Fanfic: Pólos

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O final de semana chegou ao fim e ambos voltaram a rotina de estudo e trabalho e como essa semana passou bem rápida,era sexta novamente e não houve milagres nela.

Olívia foi a uma festa de aniversário ou bodas de prata de uns conhecidos dela e de seu pai(até que ela balançou seu pezinho) e Bernardo a uma festa barulhenta de uma colega de faculdade.

Ele se sentiu bem fora da casinha e com falta de alegricidade e ficou sentado no sofá da festa. Fumando.

Olívia chegou podre em casa, se atirou em sua cama e dormiu rápido.

Quando seu domingo a recém tinha começado ela quase foi atropelada.

O dono do carro pediu desculpas e ela nem deu a mínima e foi ao supermercado comprar carne para a massa de domingo.

Ela e seu pai conversaram assuntos diferentes do cotidiano e foi legal o almoço tanto para ela tanto para ele.

Houve risadas e até um entendimento(o que era raro)..

Depois Olívia lavou a louça e serviu um mousse de chocolate para ela e seu pai.

E que foi bastante elogiado por ele.

Olívia tirou um cochilo e seu pai também.

Ela acordou as 15h00 e ele continuou dormindo.

Escreveu ela um bilhete dizendo que iria sair e que não fez barulho para não acordá-lo.

Foi ao seu antigo internato onde ali ainda havia amigas que moravam.Trabalhavam más moravam ali.Era bom más sempre havia o vazio da família na vida das que ficaram.

Olívia foi recebida a gritos e até choros.

-Quanto tempo mudinha!Pensei que já tinha esquecido dessa antiga vida.

-Não,fazia tempo que eu estava pensando em vir.E aqui estou.-Disse sorridente.

-Vem,vou te mostrar pra irmã Ema.

-Ela ainda tá?

-Sim,vem.

A irmã Ema era um doce de pessoa(uma das freiras mais boazinhas e menos rígida do internato),o que fazia que quase todas as meninas amassem ela.

-Você está fumando? Esconde esse cigarro,senão ela e as outras vão pensar que você desviou do caminho.

Olívia jogou numa lixeira próxima más o cheiro ficou.

-Ai Olívia,o cheiro,agora vai,elas estão vindo mesmo.

A irmã Ema a reconheceu na hora e deu um abraço bem forte e as demais fizeram comentários do tipo:-Como você cresceu!,-Está diferente e etc.

E o cheiro inoportuno estava no ar e elas perguntaram daonde ele vinha.

Olívia disfarçou e Talita,fazida e cúmplice do jeito que era,engrenou outro assunto(que distraiu os olfatos mais apurados e detectores das freiras) más a irmã Ema sabia que era Olívia más guardou para si.

Depois as duas sentadas no banco da praça principal próximo a capela conversavam a sós.

-Você anda fumando?

-Sim,eu sei que é errado más...

-Não precisa se explicar mudinha,a vida é tua.Você é maior agora.18 né?

-Sim,faz uma semana.

-Como tá indo tu e o teu pai?

-Bem,nós nos entendemos esses dias,eu estou gostando.É diferente daqui.Não tem muitas religiosidades e eu tenho que ter as minhas lá por casa.

-Pretende ficar por quanto tempo aqui?
-Só mais uns 20 minutinhos no máximo pois eu tenho um compromisso.

-Que bom que você venho,você viu a felicidade da Talita ao te ver?

-Evidente,eu quero falar mais um pouquinho com ela antes de partir.

A conversa com Talita foi mais animada:

-Então você vai a festas todas as sextas e finais de semana,bebe,fuma e tem namorado.Nossa mudinha,como você mudou,parece que foi ontem que tu anunciava para todos com a Bíblia debaixo do braço que queria ser freira igual a irmã Ema.

Olívia riu e olhou para Talita,com a mão no peito(em especifico no lado do coração)

-Eu não tenho mais namorado Talita e os meus princípios não mudaram,é lógico que eu bebo e fumo más não com intenções libertinas e mortais.É que o meio onde eu vivo e freqüento não é muito pudico e a maioria das brigas que eu e o meu “pai” temos é relacionado a princípios e mentalidades diferentes.

-Ele é músico né,você escreveu aquela carta uns meses e eu me lembro disso.

-Sim,eu sou uma freirinha meio fora dos padrões das freiras.

-Uma noviça rebelde atual.

-Falou tudo.

-Eu te desejo o melhor sempre mudinha!Vem mais vezes.

-Tu não pode um dia sair comigo?,ou melhor,ir lá posar um domingo de noite? por que sexta e sábado é quase ou até impossível de eu estar em casa.

-Posso,se eu conversar bem e me explicar bem direito,você sabe que deixam.

-Quando adulta sim.

-Te lembra que nós fugíamos,pulávamos os muros só para ir ao cinema?

-Me lembro e como...Ai Talita se eu não tivesse compromisso eu juro de pés juntos que ficaria mais umas horas aqui.

-Eu sei,você me ama.-Riu brincando Talita.

-Eu vou te mandar mais umas cartas e tu também me envia viu? E fala sobre o assunto saída pra madre superiora.

-Pode deixar,eu te mando uma carta dizendo sim ou não.

-Não se preocupa com dinheiro e até roupas.Eu tenho tudo lá em casa.Eu quero é você Talita.

Olívia disse num tom debochado e saiu correndo portão afora.

Bernardo a esperava no portão mesmo e a pegou pelo pulso.

-Pra que tanta pressa minha freirinha?
-Até tu?

Eles foram direto a piscina.

Bernardo pulou e puxou Olívia que bateu sua boca na borda.

O sangue ficou em volta,era pouquinho más bem significante.

Ela xingou bastante Bernardo.

-Que idéia mais estúpida como o dono dela também é um tremendo de um...

Ele não deixou ela completar e a olhou sério e limpou ou estava tentando limpar o sangue da boca desta.

-Me diz por que você tem estas idéias idiotas?

-Eu não sabia que era e você não achou.

-Não a da piscina más a de me puxar,você sabe que mal ou bem eu iria entrar na piscina.Isso me chateia.Olha a minha boca.

-Está vermelhinha.

Olívia deu um tapa na cara de Bernardo que ria dela.

-Você me dá nojo Bernardo,está doendo e você ai rindo.

Bernardo foi até Olívia(acuada na ponta da piscina) e a beijou.

-Parou de doer?

Olívia o empurrou,saiu molhada mesmo e ele também.

-Não fala comigo,por hoje deu.O que tu tem dentro de ti que só me incomoda Bernardo.

-Um pólo negativo,um imã que te atrae pra perto de mim.

Olívia se sentou na borda com a mão nos lábios.

-E eu infelizmente tenho um positivo gritando por  ti.Eu me odeio.

-Ou seja, o bem e o mal.

-Não seja burro, é um imã estúpido.

Bernardo se sentou ao lado dela, que olhava para as oscilações da água com as folhas em forma de estrelas.

Ela começou a chorar.

-Eu não agüento sempre entrar em atrito contigo,é sempre assim.

-Você sangra,e eu também.

-Temos que nós separar pro nosso bem.

Bernardo assentiu e Olívia se levantou.

E mais um sábado a noite,deitado numa cama,chorando muito e soluçando horrores.

Seu pai não estava em casa só François que quando viu o irmão naquele estado o destapou.

-Que houve agora Bernardo?

-Nada.

François bufou.

-Não me diz que é ela novamente...

-É

-O que ela fez pra ti ou tu pra ela?

-Estou sangrando...Ela me faz bem más ao mesmo tempo só mal.Olha o meu estado.

-Eu sei disso,você disse um dias desses que a odiava até e depois se arrependeu amargamente.

-O que dá em voces quando estão juntos?
-Eu gostaria de saber,eu gosto dela.

-Percebe-se,perdendo o seu domingo...Que amor.

A porta estava sendo batida e François foi atender.

-Oi Olívia,vem aqui.

Quando Bernardo ouviu isso,ele fechou a porta.

-Ele está bem machucado.Temo uma briga mais fatal se tu ficar aqui.

-Eu quero conversar contigo François,só pra ti e o teu pai não acharem que eu sou a megera da estória.

François ouviu o lado de Olívia e entendeu e disse que o irmão era bem criança em certas atitudes e bem sentimental.

-Eu entendi más ele ainda não.Tu quer tentar falar com ele?

-Eu vim só pra isso.

Ela bateu na porta e ele ouviu sua voz.Ficou quieto.

-Se eu não me importasse contigo,eu nem estaria aqui.O deixaria com os seus demônios e iria a festa da Sophia.

-Vai.

Ele quando não viu mais a sombra de Olívia.Foi atrás dela.

-Fica,eu quero conversar.

-Não se faz mais Bernardo.

-Fica comigo por favor.Dorme comigo.

-Amanhã eu trabalho.

-Não importa,dorme comigo,só hoje.

-Só hoje.E eu já sei o que tem dentro de ti que eu não gosto.

-O que?

-Uma criança teimosa e bem mimada.