Fanfics Brasil - Não tem jeito, tive que contar Arco do tempo

Fanfic: Arco do tempo | Tema: Fairy Tail


Capítulo: Não tem jeito, tive que contar

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– Eu venho do futuro...  meu nome é Nashi.


Erza: Ah... sim... claro, claro... do futuro, faz sentido – parou por um instante e o silêncio mental percorreu seus pensamentos – Faz sentido o caramba, como assim do futuro?


Demorou um pouco para assimilar a informação. Mesmo que a situação parecesse perturbadora e pesarosa, neste momento, tinha se tornado tragicamente cômica. Ela então se levantou e fixou os olhos na marca laranja no braço de Nashi. Ainda boquiaberta analisou toda a situação e concluiu: “de fato, realmente é a marca da Fairy Tail... não há erro. Ninguém viu ou ouviu falar dela na guilda, caso contrário, teriam comentado sobre a nova integrante. E o fato de ter vindo do futuro também não é estranho, já aconteceu uma vez com a Lucy durante os jogos mágicos”. Observou novamente a menina chamada Nashi, reparou o quanto era jovem. Seria mais nova que Wendy?


Erza: Nashi, certo? – a garota balançou a cabeça em concordância – Diga-me... você existe nessa época ou ainda não veio ao mundo?


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Ao chegar na Mansão Heartfilia, Lucy deu uma boa olhada no lugar, definitivamente aquela casa trazia muitas recordações.


Happy: Lucy.. a sua antiga casa é muito bonita né? Normalmente em casas como essa vivem pessoas tão bonitas quanto princesas... nem parece que você vivia aqui, né Lucy?


Lucy:  Ei Happy. – disse virando-se para o gato com um sorriso forçado – QUAL O SEU PROBLEMA, GATO?


Happy levou um soco que o mandou para dentro da charrete novamente.


Natsu: Aaaaaté que enfim paramos. – rastejando-se para fora da charrete.


Lucy: Moh. Você não tem jeito mesmo. Vamos?


Natsu Happy: Aye.


Assim, seguiram em direção à Mansão. Lucy passou a lista de coisas que tinha que levar e os três se separaram. Lucy foi para a biblioteca, Natsu para o sótão e Happy, que em tese iria com Natsu, foi para a cozinha. Na biblioteca, em meio a tantos livros, Lucy cai em divagações.


Lucy: Ah! Eu tinha me esquecido de como é bom passar o tempo aqui. – murmurou.


Passou a mão pela prateleira e sentiu uma pontada de saudade dos seus pais. No entanto, esse sentimento foi interrompido e, por uma estranha razão, a imagem daquela menina, que apareceu hoje mais cedo na guilda, veio a sua mente. Lucy havia pensado bastante sobre isso durante o trajeto, estava certa que ninguém a conhecia lá na guilda e ainda por cima ela era uma maga celestial. “Há poucos magos celestiais, o número de magos celestiais havia caído conforme o passar do tempo. E ela é tão jovem, aquela garotinha”, pensou perplexa. Quando terminou de separar seus livros, encaixotou tudo o que precisava e foi até o sótão onde estava Natsu.


Lucy: Natsu, tudo certo?


Ele estava sentado no chão vendo alguns álbuns antigos.


Natsu: Yo Lucy, olha só o que eu encontrei. – Natsu olhou atentamente para a foto – É você aqui?


Lucy abriu um sorriso e sentou ao seu lado para vê-la.


Lucy: Não, essa é minha mãe quando era mais jovem. – riu orgulhosa.


Natsu: Que?? Ela era igualzinha a você.


Lucy: Todos diziam mesmo. Tem mais um álbum naquela caixa lá em cima, você vai ver como ela realmente parecia comigo. Deixe-me pegá-la.


Natsu: Eu pego.


Natsu subiu na escada e puxou a caixa para frente, mas alguma coisa estava prendendo; com um pouco mais de força deu mais um puxão, fazendo com que perdesse o equilíbrio. Lucy tentou se adiantar para segurar a escada, porém foi tarde demais e Natsu caiu por cima dela.


Uma posição um pouco comprometedora para quem visse de fora, pois eles estavam agora um de frente para o outro, ambos contemplavam a si mesmos nos olhos do parceiro e coraram no mesmo instante. Demorou alguns segundos até que Natsu perguntasse:


Natsu: Você está bem?


Happy, que tinha escutado o barulho da queda, voou rapidamente para o sótão.


Lucy: Argh.. estaria melhor se você saísse de cima de mim! – “Não, não, não, não, não... porque meu coração está acelerado?”, brigava consigo mesma.


Natsu: Warii.– disse levantando-se.


Happy: Eles se goxxtam. Hihi


Lucy: Sabe, eu vou terminar de levar as caixas lá pra fora, encontro vocês lá embaixo. – disse apressada rumo à biblioteca para fugir daquela situação.


Happy: Natsu goxxta da Lucy, né Natsu?


Natsu: Eu? Claro, ela é nossa amiga, né Happy?


Happy: Natsu, você é muito inocente.


No outro cômodo, Lucy percorreu a biblioteca na tentativa de se livrar do desconforto. “Ufa! Passou, mas ele estava tão perto; Mira deveria parar de fazer insinuações românticas sobre o Natsu, porque depois meu inconsciente fica considerando as coisas que ela fala. Deve ter sido só a adrenalina da queda que fez meu coração disparar, não daria certo, ele é meu parceiro de missões, até parece que eu iria me apaixonar pelo bobão do Natsu”.


Brincava de deslizar a mão pelos livros nas estantes, quando parou ao notar um livro fora do comum, nunca tinha se atentado para ele, não era chamativo, era apenas um livro velho com uma capa marrom aos pedaços, não tinha título nem autor na capa e foi por isso que despertou sua curiosidade. Ao abri-lo, Lucy folheou algumas páginas – algumas estavam escritas outras não, parecia mais estar incompleto – foi quando reconheceu a letra. “Esse é... o diário da minha mãe!”. 


Quando terminou de folheá-lo deu um sobressalto ao ler o que estava escrito na última página, apenas uma palavra em letras bem grandes: Vitae. “Vitae? Onde é que ouvi isso?”. Ao vasculhar suas lembranças, Lucy deixa o livro cair no chão e se recorda do ocorrido: a sensação que sentiu ao ser encarada pela garota não era intimidadora, mas estranhamente reconfortante, os poucos segundos em que trocaram olhares pareciam passar em câmera lenta, foi quando a garota murmurou: “Castitatis Vitae, seja cuidadosa”.


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Nashi respirou fundo, sabia que teria que passar por isso, mas ainda não estava preparada para assumir quem era. De qualquer forma, mais cedo ou mais tarde alguém que a ajudasse teria que ficar sabendo, afinal, sua missão também estava ligada a isso.


Nashi: Entendo o seu choque, mas eu digo que venho do futuro e você se preocupa se eu existo?


Erza: Te.. tem razão, é que isso já ocorreu antes então não me pareceu totalmente loucura vir alguém do futuro, apesar de não se ver isso mais de uma vez.


Nashi: É verdade. Acho que lhe devo algumas explicações depois de tudo. Eu disse que algumas coisas eu não poderia falar, pois venho de um tempo muito distante, muitas coisas aconteceram, não posso interferir no curso natural do futuro, então tenho que tomar cuidado com qualquer informação. – lembrou-se do aviso de Levy-sensei antes de embarcar na viagem – Você tem razão, eu não existo nesse tempo, eu ainda não nasci. Nem eu, nem meus amigos. Por isso, não me faça mais perguntas pessoais.


Conforme as palavras iam saindo, os olhos de Erza tornavam-se compassivos. Tinha dificuldade de imaginar o que desconfiava que viria.


Nashi: Afinal, sou filha de dois membros da guilda.


A confirmação transformou-se em choque. “Oh! Um casal na guilda, é? ” imaginar a possibilidade disso acontecer fez com que criasse um mapa mental de combinações improváveis. No entanto, a compreensão tomou forma e assumiu outros rumos.


Erza: Joto, você é filha de membros da guilda. O que houve com eles? – agora realmente preocupada quando recordou a reação da garota quando questionou sobre seus pais.


Nashi abaixa a cabeça em pesar, enquanto uma batalha era travada em sua consciência.


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Em um outro tempo, bem distante daquele tempo pacato, uma força malígna e poderosa emanava da imensa construção que alcançava os céus no coração de Fiore. Inúmeros morcegos voavam sobre o castelo sombrio, que compunha o cenário daquela noite intimidadora com suas torres pontiagudas e guardas de prontidão nas entranhas dos muros do castelo.


O novo senhor de Fiore estava sentado em seu trono com os braços cruzados, pensando em meios de concretizar seu plano, só falta uma peça... apenas uma questão de tempo até consegui-la.


Um soldado chega ao palácio correndo, ofegante e pronto para contar ao seu mestre a notícia que poderia estragar seus planos. Ao chegar frente à porta do salão principal é detido pelo general conselheiro, e anuncia:


Soldado: My... My Lord! A criança fugiu!


Lord Zakum: COMO? MAIS UMA VEZ?? É APENAS UMA CRIANÇA, NÃO É POSSÍVEL QUE TODA A GUARDA E OS MAGOS NÃO SEJAM CAPAZES DE PEGÁ-LA!


Soldado: Mas... mas Senhor, dessa vez ela desapareceu mesmo, há rumores de que fugiu para o passado.


Lord Zakum: Pirralha. Prepare os soldados e tragam Ulter até aqui! – seus olhos eram frios e penetrantes, tinha que conseguir o que o mestre desejava, não importava o custo.


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A expressão de Nashi mudou, tornou-se séria, pegou a atadura que estava no chão e enrolou novamente em seu braço. Tinha que ir à procura de Jellal. Erza notou a mudança de comportamento da menina e se recompôs.


Erza: Então quer dizer que você veio do futuro, se você veio do futuro... não veio à passeio...isso significa que o que nos espera não pode ser boa coisa.


Nashi: Exato. Eu venho de 13 anos à frente, o futuro que nos espera, embora um pouco longe deve ser impedido agora, caso contrário, se tornará mais difícil, pois conforme o tempo/ passa as forças do inimigo aumentam. Como eu disse – deu uma pausa para o remorso sair através de um profundo suspiro – Precisamos ver Jellal. Contarei todo o resto quando encontrá-lo.


Erza: Você quer dizer que o que está por vir ninguém irá sobreviver? Nem mesmo o Mestre? Natsu? Laxus? Gajeel? Gray? Elfman? Lucy? Juvia? até mesmo... Gildarts?


Nashi: Não exatamente. Eles ainda vivem, mas não são mais eles – disse com pesar – E o culpado de tudo isso... – no momento em que cerrou os punhos uma sombra tomou seus olhos, acobertados pela franja cor de rosa – É Zeref!


Erza sentiu um arrepio percorrer seu corpo com o nome do mago negro, depois da invasão do exército de Alvarez pode sentir a dimensão do poder destrutivo de Zeref, quase foram dizimados na época. Agora teve uma ideia do perigo que os esperavam, Natsu não é o tipo de pessoa que se entrega sem uma luta fora do comum. Não sabia o que iria acontecer, mas se a vinda daquela criança fosse mudar alguma coisa então precisavam agir. Seria muita ingenuidade acreditar que Zeref desapareceria de suas vidas depois de ser forçado, por Acnologia, a recuar naquela batalha.


Nashi: Espero que entenda agora o porquê deve manter segredo de quem eu sou. Daqui a três ou quatro anos irei nascer, se souberem disso, minha existência estará comprometida, se eu não existir não poderei voltar ao passado. Por isso não quero ir para a guilda, por enquanto é só isso que posso lhe contar, mais detalhes só poderei dar quando encontrarmos Jellal.


Erza: Compreendo a situação, não se preocupe com isso, no entanto, você não precisa fugir da guilda, podemos pensar em algo para você frequentá-la sem levantar suspeitas. Aposto que tem vontade de conviver com a guilda mais uma vez. 


Nashi: Obrigada. Muito obrigada. Eu não sei porquê tenho que falar com o tio Jellal, só sei que antes de vir para cá ele pediu para procurá-lo nessa época e contar o que está acontecendo no nosso mundo, mas acho que acabei contando para você primeiro. Será que estraguei alguma coisa?


Erza: Isso só iremos descobrir quando encontrá-lo, né?


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Nashi encolheu-se visivelmente vermelha.


Nashi: Desculpe. – falou constrangida.


Erza: É melhor comermos alguma coisa antes de mais nada – disse com um olhar de ternura em meio a gargalhada.



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Autor(a): nuxa

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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