Fanfic: O Nosso Amanhã | Tema: Rebelde, Ponny, RBD, Anahí, Alfonso, Los A

 Anahí parou de repente de caminhar de um lado para o outro em meio a cozinha com o celular no ouvido e grandes olhos abertos como se fosse necessário enxergar melhor a parede para receber a notícia que Poncho lhe daria em seguida, esperava uma resposta decisiva, cruzou os dedos em figa, esperava que fosse uma resposta positiva, suas mãos começaram a tremer e ela tentava retomar o controle do corpo, mas era difícil.  Seria tudo? Ou seria nada?

    -Qual é a resposta, Poncho? –Ela sentou-se em uma cadeira da pequena mesa da cozinha pressentindo que iria cair se não ouvisse o que esperava. E o que ela esperava? "Eu te amo, Anahí. Estava louco. Vou ficar com você para sempre!" –Qual é sua decisão? –Ela balançava as pernas freneticamente em baixo da mesa enquanto roía a unha do seu dedo mindinho –Por favor não faz suspense! –A ligação caiu ou ele havia desligado, ela não pensou muito nisso. Começou a discar os números de Poncho rapidamente de novo, teve a discagem interrompida por alguém que estava ligando para ela naquele momento, ela revirou os olhos, pensou em não atender, mas talvez fosse importante. –Alô? –Atendeu apressada.

    -Anahí?

    -SOU EU! QUEM É? –Ela levou as mãos até a testa enquanto esperava resposta do outro lado da linha.

    -Está ocupada?

    -ESTOU! ESTOU MUITO OCUPADA, DROGA! QUEM É?  -Ela gritava ao celular.

    -Manuel Velasco.

    -QUEM? –Ela batia s dedos sobre a mesa –Eu não conheço nenhum Manuel...

    -O proprietário do apartamento que você pretende comprar –Disse interrompendo Anahí.

    -Ah! –Ela ficou com a face lívida e mordeu os lábios se repreendendo, bateu em sua própria cabeça por ter falado com o homem de forma tão grossa, ela mudou o tom de voz, tentou se controlar –Olá senhor Velasco. Me desculpe é que eu estava...-Ela pensou em alguma mentira para justificar o por que estava tão sem paciência –Eu estava recebendo trotes e essas coisas me tiram do sério!

    -Eu entendo –Ele sorriu devagar, para Anahí tudo estava lento demais e ela precisava apressar-se, o amor da sua vida tinha uma resposta para dá-la e ela estava sendo privada de recebe-la por estar falando com Velasco –Bom, eu liguei para marcarmos o local do nosso jantar amanhã a noite. Você tem preferência por algum restaurante?

    -Qualquer um! -Falou batendo os olhos impacientes -Qualquer um está ótimo, não tenho preferência.

    -Eu estava pensando em irmos ao Limosneros -Ele falava como se quisesse passar horas falando sobre isso, mas Anahí, bom...estava querendo falar com outra pessoa.

    -Limosneros? –Ela se surpreendeu –Nossa! Nunca fui, mas já ouvi falar...é muito caro, é um restaurante para reis. Não precisa de tudo isso senhor Velasco.

    -É claro que precisa! Eu vou acompanhado por uma rainha. –Anahí não pôde deixar que um sorriso fino e rápido lhe escapasse –Anahí, eu sei que pareço atirado, me perdoe por isso, mas é que quando eu te vi, eu senti uma coisa diferente...uma coisa boa!

    Ela tampou os lábios com a mão direita surpresa, com a mão em que deveria estar usando o anel de compromisso e então voltou a lembrar-se de Poncho e que precisava ligar para saber qual a resposta dele e Velasco parecia estar prologando a ligação, ela estava agoniada.

    -Não quero parecer mal-educada, senhor...

    -Não me chame de senhor, meu nome é Manuel Velasco.

    -Desculpe, Velasco –Ela revirou os olhos –Mas eu realmente estou ocupada neste momento.

    -Entendo, então nos encontraremos no Limosneros, as oito está bom para você?

    -Está ótimo.

    -Estou louco para que chegue logo.

    -Não esqueça os papéis do apartamento.

    -Opa! –Ele sorriu com aquele sorriso calmo que já a estava dando nos nervos – Tenho que lembrar-me, não posso esquecer os papéis!

    -Claro que tem que lembrar-se o nosso jantar é UNICAMENTE por esses papeis.

    -Certo. –Ele falou com um tom mais sério –Tenha um bom dia.

    -Igualmente!

    Anahí desligou a ligação e começou a discar os números de Poncho, estava tão nervosa e ansiosa, batia as pernas uma contra a outra em baixo da mesa. Ouviu passos se aproximando da cozinha e levantou-se, guardou o celular rapidamente no bolso e correu para a pia fingindo estar lavando o prato em que havia almoçado.

    -Porque está lavando o prato? –Tisha apareceu na cozinha trazendo seu prato e o dos outros –A Maria faz isso mais tarde –Ela pôs os pratos empilhados sobre a pia.

    -Eu sei –Ela riu tentando disfarçar a inquietação –Eu estava aqui na cozinha com um prato e a pia. Então eu falei vou lavar o prato que está na pia –Anahí sorriu nervosa, Tisha arqueou a sobrancelha.

    -Você está bem? –Pôs as mãos na cabeça de Anahí para “aferir” sua temperatura.

    -Eu estou ótima, mamãe! –Ela retirou a mão de sua mãe de sua cabeça –Eu vou ali!

    -Você não ia lavar o prato?

    -A Maria faz isso mais tarde.

    -Vai aonde, Anahí?

    -Vou...tomar banho, estou com um calor enorme –Mentiu Anahí enquanto se abanava e saiu pela porta de trás da cozinha.

    -Mas o banheiro é por ali –Disse Tisha apontando em direção oposta a que Anahí havia seguido.

    Anahí caminhava pelo terreno atrás da casa olhando para trás e para os lados como se estivesse escondendo-se de alguém, pisava rápido na grama verde, procurou um lugar escondido atrás de uma árvore que havia perto do fim do muro. Não queria ninguém ouvindo sua conversa. Certificou-se de que não havia ninguém por perto, encostou-se na árvore e ligou para Poncho que atendeu surpreendentemente rápido.

    -Poncho –Ela falou em um suspiro –Diz! –Ela respirou alto enquanto pusera a mão sobre o peito, o coração batia muito forte, estava muito acelerado e ela tremia, já não tinha controle sobre seu corpo. Presumia o pior. Poncho ficou por mais algum tempo em silêncio e ela não o apressou, esperou como se tivesse todo o tempo e paciência do mundo.

    -Anahí...-Ele tinha uma voz pesada, mas confiante e calma acima de tudo. Parecia estar classificando as palavras para que não a machucasse tanto, mas outra vez seria inevitável.

    -Sim?

    -Eu...

    -Seja direto por favor! –Ela o interrompeu nervosa ao contrário dele.

    -Está bem –Sua voz soava tão calma que até aparentava sonolência e rouquidão –Não ligue mais! –Ela perdeu o chão naquele momento, não conseguia respirar, sentiu-se como se estivesse perdido a alma, estava vazia, já não sentia o vento, o seu olhar azul fixado em um ponto qualquer. Perdeu as forças do corpo e foi ao chão encostada no tronco de uma árvore, aquelas palavras ficaram fazendo eco em sua mente “Não ligue mais! Não ligue mais! Não ligue mais...”, a visão ficando embaçada, que dor, que tortura! Era uma dor tão profunda que lhe tomara a voz e os pensamentos, em silêncio e sem forças ficou com os lábios separados e o corpo tremido. Pensou que poderia ser forte, mas estava enganada. Ela não podia aguentar aquilo, ele continuou decidido e calmo –Saia da minha vida! –Sua voz tão calma fazia tudo soar mais triste e difícil para ela, “saia da minha vida! Saia da minha vida! Saia da minha vida!” – É melhor assim.

    Ele desligou o celular, mas ela continuou com o mesmo sobre a orelha, não parecia estar sentindo algo, não parecia estar viva! Ela “morreu” naquele momento, mas continuou respirando!

   Ele não tentou nem consolá-la como da última vez, dizendo que queria apenas sua amizade e que viveu como um personagem. Ele parecia não querer deixar Anahí com esperanças, era como se quisesse livrar-se definitivamente dela. Ela estava tremendo, com aquelas palavras repetindo em sua mente e sua pele pálida como se o sangue estivesse fugido.

   Ela queria tanto que ele lembrasse! Queria tanto! Mas ele não queria lembrar de mais nada, queria apenas passar um corretivo em que viveu com Any