Fanfic: Inalcanzable | Tema: Stefano de Gregorio/ Laliter

Havia se passado mais de um mês, Diana e Stefano estavam saindo sério. Antonella não havia aceitado a noticia de que ela e Stefano não teriam mais nada, arrumou uma grande briga e passou a não falar com o garoto, enquanto tentava descobrir quem era a garota com quem ele estava saindo. Lali e Mariano estavam quase terminando, Augus e Cande continuavam na mesma historinha de sempre. E Peter ainda não havia terminado com Tini, e dessa forma havia perdido qualquer ajuda de Yeyo para reconquistar Lali.  Euge e Nico já haviam dado um tempo, e voltado. Gas e Rocio haviam parado de ficar, e ela estava namorando serio com Pablo, Maria Del Cerro havia se casado, mas Diana não foi ao casamento logicamente. Vico estava saindo com uma fotografa, o que deixou Augus muito aliviado. Tudo isso em apenas um mês. Era uma noite de sábado, Diana estava trabalhando outra vez quando o grupo chegou no camarote. Gas, estava acompanhado de Daniella Colini, Pablo e Rocio estavam conversando com eles animados, o que fez Diana rir. Realmente, nem todos casais terminavam mal. Lali entrou com Cande, e mais uma vez estava sozinha sem o namorado. Assim como Peter, que havia dito para Tini que sairia com os amigos, Nico e Euge estavam na maior melação, fazendo Augus revirar os olhos enquanto conversava com Vico que estava sem a namorada, porque ela estava viajando fazendo algumas fotos, e Stefano entrou logo depois com as mãos no bolso.

-Boa noite gatinha. – ele disse rindo enquanto ia até o balcão.

- O que você vai querer? – ela perguntou sorrindo.

-Pode ser bar girl? – ele perguntou sorrindo e ela se apoiou sobre o balcão. Ele deu um selinho nela que sorriu e fez o drink preferido dele.

-Como foi a peça hoje? – ela perguntou falando da peça de teatro que Stefano estava apresentando.

-Movimentada. – ele responde sorrindo. – Passei quase que o final da tarde todo dando autografo.

-Não seja exagerado. – Augus fala rindo enquanto se senta ao lado dele. – Todos sabemos que eu dei mais autógrafos que você.

Os dois ficam conversando enquanto Diana serve o grupo, no meio de conversas e sorrisos, ela atravessa o balcão indo até o outro lado dele onde encontra Lali e Cande  aos risos.

-O que é tao engraçado? – ela pergunta entregando um drink para cada uma.

-Nosso passado. – Cande responde. – E você já namorou?

-Logico, não sou tao anormal. – Diana responde e elas começam a falar sobre o ex namorado de Diana.

-Não creio que ele fez isso! – Cande disse aos risos.

-Era um jogo de mímica. – Diana falou dando de ombros enquanto se recordava.

-Ele era péssimo por sinal! – Lali afirma parando de rir.

-Era, era de fato muito ruim. – Diana confirma enquanto limpa o balcão.

-Você amava ele? – Cande pergunta de repente.

-Muito. – Diana responde imediatamente. Lali e cande trocam olhares.

-Conta! – falam juntas e Diana ri.

-Não é essa historia linda que vocês estão pensando! – Diana afirma e elas insistem, ela começa a contar enquanto se lembra de tudo. – Murilo era, não era não, ele é lindo!

-Tipo? – Cande pergunta com um olhar sugestivo.

-Ele não era muito alto, menos de cinco centímetros maior que eu.

-Ah! – Cande reclama e bebe um gole de seu drink. Diana e Lali riem.

-No entanto era musculoso, daquele tipo bem atlético. – Diana descreve sorrindo. – Nunca entendi porque ele se interessou em mim.

-Porque você é linda. – diz Peter entrando na conversa junto com Augus.

-Desde quando estão ouvindo? – Lali pergunta fechando a cara e tentando disfarçar o leve ciúme.

-Chegamos a tempo de ouvir ela descrevendo o cara. – Augus disse sorrindo. – Mas relaxem aposto que sou mais bonito.

-Mais convencido com certeza você é. – Cande responde bebendo seu drink, e Augus revira os olhos. – Continua.

-Ele era muito desejado na escola, e bom, era bem galinha também. – Diana comenta rindo. – Foi modelo, lutava e participava do time da escola.

-Uau, super desejado, aposto. – Cande comenta

-Sim, muito! – Diana afirma rindo. – Já eu, bom estava naquela fase que eu me isolei, já tinha passado da fase em que eu passava pra chamar atenção, a muito não tocava mais violão na escola, e a muito tempo não participava das peças de teatro nem das apresentações de dança.

-Não, espera. – Lali interrompeu com os olhos arregalados. – Você fazia tudo isso?

-E muito mais. – Cande confirmou encarando Lali. – Ela é uma fabrica de surpresas.

-Se diz uma caixa de surpresas. – Peter corrige Cande sorrindo.

-Caixa é pouco, por isso disse fabrica . – Cande explica.

-Bom, continua Diana. – Lali disse cortando a conversa paralela.

-Larguei tudo isso que fazia na escola, meus pais haviam começado com o movimento pacifista na cidade, e eu decidi largar essas coisas e me dedicar a um trabalho serio e totalmente solidário. Comecei a ajudar crianças que estavam passando fome, e que perderam os pais, ou a casa e tudo mais. Passei a não participar de nenhum programa da escola, e me envolver menos nos programas bobos da escola. Comecei a questionar muitas das leis da escola, como o método de ensino. E em pouco tempo de uma pessoa moderadamente querida, eu me tornei um estorvo. Alguém que todos queriam distancia, passei a ficar cada vez mais sozinha, e então decidi me isolar e não ficar procurando ninguém.

-E porque as pessoas se afastaram? – Peter pergunta curioso.

-Ah, é complicado. Quando você passa a questionar o estilo de vida conformista das pessoas, começa a demonstrar as falhas em tudo aquilo que as pessoas conhecem, a maioria das pessoas começam a te achar inconveniente e incomoda. E chega a ser compreensível.

-Entendi. – Peter responde e fica pensativo.

-Eu nunca me achei linda, não acho que sou alguém que passe e não pode deixar de ser percebida. Então simplesmente ficava na minha, e um dia ele me mandou mensagem pela rede social, nem me lembrava de ter aceitado ele, mas lá estava ele puxando assunto. No começo não dei muita bola, cheguei a pensar que ele estava zoando a minha cara. Ele não queria entrar para o movimento, não estava interessado em me criticar, então o que queria? E ele logo deixou claro que só queria saber de mim, queria me conhecer. Já fazia um tempo que eu não era procurada para esse motivo, nem meus pais me procuravam mais para “saber de mim”. –Diana sorri ao relembrar. – E no meio de toda a confusão que minha vida tinha se tornado, apareceu Murilo, um ponto de normalidade no meio de toda turbulência. Ele era galinha, as vezes era muito chato, teimoso, cabeça dura e muito brigão. Mas se importava comigo, cuidava de mim, e me fazia sentir que eu podia ter uma vida normal, podia conciliar as duas coisas. Ele me acompanhava em tudo, passava horas me observando a elaborar os planos de ação do movimento pacifista, ia ao abrigo comigo, buscava doações.Fazia tudo comigo e por mim.

-E por que acabou? – Cande pergunta concentrada.

-Murilo era um amor, e nunca duvidei que ele me amava. – Diana fala e serve um drink para Lali. – Mas ficou perigoso, o movimento começou a se tornar violento, e mesmo não sendo um ativista, Murilo começou a ser perseguido por isso. Os amigos se afastaram, a escola não era a mesma para ele, e isso já era horrível, eu me sentia culpada. E um dia, ele entrou em um protesto, quando a policia estava nos reprimindo, tentou me proteger, e levou uma surra. Ele já era muito briguento, e com isso ficou furioso, partiu pra cima de um policial que tinha me atacado com um spray de pimenta. Eu sou alérgica, comecei a ter falta de ar, quase desmaiei, ele percebeu e agrediu o policial. – Diana explicou. – Obviamente eles não perdoaram isso, ele teve o nariz quebrado, uma costela fraturada e o ombro saiu do lugar.  Ficou mal por um bom tempo, cuidei dele, e ficamos juntos por mais algum tempo. Mas eu comecei a me sentir ainda mais culpada, eu amava Murilo, e sabia disso. Mas meu amor por ele não era o mesmo que ele sentia por mim, eu tinha vontade de protege-lo, de cuida-lo, de estar com ele para conversar, mas não nutria o mesmo desejo que ele tinha por mim. E como eu disse, ele é lindo, mas eu não o via da mesma forma que ele me via, então me sentia como se estivesse mentindo para ele, e depois desse incidente a culpa só aumentou e eu decidi terminar para que ele não passasse por nada disso.

-E ele? Como reagiu? – Lali perguntou olhando de lado para Peter.

-No começo ele reagiu muito mal, chorou muito e não queria pensar naquilo nem aceitar. Foi diversas vezes até a minha casa, conversar e saber onde ele tinha errado. – Diana suspirou chateada. – Até que ele finalmente entendeu, que ele não tinha errado em nada, que tinha pelo contrario, acertado até demais. Mas que eu havia tomado uma escolha, e ele sabe como eu sou, quando decido algo, eu não volto atrás.

-Isso é horrível, ele te amava muito pelo visto. – Cande fala chocada.

-E eu amava ele, não do mesmo jeito, mas daria minha vida por ele sem pensar duas vezes. – Diana respondeu. – Sei que magoei ele, mas também me magoei, perdi a única coisa que me mantinha sã, que me mantinha distante de toda aquela luta, mesmo que por um tempo pequeno, mas ele me fazia me sentir normal. Nunca vou me esquecer dele na porta da minha casa me dizendo que eu tinha feito uma escolha por nos dois, e que não perguntei se ele concordava.

-Deve ter sido difícil para ele, não poder nem decidir se quer continuar ou não. – Peter fala encarando Lali.

-Fala direto comigo. – Lali responde percebendo a indireta.

-Não tome decisões que não envolve só você. – Peter responde encarando ela.

-Tomo a decisão que é melhor para mim. – ela responde se levantando

-Você é uma egoísta. – ele diz irritado

-E você é um mimado. – a discussão continua e Diana encara cande e Augus assustada.

-Relaxa, daqui a pouco passa.- Augus fala tranquilamente.

-Eles são assim desde que terminaram. – Cande completa.

-Antes de terminar já eram assim. – Augus afira sorrindo.

-Como se sente com tudo isso do Murilo, tem muito tempo? – Cande pergunta mudando de assunto.

-Me sinto meio culpada ainda, faz um tempinho. Sinto que nunca vou encontrar alguém como ele, muito menos alguém melhor que ele. – Diana responde simplesmente e termina de fazer um drink e entrega a Augus.

-Bom saber! – diz Stefano que chegou bem na hora, Agus acaba de pegar a bebida e olha de stefano para Diana. O garoto balança a cabeça irritado e desce as escadas do camarote