Fanfic: O Nosso Amanhã | Tema: Rebelde, Ponny, RBD, Anahí, Alfonso, Los A
-Onde ele está, Maria? –Anahí estava tão eufórica e uma grande felicidade iluminava o seu rosto, transmitida pelo grande sorriso, ela levantou-se rapidamente do chão deixando a boneca com a qual estava brincando com sua sobrinha, a garota a olhava sorridente e levemente confusa, ela ouvira falar muito do titio Poncho, mas ainda não havia o conhecido –Onde, Maria? Onde ele está?
-Está te esperando na sala –Respondeu Maria deixando-se contagiar pelo sorriso de Anahí e apontando para o local em que Poncho estava, enquanto a loira dava pequenos saltos e agitava as mãos. Anahí abraçou Maria que foi forçada a pular juntamente com Any, depois soltou Maria e sem olhar para trás correu em direção a sala.
Anahí saiu correndo pela casa, esbarrando em móveis e na parede sorrindo incansavelmente para o futuro próximo, não podia acreditar que ele estava ali no mesmo local que ela naquele momento. Há quanto tempo não o via? Ela havia perdido a conta dos messes, mas fazia muito tempo. Enquanto corria pela casa ela só pensava em uma coisa “Nunca mais vou deixar ele partir sem mim”, sentindo seu interior cheio de uma alegria e uma falsa certeza de que daquele momento em diante seria feliz por toda a vida! Suas mãos estavam geladas, ela tinha certeza, seus olhos enchiam-se de lágrimas e desta vez já não era de tristeza, o seu amor havia voltado e essa seria a alegria que a consumiria a vida inteira.
"Nunca mais eu vou deixar ele partir"
Parou de correr de repente, no meio do corredor que a levaria até a sala. Sua alma estava tão transparente, não conseguia pensar em mais nada,"Eu nunca mais o deixarei partir", um nervoso tomou conta de seu corpo, sabia que ao entrar naquele cômodo encontraria o seu amor! Já fazia tanto tempo que não acreditava cem por cento que ele estava ali. E suas pernas tremeram, o coração começou a bater mais forte, sua respiração ofegante tentou se esconder através das mãos que tampavam os lábios que queriam gritar de felicidade, desse modo com os olhos molhados e trêmulos deu passos devagar até a sala e em questão de um momento avistou o homem que lá estava!
Anahí sentiu algo martelando dentro de sua cabeça, imagens apareciam em sua frente e sumiam em questão de segundos, ela enxergava quase que nitidamente ele sorrindo para ela em cima de um palco, ela via ele a entregando uma flor e agora ela estava imaginando ele dizendo que nunca mais a deixaria, era só isso que ela queria ouvir. O coração dela chegava a deixar seu peito apertado, ela pensou por um minuto que ele iria explodir, mas só batia forte.
Poncho estava observando o quadro suspenso na parede como alguém que tenta compreender a ideia de um artista, com as mãos enfiadas nos bolsos de sua calça bege parecia ser uma estátua no meio da sala. Ele não viu Anahí chegar, mas ao ouvir o som de um riso misturado com soluços, virou-se rapidamente sem retribuir o grande sorriso que a eterna musa dos seus olhos lhe oferecia, e lá estava ela deixando que dos olhos azuis caíssem delicadas lágrimas de amor e saudade!
Ela o olhou sorrindo enquanto suas lágrimas escorriam em encontro aos seus lábios, Poncho a olhava de uma forma diferente, ele apenas a olhava com os olhos vazios e disfarçadamente tristonhos! Ele tentou sorrir para Anahí, mas o que conseguiu foi apenas uma covinha ao lado de seus lábios
Ela abriu os braços e correu os passos que faltavam até ele, pulou em seu pescoço e apoiou a cabeça no ombro de Poncho que retirou os pés de Anahí do chão e a recolocou, Any deixou com que as lágrimas caíssem e os pequenos pingos molhassem a camisa cheirosa que ele estava usando. Ela sentia as mãos dele sobre seu cabelo e aquilo era tão reconfortante! Ela apenas queria ficar exatamente como estavam por mais algum tempo, abraçada a ele e sentindo o cheiro que ele exalava pois daquela forma sentia-se completa. Fechava os olhos e acreditava ter apenas os dois no mundo inteiro!
Ele a embalava como se faz com os bebês, e ela o abraçava com tanta força como se estivesse com medo de perdê-lo, ele respirava fundo e fechava os olhos, porque estava se sentindo mal por algo que ainda não tinha feito, ele podia ouvir a respiração dela perto de seu rosto e sentia o quanto Anahí havia sentido a falta dele. Ficaram em silêncio, enquanto se abraçavam, até aquele momento ainda não haviam trocado nem uma palavra.
Poncho apertou a cintura de Anahi e levou as suas mãos até os braços dela fazendo com que ela saísse daquele abraço, os olhos daquela mulher sorriam como ele jamais tinha visto antes, ela estava tão feliz e ele não conseguia corresponder a felicidade dela, Any tentava enxugar as lágrimas que corriam em encontro aos lábios com as pontas dos dedos, ele sorriu retribuindo aquela alegria que se via no rosto de Anahí, mas ela pôde perceber que Poncho não tinha um sorriso sincero de alegria.
-Porque está tão sério, amor? –Perguntou a linda mulher que continuava secando as lágrimas enquanto sorria.
Poncho sentiu pontadas instantâneas dentro de si, ele estava se sentindo um lixo. Como contaria para Anahí o real motivo de estar ali? Ele havia ensaiado várias vezes em frente ao espelho, mas agora que estava de frente para ela que o amava tanto, as palavras pareciam não mais existirem. Poncho não conseguiu responde-la, não olhando diretamente para aquele pequeno pedaço de mar que existiam nos olhos dela. A puxou novamente para outro abraço e engoliu seco, apertou os olhos ao sentir o corpo dela junto ao dele. Enquanto a abraçava sussurrou no ouvido da loira “Eu preciso conversar com você, em outro lugar”
-Outro lugar? –A voz dela soava tão inocente e aquilo o fazia sentir-se um monstro! Ele se sentia muito mal por dentro por saber que faria aquela mulher que o idolatrava chorar dentro de futuros minutos que se aproximavam tão rápido, tão rápido! Ela o segurava firme como se não quisesse mais soltar –Outro lugar como uma praça, um restaurante ou...pode ser o meu quarto? -Ela sorriu com aquele sorriso brincalhão que o destruiu.
-Pode ser o seu quarto –Ele desfez o abraço novamente e respirou fundo como quem se prepara para ir a guerra, continuou unido a ela apenas pelas mãos. Ele evitava olhar em seus olhos e baixava o olhar sempre em direção ao chão, balançava a cabeça em negatividade e recebia olhares confusos de Anahí. Ele precisava mesmo prosseguir com o objetivo que o trouxera até aqui?
Anahí estranhou a atitude de Poncho, mas não o questionou novamente, apenas o guiou até o seu quarto de mãos dadas, ela tremia e ele sentia isso, a mão dela estava tão gelada. O quarto parecia ter voltado a ganhar vida depois que Anahí conseguiu livrar-se da depressão, as janelas escancaradas permitiam a entrada da luz do sol e a brisa do dia. No quarto algumas fotos na estante entre elas, uma apenas de Poncho, outra do RBD, uma com Poncho e Any, outras de familiares. A grande cama de Anahí estava coberta com lençóis brancos e refletiam a paz que ela havia voltado a sentir, um boneco de pano do Peter-Pan estava jogado em sua cama. Alfonso sorriu ao ver que ela ainda continuava a ser a mesma de antes, menina e mulher, mas e ele? Ele havia mudado muito, ele acreditava não ser o mesmo cara por quem Anahí se apaixonou, não acreditava ser o mesmo cara que se apaixonou por Anahí.
-O que você quer me falar, meu amorzinho lindo? –Ela enroscou os braços no pescoço dele e beijou-lhe os lábios rapidamente, de forma brusca ele removeu os braços dela de seu pescoço e a fez sentar na cama, ele estava tão lento e cabisbaixo –O que foi, meu amor? –Ela beijou a fronte do rosto dele e sentou em seu colo –Fala o que você queria dizer. Se for falar de saudades, esse assunto é comigo mesmo! Amor, aconteceram tantas coisas que eu não consegui contar por telefone...-Ela era falante, alegre, cheia de vida e ele não queria mais enxergar tudo isso.
-Anahí, eu...-Ele a interrompeu falando mais alto que ela e engasgou nesse ponto, parecia estar pensando se realmente deveria continuar a falar, coçou os olhos encarnados enquanto ela o olhava com as sobrancelhas baixas. Ele forçou a cintura de Any fazendo com que ela levantasse do seu colo e a fez sentar ao seu lado na cama. Ela agora parecia preocupa com o que aconteceria e talvez tivesse razão. -Eu vim pra te dizer que eu...- Ele segurou uma mão dela com suas duas mãos e finalmente voltou a olhar nos seus olhos, continuou a falar o que não terminara – dizer que eu sinto muito, mas...Eu, pensei muito nesse tempo em que fiquei sozinho –ele falava baixo e ela prestava toda a atenção, pôs o cabelo atrás da orelha e parou de sorrir enquanto ele falava. Any balançou a cabeça em sinal de positividade pedindo para que ele prosseguisse –e nada é para sempre!
-Eu sei... – ela sorriu pronta para acrescentar mais algo a sua fala, mas ele a impediu pondo o dedo indicador em seus lábios. Ele queria que ela entendesse sem que ele tivesse que falar.
-Desculpa eu te interromper, mas eu preciso falar isso logo ou vou ficar sem coragem! –Ele respirou fundo e expirou, parecia tenso. Só agora Anahí pôde perceber que os olhos dele estavam vermelhos, possivelmente ele havia chorado antes de vir falar com ela –Anahí, eu quero ser direto, mas não quero machucar você –ele falava em sussurros gesticulando as mãos, seus olhos demonstravam dor e ela tentava ler antecipadamente o que ele queria dizer -...eu –Ele tomava fôlego disfarçadamente, mas as palavras não queriam sair –você é a mulher mais incrível que eu já conheci -Ela sorriu, mas algo dentro dela contava-lhe coisas que ela não queria ouvir - já sabe o que quero dizer, não sabe? –Ele passou a mão sobre o rosto.
-Ainda não – Respondeu confusa vendo Poncho levantar-se e caminhar de um lado para o outro em sua frente.
-Por favor, Anahí! –Ele queria dizer o que sentia pelo olhar, mas Anahí não queria compreende-lo, ele ajoelhou-se e segurou as mãos dela –Me perdoe –Abaixou a cabeça e ficou em silêncio enquanto a loira olhava para os cantos do quarto e não ousava acariciar os cabelos de Poncho, como tinha vontade. Os lábios dela estavam nervosos, seu olhar rápido não concentrava-se em nada. "Eu não vou deixar você partir" ela continuava pensando assim, mas algo em seu interior lhe dizia que Poncho a estava abandonando!
-Perdoar pelo que, Poncho? –Ela mordeu os lábios e manteve as mãos trêmulas apertando as de Poncho, mas não se permitiu admitir que sabia que aquilo era uma despedida –Pelo quê? – A voz dela estava trêmula, mas ela não queria deixar que outras lágrimas a não ser as de felicidade caíssem sobre seu rosto, porém isso seria inevitável, Poncho pôs a cabeça apoiada nas pernas dela a evitando olhar –Perdoar pelo que? –Ela insistia com os olhos perdidos nas paredes daquele quarto.
-Any, perdoa –Ele deixou com que uma única lágrima caída dos olhos dele molhasse a perna dela –Eu não queria te machucar, nunca foi minha intenção, mas... é o que...–Ele se apoiou nos joelhos dela e voltou a sentar ao seu lado na cama novamente, apenas a marca daquela lágrima que havia caído sobre a perna de Anahí marcava seu rosto. Lhe doía muito olhar para Anahí e perceber que a felicidade havia ido embora, que agora ela brincava com os dedos para não chorar na frente dele –É uma pena nos separarmos, mas eu não quero prender você, eu não posso retribuir o sentimento que você tem por mim. -Ele falou as palavras pausadamente e a cada palavra, Anahí sentia como se uma flecha a atingisse por todo o corpo.
-Não –Falou em um sussurro –Eu poso ver você se afastando de mim –Ela o encarou, seus olhos puderam tocar-lhe a Alma, ele mantinha os lábios ligeiramente entreabertos enquanto ela segurava o choro e tentava parecer forte, aqueles olhos azuis latejavam –E você está com medo...de que eu peça para você ficar. Mas se você ficar...-Ele abaixou o olhar não queria dizer não novamente a ela -Se você ficar, Poncho, nós poderíamos voltarmos a ser como...como no começo! –Ela abraçou a si própria cruzando os braços e encarava o rosto de Poncho de perfil encarando o chão – Serei o que você quiser, você acha que eu mudei? eu posso voltar a ser como antes! -As palavras dela soavam como uma imploração a Poncho, ele não podia deixar que a Pena o dominasse, ele precisava seguir com o objetivo -Mas também, se você não quiser ficar, eu deixarei você seguir seu caminho! Se o seu amor por mim se foi, não há sentido continuar.
-Não é você Any...
-VOCÊ NÃO VAI ME DIZER ESTA FRASE! -Gritou impaciente e profundamente decepcionada, já não podia fazer mais nada -Não quero ouvir essa frase!
-Mas é verdade -Ele mantinha a calma e não a olhava -o problema sou eu! Você é a mesma! Mas eu não! Não sou o cara por quem você se apaixonou...
-Eu amaria você de qualquer jeito -Revidou
-MAS O CARA QUE EU SOU HOJE NÃO SE APAIXONARIA POR VOCÊ NUNCA! -Gritou sem pensar no quanto essas palavras machucariam Anahí. Ele não tinha esse direito!
O silêncio dominou o quarto rapidamente depois desta frase. Anahí alargou os olhos como se tivesse recebido um tiro, surpresa, apesar de já ter entendido que Poncho estava terminando o noivado, não esperava por uma frase tão sincera saída da boca dele, aquela frase a machucou de uma forma que ela sabia que jamais esqueceria e aquelas palavras a acompanhariam pelo resto da vida "O cara que eu sou não se apaixonaria por você nunca!" "Nunca! Nunca! Nunca!" eco em sua cabeça. Poncho sentiu-se pior do que já estava, falou o que não devia em um minuto de distração, ele não tinha o direito de gritar com ela, não hoje! Pois ele era o culpado por tudo o que estava acontecendo
-Desculpa! Desculpe -Ele mexia as mãos como se estivesse tentando acalmar um animal que estava tentando atacá-lo, mas Anahí estava quieta e silenciosa, parada, concentrada naquelas palavras dele. Já não ouvia o que ela dizia agora -Eu não quis dizer isso, o que eu realmente quis dizer foi que eu ainda amo você, mas -Ele engoliu seco, parecia estar procurando uma mentira e cada gesto dela a machucava -...como uma amiga, como uma companheira, uma confidente! –Ele não fazia ideia de quanto aquelas palavras a machucavam por dentro, o rosto dela ficara tenso e ela controlava-se, usava todas suas forças para não chorar –A magia que tinha no nosso namoro, foi consequência dos nossos personagens...nos misturamos. Mas agora que eu pude parar para pensar e enxergar a realidade, percebi que eu estava sendo o Miguel e você a Mia e não estávamos sendo nós mesmos, não estávamos sendo sinceros.
-Fale por você! –Ela mantinha a voz calma e dolorida, os olhos fixos em um canto da parede –Eu fui sincera todo o momento, eu soube dividir as coisas. Quando eu dizia que te amava Poncho, não era a Mia quem estava dizendo, era eu! Era a Anahí! Não um personagem.
-Eu não queria te magoar –Ele tentou pegar a mão dela, mas ela não permitiu.
-Ah! Por favor, Poncho! –Ela olhou rapidamente para ele e em seguida olhou para a parede para que ele não visse as lágrimas caindo quando ela fechava os olhos. Levantou-se agitada da cama e ficou encarando a porta, de costas para Poncho –Sua piedade é mais do que eu posso aguentar! Está tudo bem, okay? Pode sair por esta porta sem olhar para trás!
-Any, eu amei você...
-VOCÊ NÃO ME AMOU! –Ela virou-se repentinamente apontando a mão em direção ao rosto de Poncho, mãos trêmulas –Quem me amou foi o Miguel! Por que se é como você diz, eu nunca conheci o Poncho de verdade! -As lágrimas faziam curvas em seu rosto - Diga-me: Como faço para apagar todo esse tempo que perdi com um personagem? –Ela voltou a encarar a parede
-Any, olha para mim -Ele levantou e caminhou até ela, pensou em tocá-la, passar a mão entre os cabelos dela, mas talvez ela não reagisse de forma compreensiva. Ela estava repentinamente quieta e com os olhos baixos concentrados em algum ponto a sua direita.
-Não! Não posso olhar para você! –Ela fungou e ele pôde ouvi-la chorar e enxugar as lágrimas com o braço –Para mim seria melhor que você não tivesse vindo se despedir. Seria melhor para mim lembrar que a última vez em que te vi, você me amava muito! Seria melhor do que sentir a dor dessa despedida.
-Eu não poderia te deixar com esperanças.
-Eu preferia! -Ela olhou repentinamente para ele e aqueles olhos o condenou -Pelo menos eu iria te esquecendo devagar e não seria obrigada a apagar toda a nossa história do dia para a noite!
-Eu reconheço meu erro e te peço perdão. Me perdoa, Any! –Ele encaminhou-se em direção a porta, girou a maçaneta e tentou resistir mais não conseguiu, olhou para trás e viu aqueles olhinhos magoados o olhando com tanta tristeza, com tanta dor! Ele mesmo se repreendia ‘como pôde fazê-la sofrer de tal maneira?’
-Está com pressa, não é mesmo? –Os lábios dela apertavam-se um contra o outro reprimindo os soluços que queriam escapar.
-Pra quê que eu vou continuar aqui? –Ele esqueceu de abrir a porta e virou-se por completo, ficando de frente para aquela pobre mulher deprimida com as mãos juntas – É tempo perdido, chorar não adianta mais, está complicado e já não importa mesmo quem errou. Acabou! Eu devo ir embora...não aguento mais te ver chorando assim.
-Então, Adeus! –Ela caminhou em direção a janela aberta e apoiou-se nas dobradiças, não conseguiria trocar nem mais uma palavra com Poncho, controlava a respiração pois não queria soluçar e gritar enquanto sofria com lágrimas na frente dele! Apoiou sua cabeça sobre os braços cruzados sobre as dobradiças
-Any –Ele foi até ela e começou a acariciar os braços dela enquanto ela continuava com a cabeça entre os próprios braços e de costas para ele –Se eu continuasse como estávamos, eu só estaria atrapalhando o seu caminho, a sua vida. Então é melhor eu ir embora –ele sentia o corpo dela tremer e sentia os soluços calados –Vou lembrar dos bons momentos que tivemos juntos. Você sabe que eu não sou o que você precisa! Você sabe! –Ela balançava a cabeça e voltou a tampar os lábios com uma das mãos, seu rosto se contraia, doía tanto dentro dela e ele parecia não entender que cada palavra de despedida apenas a machucava mais –Então, por favor, não chore!
Ela virou-se bruscamente e ele levantou as mãos sem gesto exagerado, a olhava perplexo. Frente a frente os dois na maior claridade que aquele quarto poderia oferecer. Ela mantinha uma expressão séria no rosto, os olhos apertados, sobrancelhas baixas, boca trancada como se quisesse estapeá-lo e ele esperou por isso. Receberia quantos tapas fosse sem revidar, sem reclamar, sabia que merecia aquilo por fazê-la chorar. Ela o olhava com os olhos molhados fixos nos olhos castanhos-esverdiados dele e seus punhos cerrados demonstravam toda a raiva e rancor que estavam contidos dentro dela. Lágrimas escorriam de seus olhos que naquele momento não piscavam.
-Eu espero que você alcance tudo o que deseja. –Seus punhos continuavam cerrados e sua expressão não havia mudado, falava devagar como se quisesse que ele marcasse para sempre aquelas palavras –Quero que todos teus sonhos se realizem e quero que você encontre alguém de verdade –ela deu uma entonação mais forte a palavra verdade. Uma nova lágrima caiu sobre seu rosto -e eu desejo que você encontre a felicidade, com quem quer que seja.
Ela piscou e lágrimas duplicadas desceram sobre sua face, era possível ver suas mãos tremendo. Poncho já não queria causar-lhe mais dor, a cumprimentou com um gesto com a cabeça e virou-se retomando seu caminho. Anahí continuou parada, como se estivesse petrificada, manteria aquela postura até ele não poder mais vê-la. Ele girou a maçaneta e dessa vez não olhou para trás, atravessou a porta e antes de fechá-la encontrou os olhos daquela que o amava.
-Poncho! –Ela o chamou mais uma vez. Ele esperou que ela continuasse enquanto ele ainda segurava a maçaneta do lado exterior da porta, pronto para fechá-la –Mas não esqueça que eu te amo! Eu amo você –Essa última frase veio acompanhada de um suspiro e um silêncio da parte dele, que a olhou com ternura e fechou a porta.
Agora era apenas Any e a solidão daquele quarto novamente. Ela desmoronou, foi ao chão e chorou tudo o que havia contido, lágrimas, gemidos de dor e gritos. O que faria agora? Por quem esperaria agora? Quem ela tanto amou já não a amava. Seu amor era apenas mais um a não ser retribuído. Toda a história que viveu com aquele homem não havia passado de uma farsa para ele...e agora ela era apenas uma garota chorando sozinha no chão do quarto.
Autor(a): kaysamirrelly
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Apesar de ainda estar muito triste com a maneira com que Poncho terminou o relacionamento, Anahí tentava fingir-se de forte e até mesmo sorria as vezes, ela tentava manter sua mente ocupada o máximo possível, não queria ficar pensando no que passou, ela queria esquecê-lo com a mesma "facilidade" com que ele a removeu de sua vida ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 12
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fersantos08 Postado em 07/07/2016 - 14:48:14
Oiie, indiquei a sua Fic as outras q eu leio. Eu gosto da sua tbm. Postaaa maaaiis :)
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fersantos08 Postado em 04/07/2016 - 13:07:25
Posta maaiis *-*
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fersantos08 Postado em 01/07/2016 - 12:48:20
Oks pode deixar q eu indico sua Fic sim :) posta mais! Ainda estou me atualizando nos posts
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fersantos08 Postado em 01/07/2016 - 12:25:31
Poncho está um idiota agora..
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kaysamirrelly Postado em 30/06/2016 - 21:03:31
izabelaSpaniColungaPortillaHer realmente o Poncho no início era o tipo de cara dos sonhos.
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kaysamirrelly Postado em 30/06/2016 - 21:02:35
fersantos08 eu adoraria que você me ajudasse a divulgar. Sou novata no site ainda não entendo muito bem dos paranauê rs
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izabelaSpaniColungaPortillaHer Postado em 30/06/2016 - 18:34:11
O Poncho no começo era muito fofo, mas ele foi um idiota em se deixar manipular pela situação. Ele ainda vai se arrepender. portilasco é o fim da picada, aff! quero a Any sozinha lutando pelo filho e superando o Poncho. ele vai ter que suar pelo perdão da Any. coloca um galã pra Any e tira o testa, please! postaaaaaaaaaaaaa mais!!!!!!
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fersantos08 Postado em 30/06/2016 - 14:19:55
Que lindos Poncho pedindo a Any RM casamento *-*
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fersantos08 Postado em 30/06/2016 - 14:16:36
Se quiser eu indico a sua Fic nas outras fanfics que eu leio :)
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fersantos08 Postado em 30/06/2016 - 14:15:59
Kkkkkk Caraca quanto capítulo :) adooroo vou MW atualizar nos capítulos!