Fanfic: Inalcanzable | Tema: Stefano de Gregorio/ Laliter

-O que deu nele? – Cande pergunta olhando para Augus que se levanta, mas Lali já tinha ido atrás dele.

Após de descer as escadas do camarote Stefano se esconde debaixo delas onde é escuro, estava escutando a conversa toda da grade, e todo aquele papo enfureceu ele. Não entendia o porque, nem sabia o que tava rolando. Talvez fosse o fato de saber que ela esteve com alguém melhor que ele, talvez fosse a comparação de um com o outro que ele mesmo havia feito, ou ainda mais estranho ele havia ficava bravo pela ligação que ela tinha com o ex, e que talvez nunca tivesse com ele. Socou a parede atrás de si com raiva, o que tava acontecendo com ele? Só estavam saindo a pouco mais de um mês, ele não podia se sentir assim.

-Yeyo? – a voz feminina soou preocupada atrás dele, ele se virou e a abraçou.

-To ficando louco Lali. – ele disse segurando a amiga com força.

-Calma, você não ta louco. – ela respondeu passando a mão pelos cabelos dele.  – Que ta acontecendo?

-Não sei, não entendo. Ouvi ela falar do ex dela, e fiquei furioso. – ele diz se soltando da menina, seus olhos estão assustados e isso deixa Lali assustada também. – Fiquei com raiva, e eu não sei porque.

-Tudo tem um motivo. – Lali diz sem conseguir pensar em nada melhor.

-Nunca fiquei assim LAli, qual motivo existe?

-Não sei Yeyo, mas alguma coisa ta acontecendo com você, tem certeza que não é ciúmes?

-Ciumes de uma menina que eu só saio a pouco mais de um mês? – ele pergunta assustado e frustrado. -Não posso ter ciúmes dela!

-Você pode, é raro, mas acontece. – Lali responde acalmando o amigo.

-Me deixa um minuto com ele. – Stefano olha para atrás, e atrás de Lali está Diana. Ela poderia passar despercebida por qualquer pessoa ali, mas não por Stefano. Ele repararia nela, mesmo que ela estivesse vestida com trapos.  Hoje ela tinha seus cabelos soltos, e eles caiam em cascata até acima da cintura da garota, seus lábios tinham um leve tom rosa, e seus olhos estavam pintados de lápis de cor preto, o que os deixava com um aspecto mortal no escuro, e angelical quando a luz os iluminava. Lali ficou sem reação por um minuto, olhou de um para o outro e saiu do local subindo de volta para o camarote.

-Que você quer? – Stefano perguntou rude.

-Entender o que aconteceu com você. – ela diz simplesmente e se aproxima sem medo, ele da um passo para trás quase encostando na parede.

-Não aconteceu nada! – ele diz sem encara-la.

-Posso não te conhecer a muito tempo, mas já sei o suficiente para saber que aconteceu alguma coisa. O que te deixou estressado?- ela perguntou olhando para ele.

-Você! Você aconteceu. – ele diz e encara Diana com uma mistura estranha de muito desejo e muita fúria.

-O que quer dizer com isso? – ela pergunta com um pouco de medo da resposta.

-Quero dizer que desde que entrou na minha vida eu não tenho mais controle sobre mim. – ele diz sem perceber, de repente uma corrente parece passar por ele e ao mesmo tempo que ele fala, ele começa a se dar conta do que ta acontecendo com ele. – Eu mal te conheço, não sei como foi sua vida, nem nada. Mas você parece que tem poder sobre mim, como um magnetismo ao qual eu não posso fugir, como se você fosse ao mesmo tempo a minha fraqueza e minha fortaleza. Mas é impossível entende? O que eu sei sobre você? O que você sabe sobre mim? Não nos conhecemos, não sabemos nada um do outro! E mesmo assim penso em você mais do que gostaria, sinto um desejo que queima meu peito, que me faz querer te beijar só de olhar para você, olho para você e te vejo sempre linda, não consigo achar defeitos, você parece perfeita! Odeio isso! odeio não ter poder sobre o que quero, odeio o fato de que eu nunca vou ser como ele, de que você nunca vai falar de mim como falou dele! E nem ao menos sei porque me sinto assim, só sinto! – Diana escuta tudo de boca aberta, ela que sempre teve respostas pra tudo, que sempre soube o que devia fazer, que sempre teve as soluções, estava paralisada encarando stefano sem ao menos raciocinar sobre tudo aquilo. Acontecia o mesmo com ela, e ela sabia disso, mas o porque ela não sabia. Era como se eles se conhecessem desde sempre, mas ao mesmo tempo fossem dois estranhos. Stefano soltou um riso nervoso. – Ta vendo?

-O que? – Diana perguntou debilmente.

-Eu falo tudo isso, sem nem ao menos querer falar, sem nem saber porque estou falando. Você fica ai me encarando como se eu fosse um idiota...

-Não é isso... –Diana começa a falar mas ele interrompe ela.

-Fica me encarando, e mesmo assim a única coisa que tenho vontade de fazer é te beijar. – ele responde com raiva, e seus olhos parecem queimar as roupas de Diana, ela se sente nua, e isso faz ela queimar de vergonha e de um outro sentimento que ela nunca tinha provado. – Eu odeio sentir isso, toma conta de mim sem que eu controle, tenho vontade de te beijar e estou com raiva, estou com raiva de você por me causar tudo isso. Mas olho para você. – ele volta a encara-la e seus olhos parecem queimar Diana. – E só consigo ter vontade de te beijar.

-Faça. – Diana responde com a voz fraca sem perceber.

-O que? – ele pergunta sem entender o que ela falou, ela limpa a garganta e repete.

-Faça. – diz enquanto ele encara sem entender. – Faça isso, faça o que quer.

-Que? – ele pergunta como se ela tivesse ficado doida. – Você ouviu o que eu disse?

-Ouvi. – ela diz simplesmente. – E entendo, e me sinto assim, e também só penso em te beijar.  – ele encara ela com os olhos arregalados. – Então faça isso.

-Você esta doida! – ele diz se virando para a parede.

-ME beija logo Stefano! – ela diz e ele ri ironicamente.

-Não pode estar falando serio. – ele fala encarando a parede e quando se vira ela esta mais próxima dele, sua respiração indo de encontro a dele.

-Me beija Greg. – ela sussurra com a voz entrecortada e ele a encara. Sem pensar duas vezes puxa a nuca dela com força, e a beija, encosta ela na parede e sente as mãos da garota passearem pela bainha de sua camisa, ele sabe o que ia vir depois e estava certo. Ela passa as mãos para dentro da camisa e arranha as costas dele com força, ele estremece e morde o lábio inferior dela beijando ela com desejo. E sem duvidas o beijo mais quente que os dois já deram, as mãos de Stefano pressionam a cintura de Diana mantendo ela grudada na parede, ela arranha mais uma vez suas costas e ele para o beijo e a encara.

-O que você ta fazendo comigo? – ele pergunta rouco e ela sorri debilmente.

-O mesmo que você faz comigo. – ela responde e tirando uma mão de suas costas puxa ele pela nuca beijando-o outra vez, ela interrompe o beijo e desce para o pescoço dele e depois para sua orelha.

-Porque ta fazendo isso comigo? – ele pergunta, e não fala sobre os beijos mas sobre o sentimento confuso que cresce em seu peito.

-Você não quer que eu faça? – ela pergunta em sua orelha, totalmente tomada pelo momento.

-Não estou falando disso. – ele diz se soltando e encarando ela. – To falando dessa coisa que esta crescendo no meu peito, me deixando doido.

-Não sei o que é, mas acontece comigo também. – ela diz rouca. – Temos duas escolhas.

-E quais são? – ele pergunta tentando se manter concentrado.

-Deixamos tudo isso para lá e paramos por aqui.  Ou...

-Ou o que? – ele pergunta segurando a nuca dela.

-Ou descobrimos o que é juntos. – ela responde mordendo o próprio lábio.

-Seja o que for, vou descobrir com você. – ele responde e puxa ela para ele com força, ela estremece em seus braços enquanto ele a beija com ferocidade e desejo.

Lali esta sentada batucando os dedos no balcão, estava preocupada com Yeyo, nunca tinha visto ele daquele jeito, muito menos por causa de uma garota, estava com medo dos dois estarem discutindo e de seu amigo se magoar. Peter ao ver Lali sentada sozinha caminha até ela se afastando de todos seus amigos.

-Que foi? – pergunta ao perceber que ela esta preocupada.

-Nada que te interesse. – ela responde sem olhar para ele.

-Por que sempre faz isso? – ele pergunta chateado.

-Faço o que? Você que sempre ta se metendo na minha vida. – ela responde e se vira para encarar ele.

-Deve ser porque eu me importo. – ele responde bufando.

-Não pedi para você se importar, e não preciso que você se importe. – ela responde se virando para o balcão.

-Isso não é o tipo de coisa que a gente precisa pedir, as pessoas simplesmente se importam ou não. – ele diz e se vira para a pista de dança. – Mas você tem razão, eu não devia me importar.

-Exatamente. – ela diz encarando o balcão.

-Mas gostaria de saber por que você é assim comigo, foi você que terminou o namoro Lali. – ele diz chateado encarando ela. – Eu passei anos tentando te recuperar, demorei um tempão para começar outro relacionamento, e mesmo agora que estou em um, ainda estou aqui tentando te entender.

-Tentando me entender? – Lali encara ele furiosa. – Peter, fala serio! Eu terminei o namoro porque você era um egoísta!

-Eu? Lali eu fiz tudo por você! – ele responde indignado.

-Não Peter, você pode ter me dado tudo. Menos atenção!- ela responde e seus olhos começam a lagrimejar. – Eu te amava Peter, e você estava sempre muito ocupado. “Não Lali, agora eu tenho que sair!”, “ Mais tarde Lali, eu estou ocupado”, “Depois Lali, to compondo uma musica”, “ Lali eu tenho um compromisso familiar”, “Lali eu preciso do meu espaço, não me sufoque”.  Eu queria carinho Peter, queria atenção. A gente começou a namorar quando eu tinha 14 anos, o que você queria? Que eu não te ligasse? Que eu não precisasse de você? Que eu não quisesse você do meu lado?

-Eu só tinha 15 anos Lali, era um garoto.

-E eu uma garota, mas eu quis estar com você, e você comigo. Assumimos um compromisso, e eu levei ele por anos praticamente sozinha.

-Não foi assim, eu tina 15 anos, estava na fase de curtir, mas quis estar com você! Todos meus amigos estavam saindo, e beijando varias meninas e eu estava com você, queria estar com você. Mas eu era só um garoto.

-E quando ficou mais velho? E quando tinha 17,quando tinha 18?  - ela pergunta aborrecida segurando o choro.

-Lali eu fiz o meu melhor, eu não sabia o que você esperava. Era muito novo, queria o que? Que eu te pedisse em casamento?- ele pergunta abismado.

-Não, queria que você me desse seu tempo, que dançasse comigo fora dos palcos. Que estivesse comigo e me amasse. – ela diz encarando ele. – Que entendesse que um relacionamento é a dois, e não só você.

-Eu nunca soube que você se sentia assim, como podia consertar isso? – ele pergunta chateado.

-Estava tao visível Peter. – ela diz começando a chorar. – Foi só você que não viu.

-Eu estive do seu lado em todo seu relacionamento turbulento com o Benjamin, com todos os problemas foi eu que te apoiei, você se lembra?

-Lembro, e sou grata por isso, mas quando estávamos juntos, você não esteve comigo.

-Lali, eu te amava. E eu ainda te amo. – ele diz segurando o rosto dela.

-O amor não é suficiente Peter, e agora não adianta mais. Isso tudo foi coisa de criança, já acabou. – ela diz se virando para o balcão. – Eu tenho um namorado.

-E cadê ele agora? Cade ele Lali? Que também nunca esta com você! – ele diz irritado. – Você esta reclamando que eu era ausente, mas como você mesma disse, era coisa de criança, nós dois éramos crianças. Agora não! Você não vive dizendo que esta num namoro maduro? Cadê seu namorado agora? Cadê o maduro?

-Não se meta nisso Peter! Não é da sua conta! – ela responde segurando o choro.

-Não é da minha conta? É imperdoável que um garoto que esteve com você dos 15 aos 19 anos, que te amou como ninguém, tenha sido ausente! Mas um homem com 40 e poucos anos, que alem de sempre te colocar pra baixo, nunca esta presente é justificável? – ele pergunta se levantando e Lali encara ele.

-Porque você tem que ser tao idiota?

-Porque você é uma burra! – ele responde.- Não percebe que esse homem não te ama? Que ele não liga para você? Esta com ele por que? Pra não ficar sozinha? É isso Espósito?

-Cala a boca Peter! – ela fala com raiva. – Você não tem o direito.

-Não tenho o direito? Você pisa em mim a quase 6 anos! Vive me dizendo que eu tenho que sair do seu pé, fala mal da minha namorada o tempo todo, mas quando fala do santo do Mariano eu não posso questionar?  - ele ri ironicamente. – Sempre achei que fosse uma mulher forte e independente, hoje eu vejo o quanto você é patética.

-Eu te odeio Peter! – ela diz e desce as escadas correndo.