Fanfics Brasil - 11 - Aspirante a Lady Di (PARTE 2) Simplesmente Dulce(adaptada)

Fanfic: Simplesmente Dulce(adaptada) | Tema: Vondy


Capítulo: 11 - Aspirante a Lady Di (PARTE 2)

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Para tudo! Em primeiro lugar, quem mandou a lambisgoia nos acompanhar? Ela que ficasse em casa tomando martíni com cereja numa taça de cristal. Ou fosse trabalhar, já que era uma grande executiva. Em segundo, como assim amor? Vai ser brega assim lá na casa do chapéu!


Bem feito. Chris se voltou para ela, mas abriu a porta para mim. Um a zero, cachorra magrela!


Acenei freneticamente para Irina e Karenina, que, zelosas como elas só, acompanhavam minha saída. No fundo, elas ficavam com pena de mim, pois sabiam como eu detestava viver presa.


Ajeitei-me no banco de trás do carro de modo que não conseguisse enxergar o rosto de Laika pelo retrovisor. Acabei focalizando a linda carinha de Christopher. Mas baixei os olhos para não provocar a garota histérica, que fez questão de segurar a mão direita de Chris enquanto ele manobrava o carro.


— Santa insegurança! — murmurei em português. Aliás, que ideia brilhante! De agora em diante eu xingaria Nome de Cachorro quanto quisesse, mas sempre em minha língua nativa. Ninguém ia nem perceber.


Mas as mãos não ficaram juntas por muito tempo. Chris soltou a dele para mexer no aparelho de som e sintonizou uma música que eu conhecia da frente para trás e de trás para a frente.


Hoje eu preciso te encontrar de qualquer jeito


Nem que seja só pra te levar pra casa


Depois de um dia normal...


Hoje preciso de você


Com qualquer humor, com qualquer sorriso


Hoje só tua presença


Vai me deixar feliz


Só hoje


Ofeguei. Que Jota Quest era uma banda maravilhosa e amada pelos brasileiros — pelo menos os de bom gosto —, todo mundo sabia. Ou melhor, nós, do Brasil, sabíamos. Mas Chris conhecer o grupo e ainda ter o CD no próprio carro?


— Chris, que música é essa? — quis saber Laika, mas não de um jeito “surpresa agradável”. — E em que língua horrorosa o cara está cantando?


Ah, não! Agora ela tinha extrapolado. Porque tudo bem EU às vezes xingar o bendito ser que criou a língua portuguesa e sua gramática complicada. Mas eu posso, pois falo português desde que saí da barriga de minha mãe. Ou melhor, desde uns nove meses depois disso, vá. Mas ela...


Aproximei-me do banco do motorista, agarrando o encosto da cabeça para dar impulso, e exclamei:


— Cara, você conhece o Jota Quest!


Christopher estava se divertindo. Não deu bola para meu espanto, respondendo casualmente:


— Quem não conhece? Eles são ótimos!


— Quem é Jota Quest, gente? — indagou Laika.


Ignoramos a dúvida de Nome de Cachorro.


— Faz tempo que você tem o CD deles? — perguntei, desconfiada. Tinha a impressão de que Chris só estava tentando me agradar.


— Não muito — ele deu de ombros.


— Você sabe o que a letra diz? — Essa pergunta eu fiz bem devagar.


Chris me olhou de esguelha, evitando encontrar meu olhar. Diante disso, levantei algumas hipóteses: Chris sabia. Se sabia, é porque buscara uma tradução para ela, pois não pronunciava nem “obrigado” em português. Se fora atrás da tradução, provavelmente queria entender a letra. E, se ficou sem graça com a minha pergunta, foi porque fizera tudo isso pensando em mim.


Ou não. Ele poderia muito bem gostar mesmo do Jota Quest e já ter esse CD há tempos. E também ser um cara supercurioso a ponto de traduzir todas as línguas que escutava — ou pelo menos as músicas. Mas por que então nunca comentara que curtia um conjunto musical brasileiro? Mistério...


— De onde é essa banda, Chris? — Laika guinchou. Estava na cara que ela surtaria a qualquer momento.


— Do Brasil — ele e eu respondemos juntos.


Laika fez uma careta cheia de significado, tipo “eu vou ter mesmo que matar essa garota”.


— O que diz a letra, Chris? — a doida varrida exigiu saber. Mas pela primeira vez eu estava com ela. Vamos, Chris, justifica agora?


— Sei lá — ele se esquivou, girando a chave para ligar o carro. — Como eu posso saber, Laika? Não falo português.


— Ela fala de um cara — resolvi explicar — que teve um dia ruim por um motivo não revelado, e ele diz que precisa encontrar a mulher que ele provavelmente ama para se sentir melhor, pelo menos nesse dia. A música se chama Só hoje.


Laika torceu o nariz sem a menor discrição. E ainda completou:


— Parece bem piegas.


Por outro lado, achei que Christopher ficou um pouco mais desconfortável. Para evitar faíscas assassinas em minha direção, coloquei meus óculos escuros no rosto e fingi estar concentradíssima na paisagem.


No entanto, não parei de pensar um minuto sequer em tudo o que vinha acontecendo com Christopher e comigo nos últimos tempos. Olhando em retrospecto, a análise revelou elementos bastante contraditórios.


Chris já tinha me odiado — embora não admitisse —, já tinha desconfiado de minhas intenções. Também já me levara para conhecer boa parte da região de Perla e até lugares exóticos, como a Caverna do Pirata. Já me fizera rir de seu gênio sinuoso e até me protegera.


Fora sarcástico e indiferente, mas demonstrara ter senso de humor. Chegara a se emocionar, mesmo que de leve, em algumas ocasiões, como quando me contara a história de minha bisavó Catarina ou reconhecera o colar de sua mãe em meu pescoço.


Às vezes, demonstrava gostar de mim e até me admirar e me provocava o tempo todo, fosse com palavras, fosse ou atitudes. Mas, independentemente de qualquer uma dessas supracitadas posturas, ele era sempre Chris, o Chris. Aquele que não me dava folga, que me atormentava até nos sonhos e que me fazia sentir coisas que eu nunca sentira antes.


Era por causa dele que eu andava com vontade de quebrar o nariz de Nome de Cachorro desde o dia em que a vira pela primeira vez. Aliás, Nome de Cachorro era um apelido que surgira por instinto, antes mesmo de eu conhecer o caráter podre da garota. Fui motivada por um ciúme que até então desconhecia, já que nunca fora uma pessoa ciumenta.


Também fora devido a Chris que eu deixara de gostar de Alfonso, por quem julgara estar muito apaixonada. Mas isso tinha sido bom, afinal, o cara era um galinha, uma aberração. Eca!


Então, como, minha Nossa Senhora, como ignorar a verdade se ela estivera o tempo todo estampada em minha cara? Sem medo de plagiar a fala de Charles, personagem do filme Cartas para Julieta, ao qual assisti umas 19 vezes no Telecine Pipoca, reconheci que estava completa, absurda e irrevogavelmente apaixonada por Christopher Uckermann. Bom, a fala não era bem assim, mas era quase isso.


E era a mais pura verdade. Toda vez que olhava para ele, meu corpo tremia. Quando seus olhos prendiam os meus num daqueles olhares perigosos, eu quase entrava em parafuso. Só de me lembrar da tatuagem tribal em seu tríceps esquerdo, chegava a ofegar.


Não havia um só dia em que ficasse indiferente a Christopher, mesmo no princípio, quando achava que o odiava.


E o que eu ganhava com essa constatação? Tristeza. Justamente o que eu afirmara para Anahí uns dias atrás, quando eu apenas conjecturava.


Afundei ainda mais no banco de trás, temendo que de repente essa paixão ficasse estampada em minha cara. Eu podia estar apaixonada, mas não admitiria essa verdade para ninguém, nem sob tortura. Já era humilhante demais gostar de um cara comprometido e que não sentia o mesmo por mim.


Pior foi ter que aguentar Nome de Cachorro lá na frente, fazendo carinho na nuca de Christopher enquanto ele dirigia, conversando com ele em krosvi para me excluir de propósito. Antes eu tivesse levado meu iPod, só para ficar surda durante o trajeto.


Como coisas ruins tendem a demorar mais a passar do que as boas, achei a viagem lenta demais. No entanto, quando pensava que não chegaríamos jamais, avistei um portão de ferro fundido com uma placa ao lado, cujas palavras em krosvi pareceriam escritas em código, não fosse o nome Celeste. Esse eu não só consegui ler como reconheci. Estávamos, finalmente, no lar das meninas órfãs de Craiev.


— Dulce! Que bom que chegaram!


Tia Marieva me viu de longe e se apressou para me encontrar. Trocamos um abraço caloroso, eu equilibrando o pacote de brigadeiros. Ela também cumprimentou Chris e Laika, mas foi minha mão que ela segurou e foi a mim que conduziu para dentro da casa em estilo colonial que abrigava o orfanato.


Depois que saímos do carro, fiz questão de ignorar meus dois acompanhantes. Estar apaixonada não é sinônimo de ser otária. Duas coisas eu não faria de jeito nenhum: mendigar atenção de Christopher e bater de frente com Nome de Cachorro. Eu podia sofrer, podia chorar rios de lágrimas, mas não daria esse gostinho a nenhum deles. Chris e Laika que se aguentassem.


Minha mãe sempre me avisou que homens não gostam de mulher grudenta. É diretamente proporcional: quanto mais elas agarram, mais eles se afastam. Tenho tanto pavor de me tornar uma pessoa assim que acabei distante até demais dos caras. Resultado: não sou nem um pouco fácil, mas também não tenho grandes experiências amorosas para listar.


Segui com tia Marieva até uma sala pequena, onde uma freira colava cartazes numa parede revestida de azulejos amarelos. Lembrou minha antiga escola lá em Belo Horizonte, onde estudei minha vida inteira. As freiras do colégio adoravam pregar mensagens e imagens nas paredes, deixando o ambiente, além de bonito, muito aconchegante.


A irmã, que usava um hábito claro, assim que notou nossa presença, deixou de lado o serviço e caminhou até nós com um sorriso angelical no rosto. Elas sempre têm, não é? Digo, as freiras e os sorrisos angelicais. Marca registrada.


— Irmã Sonja (lê-se Sônia), esta é a Dulce, minha sobrinha. Ela veio nos fazer uma visita e conhecer as meninas do Lar.


— Claro! Acompanhei a história dela na televisão. — Como minha tia nos apresentou em inglês, a irmã de caridade deve ter presumido que eu não falava krosvi, pois respondeu na mesma língua. — Seja bem-vinda, Dulce. Tenho certeza de que as meninas vão ficar alvoroçadas quando conhecerem você.


Não querendo ficar para trás nem passar por menos importante, Laika deu um pequeno passo à frente, fazendo-se notar. No entanto, ficou calada, pois queria receber a honra de ser apresentada à Irmã Sonja assim como eu fui.


Então, tia Marieva lembrou-se dos outros dois visitantes e tratou de incluí-los na conversa.


— E esta é a Laika, Irmã. Ela é filha do senador Romanov e namorada do Chris, enteado do meu irmão Andrej.


Todos se cumprimentaram, Chris mais amistoso do que a polida Laika.


— Eu trouxe uns doces para as meninas, Irmã Sonja — anunciei, estendendo o embrulho na direção dela. — Não sei se fiz bem. Elas podem comer doces?


Realmente, eu não havia pensado nisso antes.


— Claro, minha filha. Elas vão adorar. E espero que sobre um pouquinho para mim, pois o aroma está delicioso.


Irmã Sonja e tia Marieva nos guiaram pelos cômodos da casa, que estavam estranhamente vazios. Eu esperava encontrar crianças e seus barulhos, mas tudo era calmo demais. Até chegarmos a um pátio, no interior do prédio. Lá, a algazarra era geral. Meninas de várias idades corriam e brincavam pelo espaço, observadas por outras duas freiras e uma mulher “à paisana”, isto é, que não usava hábito.


A princípio, nenhuma delas notou nossa presença. A diversão parecia das boas e um parquinho colorido devia ser bem mais atraente do que cinco adultos plantados na entrada do pátio. Até que tia Marieva bateu palmas. Isso foi suficiente para que as dezenas de pares de olhinhos se voltassem em nossa direção.


Vou contar uma coisa a vocês: foi amor à primeira vista. Assim que pus meus olhos sobre aquelas garotinhas órfãs, meu coração derreteu dentro do peito. Não porque elas fossem bonitinhas — e eram mesmo. Tinham as características do povo eslavo: cabelos e pele claros, olhos variando entre verde e azul, carinhas de anjo. Mas o que me pegou de jeito foi outra coisa. É duro encarar um monte de crianças aparentemente alegres sabendo que elas não têm pai nem mãe. Dá vontade de levar todas para casa e dar tudo para elas, tudo mesmo.




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Autor(a): leticialsvondy

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Irmã Sonja fez um gesto com as mãos e, num piscar de olhos, as meninas se juntaram a seu redor, embora os olhares estivessem fixos nas figuras estranhas que quebraram a rotina delas, ou seja, Chris, Laika e eu. As outras mulheres adultas também se aproximaram e tia Marieva apresentou-as para nós, enquanto Irmã Sonja fazia um pequeno discurs ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 28



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  • millamorais_ Postado em 01/08/2016 - 01:05:59

    Eu posso morder esse rapaz *--*

  • millamorais_ Postado em 01/08/2016 - 00:34:25

    Sério, tou lendo o capítulo 20 e qndo ela falou luan Santana pensei logo nessa música kkkkk

  • Isy_Rocker Postado em 31/07/2016 - 18:56:43

    Ameeeeeeeeei *------* Ansiosa por De Repente Dulce <3 Ficoou demais <3 ----- <3

  • Isy_Rocker Postado em 30/07/2016 - 21:18:23

    Meu na moral, eu quero que eles fiquem juntos mais que tudo, mas eu to morrendo de raiva da Dulce pqp, tipo ela errou com ele e tudo que ela fez foi mandar um email e agora outro e já desistiu, ela n luta por ele e isso da raiva, acho que ele devia dar um gelo nela sim e ela correr atrás, mas continuaaaaaaaaa pooor favooor *---*

  • GiovannaPuentePortillaherrera Postado em 30/07/2016 - 19:44:04

    A dulce bebada é muito engraçada mas coitada dela.....Chris não ignora ela dessa vez......continua estou amando

  • Isy_Rocker Postado em 29/07/2016 - 23:17:10

    Cara, se ele tivesse feito alguma coisa seria a um tempo atrás e ja teria cancelado tudo, então talvez pode ser sei lá que ele mudou de ideia e a puta lá continuou com a armação ou alguma coisa assim, eu só que eu tenho certeza absoluta que ele ama ela demais e nunca armaria algo assim, muito menos na primeira vez dela eu sei que a Dul vai se arrepender de não dar UM voto de confiança, sério to deduzindo um monte aqui neh? Parei shaushas poosta loogo <3

  • GiovannaPuentePortillaherrera Postado em 29/07/2016 - 21:47:17

    Já não sei mas no que acreditar seu eu acredito no Cris ou nos paparazes......coitada da Dulce......amei a maratona continua

  • millamorais_ Postado em 29/07/2016 - 11:06:25

    Isso tá cheirando a armação daquela cobra, rezando para que tudo se resolva logo, preciso deles juntos *---*

  • Isy_Rocker Postado em 28/07/2016 - 23:19:11

    Ameeeei, amei amei demaaaais *-------* Só que agr to chorando aqui, o Chris não fez isso neh? Eu sei que ele n fez '-.- E acho q a Dul deveria ter dado ao menos um voto de confianças, sei que a maratona acabou, mas sacanagem neeh, parar bem nessa parte '-.- shashuahsa Continuaaa logooo *-*

  • Isy_Rocker Postado em 28/07/2016 - 23:18:56

    OOOOOOIII, leitora nova aqui *------------*


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