Fanfic: Pólos
Os dois foram de mãos dadas até o condomínio.
Se soltaram quando François abriu a porta.
O pai deles já havia chegado,estava mais dormindo que olhando televisão.
François deu um oi de longe e foi para seu quarto e Olívia o cumprimentou de perto.
Ele deu um beijo no rosto e elogiou a beleza desta.
-Obrigada,más eu sinceramente não sei se vou posar aqui.
-Você e o Bernardo brigaram,só pode ser.Ele está péssimo.
-É obvio. Eu vou embora.
-São 2h00 da manhã.Eu não vou deixar.Eu converso com o teu pai e tu posa aqui.
-Tudo bem se for assim.
Ela colocou uma camiseta de François que ficava um vestido nela e foi dormir no quarto deste.
-Eu juro que não fui eu que decidi dormir aqui.
-Meu pai,eu sei,ele não quer que você e o Bernardo acabem se matando dentro do quarto.
-Falta paz entre nós.
-Meu irmão sempre foi mais elétrico e confuso do que eu.
-Grande diferença.
Ele a puxou até a cama.Trancou a porta e tocou em seus cabelos e ela espontaneamente tirou sua camisa e ele a beijou e deitou em cima dela.
-Me perdoa Olívia.
-Não precisa dizer isso.
Ele tirou a camisa dele nela más uma voz parada em frente a porta impediu o ato.
François colocou sua camisa,destrancou a porta e era Bernardo,já olhando para dentro do quarto.
Entrou e se sentou ao lado de Olívia que olhava para os lençóis,de cabelo solto e meio estilo “bonita porém escabelada”.
-Eu não consigo dormir sem pedir desculpas.
-Desculpa,eu também errei.
-Tu errar?Você quase nunca erra.Eu que fiz aquela idiotice que voces dois sabem o que é.
Olívia abraçou e chorou na camiseta de Bernardo.
François respirou alto e estava preparado.
Olívia convidou Bernardo para ir na sala,más François se retirou.
Ela fechou a porta sem trancar e não sabia como começar a conversa.
-Eu tento Bernardo.
-Eu percebo.
-Eu estou destruindo o elo entre você e o François.
-Claro que não.
-Claro que sim.Nós quase...Agora.Se não fosse o seu bendito e graças aparecimento.Teria acontecido um vinculo mais forte do que uma simples amizade longínqua.
Bernardo ficou sem palavras,acendeu um cigarro,andou de um lado para o outro por uns minutos e se sentou.
Agora distante de Olívia que o olhava com um semblante triste.
-Eu não quero só o prazer no teu irmão,se fosse por isso eu ficaria contigo aquele dia em que você estava muito alterado.
Bernardo teve que concordar com Olívia más o seu rosto estava péssimo.Olhos inchados e com olheiras,face inchada.
-Eu não vou conseguir viver vendo você com o meu irmão.
-Por favor Bernardo,não cometa uma besteira.
Ele saiu batendo a porta fortemente,pegou um maço de dinheiro em seu quarto e saiu batendo a porta da saída forte outra vez.
Ele foi a várias festas,encontrou uns amigos,bebeu todas,ficou com várias meninas,tentando achar nelas a cura do amor não correspondido e até o esquecimento deste.
Más ele se sentiu extremamente triste,que decidiu caminhar sem rumo por Paris.
Ele ficou parado olhando para o Sena.
Se inclinou e continuou a olhá-lo.
Uma garota o impediu.
-Não faça isso. Você é tão jovem,tem a vida toda pela frente e ela com certeza não te merece.
-Cala a boca.
-Eu vou fingir que não escutei,você está super bêbado.Ela deve ser muito especial.
-E é.Deve estar nos braços do meu irmão agora.De tão especial que é.
-Eu vou te levar pra casa.Eu não sou um mal elemento.Meu nome é Helena e aqui está a minha carteira de identidade para você ver que eu não estou mentindo.
Bernardo se sentiu muito mal e ela o levou para um hospital mais próximo.
-Obrigada,aquela lavada de rosto foi ótima pra mim.Me senti menos alterado.Helena não é?
-Sim.Você lembrou?!
-Parece que sim.Eu vou voltar pra casa.Tem telefone?
-Tenho.
-Que bom.Fala comigo.
Bernardo pegou o telefone dela e disse que iria ligar quando chegasse em casa.Más ele mudou de idéia.
-Eu vou te levar até a sua casa,agora são 4 da manhã.
-Tá certo.
...
-Eu moro a duas quadras daqui.
-Que bom.
-Eu te ligo quando chegar em casa.
-Eu tenho certeza que você não vai se arrepender e vai esquecer aquela sem sal da Olívia.
Bernardo saltou e a olhou sério.
-Eu estudei com ela e fui adotada primeiro que ela. Nada contra ela más ela é bem juca.A freirinha que levava a risca tudo que as freiras falavam.
-Agora ela deu uma grande mudada.
-Percebo, ela já feriu você.
Bernardo assentiu com a cabeça.
-Tchau,melhoras pras tuas feridas.
-Tchau.Prazer em te conhecer.
Ele chegou e se atirou no sofá,pegou seu celular e ligou para Helena.
-Oi,sabe quem é?
-O Bernardo.
-Sim,como você sabia que ela andava comigo.
-Pelas amigas do internato.E eu já vi voces juntos.
-Você está com sono?
-Mais ou menos.Dancei demais esta noite.
-Eu bebi demais esta noite.Você era tudo que eu precisava.É mais alegre que ela.Quero te ver hoje de noite,19h00.Pode ser?
-Pra mim tudo ótimo.Até as 19h00.
Ele abriu a porta e não viu Olívia na cama de François e foi direto na casa dela.
Isso já era 6h00.
Ele ligou para o celular dela.
-Eu não consegui dormir e estou parado na frente da tua porta.
Ela fungava e desligou o telefone e abriu a porta sem fazer barulho.
-Diz.
-Você está com o nariz vermelho. Não... Você não cheirou?
-Peguei só para me parecer contigo.
Bernardo a abraçou e começou a xingá-la.
-Não se espelha em mim. Até sangrar imagino, está super irritado.
-Desculpa.
-Seu pai nem imagina...
-Não, já adianto a resposta.
Bernardo pegou um papel higiênico e apertou-o no nariz de Olívia.
Que dava uns gritos meio altos más mesmo assim seu pai não acordou e nem atendeu.
Bernardo a olhou sério e pensativo. Não sabia Olívia se contava sobre ela e François ou não.
Ela resolveu não contar e ambos estavam pensando em outra coisa a fazer a não ser ficar quieto.
-Eu conheci uma garota nova. E parece que eu a conheço de muitos anos.
-Que bom... E ela?
-Também, é bem simpática e nós vamos nos ver daqui a pouco.
O Encontro...
Helena trocou de roupa,já era tarde e eles estavam dispostos a se encontrar.
Eles se cumprimentaram com os típicos três beijos e se sentaram num banco de uma praça iluminada.
Bernardo fumava com um semblante tristonho.
-Olha,se você venho aqui só para tentar esquecê-la comigo..Eu acho melhor você sair...Eu não quero ser a guria que você vai tentar amar.
Helena se levantou e foi em direção ao trem
Bernardo voltou a si e correu atrás dela.
-Me desculpa,pela primeira vez nessa madrugada eu estou sendo sincero ao extremo.
Helena parou para ouvi-lo.
-Eu vim com essa intenção...Eu estou tão deprimido com ela.
-E se voces voltarem?
Ele ficou quieto.
-É isso que eu mais detesto.A quietude.
-Más agora os meus planos mudaram.Eu prometo te procurar por outros motivos.
-Quais? Não há outros.
-Só pelo fato de eu estar muito cansado e vim aqui só pra ti ver...
-Não muda os fatos.É por ela que você faz isso.
-Não é.Se era não é mais.Eu quero esquecê-la.Essa estória acabou ao fim.
Bernardo contou das inúmeras brigas que tinha com Olívia,o que tinha ocorrido ou quase entre ela e seu irmão e Helena o escutava.Estava gostando de Bernardo más não querendo e prometendo a si mesma que não iria se envolver com o mesmo.
-Ela é bem problemática a ex freirinha.E deve ser bem bonita pelo jeito que você a descreveu.
-Beleza ajuda,más não é tudo.Ela...
Ele hesitou más disse.
-É bonita por fora e feia por dentro...
E após dizer isso desabou.
Helena o abraçou.
-Vem,vou te levar pra casa.Você está com o efeito de droga apesar de ter tomado banho.
Bernardo disse a rua e o lugar onde morava.
Eles chegaram lá e já era 8h00 da manhã.
François já tinha saído e Helena levou Bernardo ao banheiro.Limpou e secou bem o seu rosto.
E o mandou deitar em sua cama.
-Bom...na sua casa você está seguro.Hoje é domingo,não inventa de ir trabalhar...
-Obrigado.
Helena não disse nada e saiu porta afora.
Bernardo pensou em ir atrás de Helena,más ele estava cansado demais para isso e voltou seus pensamentos para Olívia.
E ele chorou a manhã inteira.
Ele sentia uma tristeza profunda,marcada por vermelhos marcantes em sua pele meio branquela.
Seu irmão foi à casa de Olívia escondido.
Onde ele pediu desculpa por tudo e até por ele existir.
Estava ele também abalado com o que ocorreu.
-Eu que tenho que entrar em extinção.
-Não diz isso,eu sai cedo só pra poder conversar bem contigo.
-Quer almoçar?Tá na hora.A tarde eu tenho que sair.
-Eu não quero incomodar...
-Hoje o meu pai não vai almoçar.Ele tá viajando.
-Festival?
-Sim.Eu não tive cabeça para dizer sim pra ele.
-Nem eu estou com cabeça pra voltar pra casa e me deparar com ele lá...Em estado de tremenda tristeza.
-Olha o que eu faço...Eu me condeno por isso.
-Não...
-Você quer passar a tarde comigo? Eu vou comprar umas roupas,por que preciso e não por que eu seja uma consumidora assídua.
Riu de leve Olívia.
-Eu aceito o convite.Tenho paciência de sobra.
Eles almoçaram e logo saíram.
Olívia fez escolhas rápidas e eles ficaram andando a toa nas ruas do centro.
-Deixa eu ligar pro Bernardo.
François quando estava falando com Bernardo,seu semblante desanimou e ele após desligar o telefone pegou a mão de Olívia e atravessou a rua.
-Eu vou voltar...
-O que aconteceu com ele?
-Aquelas crises dele.
-Eu vou voltar junto contigo e ir pra tua casa.
Quando eles chegaram Bernardo estava no quarto ainda,com os cobertores até a cabeça.
François o destapou e quando ele viu Olívia se tapou de novo.
-Sai daqui Olívia.
-Eu não vou sair daqui.Tenho que conversar contigo e é sério o que eu tenho pra dizer.
François saiu e deixou os dois a sós.
Bernardo se destapou e Olívia começou a falar.
-Eu acho,acho não,tenho certeza que o seu sentimento que você alimenta dentro de ti por mim não passa de uma paixão violenta e desenfreada até doentia por que ficar trancado dias e nem ir trabalhar já não é mais amor...Por que o amor sustenta,aquece e faz bem e não destrói a ponto de entrar em depressão.
-Eu me sinto bem quando estou com a Helena...
Olívia respirou fundo e olhou para Bernardo bem nos olhos.
Ficaram minutos se olhando.
O silencio e as gotinhas batendo na janela dele...
-E quando eu estou contigo...
-Fala a verdade que só sente uma profunda tristeza...
-Disse tudo.Eu me sinto muito mal quando penso em ti,quando eu te olho com um olhar não de amigo...Chego até sentir raiva e medo de mim mesmo.
-Eu tenho que...Para você me esquecer...
-Por que somos nós tão vazios?.Por mais que eu tente,busco em todo o lugar a solução para acabar com a minha tristeza e você não é a solução...
-Eu sou a causa da sua...Eu admito.
-Você é linda e eu não suporto a sua beleza e sinto nojo por você ter sido criada e moldada de tão bom gosto.
-Não tive essa intenção quando te conheci.Me perdoa.
-Te perdôo.Olha o meu estado.
Olívia começou a chorar e se escabelou e pegou sua bolsa e se riscou com o batom.
-Mesmo assim você continua linda.
-É pro nosso bem Bernardo.Principalmente pro teu.
Olívia saiu do quarto e disse que iria sair para François.
-Espera,o que voces conversaram?
-Não tenho cabeça pra mais nada agora.Me desculpa.
Ela não conseguiu nem mais caminhar.Estava extremamente nervosa e se sentou na frente do condomínio deles.
François foi atrás dela.
-Volta pra lá,você está quase pior que o Bernardo.
-Ele não me ama...Ele admitiu que sente uma paixão por mim.
Olívia não quis voltar e diz que iria se afastar para não ter perigo que o sentimento de Bernardo criasse raiz de novo.
François entendeu e quando ela chegou em casas e jogou em seu sofá.
Chorou e tocou em seu corpo e em seus cabelos e em sua boca.
E chorava em frente ao espelho.
-Eu me odeio!
Se jogou com roupa e tudo no chuveiro e colocou de propósito na água fria e chorou até ela cair no chão de tanto doer a sua cabeça e ela sentir falta de ar.
Ela pegou a toalha que estava perto do box e se secou.
Se gripou e teve que tomar remédio para dor.
Más a sua dor era a de cabeça más havia a dor interior.
Ela estava machucada por dentro faz tempos más venho novas feridas e ela chorava.
O que ela fez até o telefone tocar.
Era seu pai,perguntando como ela estava.
-Eu estou bem pai.Como tá ai?
-Vai tudo bem,eu volto amanhã de manhã.
-Tudo bem, até amanhã.
Ela disfarçou sua voz que estava em soluços e bem baixinha.
Logo depois ela recebeu uma ligação de Talita dizendo que iria dar uma passadinha na casa de Olívia.
Quando Olívia desligou o telefone,se arrumou,corou as suas bochechas e passou um batom.
Talita chegou e deu-lhe um abraço bem apertado.Olívia ficou um pouco menos triste digamos.
Más a amiga não percebeu que ela estava triste.
Conversou normal,elas tomaram café e conversaram mais um pouco e Talita decidiu ir.
-Bom...Eu já te visitei.Prometi e vim.
Olívia riu e não se agüentou,uma lágrima escorreu em seu rosto e Talita lógico que viu.
-O que aconteceu Mudinha?
-Nada, é só saudade.
-De mim? Não mente pra mim Olívia. Conta o que tá te afligindo.
-Não,eu acho melhor não...
-Você quem sabe.. É relacionado ao seu pai?
-Não, é aos relacionamentos.
-Amorosos?
-Estes mesmos.
-Você deve estar muito machucada. Quer ficar sozinha e eu te atrapalhei.
-Você não me atrapalhou, eu iria fazer uma besteira...Que bom que você venho.
-Eu posso posar aqui contigo? Agora eu fiquei preocupada.
-Não precisa ficar preocupada.
-Quem é o causador dessa tristeza toda?
Olívia pegou em seu quarto dentro de seu diário uma foto de um ano atrás dela junto com Bernardo.Abraçados.Bernardo sério e ela rindo meio que zombando da seriedade do amigo.
-Ele te traiu?
-Não.
-Te bateu?
-Não.
-Te machucou?
-Sim.Em meu interior.Ele fez com que o meu coração quebrasse e a minha vida se tornasse cinza.
-Que horror Mudinha.E ele?
-Está deitado numa cama desde cedo,todo coberto e chorando horrores.Por que existe o amor?
-Isso não chega a ser um amor-amor.
-Como?
-É uma paixão.
-Como eu tinha dito ao François.-Pensou alto Olívia.
-Acho também que ele quer o prazer e não o meu amor.
-E como se você fosse um alvo,que ele considera difícil?
-Eu não sei,não posso concluir o que acho Talita...É tudo muito esquisito.Por que eu fui conhecer ele?Por que mesmo brigando,chorando,nós queremos estar juntos? E isso não é amor?
-Atração.
-Más é quase um degrauzinho para o amor-amor.
-Falta muito.
-Repito,é tudo muito esquisito.
-Bom..você parece melhor...Sei que vai chorar mais más já recomendo,não chora...
--O que eu faço então?
Talita a abraçou.
-Vai passar,tudo é passageiro...
-Eu estava pensando em voltar e me tornar freira.
-Está louca?!
-Não.
Olívia disse fria e pensativa.
-Eu não iria sofrer e estaria fazendo algo útil.Não quero destruir os outros e nem a mim mesma.
Talita não colocou suas opiniões e desejou uma boa noite e disse que iria ligar assim quando chegasse ao internato para saber como estava Olívia.
Segunda enfim chegou.
E a semana passou rapidamente para Olívia que trabalhava e nessa semana ela trabalhou feito louca.
E passou-se dois meses nessa monotonia.Sextas e sábados preenchidos por festas e mais musicas.
Olívia viajou para São Paulo e ficou por lá uma semana com o seu pai.Achou divertido,estava um pouco mais recuperada más a visita inesperada fez com que tudo que ela estava esquecendo voltasse a tona.
Era Bernardo.Com uma cara melhorada.Ele estava melhor e Olívia estava até ele chegar.
Ela ofereceu um café que ele recusou. Quis ir direto ao assunto.
-Hoje é o meu segundo encontro com a Helena.
-Estou feliz por ti.
-Eu também estou de bem comigo mesmo.
-Bom... Era só isso?
-Era.
Ela disse seca e ficou a olhando.
Olívia estava com um terço nas mãos.
-Pra que?
-Eu não sei...
-Demora pra ser freira Olívia...
-Eu não me importo com o tempo.
-Jura?
-Pensamentos me cercam.
-E agora?
-Tem mais alguma coisa a me dizer?
-Não...
Olívia ficou sentada e Bernardo deu um beijo no rosto desta e saiu.
Foi até a casa de Helena que se arrumava e ficou a esperando.
Ela estava bonita aos olhos de Bernardo.Ele a achou naquele momento até mais que Olívia.
-Vamos?
-Sim.
Eles se divertiram bastante. Riram e conversaram horrores.
E Bernardo se sentiu feliz(o que ele não estava sentindo há um bom tempo) e com felicidade(óbvio).
Helena ficou quieta e ele a convidou para ir em sua casa.Ela não quis e ele a levou até a casa desta.
Ele foi para a sua casa com um ar de sorridente.Seu irmão estranhando perguntou o por que da alegria estranha do irmão.
-Por que a pergunta?
-É bastante notável a sua mudança de humor de uns dias pra cá.
-Eu estou saindo com uma garota.
-Que bom, qual o nome dela?
-Helena.
François não quis lembrar de Olívia na frente de Bernardo.
E parecia que com o passar dos meses ele ia a cada dia que passava se esquecendo dela.
Ele estava cada vez mais entrosado com Helena e estava até querendo pedi-la em namoro más estava se contendo.
Helena estava gostando de sair com ele. Suas brincadeiras,suas conversas e o jeito triste de Bernardo até desapareciam quando ele estava com ela.Enfim,Bernardo estava melhor.
François ainda se encontrava com Olívia. A via chorar e sempre com um semblante abatido, porém belo.
Sábado a noite, Bernardo saiu com Helena e François foi na casa de Olívia que estava se preparando para sair com o pai.
-Você já vai sair?
-Você é a desculpa.
Ela ficou em casa com François.
Olívia estava bonita, seus cabelos a emolduravam e seu vestido rosinha e a flor no cabelo a faziam ficar mais bonita.
-Não estava eu com espírito pra festa.
-Você nem dança?
-Não. Absolutamente nada do meu corpo entra em movimento dançante.
-Nem o pezinho?
-Nem o pezinho.
-Bom... Eu vim te ver.
Olívia riu e olhou para o chão.
François levantou o rosto dela.
-Não precisa ficar intimidada...
-Eu acabei descobrindo que eu...
François a ouvia.
-Amo o Bernardo. E sei que é de extremo mal gosto passar o resto do sábado comigo.
Olívia queria ficar sozinha.
-Eu sinto ciúmes dele com ela...
-Você é confusa... Más eu vou te amar só como minha irmãzinha. Não te preocupa com os meus sentimentos em relação a ti.Não vai ser fácil más eu esqueço tudo.
-Obrigada.
-Eu não sei mais o que eu quero.
-Se decidi.Eu já sei o que eu quero...Ser seu irmão.
Olívia pediu com jeitinho para ele ir embora e ele foi.
Ela não deu nenhum beijo e ficou sentada olhando para os quadros na parede.
Não chorou, engoliu o que a fazia chorar a seco. Era um extremo buraco negro. Ela não acreditou que estava amando e não desejando seu amigo mesmo com mais brigas que entendimentos.
Ela amava por que o queria vê-lo bem e não queria persegui-lo.
Ela estava amando.
Olívia tentou dormir más não conseguiu.
Se levantou, não conseguiu olhar televisão.
Andou de um lado para o outro. Não encontrou nada de útil para fazer.Saiu porta afora,a trancou e foi em direção a nada.Sem objetivo ela caminhava,sem nenhum animo,só com os fones de ouvidos aquecendo seus ouvidos.
A noite era fria e ela estava com pouca roupa, nem casaco colocou.
Ela respirava e saia a fumaça. Ela estava com as mãos duras e roxas e seu rosto vermelho.
Ela chorava de dor. A noite estava castigante.
Ela se sentou no meio da rua pois não agüentava mais o frio.
Soltou um palavrão e pediu perdão.
Bernardo a viu sentada e foi correndo em sua direção.Tirou seu casaco e a levantou com um braço só.
-Você está bem?
-Sim.
-Vem.
Olívia viu que ele não estava com Helena e sentiu-se melhor.
Ele a levou para sua casa.
Olívia conseguiu falar com François sem Bernardo estar perto.
Não sabendo se ria, comemorava ou se chorava na frente dele mesmo.
-Eu tomei uma decisão...
Ele a fitava e ficou esperando mais palavras desta.
-Fiquei sabendo que amo o Bernardo e não te amo do jeito que eu pensava.
Foi forte François ouvir aquelas palavras vindas da boca de Olívia que olhava só para o chão.
-O chão é um bom amigo para a timidez e a vergonha ou a falta dela.
François não falava nada e nem conseguia... Ele sentiu um nó em sua garganta e deu um beijo na testa de Olívia e saiu porta afora.
Olívia também ia sair más Bernardo a impediu.
-Fica, o que você disse ao meu irmão?
-Nada, ele já ia sair mesmo.
Bernardo acreditou e ofereceu uma limonada a Olívia, que só por educação aceitou.
-A Helena é incrível, é inteligente e bem humorada.
-O meu contrário... Você é um rapaz de sorte.
-Sou e não sou, pois a Helena merece coisa melhor... Eu não quero magoá-la, um dia perto dela e em outros, a maioria distante.
Olívia ficou quieta. Bernardo voltou a falar.
-Por que eu te amo?
Olívia corou no mesmo instante em que Bernardo disse aquela frase.
-Eu pensava que só queria o teu prazer más me contrariei ao pensar isso. E agora me vejo assim...
-Me perdoa.
-Não diz isso.
-Eu sou bem errônea mesmo... Em tudo que faço e deixo pras pessoas.
-Por que tu está falando isso?
-Você vai me odiar...
-Tudo menos isso.
-Vai sim.
Olívia saiu a passos lentos, e se sentou nas escadas do bloco de Bernardo que se sentou ao seu lado.
-Sabe o que eu te disse sobre o teu ódio em relação a mim?
-Sim.
-Vai se concretizar e se materializar dentro de ti o ódio. Eu não quero te assustar más já te aviso antes...
-Por quê?
-Por que você me olha desse jeito?Eu fico sem jeito.
-É o meu jeito, não posso mudar.
-As coisas acontecem...
-E...
-Você me ama. Quando eu imaginaria isso?
-É a vida.
-Como você soube que estava me amando?
-Mês passado, de noite, pra ser mais exato numa sexta de noite. Estava pensando só em ti,até cheguei a ficar zangado e fui a uma festa dos guris más aqueles pensamentos relacionados a ti permaneciam e eu voltei pra casa e descobri que te amava.E também quando eu decidi não atrapalhar se você resolvesse namorar com o François.Não iria te deixar sofrer.
Olívia se surpreendeu e se levantou. As escadas estavam geladas e ela estava de saia e com o casaco de Bernardo.
-Eu vou congelar de frio.
-Vai virar a princesa do frio. A mais bela que eu conheci em toda a minha vida.
-Eu sei que deveria dizer que te amo também... Más me sinto mal em te dizer que não te amo.
-Eu te amo.
Olívia sorriu de leve mesmo, entregou o casaco a Bernardo e saiu sem olhar para trás.
Ele correu atrás dela e se deparou com Helena.
Olívia cumprimentou por educação esta e saiu. Bernardo queria ir atrás de Olívia más não queria ferir Helena.
Agora ele estava com esta na sala pensando em Olívia sem seu casaco naquele frio lá fora.
Helena falava e ele ouvia más estava distante, Olívia preenchia seus pensamentos más Helena o despertou novamente.
-Você e ela voltaram a se falar?
-Sim, quer dizer... Mais ou menos. É uma relação bem delicada.
-Como a Olívia... Desde pequena ela é assim... Diferente em tudo que fazia e delicada.
-Olha... Eu quero muito te fazer feliz más eu não sou o homem ideal para ti... Você merece homem melhor.
Ele baixou os olhos e esperou a reação de Helena.
-Você é bem tristonho e totalmente errado... Más eu gosto de ti.
-Não me ama?
-Desculpa más não vou ser falsa contigo... Não.
Bernardo sentiu-se aliviado e sorriu.
-Obrigado. Você vai superar.
-Nem você?
-Não. Más prezo muito pela tua amizade.
-Eu também prezo.
Eles se abraçaram e Bernardo ficou sozinho na sala.
Não quis fumar e muito menos beber.
Olívia chegou em sua casa vermelha e o corpo e os dedos duros.
Colocou dois blusões e uma toquinha vermelha.
Abraçou as almofadas do sofá como se fosse Bernardo e não chorou. Pela primeira vez.
Autor(a): meninafrancesa
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 9
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-
meninafrancesa Postado em 27/01/2010 - 17:28:29
Passarei sim e comentarei.
=D
bjoux -
candycarol Postado em 27/01/2010 - 17:21:14
a historia é bem legal, parabens!
depois passa em amor e ódio {GyF} (drama)
tb tenho As visões da Dulce (DyU) (comédia)
e tb Eu, a patroa e as crianças (comédia) (DyP)
Anahi, uma patricinha na fazenda (comédia)
bjs -
meninafrancesa Postado em 27/01/2010 - 17:14:15
Talvez farei.
É que os personagens que eu escrevo eu me baseio em atores que são como eles.
No caso,esses são franceses(na maioria das minhas estórias).
Atores: Clotilde Hesme,Louis Garrel e Gregorie Le prince Ringuet.
=) -
candycarol Postado em 27/01/2010 - 17:13:53
quem sao os atores da sua web? tem uma boa historia, mas queria saber quem sao os atores?
-
candycarol Postado em 27/01/2010 - 17:09:57
com a Gaby Spanic e Fernando Colunga não tem muitas não!
ou quen sabe faz com os personagens do Crepusculo!
quem sao os atores dasua web?? -
meninafrancesa Postado em 27/01/2010 - 17:08:28
Obrigada pela dica Carol,más vc nao acha que já tem demais esses personagens por aqui?
Eu quero inovar.
o/
Más respeito a todos e sou aberta a tudo.
=) -
candycarol Postado em 27/01/2010 - 16:59:48
e tb a Belinda, mas como mocinha!
acho que ficaria legal! -
candycarol Postado em 27/01/2010 - 16:58:50
sugestao: pq vc nao coloca RBD, a Gaby Spanic e o Fernando Colunga na web??? acho que teria muitos leitores!
é uma dica! -
candycarol Postado em 27/01/2010 - 16:58:50
sugestao: pq vc nao coloca RBD, a Gaby Spanic e o Fernando Colunga na web??? acho que teria muitos leitores!
é uma dica!