O táxi nos deixou na frente do clube, e eu estava surpresa com a fila de pessoas que estavam em volta do edifício, pelo menos, dois quarteirões. Eu sorri, porque eu sabia que não havia maneira de nós enfrentarmos aquela fila esta noite, o que estava OK para mim. Eu preferia sair para um jantar tranquilo.
Caleb deixou seus ombros caírem:
– Foda-se, olhe para essa fila, deveríamos ter chegado aqui
mais cedo.
Enquanto a multidão na fila esperava pacientemente para conseguir entrar, e eu só estava querendo dar o fora dali, ouvi alguém gritar meu nome. Meus olhos se arregalaram, enquanto eu cautelosamente virei minha cabeça.
– Annie, é você? Hey, Annie, aqui.
Eu olhei na direção de onde a voz estava vindo, e era Frankie acenando com a mão e fazendo sinal para que eu me aproximasse. Nós três caminhamos até a entrada e ficamos na frente do homem grande e corpulento chamado Frankie Lasher. Seu corpo de lutador de um metro e noventa era suficiente para intimidar qualquer pessoa. Eu podia ver porque o clube o contratou
como segurança. Ele colocou os braços em volta de mim e me deu um aperto.
– Bom te ver Annie, vocês vieram no clube esta noite? - Me afastei de seu abraço.
– Nós iríamos, mas, wow, olhe para essa fila, eu não acho que esta
noite vai ser uma possibilidade.
– Bobagem, você três entram.
Eu dei a ele uma olhar feio, enquanto ele levantava a corda para nós. Caleb e maite estavam em êxtase, sorrindo de orelha a orelha. Frankie agarrou meu braço levemente, enquanto eu passava por ele:
– Se você não se sentir confortável lá ou você precisar de mim, venha aqui e me avise. – Eu sorri para a sua generosidade e assenti.
Nós andamos através do pequeno corredor que dava para a entrada principal do clube. Já estive em muitos clubes, e este é, de longe, o mais lotado que eu já vi. Olhei para as mesas que
ocupavam o local. Uma barra maciça ficava ao lado, com luzes fluorescentes que pendiam do teto. A pista de dança enorme abrigava grandes telas de projeção, e exibia um show de laser a cores. As paredes eram de camurça com luzes suaves que brilhavam fora deles. A música estava tocando, enquanto o piso estava batendo debaixo dos meus pés forçando meu corpo a se mover com a batida.
Maite me puxou junto com Caleb para a pista de dança, onde dançamos pelo que pareceram horas. Eu precisava de uma bebida, então eu os deixei dançando, enquanto caminhava até o bar.
Peguei o banco do bar que estava disponível no final do balcão, e pedi um Cosmopolitan. Eu estava bebendo o meu drink, quando notei um homem e uma mulher discutindo em uma mesa não muito longe de onde eu estava sentada. Ela apontou seu dedo trêmulo para ele e, então, começou a bater com ele em seu peito várias vezes. Eu não poderia deixar de balançar a cabeça erir.
Eu continuei olhando para eles, para ver se iriam se beijar e fazer as pazes, mas notei que ele estava gritando agora. Seu dedo estava apontando para ela, e seu rosto parecia irritado. A mulher alta e bonita lhe deu um tapa no rosto, virou-se sobre os calcanhares e saiu correndo. Eu olhei
para ele, e observei que o olhar em seu rosto não demonstrava emoção alguma. Ele apenas ficou lá, e olhou para frente.
Eu continuei olhando em sua direção, porque ele era um colírio para os olhos, um dos melhores que já vi. Ele tinha um cabelo negro, e levemente ondulado. Eu não poderia deixar de olhar para o queixo proeminente e os ossos do rosto quadrado cinzelado.
Eu não poderia dizer qual a cor de seus olhos, porque ele estava muito longe, e a iluminação era insuficiente, mas eu poderia dizer só de olhar, que qualquer um poderia facilmente se perder neles.
– Yum, Annie, eu vejo que alguém roubou sua atenção. – maite sorriu, quando ela olhou para ele. Oh Deus, eu não preciso dela que ela descubra que eu estava observando esse cara, porque ela seria a primeira a passar por cima, dizer a ele, e tentar nos unir.
– Ele só tem a minha atenção, porque levou um tapa de uma mulher. – Ela soltou uma gargalhada, o que era a minha deixa para mudar de assunto. Ela me arrastou para a pista de dança, onde eu dancei e infinitamente lutei contra caras com tesão, enquanto eu continuava sendo embaralhada no meio da multidão.
Começou a ficar extremamente quente no clube, e eu precisava de um pouco de ar fresco. Eu disse maite que logo estaria de volta, enquanto eu me dirigia para a porta. Quando saí, vi Frankie escoltar o Sr. Colírio para fora do clube.
– Ok, Sr. Herrera, você já bebeu demais por esta noite, e agora é hora de você ir para casa. – Ele estava cambaleando de lado, e resmungando alguma coisa.
– Frankie, o que está acontecendo? – Eu perguntei casualmente.
– Hey annie, este senhor bebeu demais, e começou a fazer uma cena quando o garçom se recusou a servi-lo.
– O que você vai fazer com ele?
– Eu só os escolto para fora, o que fazem depois não é a minha preocupação.
Eu olhei para ele e inclinei a cabeça.
– Ele mal consegue ficar de pé, como você espera que ele
chegue em casa? – Minha mente estava me dizendo para parar imediatamente, porque ela sabia o que eu estava prestes a fazer, mas meu coração estava me dizendo para ajudá-lo. – Eu vou ter certeza que ele chegue em casa com segurança. – disse a Frankie.
– annie, isso não é uma boa ideia, você não sabe com quem você está lidando.
Eu coloquei minha mão na sua.
– Eu sei o que estou fazendo, e ele precisa de ajuda.
Frankie balançou a cabeça:
– Você tem um bom coração annie, mas às vezes eu acho que você é
louca, por favor, tenha cuidado.
Peguei meu celular da minha bolsa e chamei um táxi. Sr. Colírio estava sentado no cimento contra a parede. Percebi seu terno preto caro e a camisa branca que estava parcialmente desabotoada, mostrando seu peito musculoso. Sua estatura de um metro e oitenta era magra, mas
seriamente musculosa. Como seu cabelo e rosto, seu corpo parecia ser perfeito. Fui até ele e agarrei o braço dele para ajudá-lo.
– Vamos lá, vamos para casa.
Ele olhou para mim com seus olhos esverdeados embriagados.
– Eu te conheço?– Ele falava arrastado.
Dei um tapinha nas costas dele, e o acompanhei até o meio-fio, assim que o táxi parou. Antes de empurrá-lo, eu peguei a carteira do bolso de trás. Ele tropeçou no banco, e eu subi ao lado dele. Eu abri a carteira, tirei sua carteira de motorista e entreguei para o motorista.
– Deixe-o aqui.
Ele entregou sua carteira de volta para mim, e eu me peguei lendo o seu nome.
Eu bati no braço dele.
– Prazer em conhecê-lo, alfonso herrera.
Ele olhou para mim e colocou a cabeça no meu ombro. Eu deixei escapar um pequeno sorriso dos meus lábios.
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Desculpem o sumiço prometo posta o px em breve ..
XOXO