Fanfic: O Nosso Amanhã | Tema: Rebelde, Ponny, RBD, Anahí, Alfonso, Los A

Anahí estava almoçando com sua família na sala de jantar, as crianças já haviam almoçado e brincavam com alguns brinquedos no chão aos pés da mesa, ela gostava de observá-los e imaginava que um dia seus filhos estariam assim, brincando aos pés da mesa. Ela sempre sonhou em ser mãe. Suas irmãs, Marichelo e Diana conversavam com os pais sobre casamento e filhos. Anahí parecia estar distante, brincando com as ervilhas de seu prato, já não tinha fome, estava muito pensativa.

    -...não acha, Any? –Perguntou Diana tirando Anahí da seu transe mental, ela pareceu perdida no assunto por isso Diana fez outra pergunta –Porque está tão aérea? Mal tocou na comida! –Todos que estavam na mesa a olharam.

    -Nada! –Ela levou uma garfada para a boca na tentativa de disfarçar, olhou desconfiada para a família que continuavam a olhando –Não foi nada, gente –Disse limpando os lábios com o guardanapo –Eu só estava pensando em algumas coisas para o meu CD, sabem que viajo quando o assunto é música.

    -Isso é verdade –Concluiu Marichelo apontando para Anahí em confirmação, a desculpa dela parecia ter convencido a todos que voltaram a almoçar como se não houvessem sido interrompidos – E como está indo a preparação do seu novo disco?

    -Eu já comecei a compor uma canção -disse desanimada.

    -Como se chama, já tem nome?

    -Sim –Anahí soltou os talheres – No te quiero olvidar –Marichelo balançou a cabeça e olhou para Diana e em seguida para os pais, todos trocaram olhares confidentes, Diana mantinha seu sorriso sarcástico disfarçado (mas que Anahí já conhecia) no rosto enquanto cortava a carne em seu prato –Porque se olharam assim? –Perguntou Anahí desconfiada.

    -Nada –Todos levaram os talheres até a boca em unanimidade e arregalaram os olhos uns para os outros, apenas Anahí parecia não estar os compreendendo.

    -Ai, gente! Chega de mistério –Disse Diana batendo as mãos na mesa devagar –Queremos saber quem é o seu namorado, Any! –Falou rapidamente –Não aguentamos mais!

    -O que? –Anahí riu com a feição desesperada da irmã –Do que estão falando? Que namorado?

    -Não finja de desentendida! Sabemos que está com alguém...

    -É o Poncho, né! –Concluiu Marichelo também ansiosa.

    -Gente! –Anahí sorria desconfortável e baixou o olhar, falou com uma voz cabisbaixa e tristonha. Tentou disfarçar mais foi inútil, todos na mesa perceberam a tristeza que a dominou quando falaram em Poncho  –Não estou namorando ninguém.

    -Não tente nos enganar, filha –Tisha estava com a cabeça apoiada no ombro de Enrique, seu marido que sorria na tentativa de passar confiança para Anahí –Vocês brigaram, nós não podemos evitar de ter ouvido algumas partes. Obviamente está com ele... É um bom rapaz, gosto dele -Falou alisando o ombro do marido.

    Anahí olhou para sua mão direita e o anel que Poncho lhe dera quando a pediu em casamento, um anel lindo de noivado, já não estava lá. Ela lembrou-se das palavras de Poncho “-Você quer casar comigo? –Ele revelou a mão que estava escondida atrás de seu corpo. –Por favor aceite –Ele continuou com a mão estendida mostrando um anel dentro de uma caixinha –Aceite porque eu não consigo mais me acostumar longe de você.” Ela se perguntava como foi que tudo havia mudado tão rápido, naquele dia ela tinha certeza de que ele a amava e ‘hoje’ ela já não sabia o que ele realmente sentia por ela, se é que sentia alguma coisa.

    -Não se mendiga amor, Anahí –Ela disse para ela mesma, parecia ter esquecido que não estava só.

    -O que disse? –Perguntou o seu pai baixando as sobrancelhas.

    -Ai! -Revirou os olhos irritada - Eu já disse que não estou com ninguém. –Sua voz agora estava elevada, ela levantou-se da cadeira e caminhou em direção a cozinha saindo da presença de seus familiares obviamente chateada com a pressão que estavam fazendo sobre ela.

    Ela pôs o prato na pia e abriu a torneira para lavar as mãos, ficou observando a água batendo naqueles dedos e palavras faladas por Poncho rondavam sua mente, seus olhos pareciam vidro, sua atenção estava dispersa. Sua mente vagando por momentos que viveu com Alfonso Herrera, parecia estar sonhando acordada:

     “-Any –Ele segurou o rosto de Anahí com as duas mãos fazendo com que aqueles olhos azuis inundassem seu coração de paz –Meu coração me pediu para vir te ver –Os olhos dele se lubrificavam enquanto ele falava –Eu nem sei o porquê, eu não tenho nada para te dizer. É que eu senti um medo tão grande hoje quando eu acordei. Eu fiquei com medo de te perder...depois de hoje! –Ele olhou para o lado e respirou fundo para não chorar –Estou parecendo um maluco vindo no seu quarto para te falar coisas sem sentido, mas eu quero que você saiba: Que eu não posso mais ficar sem você. Então me prometa que mesmo depois de hoje nós continuaremos juntos para sempre!”

    -Você não está cumprindo sua promessa –Ela fechou a torneira e apoiou-se de costas para a pia, lembranças viam cada vez mais reais:

    “O clima estava perfeito, os dois ali abraçados naquele quarto de hotel luxuoso embalando um ao outro como se embala a um bebê delicadamente, o som dos fãs ao longe gritando no térreo, o vento carinhoso ao balançar as cortinas, os olhos fechados, o amor pairando no ar. Tudo certo! Tudo estava completo.”

    “Poncho segurou a mão de Any por baixo da bancada para que os repórteres não vissem e a olhou nos olhos, ele queria beijá-la mais não podia! Não naquele momento.”

    “-Não vamos mais falar sobre isso. –Ele aproximou-se rapidamente de Anahí e entreabriu os lábios dela com os seus e a beijou como se apenas os dois estivessem ali.”

    Any fechou os olhos com força e balançou a cabeça em negatividade, tudo aquilo que estava passando em sua mente aos poucos estava se perdendo e ela não podia fazer nada, era como a água que escorria por seus dedos e ela não podia segurá-la. Não podia fazer nada para impedir que ele a deixasse.

    “-Até quando você vai me amar? –Ela sorriu antecipadamente pois sabia que a resposta lhe agradaria.

    -Vou te amar infinitamente.- Ele fez um biquinho e ela beijou-lhe seguidas vezes. Não posso definir um período, eu te amo demais! –Finalizou entre beijos e sorrisos.”

    “Anahí e Poncho começaram a dançar alegres como se nada mais importasse no mundo! Estavam juntos, se completavam, em cima do palco, na estrada em qualquer lugar se estivessem juntos nada mais importava. Logo veio o refrão novamente. E na parte da coreografia em que Poncho deve segurar a mão de Any sobre sua perna, ela sentiu um arrepio dominar-lhe o corpo, sentiu um choque em seu peito, ela era tão sortuda por ter encontrado o homem dos seus sonhos! Ela logo olhou nos olhos dele enquanto voltavam a cantar e sorriu para ele, porque pensava algo e acreditava que aquele pensamento poderia continuar para sempre “Nada poderia separá-los”, Poncho entendeu que já não havia clima ruim entre eles, entendeu que ela continuava amando ele como sempre!”

    Anahí riu e uma lágrima saltou de seus olhos azuis, aquelas lembranças conseguiam emocioná-la. Ela enxugou a lágrima e pegou o celular que estava no bolso de sua calça jeans, pigarreou e discou o número de Poncho, não sabia o porque estava fazendo aquilo, ele havia deixado bem claro que já não queria nada com ela, mas aquelas palavras pareciam ser apenas um pesadelo para Anahí. Ela ainda não sabia o que dizer enquanto discava os números, mas tinha pressa. Ele atendeu no segundo toque e aquela rapidez em atender o telefone fez com que Anahí sentisse seus músculos pesados, sensações nervosas nas extremidades do corpo, sua voz congelou.

       -Oi –Ele atendeu com uma voz suave, até parecia estar esperando Anahí ligar.

    -Poncho, eu sei que o combinado era eu te deixar em paz –Ela apertou os olhos e caminhou de um lado para o outro na cozinha "O que é que eu estou fazendo" pensava rapidamente arrependida por ter ligado – mas eu não aguento mais, eu preciso de uma resposta agora! Nós vamos continuar ou tudo acaba aqui?

    -Eu já te disse a resposta...Quer que eu repita?

   -Sim, porque as coisas não estão claras para mim. Eu quero a resposta -Ela respirou fundo e expirou -Com explicações que me convençam!