Fanfics Brasil - CAPITULO 1 - Um crime perfeito? A Rotina de Amar

Fanfic: A Rotina de Amar | Tema: Criação original


Capítulo: CAPITULO 1 - Um crime perfeito?

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É noite Em Curitiba – PR, Isadora Novaes uma bela mulher de meia idade, 38 anos de cabelos castanhos e lisos olha o horizonte da cidade na varanda de seu apartamento quando avista um carro se aproximando da entrada de seu prédio ela tira o celular do bolso e vê que tem duas chamadas perdidas, Isadora manda mensagem e texto para o número que havia ligado:


 


“Não posso falar agora, ele acabou de chegar. Depois te ligo. ”


 


Enquanto o carro acessa o portão do estacionamento Isadora se dirige ao quarto e tira de sua bolsa um envelope. Ao chegar na sala coloca-o em cima da mesa no centro próximo ao sofá e senta-se. No envelope está escrito: “Para Luigi Villar” ela observa a encomenda com certo nervosismo e ansiedade.


 


Luigi, um Senhor de 81 anos com cabelos em avançado estado grisalho deixa seu automóvel no estacionamento e entra no elevador, Luigi parece estar tranquilo, apenas um pouco cansado após mais um dia de trabalho ele observa o marcador de andares que só para ao sinalizar o 11°andar o elevador abre e Luigi caminha no corredor até chegar a porta de número 1001, ao abrir não avista ninguém:


 


Luigi – Cheguei Amor! Isadora!


 


Isadora aparece vindo da cozinha:


 


Isadora – Oi amor, já estava ficando preocupada.


 


Isadora o abraça e beija.


 


Luigi – É que tive que ficar até mais tarde na empresa.


Isadora – Reunião?


 


Luigi – Sim, Reunião.


 


Isadora – Ah você deve estar muito cansado...vem aqui!


 


Isadora pega na mão esquerda de Luigi o coloca sentado no sofá.


 


Isadora – Senta aí. Tomou seu remédio hoje?


 


Luigi – Sim, graças a você, não houvesse colocado na minha pasta eu teria esquecido.


 


Isadora – Você não pode deixar de tomar. Quer um chá?


 


Luigi – quero.


 


Isadora – Vou pegar!


 


Luigi questiona a ausência da empregada:


 


Luigi – A Rosa já foi?


 


Ainda caminhando em direção a cozinha Isadora responde:


 


Isadora – Já querido, está tarde. Que horas ela sairia daqui hoje? Tadinha...Antes de ir ela deixou o jantar pronto.


 


Enquanto isso, Luigi tira a gravata procurando ficar mais à vontade e acaba avistando o envelope que Isadora havia colocado na mesa próximo ao sofá. Curioso ele pega e lê:


 


“Para Luigi Villar” ao abrir o envelope se depara com várias fotos de Isadora com outro homem, fotos extremamente comprometedoras, fotos que revelavam a ele, a Isadora que ele não conhecia, a mulher que ele tanto ama estava ali traindo a ele.


 


Luigi sussurra confuso:


 


Luigi – Mas..., mas que brincadeira é essa? Isadora... não pode ser.


 


Ele parece não acreditar no que estava diante de seus olhos, ele magoado, vê uma por uma.


 


Enquanto Isadora prepara o chá na cozinha, Luigi chega por suas costas com as fotos nas mãos:


 


Isadora – O que é isso Isadora?


 


Com o olhar estático e sem expressão alguma Isadora vira-se para o esposo olha fixamente as fotos nas mãos dele e logo dirige o olhar para o rosto dele:


 


Luigi – O que significa isso Isadora!?. Você não vai falar nada?


 


Com uma frieza assustadora Isadora explica:


 


Isadora – O que quer que eu diga? Que não sou eu nas fotos?


 


Com ar de deboche ela diz:


 


Isadora - Você adoraria descobrir que isso seria apenas uma brincadeira né? Oh...olha para você ... um velho! Você acha que eu ficaria somente com você esse tempo todo?


 


Isadora sorri escandalosamente e diz:


 


Isadora – Você nem dá conta de uma mulher como eu! Olha a sua cara! Não tem preço.


 


Luigi com olhos carregados de lágrimas, fica perplexo com as palavras que jamais ouviu da jovem esposa:


 


Luigi – Por que está fazendo isso? Você não é assim Dora, o que aconteceu?


 


Isadora – Até que você é um velho bem esperto né? Eu estou morando com você há quase um ano e você não faz ideia do quanto isso é difícil....


 


Viver com um velho como você.


 


Luigi – Eu nunca te fiz mal algum!


 


Isadora se aproxima de Luigi com agressividade:


 


Isadora- Por que você não se casou comigo de papel passado hein? Acha que eu sou otária? Você não quis me garantir nada do que você tem! Você é rico, empresário, achei que seria menos pão duro!


 


Ela toma as fotos das mãos dele:


 


Isadora – Sabe quem é esse que está aqui comigo?


 


Luigi está com a respiração acelerada e ficando bastante debilitado:


 


Isadora – Esse é o Marcelo! Meu amante ... desde sempre estive com ele.


 


Luigi cai ajoelhado com a mão direita no lado esquerdo do peito sentindo um forte dor:


 


Luigi – Ai! Para com isso.


 


Isadora o observa com frieza.Com dificuldade para respirar Luigi suplica:


 


Luigi – Meu remédio! Por favor.


Isadora sai da cozinha e o deixa caído no chão, poucos estantes depois ela volta com o frasco de comprimidos nas mãos:


 


Isadora – Aqui! Seu remédio, peguei na sua pasta!


 


Ela pega um copo com água e entrega a Luigi que engole com pressa a fim de melhorar seu estado, enquanto ele bebe a água Isadora olha o frasco do remédio e diz:


 


Luigi – Porque fez isso Dora?


 


Isadora – olha, não sei se vai te ajudar muito por que... isso aqui, não são seus comprimidos….


 


Luigi fica mais perturbado e irritado:


 


Luigi – O quê? O que você fez com meus comprimidos sua cadela interesseira?!


 


Isadora se diverte:


 


Isadora – balas sem sabor.


 


Luigi - Meu Deus. O que você pretende com isso?


 


As dores no peito de Luigi aumentam, ele tenta gritar por socorro, mas não consegue


 


Isadora senta-se a mesa de costas para ele e organiza as fotos colocando-as de volta no envelope com expressão fria e com olhar fixo enquanto Luigi sofre os efeitos de sua doença no chão até morrer.


 


Ao sentir o silencio de sua vítima, Isadora olha para trás e vê que seu plano deu certo, se aproxima e coloca os dedos no pescoço de Luigi constatando assim que ele está morto. Ela pega o celular e liga para a emergência:


 


Ao ouvir a voz da atendente Isadora simula a situação:


 


Isadora – alô? Olha eu preciso de ajuda … por favor manda uma ambulância, meu esposo está passando mal, está sentindo umas dores no peito muito fortes.


 


A atendente questiona sobre possíveis doenças no coração e Isadora responde:


 


Isadora – sim, mas não tomou os remédios hoje. Manda logo uma


 


Ambulância se não, não vai dar tempo, ele está morrendo....


 


Para enfatizar, Isadora chora ao telefone:


 


Isadora – Meu Deus...


 


Atendente – acalme-se senhora!


 


Isadora - eu estou desesperada!


 


Atendente – me informe o endereço.


 


Isadora – CURITIBA, BAIRRO BATEL, o nome da rua é ... Rua Amélia, edifício Marques Luxemburgo, número 762, apartamento 1001 no décimo primeiro andar.


 


Atendente – obrigado pelas informações, A ambulância já está a caminho deve chegar máximo em 15 minutos.


 


Isadora – 15 minutos? É muito, ele vai morrer. Que plano de saúde mesquinho né?


 


Enquanto fala ao celular Isadora percebe o telefone residencial tocar.


 


Atendente – pode ser que chegue antes senhora, esse é apenas um prazo que estou lhe passando, enquanto isso, faça massagens no peito dele, tente acalmá-lo.


 


Isadora –ok... obrigado!


 


Isadora encerra a ligação enxuga as falsas lagrimas que derramou e vai atender o telefone da residência. Meio que preocupada com quem possa ser, ela atende:


 


Isadora – Alo?


 


- Alo, Isadora? É a Sofia filha do Luigi.


 


Isadora fica assustada tira o telefone do ouvido.


 


Isadora – Droga!


 


Sofia 34 anos, é a filha mais velha das duas que Luigi teve com sua ex-mulher, casamento que durou 41 anos, Eloisa, foi vítima de câncer de mama e faleceu há cerca de 5 anos atrás.


 


Isadora coloca o fone no ouvido novamente e simula desespero para convencer Sofia da tragédia:


 


Isadora – Ai Sofia! Meu deus não sei como te contar isso. Sofia fica em choque e senta-se na cama onde estava deitada: Sofia – O que foi, o que aconteceu? Cadê meu pai.


 


Isadora – Seu pai... eu estou desesperada aqui! Sofia – Fala logo! O que é, o que aconteceu.


 


Isadora – Acho que seu pai teve um ataque cardíaco! Sofia – O que? Meu deus! Quando?


 


Isadora – Agora mesmo!


 


Sofia - E como ele está? Você chamou a ambulância?


 


Isadora – eu não sei ele está desacordado, já chamei a ambulância. Sofia – Eu já chego aí!


 


Sofia desliga desesperada o telefone e seu marido questiona saindo do banheiro do quarto:


 


Gustavo – O que foi amor?


 


Sofia – Meu Pai Gustavo, teve um ataque cardíaco. Vamos lá comigo!


 


Gustavo – Meu deus! Vamos, pega a chave e tira o carro da garagem, vou me trocar, acorde sua irmã.


 


Sofia sai do quarto correndo.


 


Enquanto isso, Isadora queima no banheiro, as fotos que causaram a tragédia:


 


Isadora – hum achou que estava me ganhando... pensou que eu seria idiota para viver de presentinho, velho asqueroso.


 


As cinzas das fotos, Dora joga na privada e dá descarga:


 


Isadora – Eu vou refazer minha vida longe daqui! E dessa vez vai ter que dar certo.


 


Passa-se alguns minutos após essa sequência e os paramédicos sobem os andares do prédio correndo Isadora os recebe fingindo mais uma vez um profundo desespero quando os mesmos constatam a morte do senhor Luigi:


 


Isadora – Não! Não pode ser! Não, não!


 


Nesse momento, chegam Gustavo, Sofia e sua irmã Amanda 25 anos, desesperadas.


 


Amanda se adiante e corre em direção a cozinha do apartamento empurrando os paramédicos.


 


Amanda – Pai! Pai! Saiam da frente cadê ele?


 


Chorando desesperada Amanda pede ajuda:


 


Amanda – O que estão fazendo aí parados? Levem ele para o hospital, vamos!


 


Paramédico – Eu sinto muito moça. Ele já faleceu. Certamente teve um ataque cardíaco fulminante.


 


Sofia abraça o marido e chora:


 


Sofia – Não! Meu pai não!


 


Amanda – não... já perdemos a mamãe, não vai pai! Só temos você.


 


Isadora se aproxima de amada que está abraçada com o pai no chão:


 


Isadora – Calma Amanda! Não deu tempo... ele já se foi.


 


Irritada Amanda empurra a então Madrasta:


 


Amanda – me larga! O que você fez com ele hein?


 


Sofia tenta contornar atitude da irmã:


 


Sofia – Amanda, para com isso. Estamos sofrendo, todos nós. Ele se foi...


 


Isadora enxuga as lágrimas e para se sobressair diz:


 


Isadora – Você pode não acreditar Amanda, mas não faz ideia do quanto eu amo seu pai ele era tudo para mim, não tenho pai, não tenho mãe, só tinha ele ...e agora... não tenho mais ninguém. Você ainda tem sua irmã, e eu? Eu estou sozinha agora!


 


Amanda olha novamente para o corpo do pai chorando.


 


Após a trágica sequência, horas se passam e já de manhã em Curitiba – PR.


 


Vestida de preto e com olhos inchados de tanto chorar Amanda está em seu quarto deitada na cama com seu notebook aberto respondendo aos comentários de seus amigos na rede social onde postou sentimentos de LUTO pela perda do pai.


 


Sofia também vestida de preto entra no quarto:


 


Sofia: - Oi!


 


Amanda fecha o notebook e ao olhar para sua irmã seus olhos se enchem de lágrimas mais uma vez:


 


Sofia – Está preparada?


 


Amanda faz sinal de não com a cabeça, Sofia respira fundo também emocionada senta-se na cama da irmã:


 


Sofia – é verdade! Que pergunta idiota a minha. Vem cá.


 


Elas se abraçam e assim Sofia diz:


 


Sofia – ninguém nesse mundo nunca está ou estará preparado para enterrar o pai ou a mãe.


 


Sofia solta Amanda e olha em seus olhos:


 


Sofia – Mas infelizmente temos que enfrentar. Não tem outra saída.


 


Sofia chora junto com a irmã.


 


Amanda – Eu não entendo Sofia. Ele estava bem.


 


Sofia – O papai tinha problemas no coração Amanda.


 


Amanda – Mas ele estava tão bem ... não entendo como isso aconteceu.


 


Sofia – A morte é incompreensível irmã, você não devia ter falado aquilo pra Isadora! Ela sempre foi boa com ele, aliás, ele estava muito feliz ao lado dela, lembra que quando a mamãe morreu ele quase caiu em depressão? Depois que conheceu a Isadora, ele ficou bem.


 


Amanda – Eu não confio muito nela. Alguma coisa naquela mulher me deixa intrigada não me pergunte o que é por que não vou saber responder, mas eu sinto. Você acha que ele casaria com ela? Casar mesmo no papel?


 


Sofia – Acho que sim. Ele estava muito feliz.


 


No apartamento de Luigi, Isadora também vestida de preto dispensa a empregada Rosa:


 


Rosa – Oh dona Isadora... eu fiquei tão sentida com isso agora. O problema do seu Luigi era muito sério como é que ele foi esquecer do remédio meu pai amado?


 


Isadora – Pois é Rosa! Eu tive todo o cuidado de colocar os comprimidos na pasta caso ele esquecesse de levar, mas mesmo assim levando ele esqueceu de tomar. Eu não sei o que vai ser de mim agora.


 


Rosa – A senhora vai embora?


 


Isadora – Talvez sim. Eu...me desculpe Rosa você é ótima, mas... não vou poder continuar com você.


 


Rosa – Vai me demitir não é mesmo?


 


Isadora – infelizmente não tenho outra opção.


 


Rosa – Mas dona Isadora... eu sei que isso foi uma tragédia, eu adorava o seu Luigi, mas eu não posso ficar sem trabalhar não. A senhora não tem nenhuma amiga que queira me contratar não?


 


Isadora – Não! Você pode ver se a filha do Luigi a Sofia pode fazer alguma coisa. Aliás, ela que vai tratar de pagar sua demissão.


 


Rosa – Está bom dona Isadora! Eu... agradeço por tudo e.... peço que deus conforte seu coração e das meninas filhas do seu Luigi viu.


 


Isadora – Obrigada Rosa. Amanhã você passa na casa da Sofia ela já está ciente de acertar as contas com você.


 


Rosa – Está certo. Tchau.


 


Isadora faz sinal de tchau com a mão direita sorrindo e Rosa vai embora.


 


Dora pega o celular e abre sua rede social e olha a foto de Sandra Paes Medeiros uma mulher também de meia idade 40 anos rica, fina e educada:


 


 


Isadora – Hum... quem diria hein Sandra, você foi pra São Paulo enricou e a partir de agora, vai ser a minha única chance. Dessa vez eu não vou poder falhar.


 


Marcelo amante de Isadora aparece saindo do quarto:


 


Marcelo – e aí? A empregada já foi?


 


Isadora – Já e sem pagamento.


 


Marcelo debocha:


 


Marcelo – Pobrezinha.


 


Isadora – As filhas que paguem, afinal, o velho não me deixou nada vai ficar tudo para elas.


 


Marcelo – você arrebentou hein. Ninguém nem desconfiou de nada.


 


Isadora – Aquele desgraçado! Não casou comigo para não dividir a grana. A imbecil da filha mais nova ficou histérica chegou a insinuar que eu tive culpa.


 


Marcelo – Sério?


 


Isadora – Ridícula. Eu contornei a situação.


 


Marcelo - Quando vamos pra São Paulo?


 


Isadora dá um sorriso de canto de boca:


 


Isadora – Quem disse que você vai?


 


Marcelo – O que? Você disse que eu iria com você.


 


Isadora – Marcelo! Se você for comigo agora. Vai botar tudo a perder e eu não quero que isso aconteça. Eu tenho que chegar lá como uma viúva sofrida e sozinha.


 


Marcelo – Se não fosse eu você não teria conseguido se livrar do velho.


 


Isadora – Eu sei meu amor.


 


Isadora se aproxima de Marcelo e coloca seus braços por cima dos ombros dele:


 


Isadora – Você sabe quais são os meus planos lá em São Paulo não é mesmo?


 


Chateado e um pouco entristecido Marcelo expressa sim com a cabeça:


 


Isadora – Acha que vai ser fácil?


 


Marcelo – Não!


 


Isadora – Ok. Então pode ficar por aqui querido, quando eu conseguir e não vai demorar muito... vou te recompensar muito bem.


 


Eles se beijam.


 


Isadora – Preciso ir para o enterro. Amanhã mesmo embarco pra São Paulo.


 


Marcelo – Amanhã já?


 


Com um sorriso de orelha a orelha Isadora comemora:


 


Isadora – Claro, a sonsa da Sandra já está me esperando de braços abertos.


 


Em São Paulo, numa enorme casa no barro Morumbi está Sandra Paes Medeiros em seu quarto de frente ao espelho a pentear seus cabelos radiante e feliz ela olha para fora pela janela e de lá avista seu marido Ernesto tomando café da manhã numa mesa montada no jardim da casa e sai do quarto. Descendo as escadas ela cumprimenta a empregada Fátima:


 


Sandra – Bom dia Fátima!


 


Fátima – Bom dia dona Sandra! Como está?


 


Sandra – Ótima! Ele já está tomando café?


 


Fátima – Sim! Seu Ernesto acordou mais cedo que o normal hoje, ele falou que precisa chegar cedo na construtora.


 


Sandra – É vou correr se não nem consigo vê-lo antes de sair.


 


Sandra apressa os passos e Fátima sorri:


 


Ernesto está terminando seu café da manhã quando Sandra chega por trás:


 


Sandra – Bom dia meu amor!


 


Ernesto – Bom dia!


 


Eles se beijam:


 


Sandra – Por que não me acordou?


 


Ernesto – Não consegui, estava tão linda...


 


Sandra – Ah para...eu sou horrível de manhã cedo, sem maquiagem e com o cabelo lá em cima.


 


Eles sorriem.


 


Ernesto – Ainda está cedo devia ter dormido um pouco mais.


 


Sandra – Não! Eu preciso te contar uma novidade.


 


Ernesto – Qual? A Renata vai voltar do Rio de Janeiro.


 


Sandra – Não! Eu adoraria que a nossa filha voltasse logo. Mas não é isso.


 


Ernesto – Não tenho mais palpites...


 


Sandra – lembra daquela história que eu te contei ... que quando eu era adolescente lá no interior do paraná quando aconteceu a enchente que matou meus pais, um casal mesmo sendo humilde cuidou de mim me ajudou muito naquela época?


 


Ernesto – Sim claro lembro, faz um tempão que você me contou isso, aliás, você me contou quando a gente ainda estava se conhecendo, há ... quase trinta anos.


 


Sandra – Pois é, esse casal que me ajudou tinha uma filha a Isadora e nós éramos muito amigas na época éramos quase irmãs e aí quando eu fiz 18 anos eu vim pra São Paulo para trabalhar e nunca mais a vi.


 


Ernesto – E....


 


Sandra – E.... graças a internet eu poderei vê-la de novo. Ela me encontrou no Face book está morando em Curitiba, começamos a conversar há alguns dias e ontem à noite conversamos de novo e ela disse que estava desolada que tinha acabado de perder o marido ontem mesmo.


 


Ernesto – Nossa!


 


Sandra – Ela está precisando se distanciar de lá. Está sozinha. E eu a convidei para passar um tempo aqui em casa conosco. Ela chega aqui amanhã o que acha?


 


Ernesto – Bom você já a convidou, o que posso dizer?


 


Sandra – É que... ela foi tão importante para mim na época mais difícil da minha vida que eu pensei que poderia ajuda também agora que posso fazer isso.


 


Ernesto – Tudo bem amor. Você é de um coração imenso, faça isso. Agora preciso ir essa semana temos que entregar alguns projetos, está uma correria por lá.


 


Ernesto levanta-se da cadeira pega sua maleta e beija Sandra:


 


Ernesto – tchau! Te vejo mais tarde.


 


Sandro – tchau, bom trabalho.


 


Sandra esbanja um sorriso de satisfação, sem saber ela que Isadora não é mais a mesma que conheceu na adolescência.


 


Nesse mesmo momento Em Curitiba, acontece o enterro de Luigi as filhas estão chorando abraçadas enquanto o caixão é colocado na cova e ao lado delas está Isadora de óculos escuros, calada e estática....


 


Em um outro momento ao final do evento, na saída do cemitério, Isadora se despede das filhas do falecido:


 


Isadora – Oi!


 


Sofia olha pra Isadora:


 


Isadora – Eu preciso entregar uma coisa para vocês.


 


De sua bolsa Isadora tira as chaves do apartamento e do carro de Luigi e entrega nas mãos de Amanda:


 


Isadora – São as chaves do apartamento e do carro do Luigi.


 


Gustavo – Mas... para onde você vai Isadora?


 


Isadora – Eu não se ainda Gustavo. Depois dessa perda, não tenho mais motivos para continuar em Curitiba.


 


Amanda – Vai sair da cidade?


 


Isadora – Talvez. A Rosa, a empregada lá do apartamento, eu... não sei se fiz certo, mas, dispensei ela.


 


Gustavo – Agente contrata ela. Acoitada não pode ficar sem trabalhar.


 


Isadora – Ah! Ótimo. Eu não tenho condições de pagá-la então pedi que ela passe na casa de vocês amanhã.


 


Sofia – Tudo bem Isadora.


 


Isadora – Tchau!


 


Quando Dora vira as costas, Amanda a chama:


 


Amanda – Isadora!


 


E ela atende olhando para a moça:


 


Amanda – Me desculpe pelo o que tinha dito e ... obrigado por ter feito o meu pai feliz.


 


Isadora – De nada, fazer ele feliz era minha missão, minha alegria. Adeus!


 


Dora vira-se e distancia-se delas em passos largos, sorrindo, comemorando os efeitos de sua própria atuação.


 


A noite cai e o dia amanhece, numa sequência o avião decola de Curitiba e na outra, ele aterrissa no aeroporto de São Paulo de onde sai Isadora que apanha o primeiro taxi disponível na saída, após percorrer várias avenidas da cidade chega em seu destino, ela desce do carro e admira com ambição a casa gigante de Sandra:


 


Isadora – Olha só isso... aqui será o local ideal para fincar minha bandeira



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Autor(a): wellyngton_vianna

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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