá-la.


Suas pupilas dilataram sustentando o olhar de Erza e pode sentir o calor de suas emoções aflorando. Queria a companhia de Erza, por Deus, queria muito alguém para estar ao seu lado. A solidão que carregava pesava em seu peito. Tinha prometido não falar nada que comprometesse o curso natural do futuro, todavia, lembrou-se da Erza que conhecia e seguindo seus instintos optou por aceitar sua ajuda.


– Eu... eu não sei o quanto eu posso lhe dizer... por isso peço que compreenda se omito algo. O que carrego comigo é muito frágil e qualquer descuido pode destruir meus preciosos amigos. Tenho informações que Jellal precisa. – suspirou, voltando-se a sentar – Vou aceitar sua ajuda; mas tenho condições, quero que me prometa não contar para guilda. Eles não podem saber quem sou. Prometa que não irá contar. Prometa que será um segredo.


Erza: Não direi nada – disse resignada. Se Jellal estava envolvido, comprometer a guilda realmente não era uma opção.


A menina respirou fundo pensando no que poderia dizer. Pôs a mão esquerda sob a atadura no braço direito e começou a desatá-la. Ao ver o que tinha por baixo da atadura, Erza arregalou os olhos incrédula. A marca da Fairy Tail agora visível no braço da menininha vibrava por estar ali.


– Meu nome é Nashi... eu venho do futuro, 13 anos à frente.



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Autor(a): nuxa

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

Prévia do próximo capítulo

– Eu venho do futuro...  meu nome é Nashi. Erza: Ah... sim... claro, claro... do futuro, faz sentido – parou por um instante e o silêncio mental percorreu seus pensamentos – Faz sentido o caramba, como assim do futuro? Demorou um pouco para assimilar a informação. Mesmo que a situação parecesse perturbadora e ...


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