Fanfic: Inalcanzable | Tema: Stefano de Gregorio/ Laliter

 – Achei que você fosse precisar de uma carona. – ele riu

-Anda logo. – ela apressou o ignorando, ele saiu em disparada com o carro. Diana tinha que admitir Stefano era um ótimo piloto, entrava em curvas correndo, e logo deixou o carro negro para tras.

-Devo te levar para casa? – ele pergunta sorrindo.

-Logico, ou você pensou que eu iria para sua? – ela responde com a cara fechada.

-Não! – ele exclama, mas acaba rindo. – Só que eu não sei onde você mora. – Diana revirou os olhos e explicou onde ficava a casa. – Ah, tenho um atalho.

-Não! – ela gritou. – De uma volta antes, pode ser que ainda estejam atrás da gente.

-Ok. – ele deu outra volta, passando por vários bairros da cidade sem teimar com ela. Diana encarou Stefano por um tempo, ele era corajoso. Ela estava fugindo, mesmo sem saber porque ou do que ela estava fugindo, ele abriu a porta de seu carro e embarcou nessa com ela. Quando ela falou para ele dar uma volta com o carro, ele consentiu sem pensar duas vezes, e não havia questionado nada até agora. Ela não queria meter ninguém nessa historia, mas havia metido! E ele não parecia preocupado com isso, se ele ao menos soubesse o que era. Ela tinha certeza que ele a jogaria do carro.

-Não vai perguntar nada? – ela fala antes que pudesse se deter, Stefano que estava concentrado na estrada volta seu olhar para ela.

-Eu devia? – ele pergunta sorrindo, enquanto dirige.

-Acabou de me ajudar numa fuga. Eu podia ser uma bandida! – ela exclama se virando mais para ele, e ele começa a gargalhar.

-Duvido que você seja. – ele diz simplesmente dando de ombros.

-E porque? – ela pergunta, ela era muito inteligente, lutava, e acabara de derruba-lo no chão.

-Porque você não me parece uma bandida.

-Eu acabei de te bater. – ela fala com os olhos arregalados.

-Tecnicamente, você só me derrubou no chão, isso não é bater. – ele diz levantando um dedo. – No entanto, você parece que esta na defensiva, como se fosse a vitima.

Diana fica calada, nunca se colocou no lugar de uma vitima, isso soava estranho. Se sentiu uma idiota, sempre se olhava como se tudo isso fosse por sua culpa, como se estar fugindo fosse por sua culpa, e claramente não era. Lutou tanto para manter todos longe o bastante porque se considerava um perigo, no entanto ela era realmente uma vitima, que estava correndo perigo. Ficou em silencio, e sentiu o olhar de Stefano pairar sobre ela.

-Falei alguma coisa errada? – ele pergunta, e ela sorri. Stefano se sente um idiota, nunca havia se questionado tanto ao falar com uma garota, mas Diana embaralhava sua cabeça. Não era a primeira menina que entrava em seu carro sem conhece-la direito, no entanto era a primeira que fazia sua mão suar, e o deixa nervoso. E também a única que ele tinha certeza, não estava pensando em beija-lo.

Já Diana, encarava a rua enquanto tentava segurar o sorriso, nunca na vida tinha encontrado um menino como Stefano. Quer dizer, quando algum menino ia salva-la e ainda se preocupar se tinha dito alguma coisa errada? Sem se conter ela sorriu.  – Que foi?

-Você é uma gracinha. – ela respondeu a Stefano que a encarou pasmo. – Que? – ela riu, fazia tanto tempo que ela não ria.

-Você definitivamente é doida. – ele gargalhou junto com ela, e assim ficaram até chegar na casa dela.

-Chegamos? – ele perguntou ainda sorrindo, e ela o encarou grata.

-Sim. – respondeu, os dois ficaram se encarando. Stefano só pensava em como aqueles olhos o sugavam, o que ela tinha que mexia tanto com ele?

Já Diana, o olhava com curiosidade, seus olhos miravam os dele, ela mordeu o lábio inferior num ato reflexo de nervosismo e desejo. Stefano mexera suas estruturas como ninguém jamais mexera.  Nenhum dos dois queria quebrar aquele momento, onde os olhos se encontravam, até que os olhos de Stefano correram para o lábio de Diana que por reflexo estava mordendo o lábio inferior, ele se aproximou olhando de seus olhos a sua boca, estavam a menos de dois centímetros um do outro quando Diana suspirou e se virou para a rua.

-Obrigada por hoje. – ela respondeu sem graça, Stefano fechou os olhos suspirando.

-Não fiz nada demais. – ele respondeu, por algum motivo não ter conseguido beija-la fez ele se sentir estranho, mal e com ainda mais vontade de faze-lo.

-Não, é serio.  Não sabe o que fez por mim hoje, salvou minha vida. – ela disse, e Stefano voltou a encara-la.

-Do que estava fugindo? – ele perguntou sem se segurar.

-Era mais de quem mesmo. – ela disse rapidamente. – Não posso te envolver ainda mais nisso.

-Não vai me dizer que seu ex esta te perseguindo. – ele comentou rindo e ela sorriu.

-Não é o meu ex, ele é fofo demais pra fazer isso. – ela disse com carinho, Murilo era um amor de pessoa, não seria capaz de fazer mal nem pra uma mosca, ela sentia falta dele, mas não do namoro, da sua amizade.

-Ah, ainda gosta dele NE? – Stefano pergunta e se sente mal mesmo sem entender porque.

-Não é bem isso. Mas é complicado. – ela respondeu com um sorriso.

-Um dia você me explica. – ele fala piscando um olho, Diana repara que ele tinha muita mania de fazer isso, e ela achava adorável, era algo que ela demorou muito pra aprender a fazer.

-Porque acha que vamos voltar a nos encontrar? – ela perguntou sorrindo, e ele sorriu ao ver o sorriso dela, era lindo.

-Não sei, acho que pressentimento. – ele continuou ainda sorrindo enquanto o rosto dos dois estavam muito próximos, um imã parecia atrai-los um para o outro.

-Você ta mexendo com fogo. – ela fala baixo e ele sorri de lado, ela estava flertando com ele, e dessa vez Diana não tinha planos de deixar o jogo.

-Não tenho medo de me queimar. – ele falou com um pouco de seriedade, Diana soltou um risinho.

-Você realmente não tem noção do quanto é perigoso pra você.

-Eu rio na cara do perigo. – ele falou com uma voz forçada, que ela também achou adorável, asas batiam no estomago de ambos, suas mãos suavam, Stefano passou a língua pelos lábios e foi a primeira vez que Diana imaginou como seria beija-lo. No entanto, ele não teria esse privilegio, pelo menos não ainda.

-Rei leão. – ela fala assim que ele coloca a mão no queixo dela.

-Han? – ele pergunta se afastando para olhar em seus olhos.

-Simba fala isso no filme Rei Leao. – ela repete sorrindo, e ele sorri com ela.

-Acertou. Adoro esse filme, só perde para o “Procurando Nemo”. – ele comenta se ajeitando em seu banco.

-Quando a vida te decepciona, qual é a solução? – ela perguntou rindo e ele a encarou.

-Continue a nada, continue a nadar. – eles falam juntos balançando a mão no ar, e caem na gargalhada.

Stefano sabia que por trás da menina forte que Diana demonstrava ser, havia muitos mistérios, e ele sabia que estava entrando em um terreno desconhecido, obviamente ela não era como nenhuma outra menina que ele conheceu, com quem ele esteve. Ela estava certa quando disse que ele estava brincando com fogo, e ele sabia, mas ele não era de desistir fácil, e alguma coisa dentro dele se movia e fazia ele querer Diana.  Ele não pensava nela em sua cama, um beijo, só um beijo dela já fazia ele delirar, e ele mal a conhecia. Diana no entanto estava com medo, mas não conseguia resistir a ele, ela era uma menina forte, e estava lidando bem com o fato de estar sozinha, a muito tempo parou de chorar durante a noite, mas Stefano despertou alguma coisa que estava adormecida, ela não sabia nada sobre ele, a não ser que ele era um ator famoso e que era lindo.  Os dois estavam em caminhos tortuosos e temiam por isso, era uma experiência totalmente nova para os dois, era brincar com fogo, mas era mais forte que eles. Diana queria acreditar que não teria que vê-lo novamente, e então não teria que passar pela guerra interna que estava caminhando dentro dela. Já Stefano, nunca torceu tanto para que essa não fosse a ultima vez que ele via uma garota, aquela garota.

De uma coisa eles não sabiam, o destino tinha planos para eles, planos que os dois não podiam fazer a mínima idéia, planos que traria medo, traria dor, mas também mudaria a vida deles pra sempre. A vida reservara um caminho que os dois precisavam trilhar, e no meio desse caminho, eles tinham que se encontrar, porque um tem o que o outro precisa.