Fanfic: O Nosso Amanhã | Tema: Rebelde, Ponny, RBD, Anahí, Alfonso, Los A

Assim que a cortina caiu e eles ficaram de frente para quinze mil pessoas que gritavam histéricas e desesperadas por ter iniciado naquele momento o fim oficial do RBD, sentiram o coração bater mais forte, a boca ficar mais seca e um vazio em seus estômagos que seriam preenchidos aos poucos durante as canções. Anahí não pôde evitar que seus olhos ficassem trêmulos e embasados de lágrimas. Suas mãos gelaram e ela teve que segurar o microfone com mais força pois sentia todo seu corpo amolecer, suas pernas fraquejarem. Era a última vez com eles!

    A loira elevou o microfone em direção aos seus lábios como se estivesse em câmera lenta e assim que soltou a voz, cantando as primeiras palavras da canção sentiu sua alma vibrar! Cantou como se não existisse o amanhã, cantou para o público, cantou deixando que seu amor fosse demonstrado pela voz, percorreu a passarela do palco como se quisesse jogar-se no público, como se quisesse unir-se a eles em um só corpo. “Dance! Dance! Dance! Rock! Rock! Rock! Roll! Roll! Roll! Contigo Cariño Mio!”

    -OLÁ MADRI!!! –Ela cumprimentou o público como sempre fazia, enquanto corria da passarela do palco para o lado de Poncho com quem dançaria no refrão da música. Estava tão feliz e animada! Esquecera que aquele seria o último e estava alegre como se fosse  primeiro, e enquanto corria viu os sorrisos borrados dos seus companheiros de palco. Poncho olhava fixamente para ela enquanto ela se aproximava com um sorriso escancarado enquanto cantava o primeiro verso da canção.

    Anahí e Poncho começaram a dançar juntos, alegres como se nada mais importasse no mundo, como se não existisse mais nada no mundo além daquele show! Estavam juntos, se completavam, em cima do palco, na estrada em qualquer lugar se estivessem juntos nada mais importava. Logo veio o refrão novamente. E na parte da coreografia em que Poncho deve segurar a mão de Any sobre sua perna, ela sentiu um arrepio dominar-lhe o corpo, sentiu um choque em seu peito, ela era tão sortuda por ter encontrado o homem dos seus sonhos! Ela logo olhou nos olhos dele enquanto voltavam a cantar e sorriu para ele, porque pensava algo e acreditava que aquele pensamento poderia continuar para sempre “Nada poderia separá-los”, Poncho entendeu que já não havia clima ruim entre eles, entendeu que ela continuava amando ele como sempre!

    Anahí caminhou até a passarela novamente, afastando-se de seu amor, saltitante abaixou-se no palco para trocar algumas palavras com aquelas pessoas que estavam loucas, chorando e sorrindo, aquelas pessoas que como ela não sabiam definir o que estavam sentindo.

    -Hoje eu quero dizer uma coisa! –Os fãs iam a loucura enquanto ela falava, seus rostos lavados em lágrimas –EU AMO TODOS VOCÊS! –E os gritos dava-lhe a impressão de tremor! Ela esquecera toda a tristeza e melancolia que esteve presente durante todo o dia, porque aquele show já havia iniciado de forma inesquecível! Maite começou a cantar sua estrofe da música e todos os cinco já estavam a fazer novamente a coreografia, Any correu para perto de Poncho e pulou em seus braços levando os fãs novamente a loucura! Ele a girou enquanto a abraçava e depois dançaram e cantaram tão felizes de mãos dadas, deveriam continuar para sempre assim! Com certeza aquele seria um momento para nunca ser esquecido.

    O show prosseguiu muito alegre, entre gritos dos fãs e declarações dos integrantes. Aún hay algo, Celestial, Um poco de tu amor,outro dia que va, ser o parecer, hoy que te vas, solo quedate em silencio, Inalcanzable, y no puedo olvidarte, light up the world tonight todos com energia total, amor predominando todo o show em forma de lágrimas, gritos, abraços, música!

    Enquanto Ucker cantava sua música solo “Light Up The World Tonight”, os outros integrantes preparavam-se pondo outros figurinos e uma correria feliz por todo o bastidor, Pedro de um lado para o outro falando com o pessoal da produção e da segurança que impedia que fãs loucos adentrassem ali e atrasassem os cantores. Dulce procurava sua blusa apenas de sutiã revirando almofadas, tapetes e caixas que estavam naquele local, todos já eram muito íntimos. Christian e Maite pulando abraçados enquanto algumas lágrimas de felicidade cobria-lhes a face. Anahí reforçava a maquiagem quando Poncho a abraçou por trás e viu seu rosto sorrir através do espelho “Depois do show e da minha viagem nós vamos nos casar e ficaremos para sempre juntinhos, meu amor”, ele disse antes de beijar o pescoço da loira que sorriu novamente para retribuir a frase.

    -Poncho, para de namorar a Anahí! Ela tem que entrar no palco agora! –Pedro separou o casal e levou Any até a escada que levava ao palco pelo braço, ela soltou dois beijinhos invisíveis para Poncho antes de entrar no palco e ele retribuiu.

    Havia chegado a hora de Any cantar, Sálvame! A música que havia virado o hino da banda, a música que sempre conseguia surpreende-la com emoções distintas. O poema que ela havia escrito estava sendo recitado e ela esperava ele terminar de ser ouvido para que aparecesse no palco:

“Quase me apaga a luz

Cheguei a ser só o eco de uma luz que um dia brilhou

Mas um dia

Renasceu a esperança, a luz voltou a brilhar

Me dei conta de que estava aí

Gritando sem medo que ainda acreditava em mim

E hoje

Por ti, e por mim estou aqui

Com mais força, sem medo, com meu hino ao amor

Aos corações partidos que vão juntando pedacinhos

I do, I do, I do believe!”

    -Salvame –Anahí caminhou até o centro do palco e encarou a multidão gritante enquanto a sinfonia tocava, ela sabia o que estava sentindo naquele momento, sentia saudade. Saudade do que em pouco tempo teria fim–Extrañarte es mi...-Ela sentiu uma emoção tão forte que o primeiro verso da canção a fez perder a voz e a tampar os lábios enquanto os olhos já não reprendiam mais as lágrimas, suas lágrimas misturaram-se ao seu sorriso as pessoas cantavam a música e ela lhes apontava o microfone, enquanto tentava retomar a calma para cantar o restante da música. Seria a última vez! –Sobrevivo por pura ansiedade, com el nudo em la garganta, Y és que no te dejo de pensar há aa...- Ela começou a caminhar lentamente com os olhos fechados sobre o palco, queria sentir aquele momento com a alma, queria eternizar aquilo para sempre em seu coração. O vento da noite, aquecido pela quantidade de pessoas que estavam naquele local envolvia seu corpo –Poco a poco el corazon, va perdiendo la fe, perdiendo la voz! Vocês!

    -Salvame del olvido – O povo fazia a segunda voz perfeita para Anahí.

    -Sálvame de la soledad –Ela levou a mão sobre o coração e começou a caminhar sobre o palco com mais intensidade enquanto as lágrimas desciam sobre sua pele, lágrimas de saudade, alegria e amor! –Estoy hecho a tu voluntad!

    Nunca havia se emocionado tanto em uma só noite! Pensava nos momentos em grupo, pensou nos sorrisos de todos seus amigos, pensou no inicio, agora pensava no fim, pensava em seus beijos com Poncho, pensava no público que cantavam com ela ali, pensava na saudade que sentiria de subir ao palco e vivenciar momentos assim. Durante a canção Sálvame, Anahí chorou e encantou ao público que chorava juntamente com ela, e seus companheiros de palco também não conseguiram deixar de sentir a emoção, o amor que havia enquanto Anahí cantava! Ela terminou a canção sentada no palco, seus cinco companheiros tiveram que ir até ela abraçá-la, sentiam que eram apenas um naquele momento. Se conheciam tão bem! Enquanto o público ia ao delírio, algumas fãs desmaiavam e eram retiradas da multidão as pressas.

    O show prosseguiu, Anahí se recompôs, mas não podia deixar de chorar uma vez ou outra em versos de algumas canções. Chorou ao cantar em “este corazon” com Poncho, sorriu ao dançar em solo para ti, gritou ao cantar me voy, abraçou um fã que subiu ao palco enquanto cantavam que hay detrás, beijou Poncho escondido atrás da bateria enquanto tocavam besame sin miedo, dançou e pulou muito em nuestro amor, e tremeu ao ouvir as primeiras notas de “rebelde”

    -Mientras mi miente viaja donde tu estas, mi padre grita outra vez! –Era lindo olhar a multidão querendo estar tão próximos a eles, era bonito ver aquele momento virar histórico! Vinte e um de dezembro, o dia em que ficaria guardado para sempre na momeria dos RBD´s! Várias mensagens de amor aos integrantes, começaram a chover presentes vindo do publico em cima do palco, apagaram-se inicialmente as luzes do estádio e apenas os celulares, lanternas e isqueiros formavam um “céu de estrelas” para aquelas seis pessoinhas que haviam encantado milhares de jovens por todo o mundo!

    “Y soy Rebelde!”

    Finalizaram a canção, o show e também uma história, uma época que jamais seria esquecida e que foi vivida intensamente. Seis pessoas que ensinaram a tantas outras o que era amor, lealdade, amizade, respeito! E para sempre ficariam marcadas nos corações das pessoas que viveram aquele tempo e os viram transmitir sensações que talvez jamais se repitam nesta vida!

    O abraço marcou o fim  de uma trajetória linda e que jamais poderá  ser repetida por outras pessoas!