Fanfics Brasil - 8 - Dias de Tensão (PARTE 2) Simplesmente Dulce(adaptada)

Fanfic: Simplesmente Dulce(adaptada) | Tema: Vondy


Capítulo: 8 - Dias de Tensão (PARTE 2)

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Porém, à noite, o estilo mudaria totalmente. De tanto folhear as revistas de celebridades e visitar as lojas mais descoladas do país, concluí que os longos estavam com tudo, especialmente os com fendas até o meio de uma das coxas, sensação da temporada. Seguindo o conceito elegante-mas-sexy, meu coração quase parou assim que bati os olhos no vestido de meus sonhos: um longo rosê — contrariando a dispensável opinião de Laika de que minha pele não combinava com tons pastel — de uma seda puríssima, quase diáfana, com decote profundo na frente, ajustado na cintura por uma faixa do mesmo tecido, presa por um broche de cristais. A saia era reta, mas se abria gradualmente por causa da fenda na lateral esquerda. MA-RA-VI-LHO-SO! Minha mãe amaria, já que ela se ligava muito mais nessas coisas de moda do que eu. E ai de quem o achasse feio. Era da Dior Couture! Socorro! Eu não via a hora de colocá-lo novamente no corpo e desfilar com ele pelo salão. Epa! Será que eu estava me tornando uma garota fútil? Foco, Dulce.


O livro que eu lia já tinha passado da metade quando o telefone do quarto fez um barulho estridente. Pelo toque, não era uma chamada externa. Alguém de dentro do castelo queria falar comigo.


— Oi?


— Dulce! Depressa! — exclamou Irina. — Elas chegaram!


Desci feito uma louca as escadas até o hall de entrada, esquecendo- -me completamente de meus trajes — ou da falta deles. Mas, naquele momento, não importava se eu estivesse de biquíni ou enrolada numa toalha. Tudo o que eu mais desejava era ver as três mulheres mais importantes de minha vida: minha mãe, minha avó e minha melhor amiga.


Quando aterrissei no andar térreo do castelo, avistei as três, de boca aberta e olhos esbugalhados, mal segurando o choque por estarem diante de um lugar tão magnífico. Sorri, ao mesmo tempo em que as lágrimas embaçavam minha visão.


— Mãe! — berrei, saltando feito um cabrito para os braços dela.


As três, ao notarem minha presença, aproximaram-se de mim e nos unimos num abraço único e emocionado.


Nem reparei em quem estava na sala. Pouco me importava ser pega naquelas condições, desde que os braços de minhas queridas continuassem a meu redor. Como elas fizeram falta!


— Oh, meu amor! — disse vovó. — Que saudade!


Mamãe se afastou um pouco para analisar minha aparência. Pareceu gostar do que viu.


— Você está ótima! Corada, reluzente.


— É claro! — interrompeu Anahí, cujas malas — mais de uma — estavam nas mãos de um Jorgensen aturdido. — Quem ficaria mal num lugar como este? Isso tudo parece um sonho, Dulce!


— Vocês ainda não viram nada. Espero que dê tempo de mostrar todas as coisas lindas que encontrei por aqui — desejei. E então alguém tossiu.


Era meu pai, parado a certa distância, contemplando a cena do reencontro. A seu lado, a sempre fiel Irina.


— Espero que tenham feito uma boa viagem — disse ele, formal, mas em inglês, imaginando que todas eram fluentes naquele idioma. Mas depois relaxou. — E gostaria muito que ficassem à vontade para conhecer o que quiserem, dentro e fora do castelo.


Minha mãe balançou a cabeça, mas foi vovó quem respondeu, também em inglês (vovó Nair não vive na idade da pedra, não, senhor!):


— Obrigada, Sua Majestade. O senhor é muito gentil. E estou feliz porque vejo que tem cuidado muito bem da minha neta.


— Poderia estar fazendo melhor — Andrej retrucou. — Se tivesse um pouco mais de tempo. A Dulce fica praticamente por conta da Irina e do meu enteado, o Chris.


Anahí fez uma cara safada ao escutar o nome Chris.


— E, por falar em Irina, esta é a responsável por tudo isso aqui hoje. — Andrej empurrou-a de leve em nossa direção, fazendo-a corar de prazer.


Se havia uma pessoa que adorava ser reconhecida como eficiente, essa pessoa se chamava Irina.


— Ela é meu braço direito em assuntos domésticos — continuou ele. — E também uma fã de carteirinha da nossa Dulce.


Corei com o emprego do pronome “nossa”. Soou tão afetuoso.


— E minha grande amiga — concluí, segurando as mãos dela, de forma a retribuir tudo o que vinha fazendo por mim.


Houve um instante de cumprimentos e trocas de beijinhos no rosto, gesto que nós, mineiros, não titubeamos em utilizar. Notei que Irina ficou toda vermelha com tanta demonstração de afeto, coisa com a qual ela não estava acostumada. Outro dia, eu perguntara a ela sobre sua vida amorosa e ganhara uma resposta sucinta, sem direito a réplicas:


— Não tenho tempo para isso.


Mas, não sei, não. Ficara a impressão de que Irina tinha uma quedinha por meu pai. E ele, por viver atolado em trabalho até o pescoço, nunca se permitira perceber os sentimentos da moça. Tadinha... Até que os dois fariam um casal bonito.


Andrej levou as visitantes para o salão de recepção, onde Karenina lhes serviu um lanche de primeira. Havia estrelas nos olhos de cada uma e essa aprovação delas de “minha vida lado B” me fez muito bem.


— Daqui a pouco chegam os demais convidados para o almoço — anunciou Andrej. — Blanca, acho que você vai gostar de rever minha irmã, Marieva. Lembra dela?


— É claro. Como não? Parece que nos encontramos só uma vez, mas gostei dela.


Graças a Deus não foi estranho para os dois iniciar uma conversa despretensiosa. Depois dessa, todo mundo no ambiente deu uma relaxada legal.


Até que Christopher apareceu, de supetão como sempre, e nos presenteou com sua presença marcante. Fiquei uns cinco segundos sem respirar, cada vez mais ligada à existência dele.


— Olá para todos — cumprimentou despojadamente, mas aprumou o corpo assim que viu minhas convidadas do Brasil. — Oi. Desculpem. — Ficou desconcertado. Uma gracinha.


— Chris, que bom que chegou! — disse Andrej. — Estas são Blanca, dona Nair e Anahí, mãe, avó e melhor amiga da Dulce.


— Só Nair, por favor — retrucou vovó, toda coquete.


Chris se dirigiu a elas e cumprimentou uma a uma com um aperto de mão. Fingi que não vi, mas Anahí estava prestes a fazer algum comentário, um daqueles bem ambíguos, só para ver minha reação.


— Chegaram agora? — Chris perguntou, educado, mas de olho em mim. Engraçado: ele parecia estar segurando o riso, como se estivesse olhando para um palhaço ou coisa parecida.


— Sim. Faz pouco tempo — respondeu Anahí, analisando nossas reações.


— E devem ter pegado a Dulce de surpresa, né? Já que ela nem teve tempo de vestir uma roupa.


Olhei para mim devagar. Já tinha até me esquecido de que usava meu roupão verde-água com bolinhas lilás, de fleece. Macio e confortável, mas ridículo. Ai, que vergonha!


Todos riram, menos eu, é claro, que estava prestes a correr dali. Disparei a gaguejar:


— A-cho que vo-ou sub-bir para me tr-trocar.


— Vou com você! — E tinha jeito de Anahí não se prontificar a me acompanhar? Eu já podia até escutar as engrenagens do cérebro dela fazendo barulho.


Acabei ajudando-a com as malas. Pelo jeito, ela pretendia passar mais do que um feriado prolongado na Krósvia.


Fomos direto para meu quarto e prometi levá-la ao dela mais tarde.


— Nossa, Dulce! Que lugar é este?! Você tem vivido bem, hein, garota?


— Não é? Às vezes, eu penso: pra que tudo isso? Mas acho que vida de gente importante é assim mesmo — justifiquei-me de dentro do closet, onde aproveitei para escolher a roupa que usaria no almoço.


Anahí pôs-se a passear pelo quarto, absorvendo os detalhes feito Hercule Poirot à procura de provas criminais nos livros da Agatha Christie.


— Nunca imaginei que um dia fosse entrar num castelo como este — observou ela. — Muito menos que seria a melhor amiga da princesa.


— É inacreditável mesmo. — Concordei por concordar, porque a essa altura minha ficha já havia caído havia muito tempo.


— E você é uma sortuda com S maiúsculo — continuou Anahí. — Além de tudo isto — ela fez um movimento com os braços, como se estivesse abrangendo tudo ao redor —, ainda tem o Chris. Por que você nunca o descreveu direito para mim?


— Peraí. Vamos por partes. — Saí do closet com o zíper da saia aberto. — Eu não tenho o Chris. Isso é piração sua. Além do mais, como assim descrevê-lo? Pelo que me consta, eu mencionei todos os detalhes importantes.


— Por acaso você me informou que ele era lindo e charmoso e tinha os olhos mais verdes e penetrantes do mundo?


— Não, mas fui bem sincera ao falar sobre a implicância dele comigo e sobre como os tais olhos verdes penetrantes só sabiam me fuzilar no princípio. Sem mencionar a desconfiança, lembra?


Consegui subir o zíper e ajeitar a saia sobre a blusa de seda. Voltei para o closet atrás dos sapatos.


— Dulce, eu queria detalhes que você deixou de lado, acho que de propósito. Pode confessar que tentou guardar esse tesouro só para si. Eu não ligo.


— Fala sério, Anahí! — Dei meia-volta, com os dois sapatos nas mãos. — Você enlouqueceu. Se eu não te descrevi o Chris é porque não era importante, tá legal? Nem reparei direito, se quer saber.


Levei o maior susto com a gargalhada sinistra que Anahí soltou.


— Ah, claro, a senhorita não reparou! Então, deve ter sido outra pessoa que o chamou de mauricinho gostosão.


Não acreditei que ela se lembrava disso!



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Autor(a): leticialsvondy

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— Isso foi abrangente, Anahí. Não foi uma declaração nem nada — expliquei, sabendo que a desculpa não colou. — Entendo. Realmente, o adjetivo gostosão abrange muitas coisas mesmo. — Que raiva! Anahí não queria largar o osso. — E define bem o nosso Chris. Porque ele é isso mesmo, um ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 28



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  • millamorais_ Postado em 01/08/2016 - 01:05:59

    Eu posso morder esse rapaz *--*

  • millamorais_ Postado em 01/08/2016 - 00:34:25

    Sério, tou lendo o capítulo 20 e qndo ela falou luan Santana pensei logo nessa música kkkkk

  • Isy_Rocker Postado em 31/07/2016 - 18:56:43

    Ameeeeeeeeei *------* Ansiosa por De Repente Dulce <3 Ficoou demais <3 ----- <3

  • Isy_Rocker Postado em 30/07/2016 - 21:18:23

    Meu na moral, eu quero que eles fiquem juntos mais que tudo, mas eu to morrendo de raiva da Dulce pqp, tipo ela errou com ele e tudo que ela fez foi mandar um email e agora outro e já desistiu, ela n luta por ele e isso da raiva, acho que ele devia dar um gelo nela sim e ela correr atrás, mas continuaaaaaaaaa pooor favooor *---*

  • GiovannaPuentePortillaherrera Postado em 30/07/2016 - 19:44:04

    A dulce bebada é muito engraçada mas coitada dela.....Chris não ignora ela dessa vez......continua estou amando

  • Isy_Rocker Postado em 29/07/2016 - 23:17:10

    Cara, se ele tivesse feito alguma coisa seria a um tempo atrás e ja teria cancelado tudo, então talvez pode ser sei lá que ele mudou de ideia e a puta lá continuou com a armação ou alguma coisa assim, eu só que eu tenho certeza absoluta que ele ama ela demais e nunca armaria algo assim, muito menos na primeira vez dela eu sei que a Dul vai se arrepender de não dar UM voto de confiança, sério to deduzindo um monte aqui neh? Parei shaushas poosta loogo <3

  • GiovannaPuentePortillaherrera Postado em 29/07/2016 - 21:47:17

    Já não sei mas no que acreditar seu eu acredito no Cris ou nos paparazes......coitada da Dulce......amei a maratona continua

  • millamorais_ Postado em 29/07/2016 - 11:06:25

    Isso tá cheirando a armação daquela cobra, rezando para que tudo se resolva logo, preciso deles juntos *---*

  • Isy_Rocker Postado em 28/07/2016 - 23:19:11

    Ameeeei, amei amei demaaaais *-------* Só que agr to chorando aqui, o Chris não fez isso neh? Eu sei que ele n fez '-.- E acho q a Dul deveria ter dado ao menos um voto de confianças, sei que a maratona acabou, mas sacanagem neeh, parar bem nessa parte '-.- shashuahsa Continuaaa logooo *-*

  • Isy_Rocker Postado em 28/07/2016 - 23:18:56

    OOOOOOIII, leitora nova aqui *------------*


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