Fanfics Brasil - Jujuba e a ciência. Avatar - Hora de Aventura

Fanfic: Avatar - Hora de Aventura | Tema: Hora de Aventura


Capítulo: Jujuba e a ciência.

530 visualizações Denunciar


Jujuba abriu os olhos lentamente, ainda sonolenta. Morrow, o falcão gigante, estava empoleirado numa das torres do castelo, trocando ocasionalmente o pé em que apoiava o peso. Ela viu que o sol já estava se ponto, e acariciou as penas do seu meio de transporte. Ajeitou a coroa na cabeça do pássaro, que estava um pouco tombada.


– Chegamos há tempo, Morrow? Poderia ter me acordado... – Ela disse, carinhosa. O falcão levantou voo mais uma vez, pousando sobre uma superfície plana onde a princesa podia descer. – Muito obrigada.


Ela retirou algumas gomas doces do bolso, oferecendo-as ao mascote. Sentiu o bico pontudo dele pinicar sua mão, enquanto ele comia satisfeito as guloseimas.


Jujuba tinha saído pela manhã, antes que o sol nascesse. Com Morrow, fora a terras muito distantes, para um congresso científico. Havia poucos cientistas, então eles se reuniam periodicamente para discutir as questões do mundo. Naquele congresso, em particular, a princesa ficara muito irritada. Não concordava com nada do que aqueles idiotas diziam, e eles estavam tão errados...


– Qualquer experimento científico precisa ter motivação pragmática. – Um velho feito de gosma falara. – Não faz sentido ficar procurando coisas novas com tantas coisas pendentes.


– Mas isso não faz sentido! – Jujuba levantara gritando, com as mãos apertando sua própria cintura. – E a ciência pela ciência? Nós precisamos estar em constante evolução!


Mesmo com argumentos muito consistentes – porque ela não entrava numa discussão sem saber o que dizer –, Jujuba foi contrariada por todos aqueles homens. E, muito de forma muito abrupta, a princesa descobriu que ninguém dali era apaixonado pela ciência como ela.


Jujuba estava cansada, mas não queria dormir. Depois de ouvir todas aquelas pessoas falando coisas absurdas sobre seus experimentos, ela só queria entrar no laboratório e encontrar suas invenções, suas máquinas e ferramentas. Seu laboratório era frio e extremamente reconfortante. Por muito tempo, ela ficou apenas passando as mãos pelos aparelhos do laboratório. Sentia o toque gelado do metal que formava as estruturas, a textura dos botões e os monitores das dezenas de computadores que ela tinha ali.


A princesa tinha um projeto novo em andamento e resolveu trabalhar um pouco nele. Só um experimento com fins nada pragmáticos, que não tinha um objetivo útil. Ela só queria testar os limites da ciência e testar seus próprios limites também.


O projeto era uma troca de corpo. Há uns tempos, Jujuba viu um filme com Finn e Jake. Era um filme sobre viagem espacial, em que vários humanos visitavam outro planeta e faziam transferência para corpos de outra espécie. E ela ficou tão encantada com o avatar que queria colocar aquilo em prática. As ideias do filme eram muito boas e ela só precisava de algumas equações e pressupostos teóricos para fazer daquilo uma realidade.


Ela passou o resto da noite trabalhando naquilo. Uma câmara criogênica que sustentasse o corpo enquanto a consciência estivesse em outro lugar, uma placa de metal precioso que protegeria o cérebro de qualquer dano, fiação que seria ligada ao corpo para que o processo de transferência ocorresse da melhor forma possível... Quando amanheceu, ela ainda estava trabalhando. Um sorriso doentio no rosto, olheiras profundas abaixo dos olhos, o brilho do poder presente no olhar. Ela se sentia uma deusa, capaz de qualquer coisa.  


– Bonnibel! – Ela ouviu a porta do laboratório ser aberta e um grito de ódio. – O que você está fazendo aqui?! Passou a noite acordada!


Ela olhou para o mordomo, que gritava com ela.


– Ah, Menta... Eu tava tão ocupada. – Disse, olhando para o chão.


– Vai dormir agora! Agora!!!


Jujuba, às vezes, ficava com raiva de Mordomo Menta. Ele era arrogante, mandão e muito, muito insolente. Mas a própria princesa o tinha feito dessa forma. Com todas as características negativas, ele era o único que conseguia colocar um pouco de juízo na cabeça de Jujuba. Ela largou tudo que estava fazendo e tirou o jaleco.


– Tudo bem, você venceu. Cuide das urgências do reino para mim, pode ser? – Ela sorriu, colocando a mão no topo da balinha redonda que era seu mordomo.


– Como se eu não fizesse isso todos os dias! – Ele saiu, raivoso, pelos corredores.


Só quando sua mente parou de trabalhar freneticamente, Jujuba pôde perceber que estava muito cansada. Seu último sono tinha sido nas costas do falcão, e ela nem poderia considerar aquilo como um bom descanso. Foi se arrastando para o quarto, sentindo-se um zumbi. Seu corpo todo doía em função do cansaço e subir as escadas de sua torre particular foi muito difícil. Ela se jogou na cama e dormiu profundamente.


Quando a princesa acordou, já passava do meio dia. Ela respirou fundo e rolou na cama por alguns momentos antes de estar completamente desperta. Jujuba tomou um banho e se vestiu, sentindo-se revigorada depois de tantas horas de sono. Então, tinha muitas tarefas de governante para cumprir.


Ela só se viu livre quando já estava anoitecendo. Passou o dia resolvendo problemas do povo doce. Os guardas banana estavam confusos com relação aos novos horários de ronda, e ela tinha que explicar milhares de vezes. Um cidadão doce tinha perdido seus óculos e acusava o vizinho, e Jujuba teve que mandar forças especiais para impedir uma briga. E, no final, os óculos estavam em cima da geladeira. Princesa Cachorro Quente queria renovar o tratado de comércio, mas aumentando o preço de seus produtos. Tudo teve que ser conversado com muita calma e, ao final do dia, Jujuba estava de saco cheio de tudo aquilo.


“Não são problemas de verdade...” Ela suspirou, quando entrou novamente em seu quarto. “Eu estou sempre resolvendo coisas que não são obrigação de uma governante... São só bobeiras do povo doce...”.


Ela se sentia saturada, muitas vezes. Criara todo aquele reino, gigantesco, um reinado de paz e harmonia... E amava intensamente tudo aquilo. Mas, às vezes, sentia algo faltar. Como se seu coração estivesse incompleto. E ela costumava completá-lo com muita ciência.


Ouviu batidas na porta e se surpreendeu ao encontrar Jake ali. Ele não costumava aparecer no castelo doce, muito menos sozinho. Estava com a expressão consternada, e algo o incomodava muito.


– Jake. – Ela sorriu, abraçando o cachorro. Ele sorriu também. – O que faz aqui?


– Estou com problemas, PJ. E não sei mais o que fazer. – Ele suspirou. – Aí resolvi te procurar, porque... Você é tão inteligente e madura, deve conseguir me ajudar.


A princesa convidou seu amigo cachorro a entrar. Foram até a cama dela, onde os dois sentaram para conversar melhor. Jake aceitou um chá, e um dos criados veio trazer as xícaras fumegantes para os dois.


– Então, Jake... – Jujuba disse, bebericando seu chá. – Qual é o problema?


– É o Finn... 



Compartilhe este capítulo:

Autor(a): littlebulma

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

- Links Patrocinados -



Loading...

Autor(a) ainda não publicou o próximo capítulo



Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 0



Para comentar, você deve estar logado no site.


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.


- Links Patrocinados -

Nossas redes sociais