Fanfic: Recuperar AyA | Tema: Anahi y Alfonso, AyA

Daquele dia em diante não paramos de nos falar, ele sempre me buscava no colégio, me levava a festas de amigos da faculdade, cinema, shopping, até na casa dele eu fui em um dia que os pais deles não estavam em casa. Rolou muitos amasso naquele dia, e dentro do carro dele eu perdi até as contas de quantos amasso ali dentro, parecia que eu ia perder a cabeça. A Dul quase pirou quando soube que eu estava de rolo com ele, tivemos uma briga horrível só porque não contei a ela. Alfonso sempre foi muito ciumento, e por causa de um carinha da escola ficamos 3 dias sem nos ver, mas depois tudo voltou ao normal. Com isso se passaram 4 meses, e decidimos juntos oficializar nosso relacionamento. Preparei meus pais, que não ficaram muito felizes em saber que ele já tinha 20 anos, afinal eram 4 anos de diferença, mas assim que o conheceram começaram a tratá-lo como filho, ah gente eu sou filha única, meu pai é ex policial militar, louco pra ter um filho que seguisse sua carreira, como ele mesmo disse, já que não tinha o filho o genro lhe daria esse orgulho, e convenhamos Alfonso jogou esse sonho a favor dele, meu pai ficou ainda mais animado quando ele disse que fazia preparatório pra policia federal. A mesma coisa aconteceu com a família dele, conheci Ruth e Alberto meus lindos sogrinhos, e seu irmão mais novo Alan, que tinha somente 10 anos. 

Quando conversei com Alfonso sobre minha decisão de casar virgem, ele não se opôs e aceitou numa boa. Os dias foram passando, se transformando em meses e os meses se transformando em anos. Com 6 anos de namoro fui pedida em casamento, 4 meses depois me casei. Fui muito feliz durante os primeiros anos de casada, terminei minha faculdade de música e dava aulas de violão, piano e canto na Escola de Música Villa Lobo. Com um ano de casada meu esposo passou na prova da policia federal se tornando agente. Quando completamos 3 anos de casados, ele me fez um jantar lindo a luz de velas pra comemorarmos mais um ano juntos, e no final me deu a notícia que havia passado numa prova em que ele viraria Delegado da Policia Federal, eu fiquei super feliz, afinal era o sonho dele, mas ao mesmo tempo a insegurança bateu, ele estaria muito exposto, era um cargo altamente perigoso, mas o Conselho da PF fez com que nos mudássemos, saímos da nossa casa pra morar num condomínio de luxo onde era totalmente escoltado, haviam seguranças por todas as partes, ali só residiam pessoas com um cargo significante dentro da PF, me senti mais segura assim. 

Só que as coisas começaram a desandar depois de seis meses dele nessa função. Alfonso começou a mudar, sempre calado, enfiado dentro do escritório, pensativo, escondia alguns papéis de mim, começou a usar dois números de telefone, fora o rádio da delegacia, algumas noites chegava tarde, e eu sentia cheiro de álcool, outras noites chegou a dormir fora de casa, me tratava mal, não saía mais comigo, mas nunca deixou de fazer amor comigo, naquele nosso momento havia apenas nós dois ali e nada mais, era entrega e paixão total. Até que um dia o inferno começou de verdade .

Era uma quarta-feira, eu estava na cozinha preparando nosso jantar, tinha acabado de chegar da escola, quando ouvi o carro dele estacionando, logo após o barulho da porta brindo e se fechando num estrondo, meu corpo se arrepiou inteiro, mais um dia daqueles que ele chegava super estressado em casa. Suspirei, colocando a travessa no forno e sequei as mãos no pano de prato, fui até a sala e o vi de costas pra mim de cabeça baixa, apoiando as mãos no aparador no canto da sala.

-Boa noite amor.- me aproximei e ergui as mãos fazendo um carinho em seus ombros, vale ressaltar que fiquei na ponta dos pés Alfonso era incrivelmente alto pra mim com seus 1,85 e eu apenas com 1,58, com o passar dos anos ele ganhou mais músculos, e ficou mais forte. 

-O jantar está pronto?- ele me perguntou direto, sem responder ao meu boa noite, cois que eu estranhei.

-Não! Coloquei as panquecas agora no forno, vou fazer o arroz rapidinho.- ele se virou e me olou de cima a baixo, eu estava de calça jeans, regata verde e descalça, do mesmo jeito que eu tinha saído de casa pela manhã junto com ele, quando cheguei só tirei a jaqueta e os sapatos correndo pra cozinha.

- Você chegou do trabalho agora?

-Cheguei amor!- o abracei pela cintura e não fui correspondida- Faz uns 30 minutos, fiquei um tempo a mais com alguns alunos que pecisav...

-Amanhã você vai pedir demissão.- me interrompeu proferindo esse absurdo.

-É o quê?- me afastei dele o encarando no susto e confusa.

-Isso que você ouviu. Eu cansei Anahí, cansei de chegar em casa e não ser recebido pela minha mulher, tomada banho me esperando, cansei de chegar em casa e você não ter tempo pra mim, de chegar e a comida não está na mesa como tinha que ser. Amanhã você vai pedir demissão.

-Alfonso isso é loucura, eu preciso trabalhar.- pontuei desesperada eu adorava dar aulas.

-Precisa pra quê? O que eu ganho dá pra sustentar a casa e você, consigo pagar todos os seus luxos sem precisar que você trabalhe, eu quero você em casa disponível pra mim. 

- Alfonso eu não vou pedir demissão. Eu não me formei pra isso.- rebati dura.

-Mas se casou comigo!

-Isso nunca foi problema pra você.

-Mas agora é. Eu não te quero mais trabalhando, entendeu?- me olhou nos olhos- E quando nós tivermos um filho? Como você vai fazer?- ele tocou no meu ponto fraco, eu era louca pra ser mãe, no início sempre falávamos sobre o assunto, depois ele começou a fugir até que uns meses atrás ele me disse que não queria mais ter filhos.

-Você não quer ter filhos Alfonso.- os olhos cheios de lágrimas denunciavam minha tristeza ao falar isso.

-Hey paixão!- ele se aproximou tocando a maçã do meu rosto com carinho- Eu disse que não queria agora, quem sabe mais pra frente. Humm?- desceu o rosto passando o nariz pelo meu.

-Mas então porque sair do meu trabalho agora? - ele beijou meus lábios em um selinho.

-Porque eu quero chegar em casa e te ver aqui nesse sofá já pronta pra mim. - me beijou, entreabrindo meus lábios com a língua, e me beijando com desejo e carinho, essa era forma que ele conseguia me ganhar- Vá terminar as coisas na cozinha, eu vu tomar um banho e já venho.- me deu mais um selinho e saiu em direção ao quarto. Eu segui pra cozinha atordoada com essa conversa.

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Olá pessoal! Não se iludam que esse é o motivo do Poncho querer ela em casa, ele sabe enganar ela direitinho. Semana que vem tem mais.... beijos!!!