Fanfic: Pólos

8

Sorriu.

Seu pai chegou e estranhou a felicidade da filha.

-O que aconteceu? Voltou com o Henro?

-Não, muito melhor que isso me ocorreu.

-O que é?

-Eu estou amando...

Ele revirou os olhos e foi para a cozinha.

Olívia foi para seu quarto e pegou no sono.

Segunda feira chegou.

Olívia pegou o trem que a levava para a terça de noite. Era  a primeira vez que ela fechava os olhos sentada e  ela foi até  a última vez e se acordou com os bancos vazios.

Riu sozinha e esperou a sua estação e saiu nela.

Tinha trabalhado bastante e estava morta de cansada, colocou sua toquinha e foi caminhando rápido para chegar em casa.

E chegou.

Jantou e foi tomar banho.

Bernardo saiu mais cedo da faculdade e passou na casa de Olívia.

Esta levou um susto quando viu que era ele no olho mágico.

Vestiu-se rapidinho e o atendeu com uma toalha enrolada no cabelo.

Mandou ele se sentar e se penteou na frente dele mesmo.

-Saiu mais cedo por que?

-Tinha recuperação e eu não precisava fazer a prova.

-Parabéns.

-Você vai sair?

-Não, por que a pergunta?

-Nada.

Ele se levantou e começou a caminhar de um lado para o outro e se sentou.

Eu o olhei com um ar de riso.

-Que houve, tem alfinete no sofá?

-Tem.

-Quantos?

-Inúmeros.

-Eu tenho que limpar melhor o meu sofá.

Ele meio que riu e começou a falar:

-Eu e a Lena somos bons amigos.

-Que bom.

Ele percebeu que Olívia ficou feliz ao ouvir aquilo dele e riu  também, da expressão do rosto dela.

-Você não sabe mentir melhor?

-Por quê?

-Você ficou feliz por nós sermos bons amigos?

-Não estou mentindo... Fiquei sim.

Ele não quis dizer mais nada e foi embora.

Olívia queria que ele ficasse mais um pouco más não foi isso que aconteceu.

Os dias passaram voando e cansativos também.

Bernardo entediado por não ter ficado em recuperação e Olívia morta por trabalhar demais devido ao Natal chegando.

Seu pai a convidou para sair, ela como não queria ser grosseira aceitou.

Eles jantaram fora e conversaram.

-Eu não te conheço muito bem filha... Mal nos falamos.

-Isso é verdade. Eu tenho vergonha de conversar contigo...

-Eu me lembro quando eu fui conhecer você... Você estava bem arrumadinha e muito tímida, mal me olhava nos olhos.Você se lembra do que nós conversamos?

-Adoção, se eu queria que você fosse meu pai... Me lembro um pouco.

-E hoje você está uma moça... Tímida ainda e eu não tenho muitas oportunidades de conversar contigo depois daquele almoço.

Olívia sorriu.

-Não demora, você vai sair de casa, vai casar...

-Vai demorar mais um pouco. Não se preocupe.

-Isso é bom?

-Sou seletiva, não quero passar o resto da minha vida com quem eu não amo.

-Tem razão. E o Bernardo?

-Está bem. Falei com ele há horas atrás.

-Eu sei, ele parecia estar melhor...

-E está.

-Bom.

-É ótimo. Eu nunca me vi tão alegre quanto nesses últimos dias.

-Eu gosto de te ver assim. Melhor que aqueles dias de “luto”. Você estava horrível.

-Dispenso comentários.

Olívia riu e deixou seu pai meio envergonhado.

Jantaram e conversaram mais quando saíram do restaurante.

Olívia riu bastante e conheceu mais o pai e ele a mesma coisa.

Olívia estava se sentindo nas nuvens más uma conversa no Messenger a colocou em um limbo.

Ela ficou a olhar a conversa melhor depois que conversou.

Ela falou bobagens e Henro estava lá.

Ele meio que se convidou e ela só pensava em Bernardo.

Ela conversava com ele más com a cabeça em Bernardo.

-Você não sente falta de nós dois juntos?

-Nós estamos juntos agora.

Olívia se fez, pois não queria voltar com ele.

-Não é desse junto que eu falo Oli, é que eu vou viajar a serviço e eu queria namorar sério contigo de novo.

-Me desculpa más eu não posso namorar contigo. O problema é dentro de mim, comigo mesmo. Eu a recém passei por uma crise bem critica em relação a mim mesma e eu não quero ser um problema pra ti...

-Eu entendo, por que te amo. Eu não vou esperar mais.

-Siga em frente, troca essa página, você me namorou numa fase boa da minha pessoa e agora eu estou numa fase de reinicio.

-Eu entendo. Eu que estou sendo insistente demais. Me desculpa por isso também.

-Não tem problemas.

Olívia ficou só outra vez e como ela queria.

Quarta chegou,assim como quinta também e felizmente sexta.

Semana cheia e exaustiva ainda mais com a sexta de trabalho extra.

Ela dormiu no lugar onde seu pai estava tocando e dormiu um sono pesado e quando acordou estava em sua cama.

Saltou da cama, tomou um café bem rápido e saiu para caminhar. Pegou seus fones e saiu de casa.

Passou a manhã inteira caminhando e olhando para as ruas que caminhava, as pessoas que a cercavam e chegou em casa na hora do almoço.

Almoçou sozinha, pois seu pai tinha um compromisso e já tinha almoçado.

Não tendo mais o que fazer lá pelas 16h00 ela saiu. Ficou sentada num banco de uma praça. Ouvindo Glasvegas.

Que dava uma vontade de chorar. Ela quase estava fazendo isso e fez. Ice cream Van a  fazia chorar.

Ela chorou e limpou suas lágrimas. Ela não queria que todo mundo a visse chorar e Bernardo a viu chorar.

-Eu estava indo para a sua casa más minhas pernas travaram....

-O que você está ouvindo?

-Glasvegas.

-Ice cream Van né?

-Sim.

-Percebi pelo seu semblante.

Ele pediu o mp3 dela e trocou de banda.

-Vampire Weekend é melhor, é outro espírito.

-Obrigada.

Ele se sentou ao lado dela.

-O meu sábado anda tão chato ultimamente...

Ela só o escutava.

-Não quero mais falar sobre as chatices de sábado.Isso te chateia?Pelo fato de nós dois...

-Pelo fato de nós dois...

-Estarmos um amando o outro e cobertos de timidez e rigidez.

-Um pouquinho tanto.

-Também um pouquinho tanto.

Só ouvia o barulhinho da música que Olívia estava escutando e os carros  próximos a eles.

Nenhum dos dois queria que o silêncio prevalecesse más foi o que aconteceu.

Olívia tremia ouvindo música e Bernardo mal a olhava.Só via seus cabelos cumpridos e a franja tapando seu rosto.

Ele a virou.

-Eu estou te odiando agora...

-Por que?

Ela o olhou espantada esperando uma explicação.

-Nenhum de nós toma uma iniciativa...

Ela respirou fundo e olhou bem para Bernardo.

-Eu tomo. Eu te amo.

 FIM