Fanfics Brasil - Prologo. Inalcanzable

Fanfic: Inalcanzable | Tema: Stefano de Gregorio/ Laliter


Capítulo: Prologo.

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Era uma madrugada fria, e deserta onde só se escutava os grilos e as cigarras, Diana nunca imaginaria estar sozinha naquela madrugada, acabara de dar meia noite no relógio, era seu aniversario. Mas ela não podia estar mais triste por isso, não tinha nenhum motivo para comemorar, nada que a fizesse ter vontade de sorrir.  Fazia pouco mais de sete meses, tudo mudara, a vida dela tinha virado de cabeça para baixo, e se tornado isso que é hoje, só lhe restou duas coisas, a mochila com alguns pertences e seu grande companheiro Marvin, um golden de cinco anos. E ela ainda se lembra de tudo, como se não tivesse se passado nenhum dia.


 


Flashback on


Seus pais haviam saído a quase cinco horas, eles não costumavam demorar tanto, ela estava sozinha em casa e por isso deixou Marvin entrar dentro de casa e se deitar na beirada do sofá. Ela estava deitada no sofá, olhando o noticiário enquanto escrevia mais uma historia no notboock, quando de repente uma das noticias prende sua atenção, um acidente em sua cidade, o carro havia pegado fogo, e um corpo foi encontrado. Diana encara a TV por mais alguns momentos, não pode ser o que ela esta pensando, automaticamente sua mão busca o celular e disca o numero da mãe, ninguém atende, ela tenta mais uma vez e continua sem resposta. Ela tenta desesperadamente ligar para o pai, mas o telefone dele nem chama. Ela mira mais uma vez a TV, eles dão informações sobre o carro, e ela sabe muito bem que carro é aquele, muitas vezes foi repreendida por deixar farelos caírem no carpete, e outras vezes por sujar o banco com seus pés. Duas ou três vezes viajou com aquele carro com a família e Marvin lambendo seus dedões. Era o carro de seu pai.


Ela esperou quase duas horas, e nenhuma noticia. Quando já estava caindo aos prantos ela escuta seu celular tocando, e atende sem nem ver quem é.


- Filha? – a voz da mãe soa desesperada do outro lado da linha.


-Mae? – Diana praticamente berra. – Mae o que aconteceu? Eu vi o carro do pai no noticiário... – ela é bruscamente interrompida.


-Pois é filha, me escuta não tenho muito tempo, arranjei esse telefone emprestado porque perdi o meu...


-O que aconteceu mãe? – ela interrompe a mãe.


-Diana escuta, e não me interrompe. – a mãe respira apressada e começa a dar ordens. – Eu preciso que você saia de casa, pega a mochila antiga do seu pai de acampamento, quero que equipe ela como se você fosse acampar por um bom tempo..


-Mae? Do que você esta falando? Como vamos acampar assim? O carro do pai esta aparecendo toda hora no noticiário! Pegou fogo! Cade meu pai? E alem do mais a nossa barraca ta rasgada... – ela começa a falar descontroladamente.


-DIANA! – a mãe a repreende. – Me escuta e não interrompe, o carro do seu pai pegou fogo, não tenho como explicar o que aconteceu! Não agora! Eu preciso que arrume as suas coisas, pegue o essencial, o que der, e saia de casa imediatamente!


-Mas mãe...


-Imediatamente Diana! – a mãe fala com uma seriedade que não é de seu costume, já que ela é uma mulher brincalhona. – Esta me ouvindo?


-Sim mãe.


-Eu amo você filha, amo muito, quero que você me prometa que nunca vai se esquecer disso, e que vai se cuidar e usar tudo que te ensinamos pra ficar segura.


-Mas mãe...


-Promete!


-Prometo mãe...


-Me escuta, faça o que eu te falei, vá pra longe, tente estar com o celular carregado,vou entrar em contato assim que eu puder. Vá o mais longe que você puder, se esconda, não deixe que te peguem.


-Quem mãe? – ela pergunta sem entender nada.


-A máfia do governo da cidade. – a mãe responde e Diana começa a chorar, tudo estava se encaixando.


-Meu pai? Ele ...- ela começa com medo da resposta.


-Eu não sei minha filha. – a mãe responde chorando. – Eu te amo.


-Também te amo mãe, muito. – Diana continua chorando.


-Faça o que eu te falei...E Diana?


-Oi? – ela pergunta se preparando pra desligar.


-Leve o Marvin! – e o telefone desliga.


Ela cai aos prantos, tudo fazia sentido! Seus pais eram pacifistas, protestavam contra o novo governo, que fez da cidade uma área completamente desolada, e reprimida.  Diana não sabia os nomes e decretos das leis, mas sabia exatamente a diferença do certo e errado, do justo e do injusto. Seus pais lideraram os protestos e movimentos contra o governo, o novo prefeito não gostou nem um pouco disso, e desde então vários manifestantes estavam tendo sumiços repentinos, ela sabia muito bem o que aquilo significava! Muitas vezes ouviu os pais discutirem sobre continuar a manifestar ou abandonar o ato, mas seu pai era um homem compromissado com a causa, não podia aturar tudo aquilo calado, tomou a frente do movimento, e muitas vezes Diana acompanhou os protestos. Algumas vezes os pais a trancavam em casa, principalmente nos últimos meses que os protestos começaram a ser muito violentos graças a repreensão.  Ela levantou a cabeça, Marvin a encarava.


-Vamos meninos, vamos arrumas as malas.


Diana percorreu a casa, subiu em cima de uma cadeira e pegou a mochila enorme de acampamento, era antiga, de quando Diana tinha 13 anos e a mochila batia no seu pé quando ela andava, pertencia ao seu pai, hoje em dia a mochila tampava seu bumbum, mas era perfeitamente normal usa-la.  Ela andou pela casa examinando o que deveria levar e o que deveria deixar. Pegou as melhores e as mais resistentes roupas do seu guarda roupa, todas as suas roupas intimas e colocou dentro da mochila, escova e pasta de dente, escova de cabelos, produtos para a higiene pessoal, as economias do cofre dos pais, alguns alimentos fáceis de consumir do armário da cozinha, uma garrafa grande de água. Olhou outra vez pela casa, pegou matérias para fazer curativos, remédios, e fotos de família. Seguiu pela estante da casa, e pegou os livros favoritos dos pais e os seus, no total teve que escolher dos mais de 100 livros, só poderia carregar seis sem que tivesse problemas. Então os enfiou na mochila, olhou pelo seu quarto e encarou o urso que ganhara da mãe aos 10 anos, dobrou ele e enfiou na mochila que já estava muito pesada e cheia. Olhou mais uma vez, pegou a pasta onde o pai guardava seu notbook, e colocou o dela lá dentro, antes de quebrar o notbook do pai ela copiou todos os arquivos para um pendrive, pegou seu celular, fone e carregador, um saco de comida e biscoitos de Marvin e colocou dentro da mochila do notboock junto com todo o resto. Se olhou no espelho ela não iria muito longe de chinelo e pijama, então colocou a calça horrível de acampamento que seu pai lhe dera em seu ultimo aniversario, ela serviria muito bem para andar por todos os climas, e guardar objetos menores nos diversos bolsos, colocou uma casaco mais fino por cima de sua camiseta justa, e pegou as botas de acampamento que ela usava desde os 16 anos. Teve tempo de fazer um cook meio solto no cabelo e ouviu um carro estacionar na frente de sua casa, pensou em correr para ver se era os pais. Mas sabia que isso seria burrice, já sabia quem eram. Correu para a parte de trás da casa o mais silenciosamente possível, puxando Marvin pela coleira e fazendo com que ele ficasse quieto.  Se escondeu atrás das flores de sua mãe e abaixou mantendo o cachorro abaixado junto a ela. Pode ouvir os barulhos autos que os homens faziam ao passear pela casa.


-Senhor? – um deles falou no telefone. – A casa esta vazia. Ok tudo bem. – ele disse depois de um longo tempo ouvindo.


-E ai Carlos? – um outro homem perguntou acompanhado de mais dois homens altos.


-O chefe disse para vasculharem cada parte dessa casa, os documentos estão por aqui, e a filha deles estava sozinha em casa, se pegarmos a garota achamos os documentos e a mãe. – Diana sentiu seu corpo ficar duro, e frio. Uma parte dela queria pular naqueles homens e socar um de cada vez, mas ela perderia e sabia disso. Também sabia que eles estavam certos, se ela fosse pega os documentos seriam encontrados, no exato pendrive que ela guardara no bolso escondido da pasta do notbook, e sua mãe viria resgata-la. E também sabia que se só citaram a mãe, é porque o corpo queimado no carro era de seu pai. Lagrimas escorreram pelo seu rosto, e ela continuou abaixada em silencio, mantendo Marvin do mesmo modo. O homem ficou mirando todo o quintal mas não á achou, Diana sempre fora muito boa em se camuflar e se esconder. Pouco tempo depois um dos homens voltou.


-Vasculhamos a casa inteira, nenhum documento, e nem sinal da menina.


-Parece que a mãe conseguiu entrar em contato com a menina, ela deve ter fugido com os documentos. – o tal Carlos constatou, e estava certo, exceto de que ela ainda não havia ido a lugar nenhum. – Bom, teremos que ir atrás dela depois. Agora, queimem a casa. Ele disse entrando para dentro da casa, Diana observou os homens jogarem combustível por toda sua casa. E aproveitou que eles estavam ocupados para achar as tabuas soltas na cerca da casa , conseguiu passar Marvin e sua mochila por ela, olhou uma ultima vez pra casa e atravessou as tabuas soltas. Já passava das três da madrugada, ninguém estava na rua, ela correu até o alto de uma rua vizinha onde havia uma praça escura que ninguém freqüentava, ao olhar pra baixo viu sua casa em chamas, então parou de conter o choro. Se ela não recebesse o aviso teria queimado como seu pai, como seus livros, como seu gramado lindo e bem cuidado, como sua cama, seu quarto, seus CDs, e tudo que era dela naquela casa, tudo, as lembranças, a vida dela estava em chamas junto com aquela casa. Viu o carro entrar na rua onde ela tinha entrado, olhou mais uma vez para casa e só conseguiu pensar no que os vizinhos pensariam quando acordassem com as chamas da casa.


Flashback off


Diana secou mais uma vez as lagrimas, Marvin estava deitado em seus pés, visivelmente mais magro, assim como ela. Passaram mais de sete meses, sua mãe havia ligado dois meses depois daquela noite, os homens ainda a perseguia, e por isso não era seguro elas ficarem juntas. A mãe explicou o que aconteceu naquela noite, como seus pais estavam voltando do aniversario de um amigo quando teve seu carro parado e cercado por capangas do prefeito,eles ameaçaram seu pai que os enfrentou, chegaram a bater nele, que aproveitou um momento de distração para obrigar sua mãe a fugir. Ele tentou enfrentar os homens, mas eram mais de cinco, desmaiaram ele e colocaram fogo em seu carro pare simular um acidente, o corpo de seu pai queimou junto com o carro. Era seu primeiro aniversario sem ele, e agora sem a mãe, que sumira desde a ultima ligação. Diana nada sabia da mãe, nem mesmo se ela continuava fugindo, ou se quer se ela estava viva. Ela só tinha Marvin e uma mochila com lembranças.


Longe dali...


Stefano estava afinando o violão enquanto seus amigos conversavam e comiam pipoca, e biscoitos. Uma noite divertida na casa de Cande, onde estava Euge, Nico, Augus, Lali, e Peter. Cande adorava dar esses tipos de noite, chamar os mais próximos, tocar uma musica, ver um filme, conversar. Era o que ela chamava de “Social dos Melhores”. Ele ainda se lembra de quando isso começou, Cande tinha 13 anos quando deu a primeira social, Euge e Lali dormiram lá e Stefano como era o mais novo dos meninos muitas vezes acompanhou elas, e dormia lá. Mas essa fase estava acabada praticamente, ele ainda tinha total acesso a maioria dos segredos das meninas, mas não falava tanto de si mesmo, e muito menos podia saber de tudo já que agora era um dos menino. Sempre que elas alegavam isso, ele começava a rir, as noites como essa se tornaram cada vez mais raras quando eles pararam de trabalhar juntos, e começaram a crescer. E exatamente por esse motivo, elas se tornavam ainda mais divertidas, animadas e especiais.  Ele olhou a sua volta, lógico que muitas coisas mudaram, eles cresceram, ele já tinha 21 anos. No entanto, muitas coisas ainda eram iguais, Cande continuava rindo de quase tudo, e se divertindo com coisas bobas, Euge ainda era histérica e disputava pra ver quem mandava mais, se era ela ou Lali. Lali continuava baixinha, invocada, desajeitada, respondona e brincalhona e ainda discutia por tudo com Peter. Já Peter continuava brincalhão, bobo e perdendo as discussões porque nunca tinha argumentos, e lógico apesar de negar, ainda babava em Lali. Augus continuava no mundo da lua, tendo que ser chamado varias vezes para que prestasse atenção no assunto, um exemplo é que ele foi designado para escolher o filme, e no entanto encarava a parede com os filmes nas mãos, e Nico continua o mesmo, rindo sem motivo e ainda se sentindo um pouco fora de lugar. Stefano solta um sorriso, enquanto Lali entra no sótão discutindo com Peter que segurava os refrigerantes, enquanto ela levava os copos.


-Peter eu estou namorando, supera. – ela fala com um tom de quem esta dando fora nele, e achando a maior graça disso.


-Você ta louca? – Peter argumenta. – Eu já superei, no entanto que também estou namorando, caso você não saiba Mariana.  Mas acho que você já conhece minha namorada NE. – ele ri debochado.


-Chama aquilo de namorada? – ela ri forçado. – Aquele palito de dente que você chama de namorada, prova que você não superou nada.


-Pelo menos a minha namorada não é velha, que tem idade para ser minha mãe. – ele argumenta fechando a cara.


-Ah, me poupe Lanzani. – ela fala com raiva enquanto empurra os copos na mão de Euge, que faz cara feia. – O MEU namorado, é maduro.


-O SEU namorado, é um velho. – Peter fala no mesmo tom que ela.


-Você é um imaturo. – ela decide ignorar ele, e se vira se sentando do lado de Augus.


-E você é uma histérica Mariana. – ele fala emburrado e se senta do lado de Euge.


Antes que Lali responda, Cande interrompe dando uma cotovelada em Augus.


-Agora que a novela já acabou. – ela se refere a discussão de lali e Peter. – Você já escolheu o filme?


-Ah não. – Augus responde finalmente voltando a si. – Desculpa.


-Tudo bem. – Cande sorri, e lali gargalha.


-Quanto amor! – ela debocha.


-Pelo menos agimos naturalmente com o fim do relacionamento e não ficamos brigando como você e Peter. – Cande responde normalmente.


-Vocês continuam se pegando de vez enquanto. – Lali joga na cara de Cande.


-Bom então hajam como eu e o Nico. – Euge disse antes que Cande respondesse, e Nico a encara ao ouvir seu nome.


-Mas vocês acabaram de voltar. – Peter revira os olhos enquanto fala.


-Por isso mesmo, vamos nos amar povo. – Nico responde, pondo um fim na discussão. E Stefano começa a rir.


-Qual a graça Yeyo? – as meninas perguntam juntas.


-Vocês são a graça. – ao perceber que ninguém entendeu ele explica. – Sempre me perguntam porque eu não namoro serio, é por isso, vocês são patéticos.


Lali joga uma almofada nele, que segura antes que ela atinja seu rosto.


-Não foi o que eu fiquei sabendo. – Euge comenta com cara de superior.


-Joga na roda. –Nico diz rindo.


-Pelo o que eu escutei por ai, o Yeyo ta bem envolvidinho com a Antonella.


-Como é que é? – Lali pergunta na mesma hora.


-Não é bem assim, a gente só ta tendo um caso, não é nada serio. – Stefano responde antes que Lali de um chilique.


-Assim esperamos, porque aquela garota é uma idiota. – Cande responde pegando o filme que Augus finalmente escolheu e colocando para assistir.


-Ah coitada, eu gosto dela. – Nico responde e Peter e Augus concordam.


-Vocês gostam de todo mundo. - Cande e Lali respondem enquanto Euge da um beslicao em Nico que faz cara feia.


-Mas quem ta pegando ela sou eu, vocês não tem que gostar. – Stefano diz rindo e coloca o violão no lugar indo se deitar ao lado de Lali.


-Não se esquece garoto, que eu sou como sua irmã mais velha. - ela diz dando um tapa em seu braço. – E se eu não aprovar, você não namora.


-E quem falou em namorar? – Stefano responde rindo e leva outro tapa de Lali e um de Cande, enquanto o filme começa e todos riem dele.


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O sotao gente...


 




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Autor(a): dia_gregorio

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

Prévia do próximo capítulo

  Oi gente, mais um capitulo, dedico esse capitulo a minha primeira leitora Claire Farron, bem vinda!!!   Diana dormiu entre lagrimas,e fotos. A sete meses ela pegou um ônibus e foi parar numa cidadezinha vizinha a Buenos Aires, ela dormia no fundo do mercado onde trabalhava, durante o dia ela mantinha Marvin e suas coisas trancada num banheiro antigo ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 5



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  • clairefarron Postado em 03/07/2016 - 15:35:50

    Continua, por favor.

  • clairefarron Postado em 02/07/2016 - 14:20:12

    Continua <333333333333333333333333333333

  • clairefarron Postado em 30/06/2016 - 12:29:30

    Tá muito perfeito! <333333 Continua por favor.

  • clairefarron Postado em 23/06/2016 - 23:25:07

    Estou gostando muito dessa fic, eu gosto desse tipo de histórias que envolvem esse tipo de coisa *-* Continue logo

  • clairefarron Postado em 23/06/2016 - 20:21:06

    Oeee! Acho que sou sua primeira leitora. Esperando mais capítulos


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