Fanfics Brasil - 4 - Alguém Já Ouviu Falar na Krósvia? (PARTE 1) Simplesmente Dulce(adaptada)

Fanfic: Simplesmente Dulce(adaptada) | Tema: Vondy


Capítulo: 4 - Alguém Já Ouviu Falar na Krósvia? (PARTE 1)

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Os dias seguintes à minha chegada foram de reconhecimento de terreno. Ou seja, fui levada de um lado para o outro por Irina, mas meio clandestinamente. Por mais que Andrej não tivesse divulgado oficialmente a minha existência, ele temia por minha segurança. Isso era muito engraçado porque, até então, a única preocupação de minha mãe tinha sido garantir que eu chegasse em casa todos os dias com a cabeça bem grudada no pescoço e todos os meus fios de cabelo no lugar.


O que Andrej não queria era que eu sofresse o assédio da imprensa antes da hora e não pudesse curtir anonimamente meu novo país. Palavras dele. Meu pai também queria evitar que a notícia se espalhasse pelo Brasil e se tornasse assunto das revistas de fofoca.


Sendo assim, para que as coisas acontecessem do jeito certo, Andrej estava planejando um evento de apresentação de sua filha — ou seja, euzinha — ao povo da Krósvia. Nesse dia, ele faria um comunicado oficial e divulgaria ao mundo que tinha uma herdeira legítima.


Quando ele me contou tudo isso, comecei a rir. Fiquei me lembrando de um livro que li sobre uma princesa americana recém-descoberta. Eu estava vivendo algo bem parecido, com a exceção dos cabelos indomáveis. Isso eu não tenho, graças a Deus.


Bem, passei dias andando com Irina para todos os cantos de Perla e me deslumbrando com a beleza da cidade. Havia tantas praças e todas eram tão bem cuidadas e floridas! Não vi lixo espalhado nem bancos estragados. As crianças brincavam — livres e seguras — nos parquinhos.


E as flores! Era tanta variedade, tanta cor que fiquei sem fala. Aliás, parecia que Perla nascera para ser florida. Cada casinha tinha um canteiro na frente, fosse no chão ou nas sacadas. Tudo muito caprichado, como se as pessoas tivessem orgulho de viver naquele pedaço do mundo.


Irina disse que sou engraçada. Normalmente os turistas se encantavam pelos palácios, pelos monumentos históricos, pela arquitetura eclética... e eu lá, babando na natureza e nas casas das pessoas comuns.


Não é bem assim. Também gosto das construções. Pelo amor de Deus, nasci em Minas Gerais! Sou fã de Ouro Preto. Adoro antiguidades. E Perla tinha um monte delas. Mas não dava para ignorar quão generosa a natureza foi com a Krósvia ao dar ao país um clima agradável, propício a tudo, além de um litoral digno de catálogos turísticos. Paradisíaco.


Sem brincadeira. Ao afundar meus pés naquelas areias brancas e finas, fiquei imaginando uma cena idílica com Alfonso e eu como protagonistas. Minhas bochechas chegaram a queimar. Não vou descrever o que passou por minha cabeça. Só sei que foi bom e desejei muito que as imagens passassem a ser reais. Ai, ai.


Outra marca registrada de Perla eram os cafés. Assim como eu imaginava que seria em Paris, havia um em cada esquina, todos cheios de turistas, homens e mulheres de negócios, estudantes, boêmios. Claro que fui conferir dia após dia se eles eram tão bons quanto aparentavam e, como cafezeira de primeira, atesto que foram mais do que aprovados.


Devo registrar que a energia de Irina não tinha fim. Quando pensei que já tinha visto tudo, conhecido todos os lugares, ouvido todas as histórias, ela me apareceu com mais um roteiro.


— Vamos seguir hoje a trilha da moda e do consumismo.


Eu chegara à Krósvia com uma pequena reserva financeira, conquistada com meu irrisório salário de estagiária, mais a mesada que recebia de minha mãe para não ter que ficar pedindo dinheiro toda hora. Mas nem bem tinha respirado os ares europeus e Andrej aparecera com um sorriso nos lábios e um cartão de crédito nas mãos. Não adiantou argumentar, dizer que não precisava, que ficaria bem com o que trouxera e coisa e tal. Ele enfiou o cartão em meu bolso e ordenou: Use sem moderação.


Nunca tivemos problemas econômicos, digo, minha mãe e eu. O trabalho dela é bem remunerado e vivemos com certo conforto. Mas eu jamais ouvira essa frase em toda a minha vida. Mamãe sempre regrou tudo. Primeiro, porque a gente não nadava em dinheiro. Segundo, bem, por motivos óbvios. Todo mundo sabe que não se pode dar a uma criança ou a um adolescente tudo o que eles querem.


Aí aparece o meu pai e me diz uma coisa dessas, ainda por cima sorrindo. Inacreditável. Se eu ainda fosse pequena, ele poderia estragar minha educação. Que bom que já estava bem crescidinha...


Então, por excesso de responsabilidade — e pela boa educação que recebi de dona Blanca —, insisti que não queria cartão de crédito nenhum e que nem era tão consumista assim. Essa característica era forte em minha mãe e em vovó, mas eu sempre fui básica, como todos bem sabem.


Andrej virou as costas e me deixou com cara de tacho. E o cartão na mão.


Só por isso, Irina inventou de me levar às compras. Fala sério. Ela disse que eu precisava de roupas novas. E sapatos. E bolsas. E maquiagem. Então eu fui, fazer o quê?


Sem que eu me desse conta disso, já estava enfiada num megashopping, gastando feito louca, comprando coisas que eu nem sonhava ter.


Por sorte, as atendentes das lojas falavam inglês (o país estava bem preparado para o turismo) e não houve o menor problema de comunicação. Elas ficavam empolgadas quando Irina contava que eu era brasileira e faziam um monte de perguntas, a maioria do tipo: Você usa biquíni fio-dental? Ninguém merece.


Acabei comprando três calças jeans — uma de cintura baixa e justinha, outra básica e uma de estilo masculino, meio larga no bumbum, da Dolce & Gabanna, pode? —, cinco vestidos básicos, dois vestidos de festa, sete blusas, um casaco de lã e um blazer. Ah! E um lenço também. E um par de luvas de couro vermelhas.


Tá bom. Para quem se diz não consumista, exagerei nas compras. Mas era tudo tão lindo, e eu agora tinha tanto dinheiro...


Apaixonei-me pelos sapatos italianos Manolo Blahnik, dos quais eu só tinha ouvido falar nos livros de Meg Cabot e Sophie Kinsella, e acabei levando três pares exclusivíssimos e carésimos: uma bota preta de bico fino, cano alto e salto agulha, um “meia pata” rosa-choque, furado na ponta para deixar os dois primeiros dedos do pé à mostra, e uma sandália de festa creme. De outra butique, levei ainda uma bolsa de couro verde-escura e uma rasteirinha com as tiras bordadas com pedras douradas.


Consumida pela euforia, acabei renovando minha gaveta de lingeries, dando-me de presente alguns conjuntos de renda bem sexies da Victoria’s Secret, para uma emergência. Vai saber? Não que eu esteja planejando algo... Ou talvez esteja, sei lá! Pelo menos, foi o que fiquei repetindo para mim ao pagar as calcinhas e os sutiãs novos, embora, só de pensar na possibilidade de concretizar minhas fantasias na areia da praia, sentisse a barriga gelar.


Cheia de sacolas nos braços, um sorriso de prazer na face e um rombo na conta bancária — de meu pai —, avistei um salão de beleza e decidi que precisava fazer as unhas. Sou básica — ou era? —, mas não sei ficar com as unhas por fazer.


Graças a Deus, havia uma manicure no salão e ela estava com tempo para me atender. Irina aproveitou a oportunidade para trocar a cor do esmalte.


Sentei-me diante da moça e estendi as mãos para ela, que pegou uma lixa e começou a aparar minhas unhas.


Notei que não havia nenhum sinal de alicates e removedores de cutículas. Como, por Deus, a manicure pretendia dar um trato legal nas minhas unhas sem um bom e afiado alicate?


Quando a manicure, depois de guardar a lixa, retirou uma base da gaveta e quis saber qual cor eu gostaria de passar, puxei rapidamente as mãos e perguntei, incrédula:


— Você não vai colocar minhas mãos de molho para tirar as cutículas?


— As cutículas? Tirá-las? Como assim? Posso empurrá-las, se fizer questão.


De queixo caído, balancei a cabeça energicamente. Não dá para fazer as unhas sem eliminar as cutículas! A beleza do negócio está na eliminação das benditas cutículas. Todo mundo sabe disso, não sabe?


Remexendo a bolsa, encontrei o saquinho de chita onde guardava os apetrechos que levava para minha manicure de Belo Horizonte quando ia arrumar as mãos e os pés.


— Olha — comecei, paciente —, eu não sou manicure, mas posso lhe dar umas dicas. Porque não dá para ficar com as unhas bonitas e nenhum esmalte as realça se as cutículas continuarem aqui.


— Senhorita, eu realmente...


— Veja bem, hã, Virna — li o nome da moça em seu crachá. — Você consegue um par de luvas de plástico com a cabeleireira?


Virna se limitou a balançar a cabeça, mas se moveu em busca das luvas.


— Muito bem — disse eu em tom professoral. — Agora, a gente borrifa um pouco de água dentro de uma delas primeiro. Pode colocar uma pequena dose de creme hidratante também. Depois, é só calçá-la em uma das mãos. Enquanto lixa as unhas da outra mão, a água e o creme vão amaciar as cutículas desta e daí você poderá cortá-las com o alicate. Assim. Dê aqui sua mão.


Sem nem perceber o que estava fazendo, executei todas as etapas relatadas para Virna na própria Virna, sob os olhares atentos e incrédulos das clientes e funcionárias do salão. Sem contar a boca escancarada de Irina, que devia estar a ponto de me arrancar dali e me prender dentro do castelo. Seu olhar dizia o que ela pensava: O rei vai me matar! Estou expondo a filhinha dele!


A manicure ficou muda. Mesmo não tendo destreza para fazer uma unha com perfeição, consegui demonstrar à moça como deveria ficar uma mão bem-feita. Recebi aplausos entusiasmados assim que terminei.


— Nos pés, você pode usar sacos plásticos — finalizei a lição. — E agora? Vai fazer minhas unhas direito?


Virna concordou e tratou de aplicar as técnicas recém-aprendidas. Tudo bem. Admito que não ficou uma maravilha, mas já era um começo. E, como já estava em um salão de beleza mesmo, lavei e sequei os cabelos.


Ao me olhar no espelho, senti-me renovada. Com o guarda-roupa reestruturado, as unhas feitas e o cabelo limpo e brilhante, estava pronta para encarar essa vida diferente e mágica que caíra de paraquedas sobre minha cabeça.


***




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Autor(a): leticialsvondy

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Tudo lindo... até eu chegar em casa. Irina e eu entramos no castelo pela entrada secundária, destinada aos funcionários e moradores por ser mais curta e de acesso mais fácil. A essa altura, ou seja, quando eu já estava havia quase duas semanas na Krósvia, todo mundo no palácio sabia quem eu era e conhecia meus hábitos ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 28



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  • millamorais_ Postado em 01/08/2016 - 01:05:59

    Eu posso morder esse rapaz *--*

  • millamorais_ Postado em 01/08/2016 - 00:34:25

    Sério, tou lendo o capítulo 20 e qndo ela falou luan Santana pensei logo nessa música kkkkk

  • Isy_Rocker Postado em 31/07/2016 - 18:56:43

    Ameeeeeeeeei *------* Ansiosa por De Repente Dulce <3 Ficoou demais <3 ----- <3

  • Isy_Rocker Postado em 30/07/2016 - 21:18:23

    Meu na moral, eu quero que eles fiquem juntos mais que tudo, mas eu to morrendo de raiva da Dulce pqp, tipo ela errou com ele e tudo que ela fez foi mandar um email e agora outro e já desistiu, ela n luta por ele e isso da raiva, acho que ele devia dar um gelo nela sim e ela correr atrás, mas continuaaaaaaaaa pooor favooor *---*

  • GiovannaPuentePortillaherrera Postado em 30/07/2016 - 19:44:04

    A dulce bebada é muito engraçada mas coitada dela.....Chris não ignora ela dessa vez......continua estou amando

  • Isy_Rocker Postado em 29/07/2016 - 23:17:10

    Cara, se ele tivesse feito alguma coisa seria a um tempo atrás e ja teria cancelado tudo, então talvez pode ser sei lá que ele mudou de ideia e a puta lá continuou com a armação ou alguma coisa assim, eu só que eu tenho certeza absoluta que ele ama ela demais e nunca armaria algo assim, muito menos na primeira vez dela eu sei que a Dul vai se arrepender de não dar UM voto de confiança, sério to deduzindo um monte aqui neh? Parei shaushas poosta loogo <3

  • GiovannaPuentePortillaherrera Postado em 29/07/2016 - 21:47:17

    Já não sei mas no que acreditar seu eu acredito no Cris ou nos paparazes......coitada da Dulce......amei a maratona continua

  • millamorais_ Postado em 29/07/2016 - 11:06:25

    Isso tá cheirando a armação daquela cobra, rezando para que tudo se resolva logo, preciso deles juntos *---*

  • Isy_Rocker Postado em 28/07/2016 - 23:19:11

    Ameeeei, amei amei demaaaais *-------* Só que agr to chorando aqui, o Chris não fez isso neh? Eu sei que ele n fez '-.- E acho q a Dul deveria ter dado ao menos um voto de confianças, sei que a maratona acabou, mas sacanagem neeh, parar bem nessa parte '-.- shashuahsa Continuaaa logooo *-*

  • Isy_Rocker Postado em 28/07/2016 - 23:18:56

    OOOOOOIII, leitora nova aqui *------------*


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