Fanfic: O Nosso Amanhã | Tema: Rebelde, Ponny, RBD, Anahí, Alfonso, Los A

 Anahí prometera a si mesma naquele momento em que sua família estava reunida em seu quarto, todos muito preocupados com ela, prometera que não choraria mais pelo que passou, não perderia horas imaginando o que poderia ter sido, prometeu que aprenderia a viver o presente novamente e apesar do passado ter sido muito marcante deveria ser deixado para trás, pois o que já passou não poderá voltar! Ela sabia que sempre recordaria de tudo o que viveu com Poncho com muito carinho, mas entenderia que aquilo que viveu ficaria no esquecimento. Como ele inicialmente queria.   

    Depois que ela finalmente conseguiu convencer a seus pais e irmãs de que não estava grávida, todos pareceram ficarem decepcionados e aquilo foi motivo de estranhamento para ela, mas também de reflexão. Suas irmãs já estavam casadas e ambas já tinham filhos e família, menos Anahí! Logo ela que sempre sonhou em ser mãe, em constituir família, em ter filhos.

    No dia seguinte, pela manhã recebeu uma ligação de Manuel Velasco, ela ainda dormia, foi acordada pelo toque do celular que insistia em tocar várias vezes sem pausa. Vencida, atendeu o celular, Manuel queria apenas confirmar o jantar de negócios. Eles confirmaram o horário e local do jantar, ela realmente não entendia o porque ele estava tão animado, seria apenas uma transição de imóvel, mas no fundo sabia que Velasco havia se interessado por ela e para ele seria uma oportunidade de conhece-la melhor. Mas também sabia que não tinha nenhum interesse por ele, além de não estar pronta para entrar em um relacionamento sendo que ainda estava se recuperando do "baque" que levou com Alfonso .

***

    As horas passaram rápido naquele dia, Anahí chegou no local marcado no carro do pai. “Tenho que comprar meu próprio carro” pensou enquanto saia do veículo. A entrada do restaurante estava muito bem iluminada, o enorme letreiro na frente do mesmo confirmava que ela estava no lugar certo, aproximou-se do recepcionista sorridente no balcão de entrada e pronunciou o nome do homem com quem jantaria “Manuel Velasco”, ele sorriu e pediu gentilmente para que ela o seguisse, a guiou entre as mesas do luxuoso restaurante com pessoas que pareciam não perceberem o mundo a sua volta. Manuel Velasco a esperava olhando o cardápio e não percebeu sua aproximação.

    -Boa noite –Ela cumprimentou Velasco que olhou por cima do cardápio e ao perceber que sua companheira de mesa havia chegado levantou-se com um largo sorriso para cumprimenta-la.

    -Boa noite –Retribuiu o homem a abraçando por mais tempo do que um abraço formal –Tenho certeza que essa noite será incrível –sussurrou no ouvido dela enquanto a abraçava.

    -Eu também –Continuou Anahí em um tom mais formal, se desvencilhando de seu abraço e puxando a cadeira –Afinal, estou ansiosa para comprar o seu apartamento.

    Ele pigarreou, ainda estava em pé ao lado dela que agora estava sentada e checando o cardápio sem dar atenção para ele. Velasco voltou para a sua cadeira e cruzou as mãos sobre a mesa, seus olhos estavam fixados no batom vermelho que Anahí estava usando, a forma com que ela abria os lábios enquanto lia silenciosamente o menu era tão atraente aos olhos dele que chegou a suspirar alto, chamando a atenção da loira.

    -Disse alguma coisa? –Perguntou.

    -Não, não –Disse Velasco ainda com o rosto sorridente e sonhador –Só estava admirando sua beleza extraordinária! –Ela o olhou com olhos mais abertos –Acho que você é a mulher mais linda que já conheci. Tem namorado?

    Apesar de estar nitidamente claro que Velasco estava “dando em cima” dela, Anahí ainda não esperava por aquela pergunta tão repentina, encostou as costas na confortável cadeira acolchoada e fixou seu olhar no lustre que estava pendurado no centro do restaurante, tão brilhante, possivelmente era diamantes que estavam ali cintilando. 

    -Anahí?

    -Pois não? –Piscou os olhos antes de voltar a olhar para Velasco. Séria –Qual era mesmo a pergunta?

    -Você tem namorado? –Ele aproximou uma mão até o centro da mesa, era um sinal para que Anahí levasse uma mão ao encontro da dele, mas ela não o fez e também não estava achando apropriado aquele diálogo, não tinha nem um tipo de intimidade com aquele homem.

    -Não –Ela baixou o olhar para sua mão direita apoiada sobre sua perna e lembrou do anel que havia ganhado de Poncho, ainda não conseguia parar de pensar no homem que a fez sofrer –Mas não é para isso que estamos aqui! –Disse brusca bebendo um gole de água que estava em uma taça a sua esquerda –Eu vim para assinar papéis, não é mesmo?

    -Sim, tem toda razão –ele recolheu a mão da mesa –Mas vamos fazer os pedidos primeiro! Depois você assina os papéis necessários. Já sabe o que vai querer?

    -Ainda não tive tempo de...-Ela ergueu o cartaz novamente em frente ao seu rosto quando foi interrompida por Velasco.

    -Permita-me, por favor, fazer as honras.

    Anahí engoliu seco, cruzou as pernas debaixo da mesa e ajeitou-se na cadeira sentando de forma ereta. Ela observou Velasco acenando com um gesto rápido e simples para o garçom que chegou rápido a mesa, ele apontou o que iria querer no cardápio sem trocar uma palavra se quer com o garçom que apenas sorriu e balançou a cabeça em positivismo, Velasco e o garçom trocaram sorrisos breves como se já tivesse combinado alguma coisa, Anahí ergueu uma das sobrancelhas, mas tentou continuar neutra. O som do violino penetrava seus ouvidos, atraindo sua atenção, em um pequeno palco no meio do restaurante, bem em baixo do lustre alguns homens bem vestidos tocavam os instrumentos: piano, violino, flauta e arpa, era um som quase que angelical. Velasco sorriu para Anahí e baixou o olhar.

    -Estou curiosa –Ela apoiou a cabeça sobre suas mãos.

    -Quer saber o que falei para o garçom, não é? –Ela balançou a cabeça e Velasco riu novamente, ele levantou-se da mesa e começou a caminhar entre as mesas do restaurante, Anahí se perguntava o que ele estava fazendo, mas mantinha a pose e não fez perguntas. Apenas observou –Sabe, Anahí! –Ele falava mais alto enquanto caminhava olhando uma vez ou outra para a mesa em que ela estava –Não é todo dia que conheço uma mulher como você! –Ele subiu com ajuda de um dos homens que pararam de tocar violino para ajudá-lo a subir no palco onde os músicos tocavam a bela melodia, ela começou a rir naturalmente imaginando "Que idiota! O que ele está fazendo"? Engraçado ninguém estar prestando atenção nele, ela olhou ao redor e as pessoas continuavam fixas em suas comidas, em suas conversas... –Eu não sabia como fazer você se interessar por mim! Pensei em cantar, já que você é cantora –Jogaram um microfone para ele e ele fingiu cantar algo, mas o máximo que conseguiu foram alguns gritos desafinados, Anahí não se conteve e gargalhou –Percebi que te espantaria com essa cantoria. -ele jogou o microfone de volta, o restaurante estava incrivelmente silencioso, as pessoas calaram-se, mas não olhavam para Velasco - Rezei para que você fosse uma mulher romântica, pois esta é a única maneira com que eu teria o mínimo de chance com você! –As luzes de todo o restaurante se apagaram fazendo Anahí gemer baixinho em um rápido susto, acenderam-se apenas um foco de luz sobre Velasco e Anahí, ele ficou em silêncio enquanto ela se acostumou com a luz repentina. Tudo estava tão incrível, tão mágico! Para ela era difícil acreditar que tudo aquilo era para ela, Manuel realmente estava muito interessado nela, mas ela não achava que um jogo de luzes e um bando de atores em um restaurante chic fosse a maneira mais romântica de encantar uma mulher, ele simplesmente poderia ter mandado flores, não precisava fazer esse "espetáculo ridículo". Pétalas de rosas começaram a cair sobre Anahí, ela estendeu a mão para pegar algumas enquanto ria alto e sem medo, de repente todas as luzes do restaurante acenderam-se, ela tampou os olhos novamente rapidamente por causa da claridade instantânea e quando voltou a abrir os olhos percebeu que estava apenas ela, Velasco e os músicos no restaurante, todas as outras pessoas haviam “sumido” como que em um passe de mágica! Ela olhava ao redor, para as mesas boquiaberta procurando alguém mais não encontrou. Suspeitou que os atores estavam escondidos em baixo da mesa e gargalhou alto. Ela tampou os lábios com as duas mãos. Estava muito admirada. Velasco caminhou até ela com um buque de rosas que ela não sabia de onde ele tinha tirado, ajoelhou-se em frente a ela que ainda continuava com as mãos sobre a boca –Você aceita sair comigo outra vez?

Ela passou a mão entre os cabelos fingindo não estar admirada, mas não conteve e abriu um grande sorriso. Pensou que ele era um homem desesperado, não precisava de tudo isso para apenas convidá-la a sair outra vez, ela não estava muito afim de mais um jantar com Velasco, não queria laços com o ex proprietário de seu apartamento, mas tinha dó de recusar o convite feito com tanto...entusiasmo! 

-Tudo bem -Sorriu sem graça segurando o buque em um dos braços enquanto com a outra mão alisava o cabelo. Os dois sorriam olhando em ambos olhos azuis. Ela o abraçou com aquele sorriso falso escancarado.