Fanfic: Inalcanzable | Tema: Stefano de Gregorio/ Laliter

Stefano havia dirigido até a casa de Diana para lhe fazer uma surpresa, mas ao chegar lá se deparou com o portão sem o cadeado e entre aberto, estranhando ele entrou na casa olhando pela área na frente de casa sem sinal de quem, ainda mais estranho foi o fato de Marvin não ter emitido nenhum barulho, normalmente corria ate Stefano assim que ele apontava no portão.

-Dia? – ele chamou abrindo a porta da sala, segundos depois alguma coisa acertou sua cabeça, ele acordou alguns minutos depois confuso e viu dois homens o encarando.

-Não era você que estávamos esperando. – o mais baixo respondeu. – Onde esta sua namoradinha? – Stefano continuou calado. – Ah não vai dizer? Ok! – o homem respondeu um pouco irritado. – E onde estão as provas? – mais uma vez Stefano ficou quieto, até porque essa pergunta ele não sabia responder.  – Olha garoto, estamos sendo muito pacientes com você, se não me adiantar para nada eu mesmo mato você.

Stefano continuou em silencio, não era somente uma maneira de poder proteger Diana,mas também de se proteger, pelo medo que estava sentindo e não so por ele, mas por ela. O homem começou a ficar nervoso e deu um soco em Stefano, foi quando o mais alto interviu segurando o punho de seu companheiro.

-Não podemos fazer nada contra o garoto. São as ordens. – ele disse com a voz grossa, e o mais baixo se soltou praguejando. Enquanto isso a sobrancelha de Stefano se enchia de sangue, nunca na vida tinha levado um soco, muito menos assim. Respirou fundo tentando controlar a raiva que se apossou dele se misturando com seu medo, depois de uma breve conversa murmurada os homens saíram para revirar toda a casa, foi quando a porta se abriu sem nenhum ruído. Diana encarou Stefano com os olhos arregalados, sua boca se abriu em um ‘O’ perfeito e ele entrou em desespero, tinham calado a sua boca, como ele mandaria ela fugir? Começou a fazer sinais com a cabeça para que ela fosse embora, mas por algum motivo a garota não se moveu. Diana encarava Stefano com os olhos assustados começando a se encherem de lagrimas, ela andou até ele e tirou um pequeno canivete que guardava no chaveiro. Stefano fez mais movimentos com a cabeça e ela se ajoelhou na frente dele.

-Eu entendi o que você falou, mas não vou a lugar nenhum sem você. – ela respondeu sussurrando e ele a olhou com um misto de carinho e desespero. – Agora fica quieto – ela disse colocando o indicador diante os lábios, os homens vasculhavam todos os brinquedos de Marvin no quintal, Diana só teve tempo de cortar as cordas e eles entraram na sala, o mais baixo correu para ela enquanto Stefano retirava a fita da própria boca. Ele observou Diana, ela não correu, nem gritou simplesmente sorriu debochadamente e esperou o homem chegar até ela, em um minuto ela estava parada e no outro saltava no ar chutando em cheio o peito do homem mais baixo, ela girou enquanto ele caia e socou com força o estomago do mais alto que resistiu, foi quando Stefano usou a cadeira onde estava amarrado para derrubar o cara. Com toda sua força ele quebrou a cadeira nas costas do sujeito que caiu de cara no chão, Diana puxou Stefano pela mão e os dois entraram no carro dele.

-Depressa! – ela gritou enquanto ele ligava o carro.

-E o Marvin? – ele perguntou antes de dar a partida.

-Ele não esta aqui. – ela respondeu simplesmente e eles arrancaram com o carro, e viram o homem mais baixo correndo para fora de casa. – O mais rápido que você puder, e não pare até eu dizer que esta tudo bem, saia da cidade.

-O que?  E pra onde? – ele perguntou assustado.

-Não sei, qualquer lugar! – ela respondeu desesperada enquanto ele corria com o carro. Stefano saiu da cidade e depois de um tempo eles entravam em uma estrada de chão, onde só se podia ver as arvores, Diana olhava para trás a todo momento quando Stefano colocou uma mão sobre sua perna.

-Não estão nos seguindo, nos perderão fica calma. – ele diz e ela começa a chorar.

-Não, não posso ficar calma, eu fiz tudo errado. – ela diz e segura o celular, ele tem mais de três chamadas perdidas, ela retorna.

Ligação on

-Onde você esta mulher? – a voz soa estridente do outro lado da linha.

-Eu não sei direito, ele chegou ai? – Diana pergunta segurando o choro.

-Como sabe que te liguei por isso? – a menina pergunta assustada.

-Treinei ele para isso Cande, tudo bem. – Diana responde nervosa. – Ele esta bem?

-Parece que sim, sem nenhum machucado, só esta cansado. – a amiga diz ainda assustada. – Vai me falar o que ta acontecendo?

-Não, ainda não.

-Imaginei. – Cande responde suspirando. – Devo deixar ele voltar?

-Não! Por favor Cande, não deixe ele sair daí! – Diana fala quase gritando.

-Calma tudo bem, vou manter ele em casa. Te prometo!

-Obrigada, eu vou busca-lo o mais rápido possível, mantenha contato e cuida dele por favor. – ela pede quase chorando outra vez.

-Pode deixar. – Cande responde e suspira. – E Diana?

-Oi?

-Eu não sei o que é, mas por favor, toma cuidado. –Cande pede enquanto roe o esmalte.

-Pode deixar. – Diana responde magoada. – Te adoro.

-Também te adoro.

Ligaçao off

Stefano observa Diana apreensivo, desde que desligou o telefone ela estava perdida em pensamentos, e isso o assustava mais que tudo.

-Posso te fazer uma pergunta? – ele falou quebrando o silencio e ela simplesmente assentiu. – Esse “ele” que você disse para Cande, é o Marvin? – a garota assentiu outra vez. –E como ele sabia que tinha que ir para lá?

-É complicado. – Diana fala suspirando. – Aprendi um estilo avançado de treinamento, eu sempre amei cães, e estudava sobre treinamento e sobre como cuidar de um cão da melhor maneira, lia muito sobre isso, quando eu ganhei o Marvin passei a praticar. Treinei ele á perfeição, ele é totalmente fiel a mim, e com sua inteligência e um pouco de treinamento alcança o que eu espero dele.

-Desculpa, mas ainda não entendi.

-Marvin foi treinado por mim, desde pequeno, ensinei á ele a me obedecer, e o laço de amor e companheirismo que existe entre nós só aumenta a lealdade dele.  Ele já era treinado antes de eu começar a fugir, e quando começamos a fugir eu precisava garantir que ele se manteria vivo, e por isso ensinei ele a atacar em situações extremas e só se aproximar de quem eu apresentava. – Diana responde olhando pela janela. – Por isso ele só se aproximou de você quando eu cheguei com você, se não ele poderia ter te atacado.  Não porque ele é um mal cão, e sim por causa da vida que estamos levando.

-Por isso ele fugiu? – stefano continuava confuso.

-Marvin é uma chave até mim, assim que ele criou um elo com Cande, eu o treinei. Levava ele para fazer o trajeto até a casa dela, e os cães tem um olfato e a audição bem mais apurados que os nossos, por isso ele saiu antes mesmo de invadirem a casa, usou um buraco que eu havia feito atrás das arvores, como eu o treinei. E foi até a casa de Cande, onde ele estaria seguro. – Diana disse e Stefano ficou boquiaberto, jamais poderia imaginar que isso fosse possível.

-O que esses homens querem?

-Me matar. –ela respondeu encarando o horizonte.