Fanfic: A Aposta (Adaptada) | Tema: Vondy, RBD

As Kibis estão reunidas no quarto de Belinda, a Kibi-mor.

Confesso, esse é um ambiente que eu não imaginaria nem em mil anos. O quarto é cor-de-rosa, daqueles enjoativos e extremamente chatos. Barbies de colecionador estão em pé sobre pedestais na prateleira mais alta, que, por uma escolha infeliz na cartela de cores, é de um Pink berrante.

Eu diria que esse é um reduto de princesas mimadas, daquelas que se acham as mais belas entre as mortais. O dossel balança quando Belinda se deita na cama, abraçando uma almofada em formato de coração. A mala rosa chiclete está aberta ao seu lado.

- Acho que está fazendo besteira, Bel. E se o Ucker acabar se apaixonando pela Dulce? – Fuzz levanta a questão.

- Qual é? – Belinda dá uma gargalhada gutural. – Isso é impossível.

- Hum, não sei, não. – Angelique apanha algo na mala. É uma câmera digital profissional, com o zoom óptico mais potente do mercado. Alisa a máquina com um olhar sombrio.

- Não vai nos contar qual é o plano? – Fuzz está curiosíssima.

Essa três amigas são daquelas que se vestem da mesma forma, com o mesmo corte de cabelo e já planejam a lipoaspiração e o silicone antes que completarem dezoito anos.

Das três, Angelique é a única que não nasceu com a genética boa e, com qualquer alface a mais, costuma engordar. Por isso, mantém uma dieta rígida, à base de frutas, verduras e legumes. De vez em quando, escondida de todos, come uma caixa de chocolates sozinha.

Sempre que sofre de ataques de compulsão, Angel coloca tudo para fora minutos depois. Ninguém sabe sobre isso, e ela não contará nem sob tortura. Seus cabelos ao natural são castanhos, mas nem mesmo ela se lembra da cor natural. Hoje estão tão loiros quanto os de Belinda e Fuzz. Para que o contraste não seja gritante, costuma descolorir as sobrancelhas também.

Fuzz é a única loira natural das três. Ainda sim, costuma ir ao salão a cada quinze dias para retocar as mechas mais claras. Não é alta, mas também não é baixa. O corpo é esguio e, apesar de não ter facilidade para ganhar peso, prefere se abster de comer. Coisa estranha.

Já Belinda tem um corpo fenomenal. As curvas são bem desenhadas e não sustentam nem um furo de celulite sequer. Malha duas horas por dia, sete dias na semana. Para ela, imagem é tudo.

Entretanto, Belinda não é o que chamaríamos de mulher bonita. É um mulherão construído à base de suor, truques de maquiagem e plásticas faciais. Sabe aquela figura que se destaca no meio da multidão? Aquela para quem os pedreiros assobiam e por quem os motoqueiros quase se matam no trânsito? Essa é Belinda, a Kibi-mor.

- O plano é fotografar a vadia em cenas calientes protagonizadas com Christopher Uckermann. – Belinda sorri altiva, certa da vitória. – Darei o troco à altura, tenham certeza disso.

- Como pensa me conseguir algo assim? – Angel pega só mais uma cenoura. Qualquer coisa, ela sempre pode vomitar.

- Teremos sete dias para isso na ilha e o Ucker está disposta a ajudar. – Belinda alisa a câmera como se fosse um bichinho de estimação;

- Isso é demais até para o Ucker. – Fuzz encara Belinda, com um tom preocupado. – Acha mesmo que ele levará isso adiante?

- Dará certo, vocês vão ver. – Belinda se levanta e inicia a arrumação do imenso nécessaire.

- Algo me diz que você nunca vai parar de chantagear o Ucker, estou enganada? – Angel fecha o pacote de minicenouras e joga para Fuzz. – Mantenha essas cenouras longe de mim!

Com um sorriso maligno, Belinda gira no salto alto e encara as amigas. Seus olhos azuis se estreitam de forma assustadora:

- Esse vídeo do Ucker surgiu no momento perfeito. Nós nos vingamos da vagaba da Dulce e, de quebra, conseguirei meu namorado de volta.

Só para avisar que eu não tenho absolutamente NADA, contra a Belinda, somente a coloquei por que ela se encaixava melhor com a personagem do livro.

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